Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Telma Palomo de [UNIFESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3599791
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47481
Resumo: A Osteogênese Imperfeita é uma doença hereditária do tecido conjuntivo, caracterizada por baixa massa óssea, fragilidade óssea e deformidades esqueléticas. A terapia com bisfosfonatos intravenosos, especialmente o Pamidronato, tem sido amplamente utilizada para o tratamento de crianças e adolescentes com formas moderadas a graves da doença. O protocolo padrão de tratamento recomenda que as infusões do pamidronato intravenoso devam ser realizadas em infusões diárias de 4 horas, durante 3 dias, com intervalos que variam de 2 a 4 meses, de acordo com a faixa etária. Além disso, ainda existem muitas lacunas relacionadas à segurança e eficácia da droga no longo prazo. Objetivos: Analisar os seguintes aspectos específicos do tratamento da OI com bisfosfonatos intravenosos: 1- Avaliar segurança e eficácia de um protocolo simplificado com pamidronato. 2- Descrever os efeitos do tratamento com bisfosfonatos intravenosos no longo prazo. Sujeitos e Métodos: 1- Estudo prospectivo em 18 pacientes com diagnóstico clínico de OI tipo I, III e IV (OI tipo I, n=9; OI tipo III, n=4; OI tipo IV, n=5), atendidos no Ambulatório de Fragilidades Ósseas do Hospital São Paulo, UNIFESP, tratados com pamidronato intravenoso em dose única de 2 mg/Kg de peso corporal, administrada ao longo de 2 horas, a cada 4 meses, durante 1 ano. Dosagens de creatinina, sódio, potássio, cálcio e fósforo séricos, microalbuminúria e volume urinário, além da taxa de filtração glomerular (TFG), foram realizadas ao longo de uma semana após cada infusão. Ultrassonografia (USG) renal, densitometria óssea (DXA) e radiografias (RX) foram realizadas durante o estudo. Os dados de segurança renal e eficácia deste grupo foram comparados com controles históricos do protocolo padrão que utilizavam o pamidronato intravenoso, na dose de 1mg/Kg/dia ao longo de 4 horas, durante 3 dias consecutivos, a cada 4 meses. 2- Estudo retrospectivo, que incluiu 37 crianças com diagnóstico de OI tipos I, III e IV (OI tipo I, n=1; OI tipo III, n=14; OI tipo IV, n=22), que foram atendidas no Shriners Hospital for Children em Montreal, no Canadá, e que iniciaram o tratamento com bisfosfonatos intravenosos antes dos 5 anos de idade, que tiveram um seguimento clínico de pelo menos 10 anos (mediana de 14,8 anos) e que receberam tratamento com pamidronato ou ácido zoledrônico intravenoso por pelo menos 6 anos, durante o período de crescimento. Parâmetros antropométricos, densitométricos, clínico-cirúrgicos, além dos marcadores do remodelamento ósseo, foram avaliados ao longo do seguimento. Resultados: 1- Os participantes do protocolo modificado (PM) tiveram um discreto aumento transitório da creatinina sérica entre 8 e 24 horas após a administração do pamidronato, que retornaram aos valores basais 7 dias após a infusão. Ao final do estudo, entretanto, a média da creatinina sérica foi semelhante à inicial (Inicial: 0,40 ± 0,13 mg/dl Final: 0,41 ± 0,11 mg/dl; p=0,79). Não houve diferença entre as variações de creatinina sérica observadas no PM quando comparadas às observadas no protocolo padrão (PP) (PM: +2% ± 21%; PP: -3% ± 8%; p=0,32). As concentrações de cálcio e fósforo séricos diminuíram igualmente em ambos os protocolos durante a primeira infusão do pamidronato. O Z-score da densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar (CL) melhorou de maneira semelhante nos 2 protocolos (PM: de -2,7 ± 1,5 para -1,8 ± 1,4 e PP: de -4,1 ± 1,4 para -3,1 ±1,1; p=0,68). 2- Durante o período de estudo observado, a média do Z-score da DMO da coluna lombar aumentou de -6,6 ± 3,1 para -3,0 ± 1,8 (p < 0,001) e o Z-score do peso aumentou de -2,3 ± 1,5 para -1,7 ± 1,7 (p=0,008). Na última visita, os pacientes com OI tipo IV tiveram um aumento significativo do Z-score da altura quando comparados com o grupo controle de pacientes com OI que nunca foram tratados com bisfosfonatos, pareados por idade, sexo e tipo de OI. Os pacientes mantiveram uma mediana de 6 fraturas de fêmur e 5 fraturas de tíbia durante o período de seguimento. No basal, 35% das vértebras tinham fraturas por compressão vertebral, enquanto que somente 6% das vértebras apresentaram fraturas na última avaliação (p<0,001), indicando uma recuperação das alturas vertebrais com o tratamento. Apesar disto, 43% dos pacientes necessitaram de cirurgia corretiva para escoliose. Conclusões: 1- O protocolo modificado com pamidronato intravenoso em infusões mais rápidas (em 1 único dia e ao longo de 2 horas) para o tratamento de crianças e adolescentes com OI não provocou deterioração da função renal e mostrou um ganho na DMO de coluna lombar no período avaliado, com resultados semelhantes ao protocolo padrão. 2- O tratamento com bisfosfonatos intravenosos no longo prazo foi associado a um aumento no Z-score da DMO da coluna lombar, a uma melhora significativa das fraturas vertebrais e do Z-score do peso. Nos pacientes com OI tipo IV, um benefício adicional pôde ser visto sobre o Z-score da altura. Entretanto, as taxas de fraturas de ossos longos permaneceram elevadas e, em alguns pacientes, houve progressão da escoliose.
id UFSP_9da29f2c59dfe809b31f651a47d0331a
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/47481
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Oliveira, Telma Palomo de [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)http://lattes.cnpq.br/6598230360765307http://lattes.cnpq.br/8253870907570489Castro, Marise Lazaretti [UNIFESP]São Paulo2018-07-30T11:44:36Z2018-07-30T11:44:36Z2016-03-30https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3599791OLIVEIRA, Telma Palomo de. Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita. 2016. 140 f. Tese (Doutorado em Medicina: Endocrinologia Clínica) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/474812016-0584.pdfA Osteogênese Imperfeita é uma doença hereditária do tecido conjuntivo, caracterizada por baixa massa óssea, fragilidade óssea e deformidades esqueléticas. A terapia com bisfosfonatos intravenosos, especialmente o Pamidronato, tem sido amplamente utilizada para o tratamento de crianças e adolescentes com formas moderadas a graves da doença. O protocolo padrão de tratamento recomenda que as infusões do pamidronato intravenoso devam ser realizadas em infusões diárias de 4 horas, durante 3 dias, com intervalos que variam de 2 a 4 meses, de acordo com a faixa etária. Além disso, ainda existem muitas lacunas relacionadas à segurança e eficácia da droga no longo prazo. Objetivos: Analisar os seguintes aspectos específicos do tratamento da OI com bisfosfonatos intravenosos: 1- Avaliar segurança e eficácia de um protocolo simplificado com pamidronato. 2- Descrever os efeitos do tratamento com bisfosfonatos intravenosos no longo prazo. Sujeitos e Métodos: 1- Estudo prospectivo em 18 pacientes com diagnóstico clínico de OI tipo I, III e IV (OI tipo I, n=9; OI tipo III, n=4; OI tipo IV, n=5), atendidos no Ambulatório de Fragilidades Ósseas do Hospital São Paulo, UNIFESP, tratados com pamidronato intravenoso em dose única de 2 mg/Kg de peso corporal, administrada ao longo de 2 horas, a cada 4 meses, durante 1 ano. Dosagens de creatinina, sódio, potássio, cálcio e fósforo séricos, microalbuminúria e volume urinário, além da taxa de filtração glomerular (TFG), foram realizadas ao longo de uma semana após cada infusão. Ultrassonografia (USG) renal, densitometria óssea (DXA) e radiografias (RX) foram realizadas durante o estudo. Os dados de segurança renal e eficácia deste grupo foram comparados com controles históricos do protocolo padrão que utilizavam o pamidronato intravenoso, na dose de 1mg/Kg/dia ao longo de 4 horas, durante 3 dias consecutivos, a cada 4 meses. 2- Estudo retrospectivo, que incluiu 37 crianças com diagnóstico de OI tipos I, III e IV (OI tipo I, n=1; OI tipo III, n=14; OI tipo IV, n=22), que foram atendidas no Shriners Hospital for Children em Montreal, no Canadá, e que iniciaram o tratamento com bisfosfonatos intravenosos antes dos 5 anos de idade, que tiveram um seguimento clínico de pelo menos 10 anos (mediana de 14,8 anos) e que receberam tratamento com pamidronato ou ácido zoledrônico intravenoso por pelo menos 6 anos, durante o período de crescimento. Parâmetros antropométricos, densitométricos, clínico-cirúrgicos, além dos marcadores do remodelamento ósseo, foram avaliados ao longo do seguimento. Resultados: 1- Os participantes do protocolo modificado (PM) tiveram um discreto aumento transitório da creatinina sérica entre 8 e 24 horas após a administração do pamidronato, que retornaram aos valores basais 7 dias após a infusão. Ao final do estudo, entretanto, a média da creatinina sérica foi semelhante à inicial (Inicial: 0,40 ± 0,13 mg/dl Final: 0,41 ± 0,11 mg/dl; p=0,79). Não houve diferença entre as variações de creatinina sérica observadas no PM quando comparadas às observadas no protocolo padrão (PP) (PM: +2% ± 21%; PP: -3% ± 8%; p=0,32). As concentrações de cálcio e fósforo séricos diminuíram igualmente em ambos os protocolos durante a primeira infusão do pamidronato. O Z-score da densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar (CL) melhorou de maneira semelhante nos 2 protocolos (PM: de -2,7 ± 1,5 para -1,8 ± 1,4 e PP: de -4,1 ± 1,4 para -3,1 ±1,1; p=0,68). 2- Durante o período de estudo observado, a média do Z-score da DMO da coluna lombar aumentou de -6,6 ± 3,1 para -3,0 ± 1,8 (p < 0,001) e o Z-score do peso aumentou de -2,3 ± 1,5 para -1,7 ± 1,7 (p=0,008). Na última visita, os pacientes com OI tipo IV tiveram um aumento significativo do Z-score da altura quando comparados com o grupo controle de pacientes com OI que nunca foram tratados com bisfosfonatos, pareados por idade, sexo e tipo de OI. Os pacientes mantiveram uma mediana de 6 fraturas de fêmur e 5 fraturas de tíbia durante o período de seguimento. No basal, 35% das vértebras tinham fraturas por compressão vertebral, enquanto que somente 6% das vértebras apresentaram fraturas na última avaliação (p<0,001), indicando uma recuperação das alturas vertebrais com o tratamento. Apesar disto, 43% dos pacientes necessitaram de cirurgia corretiva para escoliose. Conclusões: 1- O protocolo modificado com pamidronato intravenoso em infusões mais rápidas (em 1 único dia e ao longo de 2 horas) para o tratamento de crianças e adolescentes com OI não provocou deterioração da função renal e mostrou um ganho na DMO de coluna lombar no período avaliado, com resultados semelhantes ao protocolo padrão. 2- O tratamento com bisfosfonatos intravenosos no longo prazo foi associado a um aumento no Z-score da DMO da coluna lombar, a uma melhora significativa das fraturas vertebrais e do Z-score do peso. Nos pacientes com OI tipo IV, um benefício adicional pôde ser visto sobre o Z-score da altura. Entretanto, as taxas de fraturas de ossos longos permaneceram elevadas e, em alguns pacientes, houve progressão da escoliose.Osteogenesis imperfecta (OI) is a heritable connective tissue disorder that is mainly characterized by bone fragility, low bone mass and bone deformities. The intravenous bisphosphonate therapy, particularly the pamidronate, has been used widely for the treatment of children with moderate to severe OI. In the standard protocol, pamidronate is given over 4 h on 3 successive days. These infusion cycles are repeated every 2 to 4 months (according to the age group). In addition, many knowledge gaps remain in particular regarding long-term safety and efficacy of bisphosphonate treatment. Objectives: Evaluate the following specific aspects of intravenous bisphosphonate therapy in OI patients: 1- evaluated safety and efficacy of a simpler protocol with pamidronate. 2- Describe the long-term treatment outcomes with intravenous bisphosphonate. Patients and Methods: 1- This was a prospective study and comprised 18 patients with a clinical diagnosis of OI type I (n=9), III (n=4) and IV (n=5), who were seen in the Bone Fragility Clinic from the São Paulo Hospital, UNIFESP; patients received intravenous pamidronate infusion in a single dose of 2 mg per kg body weight over a 2-h period, every 4 months during 1 year. Biochemical profile, including serum levels of creatinine, sodium, potassium, calcium, phosphorus, microalbuminuria, urine volume and glomerular filtration rate (GFR) were performed during 1 week every each infusion. Kidney ultrasound, bone densitometry and X-ray films were performed during the study. The safety and efficacy data from this group were compared to historic controls, treated with standard protocol that received pamidronate treatment intravenously over 4 h at a dose of 1 mg per kg body weight on 3 consecutive days. Cycles were repeated every 4 months. 2- Restrospective chart review study reviewed 37 children with OI (OI type I, n=1; OI type III, n=14; and OI type IV, n=22) who were followed at the Shriners Hospital for Children?Canada, in Montreal and who started intravenous bisphosphonate therapy before 5 years of age and who had a subsequent follow-up period of at least 10 years (median 14.8 years), during which they had received intravenous pamidronate or zoledronic acid treatment for at least 6 years during growth. Anthropometry, lumbar spine densitometry, clinical-surgical parameters and markers of bone metabolism were performed during the follow-up period. Results: 1- The participants of the modified protocol had a mild transient post-infusion increases in serum creatinine between 8 and 24 hours after intravenous pamidronate infusion but it was recovered to baseline value 7 days after each infusion. At the end of the study, mean serum creatinine levels remained similar from baseline (baseline: 0.40 ± 0.13 mg/dl end of study: 0.41 ± 0.11 mg/dl; p=0.79). The two protocols led to similar changes in serum creatinine during the first pamidronate infusion (modified protocol: +2 % ± 21 %; standard protocol: -3 % ± 8 %; p= 0.32). Serum calcium and phosphorus decreased similarly in both protocols during the first 24 h of the first pamidronate infusion. Areal lumbar spine bone mineral density Z-scores increased similarly in both protocols (from -2.7 ± 1.5 to -1.8 ± 1.4 with the modified protocol, and from -4.1 ± 1.4 to -3.1 ± 1.1 with standard protocol, p= 0.68) 2- During the observation period, the mean lumbar spine areal bone mineral density Z-score (LS-aBMD) increased from ?6.6 ± 3.1 to ?3.0 ± 1.8 (p<0,001), and weight Z-score increased from ?2.3 ± 1.5 to ?1.7 ± 1.7 (p=0.008). At the time of the last assessment, patients with OI type IV had significantly higher height Z-scores than a control group of patients matched for age, gender, and OI type. Patients had a median of six femur fractures and five tibia fractures during the follow-up period. At baseline, 35% of vertebra were affected by compression fractures, whereas only 6% of vertebra appeared compressed at the last evaluation (p< 0.001), indicating vertebral reshaping during the treatment. Nevertheless, 43% of the pacients needed spinal fusion surgery for scoliosis treatment. Conclusions: 1- The modified pamidronate protocol with a shorter infusion (sigle dose, over 2-h period) for the treatment of children and adolescents with OI did not led to impairment in the renal function and showed an increase in LS-aBMD during the follow-up period, with similar effects on bone density as the standard pamidronate protocol. 2- The long-term intravenous bisphosphonate therapy was associated with higher Z-scores for lumbar spine areal bone mineral density, an improvement in vertebral reshaping and in the weight Z-score. In the patients with OI type IV, an addicional benefit could be seen on height Z-score. However, long-bone fracture rates were still high and some patients developed scoliosis progression.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)140 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)BisfosfonatosOsteogeneses imperfeitaOsteogeneses imperfectaBisphosphonateConsiderações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeitaRemarks on the use of intravenous bisphosphonates for the treatment of osteogenesis imperfectainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Medicina (Endocrinologia Clínica)Ciências da saúdeMedicinaORIGINALTelma Palomo de Oliveira - PDF A.pdfTelma Palomo de Oliveira - PDF A.pdfTese doutoradoapplication/pdf10137139${dspace.ui.url}/bitstream/11600/47481/2/Telma%20Palomo%20de%20Oliveira%20-%20PDF%20A.pdf7aa2a087e06dccddf2e88cb5a8d488e9MD52open access11600/474812023-05-16 10:10:13.344open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/47481Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:39:37.205358Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Remarks on the use of intravenous bisphosphonates for the treatment of osteogenesis imperfecta
title Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita
spellingShingle Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita
Oliveira, Telma Palomo de [UNIFESP]
Bisfosfonatos
Osteogeneses imperfeita
Osteogeneses imperfecta
Bisphosphonate
title_short Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita
title_full Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita
title_fullStr Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita
title_full_unstemmed Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita
title_sort Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita
author Oliveira, Telma Palomo de [UNIFESP]
author_facet Oliveira, Telma Palomo de [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.institution.pt.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6598230360765307
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8253870907570489
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Telma Palomo de [UNIFESP]
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Castro, Marise Lazaretti [UNIFESP]
contributor_str_mv Castro, Marise Lazaretti [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Bisfosfonatos
Osteogeneses imperfeita
topic Bisfosfonatos
Osteogeneses imperfeita
Osteogeneses imperfecta
Bisphosphonate
dc.subject.eng.fl_str_mv Osteogeneses imperfecta
Bisphosphonate
description A Osteogênese Imperfeita é uma doença hereditária do tecido conjuntivo, caracterizada por baixa massa óssea, fragilidade óssea e deformidades esqueléticas. A terapia com bisfosfonatos intravenosos, especialmente o Pamidronato, tem sido amplamente utilizada para o tratamento de crianças e adolescentes com formas moderadas a graves da doença. O protocolo padrão de tratamento recomenda que as infusões do pamidronato intravenoso devam ser realizadas em infusões diárias de 4 horas, durante 3 dias, com intervalos que variam de 2 a 4 meses, de acordo com a faixa etária. Além disso, ainda existem muitas lacunas relacionadas à segurança e eficácia da droga no longo prazo. Objetivos: Analisar os seguintes aspectos específicos do tratamento da OI com bisfosfonatos intravenosos: 1- Avaliar segurança e eficácia de um protocolo simplificado com pamidronato. 2- Descrever os efeitos do tratamento com bisfosfonatos intravenosos no longo prazo. Sujeitos e Métodos: 1- Estudo prospectivo em 18 pacientes com diagnóstico clínico de OI tipo I, III e IV (OI tipo I, n=9; OI tipo III, n=4; OI tipo IV, n=5), atendidos no Ambulatório de Fragilidades Ósseas do Hospital São Paulo, UNIFESP, tratados com pamidronato intravenoso em dose única de 2 mg/Kg de peso corporal, administrada ao longo de 2 horas, a cada 4 meses, durante 1 ano. Dosagens de creatinina, sódio, potássio, cálcio e fósforo séricos, microalbuminúria e volume urinário, além da taxa de filtração glomerular (TFG), foram realizadas ao longo de uma semana após cada infusão. Ultrassonografia (USG) renal, densitometria óssea (DXA) e radiografias (RX) foram realizadas durante o estudo. Os dados de segurança renal e eficácia deste grupo foram comparados com controles históricos do protocolo padrão que utilizavam o pamidronato intravenoso, na dose de 1mg/Kg/dia ao longo de 4 horas, durante 3 dias consecutivos, a cada 4 meses. 2- Estudo retrospectivo, que incluiu 37 crianças com diagnóstico de OI tipos I, III e IV (OI tipo I, n=1; OI tipo III, n=14; OI tipo IV, n=22), que foram atendidas no Shriners Hospital for Children em Montreal, no Canadá, e que iniciaram o tratamento com bisfosfonatos intravenosos antes dos 5 anos de idade, que tiveram um seguimento clínico de pelo menos 10 anos (mediana de 14,8 anos) e que receberam tratamento com pamidronato ou ácido zoledrônico intravenoso por pelo menos 6 anos, durante o período de crescimento. Parâmetros antropométricos, densitométricos, clínico-cirúrgicos, além dos marcadores do remodelamento ósseo, foram avaliados ao longo do seguimento. Resultados: 1- Os participantes do protocolo modificado (PM) tiveram um discreto aumento transitório da creatinina sérica entre 8 e 24 horas após a administração do pamidronato, que retornaram aos valores basais 7 dias após a infusão. Ao final do estudo, entretanto, a média da creatinina sérica foi semelhante à inicial (Inicial: 0,40 ± 0,13 mg/dl Final: 0,41 ± 0,11 mg/dl; p=0,79). Não houve diferença entre as variações de creatinina sérica observadas no PM quando comparadas às observadas no protocolo padrão (PP) (PM: +2% ± 21%; PP: -3% ± 8%; p=0,32). As concentrações de cálcio e fósforo séricos diminuíram igualmente em ambos os protocolos durante a primeira infusão do pamidronato. O Z-score da densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar (CL) melhorou de maneira semelhante nos 2 protocolos (PM: de -2,7 ± 1,5 para -1,8 ± 1,4 e PP: de -4,1 ± 1,4 para -3,1 ±1,1; p=0,68). 2- Durante o período de estudo observado, a média do Z-score da DMO da coluna lombar aumentou de -6,6 ± 3,1 para -3,0 ± 1,8 (p < 0,001) e o Z-score do peso aumentou de -2,3 ± 1,5 para -1,7 ± 1,7 (p=0,008). Na última visita, os pacientes com OI tipo IV tiveram um aumento significativo do Z-score da altura quando comparados com o grupo controle de pacientes com OI que nunca foram tratados com bisfosfonatos, pareados por idade, sexo e tipo de OI. Os pacientes mantiveram uma mediana de 6 fraturas de fêmur e 5 fraturas de tíbia durante o período de seguimento. No basal, 35% das vértebras tinham fraturas por compressão vertebral, enquanto que somente 6% das vértebras apresentaram fraturas na última avaliação (p<0,001), indicando uma recuperação das alturas vertebrais com o tratamento. Apesar disto, 43% dos pacientes necessitaram de cirurgia corretiva para escoliose. Conclusões: 1- O protocolo modificado com pamidronato intravenoso em infusões mais rápidas (em 1 único dia e ao longo de 2 horas) para o tratamento de crianças e adolescentes com OI não provocou deterioração da função renal e mostrou um ganho na DMO de coluna lombar no período avaliado, com resultados semelhantes ao protocolo padrão. 2- O tratamento com bisfosfonatos intravenosos no longo prazo foi associado a um aumento no Z-score da DMO da coluna lombar, a uma melhora significativa das fraturas vertebrais e do Z-score do peso. Nos pacientes com OI tipo IV, um benefício adicional pôde ser visto sobre o Z-score da altura. Entretanto, as taxas de fraturas de ossos longos permaneceram elevadas e, em alguns pacientes, houve progressão da escoliose.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-03-30
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-07-30T11:44:36Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-07-30T11:44:36Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.pt_BR.fl_str_mv https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3599791
dc.identifier.citation.fl_str_mv OLIVEIRA, Telma Palomo de. Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita. 2016. 140 f. Tese (Doutorado em Medicina: Endocrinologia Clínica) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47481
dc.identifier.file.none.fl_str_mv 2016-0584.pdf
url https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3599791
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47481
identifier_str_mv OLIVEIRA, Telma Palomo de. Considerações sobre o uso dos bisfosfonatos intravenosos no tratamento da osteogenese imperfeita. 2016. 140 f. Tese (Doutorado em Medicina: Endocrinologia Clínica) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.
2016-0584.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 140 f.
dc.coverage.spatial.pt_BR.fl_str_mv São Paulo
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/47481/2/Telma%20Palomo%20de%20Oliveira%20-%20PDF%20A.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 7aa2a087e06dccddf2e88cb5a8d488e9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460322656387072