Contato com antígenos paternos pela mucosa vaginal e oral e o aborto de repetição
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2029 http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032004000200009 |
Resumo: | OBJETIVO: determinar se a prática do sexo oral e vaginal, com ou sem exposição ao ejaculado, diminui a ocorrência de abortamento recorrente. MÉTODO: estudo caso-controle desenvolvido entre maio de 2000 e abril de 2003. Foi aplicado questionário no qual foram assinaladas algumas características de antecedentes clínicos, obstétricos e sexuais da mulher. Foram constituídos dois grupos de estudo: grupo caso, com 116 mulheres com antecedente obstétrico de dois ou mais abortamentos espontâneos, sem a ocorrência prévia de gestação acima de 22 semanas, e grupo controle, com 241 mulheres cujo antecedente obstétrico mostrasse uma ou mais gestações a termo com filho vivo e sem a presença de abortamentos. As variáveis analisadas relacionaram-se ao número de parceiros com os quais a mulher manteve relações sexuais, uso rotineiro de preservativo masculino, prática de sexo oral e exposição da mucosa oral feminina ao material ejaculado. RESULTADOS: relataram somente um parceiro 38,8% das mulheres do grupo caso e 35,7% das do grupo controle. Em ambos os grupos cerca de 75% das mulheres relataram que seus parceiros não usavam rotineiramente preservativo. Aproximadamente 55% das mulheres de ambos os grupos referiram que praticavam sexo oral, sendo que 13,8% das com aborto de repetição e 20,3% das com história de sucesso gestacional o faziam com exposição da mucosa oral ao ejaculado. Não houve diferença entre as pacientes com aborto de repetição e as com sucesso gestacional quanto ao número de parceiros, uso de preservativo, prática de sexo oral e exposição da mucosa oral ao ejaculado pelo parceiro. CONCLUSÃO: nossos resultados não confirmam a hipótese de que o comportamento sexual tenha influência sobre a ocorrência do aborto espontâneo de repetição. |
id |
UFSP_a6717035070df9e041b391a4a869ca25 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/2029 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Mattar, Rosiane [UNIFESP]Soares, Regina Victoria Pereira [UNIFESP]Camano, Luiz [UNIFESP]Daher, Silvia [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:30:19Z2015-06-14T13:30:19Z2004-03-01Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 26, n. 2, p. 139-146, 2004.0100-7203http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2029http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032004000200009S0100-72032004000200009.pdfS0100-7203200400020000910.1590/S0100-72032004000200009OBJETIVO: determinar se a prática do sexo oral e vaginal, com ou sem exposição ao ejaculado, diminui a ocorrência de abortamento recorrente. MÉTODO: estudo caso-controle desenvolvido entre maio de 2000 e abril de 2003. Foi aplicado questionário no qual foram assinaladas algumas características de antecedentes clínicos, obstétricos e sexuais da mulher. Foram constituídos dois grupos de estudo: grupo caso, com 116 mulheres com antecedente obstétrico de dois ou mais abortamentos espontâneos, sem a ocorrência prévia de gestação acima de 22 semanas, e grupo controle, com 241 mulheres cujo antecedente obstétrico mostrasse uma ou mais gestações a termo com filho vivo e sem a presença de abortamentos. As variáveis analisadas relacionaram-se ao número de parceiros com os quais a mulher manteve relações sexuais, uso rotineiro de preservativo masculino, prática de sexo oral e exposição da mucosa oral feminina ao material ejaculado. RESULTADOS: relataram somente um parceiro 38,8% das mulheres do grupo caso e 35,7% das do grupo controle. Em ambos os grupos cerca de 75% das mulheres relataram que seus parceiros não usavam rotineiramente preservativo. Aproximadamente 55% das mulheres de ambos os grupos referiram que praticavam sexo oral, sendo que 13,8% das com aborto de repetição e 20,3% das com história de sucesso gestacional o faziam com exposição da mucosa oral ao ejaculado. Não houve diferença entre as pacientes com aborto de repetição e as com sucesso gestacional quanto ao número de parceiros, uso de preservativo, prática de sexo oral e exposição da mucosa oral ao ejaculado pelo parceiro. CONCLUSÃO: nossos resultados não confirmam a hipótese de que o comportamento sexual tenha influência sobre a ocorrência do aborto espontâneo de repetição.PURPOSE: to evaluate whether oral and vaginal sex practice, with or without exposure to semen, decrease the occurrence of recurrent spontaneous abortion. METHOD: this was a case-control study carried out between May 2000 and April 2003. A questionnaire was applied analyzing the clinical, obstetric and sexual history of women, who were divided into two groups: a case group comprised 116 patients with a history of at least two spontaneous abortions, without previous pregnancy longer than 22 weeks, and a control group that included 241 women with history of one or more term pregnancies with live birth and no miscarriage. The analyzed variables included the number of sexual partners, condom use, oral sex practice, and the exposure of female oral mucosa to semen. RESULTS: in the control group 38.8%, and in the patients group 35.7% of the women had only one partner. In both groups about 75% of the women reported that the partners did not use condom. Approximately 55% of the women of both groups referred oral sex practice, and 13.8% of those with recurrent abortion and 20.3% with a history of successful pregnancies had oral mucosa exposed to semen. There was no difference between the patients with recurrent abortion and women with successful pregnancies regarding number of sexual partners, use of condom, practice of oral sex, and exposure of oral mucosa to the partner's semen. CONCLUSION: our results did not confirm the hypothesis that sexual behavior influences the occurrence of spontaneous abortion.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de ObstetríciaUNIFESP, EPM, Depto. de ObstetríciaSciELO139-146porFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaRevista Brasileira de Ginecologia e ObstetríciaAborto espontâneo de repetiçãoAloimunidadeComportamento sexualRecurrent spontaneous abortionAlloimmunitySexual behaviorContato com antígenos paternos pela mucosa vaginal e oral e o aborto de repetiçãoContact with paternal antigens in oral and vaginal mucosa and recurrent abortioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0100-72032004000200009.pdfapplication/pdf48062${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2029/1/S0100-72032004000200009.pdff7a5b42cbeb2f8de7e9284769f4ff60eMD51open accessTEXTS0100-72032004000200009.pdf.txtS0100-72032004000200009.pdf.txtExtracted texttext/plain34200${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2029/2/S0100-72032004000200009.pdf.txt50f05cad08eb24523a0b77cfd36dc671MD52open access11600/20292022-02-08 12:46:02.767open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/2029Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:11:07.632950Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Contato com antígenos paternos pela mucosa vaginal e oral e o aborto de repetição |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Contact with paternal antigens in oral and vaginal mucosa and recurrent abortion |
title |
Contato com antígenos paternos pela mucosa vaginal e oral e o aborto de repetição |
spellingShingle |
Contato com antígenos paternos pela mucosa vaginal e oral e o aborto de repetição Mattar, Rosiane [UNIFESP] Aborto espontâneo de repetição Aloimunidade Comportamento sexual Recurrent spontaneous abortion Alloimmunity Sexual behavior |
title_short |
Contato com antígenos paternos pela mucosa vaginal e oral e o aborto de repetição |
title_full |
Contato com antígenos paternos pela mucosa vaginal e oral e o aborto de repetição |
title_fullStr |
Contato com antígenos paternos pela mucosa vaginal e oral e o aborto de repetição |
title_full_unstemmed |
Contato com antígenos paternos pela mucosa vaginal e oral e o aborto de repetição |
title_sort |
Contato com antígenos paternos pela mucosa vaginal e oral e o aborto de repetição |
author |
Mattar, Rosiane [UNIFESP] |
author_facet |
Mattar, Rosiane [UNIFESP] Soares, Regina Victoria Pereira [UNIFESP] Camano, Luiz [UNIFESP] Daher, Silvia [UNIFESP] |
author_role |
author |
author2 |
Soares, Regina Victoria Pereira [UNIFESP] Camano, Luiz [UNIFESP] Daher, Silvia [UNIFESP] |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mattar, Rosiane [UNIFESP] Soares, Regina Victoria Pereira [UNIFESP] Camano, Luiz [UNIFESP] Daher, Silvia [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Aborto espontâneo de repetição Aloimunidade Comportamento sexual |
topic |
Aborto espontâneo de repetição Aloimunidade Comportamento sexual Recurrent spontaneous abortion Alloimmunity Sexual behavior |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Recurrent spontaneous abortion Alloimmunity Sexual behavior |
description |
OBJETIVO: determinar se a prática do sexo oral e vaginal, com ou sem exposição ao ejaculado, diminui a ocorrência de abortamento recorrente. MÉTODO: estudo caso-controle desenvolvido entre maio de 2000 e abril de 2003. Foi aplicado questionário no qual foram assinaladas algumas características de antecedentes clínicos, obstétricos e sexuais da mulher. Foram constituídos dois grupos de estudo: grupo caso, com 116 mulheres com antecedente obstétrico de dois ou mais abortamentos espontâneos, sem a ocorrência prévia de gestação acima de 22 semanas, e grupo controle, com 241 mulheres cujo antecedente obstétrico mostrasse uma ou mais gestações a termo com filho vivo e sem a presença de abortamentos. As variáveis analisadas relacionaram-se ao número de parceiros com os quais a mulher manteve relações sexuais, uso rotineiro de preservativo masculino, prática de sexo oral e exposição da mucosa oral feminina ao material ejaculado. RESULTADOS: relataram somente um parceiro 38,8% das mulheres do grupo caso e 35,7% das do grupo controle. Em ambos os grupos cerca de 75% das mulheres relataram que seus parceiros não usavam rotineiramente preservativo. Aproximadamente 55% das mulheres de ambos os grupos referiram que praticavam sexo oral, sendo que 13,8% das com aborto de repetição e 20,3% das com história de sucesso gestacional o faziam com exposição da mucosa oral ao ejaculado. Não houve diferença entre as pacientes com aborto de repetição e as com sucesso gestacional quanto ao número de parceiros, uso de preservativo, prática de sexo oral e exposição da mucosa oral ao ejaculado pelo parceiro. CONCLUSÃO: nossos resultados não confirmam a hipótese de que o comportamento sexual tenha influência sobre a ocorrência do aborto espontâneo de repetição. |
publishDate |
2004 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2004-03-01 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-06-14T13:30:19Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-06-14T13:30:19Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 26, n. 2, p. 139-146, 2004. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2029 http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032004000200009 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
0100-7203 |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
S0100-72032004000200009.pdf |
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv |
S0100-72032004000200009 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.1590/S0100-72032004000200009 |
identifier_str_mv |
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 26, n. 2, p. 139-146, 2004. 0100-7203 S0100-72032004000200009.pdf S0100-72032004000200009 10.1590/S0100-72032004000200009 |
url |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2029 http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032004000200009 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
139-146 |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia |
publisher.none.fl_str_mv |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2029/1/S0100-72032004000200009.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2029/2/S0100-72032004000200009.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
f7a5b42cbeb2f8de7e9284769f4ff60e 50f05cad08eb24523a0b77cfd36dc671 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1783460260154966016 |