Colesteatoma causando paralisia facial
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1889 http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992003000500011 |
Resumo: | A paralisia facial causada pelo colesteatoma é pouco freqüente. As porções do nervo mais acometidas são a timpânica e a região do 2º joelho. Nos casos de disseminação da lesão colesteatomatosa para o epitímpano anterior, o gânglio geniculado é o segmento do nervo facial mais sujeito à injúria. A etiopatogenia pode estar ligada à compressão do nervo pelo colesteatoma seguida de diminuição do seu suprimento vascular como também pela possível ação de substâncias neurotóxicas produzidas pela matriz do tumor ou pelas bactérias nele contidas. OBJETIVO: Avaliar a incidência, as características clínicas e o tratamento da paralisia facial decorrente da lesão colesteatomatosa. FORMA DE ESTUDO: Clínico retrospectivo. MATERIAL E MÉTODO: Estudo retrospectivo envolvendo dez casos de paralisia facial por colesteatoma selecionados através de levantamento de 206 descompressões do nervo facial com diferentes etiologias, realizadas na UNIFESP-EPM nos últimos dez anos. RESULTADOS: A incidência de paralisia facial por colesteatoma neste estudo foi de 4,85%,com predominância do sexo feminino (60%). A idade média dos pacientes foi de 39 anos. A duração e o grau da paralisia (inicial) juntamente com a extensão da lesão foram importantes em relação à recuperação funcional do nervo facial. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico precoce é fundamental para que ocorra um resultado funcional mais adequado. Nos casos de ruptura ou intensa fibrose do tecido nervoso, o enxerto de nervo (auricular magno/sural) e/ou a anastomose hipoglosso-facial podem ser sugeridas. |
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Testa, Jose Ricardo Gurgel [UNIFESP]Vicente, Andy De Oliveira [UNIFESP]Abreu, Carlos E.c. [UNIFESP]Benbassat, Simone F. [UNIFESP]Antunes, Marcos L. [UNIFESP]Barros, Flávia A.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:30:10Z2015-06-14T13:30:10Z2003-10-01Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 69, n. 5, p. 657-662, 2003.0034-7299http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1889http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992003000500011S0034-72992003000500011.pdfS0034-7299200300050001110.1590/S0034-72992003000500011A paralisia facial causada pelo colesteatoma é pouco freqüente. As porções do nervo mais acometidas são a timpânica e a região do 2º joelho. Nos casos de disseminação da lesão colesteatomatosa para o epitímpano anterior, o gânglio geniculado é o segmento do nervo facial mais sujeito à injúria. A etiopatogenia pode estar ligada à compressão do nervo pelo colesteatoma seguida de diminuição do seu suprimento vascular como também pela possível ação de substâncias neurotóxicas produzidas pela matriz do tumor ou pelas bactérias nele contidas. OBJETIVO: Avaliar a incidência, as características clínicas e o tratamento da paralisia facial decorrente da lesão colesteatomatosa. FORMA DE ESTUDO: Clínico retrospectivo. MATERIAL E MÉTODO: Estudo retrospectivo envolvendo dez casos de paralisia facial por colesteatoma selecionados através de levantamento de 206 descompressões do nervo facial com diferentes etiologias, realizadas na UNIFESP-EPM nos últimos dez anos. RESULTADOS: A incidência de paralisia facial por colesteatoma neste estudo foi de 4,85%,com predominância do sexo feminino (60%). A idade média dos pacientes foi de 39 anos. A duração e o grau da paralisia (inicial) juntamente com a extensão da lesão foram importantes em relação à recuperação funcional do nervo facial. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico precoce é fundamental para que ocorra um resultado funcional mais adequado. Nos casos de ruptura ou intensa fibrose do tecido nervoso, o enxerto de nervo (auricular magno/sural) e/ou a anastomose hipoglosso-facial podem ser sugeridas.Facial paralysis caused by cholesteatoma is uncommon. The portions most frequently involved are horizontal (tympanic) and second genu segments. When cholesteatomas extend over the anterior epitympanic space, the facial nerve is placed in jeopardy in the region of the geniculate ganglion. The aetiology can be related to compression of the nerve followed by impairment of its blood supply or production of neurotoxic substances secreted from either the cholesteatoma matrix or bacteria enclosed in the tumor. AIM: To evaluate the incidence, clinical features and treatment of the facial palsy due cholesteatoma. STUDY DESIGN: Clinical retrospective. MATERIAL AND METHOD: Retrospective study of 10 cases of facial paralysis due cholesteatoma selected through a survey of 206 decompressions of the facial nerve due various aetiologies realized in the last 10 years in UNIFESP-EPM. RESULTS: The incidence of facial paralysis due cholesteatoma in this study was 4,85%, with female predominance (60%). The average age of the patients was 39 years. The duration and severity of the facial palsy associated with the extension of lesion were important for the functional recovery of the facial nerve. CONCLUSION: Early surgical approach is necessary in these cases to improve the nerve function more adequately. When disruption or intense fibrous replacement occurs in the facial nerve, nerve grafting (greater auricular/sural nerves) and/or hypoglossal facial anastomosis may be suggested.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de MedicinaUNIFESP, EPMSciELO657-662porABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-FacialRevista Brasileira de Otorrinolaringologiacolesteatomanervo facialparalisia facialcholesteatomafacial nervefacial palsyColesteatoma causando paralisia facialCholesteatoma causing facial paralysisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0034-72992003000500011.pdfapplication/pdf109994${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1889/1/S0034-72992003000500011.pdf80a9274e7c3ca7d268a83e882f598a72MD51open accessTEXTS0034-72992003000500011.pdf.txtS0034-72992003000500011.pdf.txtExtracted texttext/plain25310${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1889/2/S0034-72992003000500011.pdf.txt065dabd85e492bbdfe5ddc4df71e765dMD52open access11600/18892022-07-08 10:33:29.039open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/1889Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:18:53.626274Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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