Púrpura trombocitopênica imunológica como manifestação inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braga, Josefina Aparecida Pellegrini [UNIFESP]
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Hokazono, Mary, Terreri, Maria Teresa Ramos Ascensão [UNIFESP], Hilário, Maria Odete Esteves [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1906
http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042003000600013
Resumo: Os pacientes com púrpura trombocitopênica imunológica apresentam risco aumentado para desenvolver lúpus eritematoso sistêmico, principalmente quando a doença evolui de forma crônica. Alguns autores observaram que o sexo feminino, a idade mais avançada, a história familiar para lúpus eritematoso sistêmico podem ser fatores indicadores de maior risco para desenvolver lúpus em pacientes com púrpura trombocitopênica imunológica. Com base nestes fatos, resolvemos estudar cinco crianças nas quais a púrpura trombocitopênica imunológica foi o primeiro sintoma do lúpus eritematoso sistêmico. Neste artigo descrevemos as características clínicas e laboratoriais de cinco crianças com púrpura trombocitopênica imunológica que desenvolveram lúpus eritematoso sistêmico juvenil. Todas as crianças eram do sexo feminino - três caucasóides e duas pardas, com idade do início das manifestações de PTI variando entre 6 anos e 3 meses a 12 anos e 1 mês (média de 9 anos e 2 meses). A idade do diagnóstico de LESJ variou de 8 a 13 anos e 8 meses (média de 10 anos e 10 meses). Portanto, o intervalo de tempo entre o quadro de PTI e o diagnóstico de LESJ foi de 11 meses a 2 anos e 9meses (média de 1 ano e 10 meses). Todas as crianças apresentavam quadro de PTI crônica (plaquetopenia por mais de 6 meses). Os critérios de classificação para LESJ foram, em ordem de freqüência: rash malar e FAN positivo em 5 pacientes; artrite, alterações hematológica (plaquetopenia) e imunológica (anticorpo anti-DNA nativo) em 4; fotossensibilidade e ACL positivo em 3. Outras manifestações associadas foram úlceras orais, alterações renal e hematológica (leucopenia e AHAI com TCD positivo); serosite (pericardite), acometimento neurológico e alteração imunológica (anticorpo anti-Sm). Gostaríamos de alertar para esta forma de apresentação do lúpus eritematoso sistêmico em que o primeiro sintoma foi a púrpura trombocitopênica imunológica e salientar a importância da determinação de auto-anticorpos para lúpus eritematoso sistêmico nas crianças com a forma crônica desta patologia.
id UFSP_b472a5a7948a8791d5312eb5b245fcb2
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/1906
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Braga, Josefina Aparecida Pellegrini [UNIFESP]Hokazono, MaryTerreri, Maria Teresa Ramos Ascensão [UNIFESP]Hilário, Maria Odete Esteves [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:30:11Z2015-06-14T13:30:11Z2003-12-01Revista Brasileira de Reumatologia. Sociedade Brasileira de Reumatologia, v. 43, n. 6, p. 392-396, 2003.0482-5004http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1906http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042003000600013S0482-50042003000600013.pdfS0482-5004200300060001310.1590/S0482-50042003000600013Os pacientes com púrpura trombocitopênica imunológica apresentam risco aumentado para desenvolver lúpus eritematoso sistêmico, principalmente quando a doença evolui de forma crônica. Alguns autores observaram que o sexo feminino, a idade mais avançada, a história familiar para lúpus eritematoso sistêmico podem ser fatores indicadores de maior risco para desenvolver lúpus em pacientes com púrpura trombocitopênica imunológica. Com base nestes fatos, resolvemos estudar cinco crianças nas quais a púrpura trombocitopênica imunológica foi o primeiro sintoma do lúpus eritematoso sistêmico. Neste artigo descrevemos as características clínicas e laboratoriais de cinco crianças com púrpura trombocitopênica imunológica que desenvolveram lúpus eritematoso sistêmico juvenil. Todas as crianças eram do sexo feminino - três caucasóides e duas pardas, com idade do início das manifestações de PTI variando entre 6 anos e 3 meses a 12 anos e 1 mês (média de 9 anos e 2 meses). A idade do diagnóstico de LESJ variou de 8 a 13 anos e 8 meses (média de 10 anos e 10 meses). Portanto, o intervalo de tempo entre o quadro de PTI e o diagnóstico de LESJ foi de 11 meses a 2 anos e 9meses (média de 1 ano e 10 meses). Todas as crianças apresentavam quadro de PTI crônica (plaquetopenia por mais de 6 meses). Os critérios de classificação para LESJ foram, em ordem de freqüência: rash malar e FAN positivo em 5 pacientes; artrite, alterações hematológica (plaquetopenia) e imunológica (anticorpo anti-DNA nativo) em 4; fotossensibilidade e ACL positivo em 3. Outras manifestações associadas foram úlceras orais, alterações renal e hematológica (leucopenia e AHAI com TCD positivo); serosite (pericardite), acometimento neurológico e alteração imunológica (anticorpo anti-Sm). Gostaríamos de alertar para esta forma de apresentação do lúpus eritematoso sistêmico em que o primeiro sintoma foi a púrpura trombocitopênica imunológica e salientar a importância da determinação de auto-anticorpos para lúpus eritematoso sistêmico nas crianças com a forma crônica desta patologia.Patients with Idiopathic Thrombocytopenic Purpura (ITP) present a high trend to develop Systemic Lupus Erythematosus (SLE), especially those with chronic presentation. Some authors observed that female gender, older patients and familial history of autoimmune disease in patients with Idiopathic Thrombocytopenic Purpura are factors that lead to increased susceptibility for the development of Systemic Lupus Erythematosus. Based on these facts, we decided to study 5 children with chronic Idiopathic Thrombocytopenic Purpura and late Systemic Lupus Erythematosus. In this paper, we describe the clinical and laboratorial features of 5 female children with Idiopathic Thrombocytopenic Purpura that later developed Systemic Lupus Erythematosus. All patients were girls, 3 Caucasian, with Idiopathic Thrombocytopenic Purpura onset age ranged between 6 years and 3 months and 12 years and 1 month (mean - 9 years and 2 months). The age at Systemic Lupus Erythematosus diagnosis ranged between 8 years and 13 years and 8 months (mean - 10 years and 10 months). Though, the gap between Idiopathic Thrombocytopenic Purpura and Systemic Lupus Erythematosus diagnosis ranged between 11 months and 2 years and 9 months (mean - 1 year and 10 months). All patients presented chronic Idiopathic Thrombocytopenic Purpura (thrombocytopenia lasts longer than 6 months). The Systemic Lupus Erythematosus classification criteria were (in decreasing frequency): malar erythema and positivity of ANA in 5 patients; arthritis, hematological (thrombocytopenia) and immunological alterations (positivity of anti-DNA) in 4 patients; photosensitivity and positivity of anti-cardiolipin in 3 patients. Other manifestations included oral ulcers, renal involvement, leukopenia and auto-immune hemolytic anemia, serositis (pericarditis), neurological involvement and positivity of anti-Sm antibody. We would like to emphasize this form of presentation of Systemic Lupus Erythematosus, in which the Idiopathic Thrombocytopenic Purpura was the first manifestation and that the auto-antibody determination in every children with chronic form of this disease is very important.UNIFESP-EPMUNIFESP, EPMSciELO392-396porSociedade Brasileira de ReumatologiaRevista Brasileira de Reumatologiapúrpura trombocitopênica imunológicalúpus eritematoso sistêmicoplaquetopeniaanticardiolipinaCriançasIdiopathic thrombocytopenic purpurasystemic lupus erythematosusthrombocytopeniacardiolipin antibodyChildrenPúrpura trombocitopênica imunológica como manifestação inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenilIdiopathic thrombocytopenic purpura as initial manifestation of juvenile systemic lupus erythematosusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0482-50042003000600013.pdfapplication/pdf131297${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1906/1/S0482-50042003000600013.pdf1df0bb70cb1a9b12111dfc3d89ca816aMD51open accessTEXTS0482-50042003000600013.pdf.txtS0482-50042003000600013.pdf.txtExtracted texttext/plain22020${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1906/2/S0482-50042003000600013.pdf.txta2eb9f4eaa08a6017c601dca58c8e0eaMD52open access11600/19062022-09-19 22:26:30.405open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/1906Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:38:55.598655Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Púrpura trombocitopênica imunológica como manifestação inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenil
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Idiopathic thrombocytopenic purpura as initial manifestation of juvenile systemic lupus erythematosus
title Púrpura trombocitopênica imunológica como manifestação inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenil
spellingShingle Púrpura trombocitopênica imunológica como manifestação inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenil
Braga, Josefina Aparecida Pellegrini [UNIFESP]
púrpura trombocitopênica imunológica
lúpus eritematoso sistêmico
plaquetopenia
anticardiolipina
Crianças
Idiopathic thrombocytopenic purpura
systemic lupus erythematosus
thrombocytopenia
cardiolipin antibody
Children
title_short Púrpura trombocitopênica imunológica como manifestação inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenil
title_full Púrpura trombocitopênica imunológica como manifestação inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenil
title_fullStr Púrpura trombocitopênica imunológica como manifestação inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenil
title_full_unstemmed Púrpura trombocitopênica imunológica como manifestação inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenil
title_sort Púrpura trombocitopênica imunológica como manifestação inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenil
author Braga, Josefina Aparecida Pellegrini [UNIFESP]
author_facet Braga, Josefina Aparecida Pellegrini [UNIFESP]
Hokazono, Mary
Terreri, Maria Teresa Ramos Ascensão [UNIFESP]
Hilário, Maria Odete Esteves [UNIFESP]
author_role author
author2 Hokazono, Mary
Terreri, Maria Teresa Ramos Ascensão [UNIFESP]
Hilário, Maria Odete Esteves [UNIFESP]
author2_role author
author
author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Braga, Josefina Aparecida Pellegrini [UNIFESP]
Hokazono, Mary
Terreri, Maria Teresa Ramos Ascensão [UNIFESP]
Hilário, Maria Odete Esteves [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv púrpura trombocitopênica imunológica
lúpus eritematoso sistêmico
plaquetopenia
anticardiolipina
Crianças
topic púrpura trombocitopênica imunológica
lúpus eritematoso sistêmico
plaquetopenia
anticardiolipina
Crianças
Idiopathic thrombocytopenic purpura
systemic lupus erythematosus
thrombocytopenia
cardiolipin antibody
Children
dc.subject.eng.fl_str_mv Idiopathic thrombocytopenic purpura
systemic lupus erythematosus
thrombocytopenia
cardiolipin antibody
Children
description Os pacientes com púrpura trombocitopênica imunológica apresentam risco aumentado para desenvolver lúpus eritematoso sistêmico, principalmente quando a doença evolui de forma crônica. Alguns autores observaram que o sexo feminino, a idade mais avançada, a história familiar para lúpus eritematoso sistêmico podem ser fatores indicadores de maior risco para desenvolver lúpus em pacientes com púrpura trombocitopênica imunológica. Com base nestes fatos, resolvemos estudar cinco crianças nas quais a púrpura trombocitopênica imunológica foi o primeiro sintoma do lúpus eritematoso sistêmico. Neste artigo descrevemos as características clínicas e laboratoriais de cinco crianças com púrpura trombocitopênica imunológica que desenvolveram lúpus eritematoso sistêmico juvenil. Todas as crianças eram do sexo feminino - três caucasóides e duas pardas, com idade do início das manifestações de PTI variando entre 6 anos e 3 meses a 12 anos e 1 mês (média de 9 anos e 2 meses). A idade do diagnóstico de LESJ variou de 8 a 13 anos e 8 meses (média de 10 anos e 10 meses). Portanto, o intervalo de tempo entre o quadro de PTI e o diagnóstico de LESJ foi de 11 meses a 2 anos e 9meses (média de 1 ano e 10 meses). Todas as crianças apresentavam quadro de PTI crônica (plaquetopenia por mais de 6 meses). Os critérios de classificação para LESJ foram, em ordem de freqüência: rash malar e FAN positivo em 5 pacientes; artrite, alterações hematológica (plaquetopenia) e imunológica (anticorpo anti-DNA nativo) em 4; fotossensibilidade e ACL positivo em 3. Outras manifestações associadas foram úlceras orais, alterações renal e hematológica (leucopenia e AHAI com TCD positivo); serosite (pericardite), acometimento neurológico e alteração imunológica (anticorpo anti-Sm). Gostaríamos de alertar para esta forma de apresentação do lúpus eritematoso sistêmico em que o primeiro sintoma foi a púrpura trombocitopênica imunológica e salientar a importância da determinação de auto-anticorpos para lúpus eritematoso sistêmico nas crianças com a forma crônica desta patologia.
publishDate 2003
dc.date.issued.fl_str_mv 2003-12-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:30:11Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:30:11Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Revista Brasileira de Reumatologia. Sociedade Brasileira de Reumatologia, v. 43, n. 6, p. 392-396, 2003.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1906
http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042003000600013
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 0482-5004
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S0482-50042003000600013.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S0482-50042003000600013
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S0482-50042003000600013
identifier_str_mv Revista Brasileira de Reumatologia. Sociedade Brasileira de Reumatologia, v. 43, n. 6, p. 392-396, 2003.
0482-5004
S0482-50042003000600013.pdf
S0482-50042003000600013
10.1590/S0482-50042003000600013
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1906
http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042003000600013
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Reumatologia
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 392-396
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Reumatologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Reumatologia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1906/1/S0482-50042003000600013.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1906/2/S0482-50042003000600013.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 1df0bb70cb1a9b12111dfc3d89ca816a
a2eb9f4eaa08a6017c601dca58c8e0ea
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460240065298432