“Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosolen Junior, Geraldo
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61233
Resumo: Tendo se fixado em solo imperial pela primeira vez entre 409 e 428 nas províncias da Hispânia, e posteriormente avançados sobre as províncias africanas em 429 até a conquista de Cartago em 439. Os vândalos haviam se estabelecido nas regiões mais ricas do Império Romano do Ocidente, e rapidamente ocuparam um lugar de destaque na historiografia romana, ao obter a atenção de clérigos que se dedicaram a denunciar a condução político-religiosa dos reis vândalos ao longo do século V, tais como Idácio de Aquae Flaviae e Victor de Vita. Entretanto, observamos que mesmo entre os clérigos, essas disputas narrativas e retóricas não alcançaram uma coesão, já que Salviano desejou representar visigodos e vândalos como sociedades mais próxima dos desígnios de Deus, perspectiva que acreditamos estar à luz dos ensinamentos de Agostinho que destacava as ações dos godos de Alarico, como exemplos da cristandade, em contraste com os romanos que permaneciam em pecado e por isso sofriam com o flagelo divino. Contudo, ao longo do século VI é possível perceber um aumento exponencial da produção literária secular, principalmente de poetas que se dedicaram a representar os aristocratas vândalos em seus panegíricos, período que foi nomeado pela historiografia recente como ‘renascença vândala’. Por fim, nossa pesquisa se encerra ao avaliarmos a obra História das Guerras de Procópio de Cesarea, e como ela se transmite a compreensão das identidades e dos reis vândalos. Damos destaque para a rivalidade entre Hilderico e Gelimero, que propiciaram a fragmentação do Reino Vândalo, que forneceu uma justificativa para a intervenção de Justiniano. Isso porque, Hilderico é caracterizado por ser um membro da família imperial, e retratado como muito próximo dos interesses romanos, enquanto que Gelimero é representado como um rei que desejava manter a autonomia do Reino Vândalo em relação ao Império Romano. Assim, o principal objetivo dessa pesquisa é compreender como os modelos narrativos acerca da identidade vândala, haviam surgidos no século V, principalmente pela influência dos debates religiosos, e que posteriormente, no século VI são reorganizadas a partir de obras, dita ‘seculares’.
id UFSP_ba88986b7f2b5745b1db031f63938227
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/61233
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Rosolen Junior, Geraldohttp://lattes.cnpq.br/2461795296543874http://lattes.cnpq.br/5297278590369732Fernandes, FabianoVideoconferência2021-06-30T17:36:47Z2021-06-30T17:36:47Z2021-05-27ROSOLEN JUNIOR, Geraldo. “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI. Dissertação de mestrado. Guarulhos: Universidade Federal de São Paulo, 2021.https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61233Tendo se fixado em solo imperial pela primeira vez entre 409 e 428 nas províncias da Hispânia, e posteriormente avançados sobre as províncias africanas em 429 até a conquista de Cartago em 439. Os vândalos haviam se estabelecido nas regiões mais ricas do Império Romano do Ocidente, e rapidamente ocuparam um lugar de destaque na historiografia romana, ao obter a atenção de clérigos que se dedicaram a denunciar a condução político-religiosa dos reis vândalos ao longo do século V, tais como Idácio de Aquae Flaviae e Victor de Vita. Entretanto, observamos que mesmo entre os clérigos, essas disputas narrativas e retóricas não alcançaram uma coesão, já que Salviano desejou representar visigodos e vândalos como sociedades mais próxima dos desígnios de Deus, perspectiva que acreditamos estar à luz dos ensinamentos de Agostinho que destacava as ações dos godos de Alarico, como exemplos da cristandade, em contraste com os romanos que permaneciam em pecado e por isso sofriam com o flagelo divino. Contudo, ao longo do século VI é possível perceber um aumento exponencial da produção literária secular, principalmente de poetas que se dedicaram a representar os aristocratas vândalos em seus panegíricos, período que foi nomeado pela historiografia recente como ‘renascença vândala’. Por fim, nossa pesquisa se encerra ao avaliarmos a obra História das Guerras de Procópio de Cesarea, e como ela se transmite a compreensão das identidades e dos reis vândalos. Damos destaque para a rivalidade entre Hilderico e Gelimero, que propiciaram a fragmentação do Reino Vândalo, que forneceu uma justificativa para a intervenção de Justiniano. Isso porque, Hilderico é caracterizado por ser um membro da família imperial, e retratado como muito próximo dos interesses romanos, enquanto que Gelimero é representado como um rei que desejava manter a autonomia do Reino Vândalo em relação ao Império Romano. Assim, o principal objetivo dessa pesquisa é compreender como os modelos narrativos acerca da identidade vândala, haviam surgidos no século V, principalmente pela influência dos debates religiosos, e que posteriormente, no século VI são reorganizadas a partir de obras, dita ‘seculares’.Having settled in Imperial territory for the first time between 409 and 428 in the provinces of Hispania, and advanced on the African provinces in 429 until the conquest of Carthage in 439. Vandals had settled in the richest regions of the Western Roman Empire, and quickly occupied a prominent place in Roman historiography, attracting the attention of clergymen who dedicated to denouncing the political-religious conduct of the Vandal kings throughout the 5th century, such as Hydatius and Victor of Vita. However, we note that among clerics, these narrative and rhetorical disputes did not achieve cohesion, because Salvian represented Visigoths and Vandals as societies more compatible with the wishes of God, a perspective that we believe to be influenced by the teachings of Augustine who judges the actions of the Goths of Alaric as examples of Christianity, in contrast to the Romans who remained in sin and therefore suffered from the divine scourge. Thus, throughout the sixth century, it is possible to see a great increase in secular literary production, especially of poets who dedicated to representing the Vandal aristocrats in their panegyrists, a period that was named by recent historiography as 'Vandal renaissance'. Finally, our research ends when we evaluate the work Procopius's Wars, and how it transmits the understanding of the identities and the Vandal kings, emphasizing the rivalry between Hilderic and Gelimer, which provided the fragmentation of the Vandal Kingdom, which justified Justinian's intervention. This is because, Hilderic is characterized as a member of the Imperial family, and portrayed as very close to Roman interests, while Gelimer, is represented as a king who wished to maintain the autonomy of the Vandal Kingdom about the Roman Empire. Thus, the main objective of this research is to understand how the narrative models about the Vandal identity, had appeared in the 5th century, mainly due to the influence of religious debates, and that later, in the 6th century, they are reorganized based on works, so-called ‘secular’.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)88887.486903/2020-00317porUniversidade Federal de São PauloReino VândaloHistoriografia MedievalIdentidade vândalaImpério RomanoÁfrica do Norte“Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI“On this ruin build your kingdoms”: Vandal identity for the Roman narratives of the 5th and 6th centuries.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)HistóriaHistória e historiografiaPoder, Cultura e SaberesHistóriaPró-reitoria de Pós-graduação e PesquisaNão se aplicaNão se aplicaNão se aplicaNão se aplicaORIGINALDissertação-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdfDissertação-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdfVersão final de dissertação de mestradoapplication/pdf5085075${dspace.ui.url}/bitstream/11600/61233/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdfba936188314b9f5e7f54ac8729b83255MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85493${dspace.ui.url}/bitstream/11600/61233/4/license.txtee37aacb521e46480b8a536e1de8c1b9MD54open accessAnexo_1.pdfAnexo_1.pdfapplication/pdf125796${dspace.ui.url}/bitstream/11600/61233/5/Anexo_1.pdf42105b05783b16cde0bed2a2711e57b2MD55open accessTEXTDissertação-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdf.txtDissertação-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdf.txtExtracted texttext/plain971103${dspace.ui.url}/bitstream/11600/61233/6/Disserta%c3%a7%c3%a3o-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdf.txtc1a40a043faef52cde6a405f877e9392MD56open accessTHUMBNAILDissertação-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdf.jpgDissertação-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3775${dspace.ui.url}/bitstream/11600/61233/8/Disserta%c3%a7%c3%a3o-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdf.jpg357294eeddfce5cba5fdefb846d2b8eeMD58open access11600/612332023-05-15 09:12:05.265open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/61233VEVSTU9TIEUgQ09OREnDh8OVRVMgUEFSQSBPIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gRE8gQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIE5PIFJFUE9TSVTDk1JJTyBJTlNUSVRVQ0lPTkFMIFVOSUZFU1AgKHZlcnPDo28gMS4wKQoKMS4gRXUsIEdlcmFsZG8gUm9zb2xlbiBKdW5pb3IgKGdyb3NvbGVuLmp1bmlvckBob3RtYWlsLmNvbSksIHJlc3BvbnPDoXZlbCBwZWxvIHRyYWJhbGhvIOKAnOKAnFNvYnJlIGVzdGEgcnXDrW5hIGVkaWZpY2FpIG9zIHZvc3NvcyByZWlub3PigJ06IEEgaWRlbnRpZGFkZSB2w6JuZGFsYSBwYXJhIGFzIG5hcnJhdGl2YXMgcm9tYW5hcyBkb3Mgc8OpY3Vsb3MgViBlIFZJ4oCdIGUvb3UgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgVU5JRkVTUCwgYXNzZWd1cm8gbm8gcHJlc2VudGUgYXRvIHF1ZSBzb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgZGlyZWl0b3MgY29uZXhvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHRvdGFsaWRhZGUgZGEgT2JyYSBvcmEgZGVwb3NpdGFkYSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwsIGJlbSBjb21vIGRlIHNldXMgY29tcG9uZW50ZXMgbWVub3JlcywgZW0gc2UgdHJhdGFuZG8gZGUgb2JyYSBjb2xldGl2YSwgY29uZm9ybWUgbyBwcmVjZWl0dWFkbyBwZWxhIExlaSA5LjYxMC85OCBlL291IExlaSA5LjYwOS85OC4gTsOjbyBzZW5kbyBlc3RlIG8gY2FzbywgYXNzZWd1cm8gdGVyIG9idGlkbyBkaXJldGFtZW50ZSBkb3MgZGV2aWRvcyB0aXR1bGFyZXMgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlIHBhcmEgYSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZGEgT2JyYSwgYWJyYW5nZW5kbyB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmV4b3MgYWZldGFkb3MgcGVsYSBhc3NpbmF0dXJhIGRvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIGRlIGxpY2VuY2lhbWVudG8sIGRlIG1vZG8gYSBlZmV0aXZhbWVudGUgaXNlbnRhciBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIGUgc2V1cyBmdW5jaW9uw6FyaW9zIGRlIHF1YWxxdWVyIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgcGVsbyB1c28gbsOjby1hdXRvcml6YWRvIGRvIG1hdGVyaWFsIGRlcG9zaXRhZG8sIHNlamEgZW0gdmluY3VsYcOnw6NvIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AsIHNlamEgZW0gdmluY3VsYcOnw6NvIGEgcXVhaXNxdWVyIHNlcnZpw6dvcyBkZSBidXNjYSBlIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIGRlIGNvbnRlw7pkbyBxdWUgZmHDp2FtIHVzbyBkYXMgaW50ZXJmYWNlcyBlIGVzcGHDp28gZGUgYXJtYXplbmFtZW50byBwcm92aWRlbmNpYWRvcyBwZWxhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGNvbmNvcmTDom5jaWEgY29tIGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2VxdcOqbmNpYSBhIHRyYW5zZmVyw6puY2lhLCBhIHTDrXR1bG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZSBuw6NvLW9uZXJvc28sIGlzZW50YSBkbyBwYWdhbWVudG8gZGUgcm95YWx0aWVzIG91IHF1YWxxdWVyIG91dHJhIGNvbnRyYXByZXN0YcOnw6NvLCBwZWN1bmnDoXJpYSBvdSBuw6NvLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTw6NvIFBhdWxvIChVTklGRVNQKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXJtYXplbmFyIGRpZ2l0YWxtZW50ZSwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlIGRlIGRpc3RyaWJ1aXIgbmFjaW9uYWwgZSBpbnRlcm5hY2lvbmFsbWVudGUgYSBPYnJhLCBpbmNsdWluZG8tc2UgbyBzZXUgcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0LCBwb3IgbWVpb3MgZWxldHLDtG5pY29zIGFvIHDDumJsaWNvIGVtIGdlcmFsLCBlbSByZWdpbWUgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KCjMuIEEgcHJlc2VudGUgbGljZW7Dp2EgdGFtYsOpbSBhYnJhbmdlLCBub3MgbWVzbW9zIHRlcm1vcyBlc3RhYmVsZWNpZG9zIG5vIGl0ZW0gMiwgc3VwcmEsIHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBjYWLDrXZlbCBlbSByZWxhw6fDo28gw6AgT2JyYSBvcmEgZGVwb3NpdGFkYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG9zIHVzb3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCByZXByZXNlbnRhw6fDo28gcMO6YmxpY2EgZS9vdSBleGVjdcOnw6NvIHDDumJsaWNhLCBiZW0gY29tbyBxdWFscXVlciBvdXRyYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gcXVlIGV4aXN0YSBvdSB2ZW5oYSBhIGV4aXN0aXIsIG5vcyB0ZXJtb3MgZG8gYXJ0aWdvIDY4IGUgc2VndWludGVzIGRhIExlaSA5LjYxMC85OCwgbmEgZXh0ZW5zw6NvIHF1ZSBmb3IgYXBsaWPDoXZlbCBhb3Mgc2VydmnDp29zIHByZXN0YWRvcyBhbyBww7pibGljbyBwZWxhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdSBleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlIGV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0gY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IgaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqiBvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0gaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZSBxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgIHB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBVTklGRVNQLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhIENyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZSBEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYSBjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MgKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUgRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIG8gYXJxdWl2byByZWZlcmVudGUgw6AgT2JyYSBkZXZlIGluZGljYXIgYSBsaWNlbsOnYSBhcGxpY8OhdmVsIGVtIGNvbnRlw7pkbyBsZWfDrXZlbCBwb3Igc2VyZXMgaHVtYW5vcyBlLCBzZSBwb3Nzw612ZWwsIHRhbWLDqW0gZW0gbWV0YWRhZG9zIGxlZ8OtdmVpcyBwb3IgbcOhcXVpbmEuIEEgaW5kaWNhw6fDo28gZGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBkZXZlIHNlciBhY29tcGFuaGFkYSBkZSB1bSBsaW5rIHBhcmEgb3MgdGVybW9zIGRlIGxpY2VuY2lhbWVudG8gb3Ugc3VhIGPDs3BpYSBpbnRlZ3JhbC4KCjcuIEF0ZXN0YSBxdWUgYSBPYnJhIHN1Ym1ldGlkYSBuw6NvIGNvbnTDqW0gcXVhbHF1ZXIgaW5mb3JtYcOnw6NvIGNvbmZpZGVuY2lhbCBzdWEgb3UgZGUgdGVyY2Vpcm9zLgoKOC4gQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTw6NvIFBhdWxvIChVTklGRVNQKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVhbGl6YXIgcXVhaXNxdWVyIGFsdGVyYcOnw7VlcyBuYSBtw61kaWEgb3Ugbm8gZm9ybWF0byBkbyBhcnF1aXZvIHBhcmEgcHJvcMOzc2l0b3MgZGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLCBkZSBhY2Vzc2liaWxpZGFkZSBlIGRlIG1lbGhvciBpZGVudGlmaWNhw6fDo28gZG8gdHJhYmFsaG8gc3VibWV0aWRvLgoKQW8gY29uY2x1aXIgYXMgZXRhcGFzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgVU5JRkVTUCwgYXRlc3RvIHF1ZSBsaSBlIGNvbmNvcmRlaSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIHNlbSBmYXplciBxdWFscXVlciByZXNlcnZhIGUgbm92YW1lbnRlIGNvbmZpcm1hbmRvIHF1ZSBjdW1wcm8gb3MgcmVxdWlzaXRvcyBpbmRpY2Fkb3Mgbm8gaXRlbnMgbWVuY2lvbmFkb3MgYW50ZXJpb3JtZW50ZS4KCkhhdmVuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzY29yZMOibmNpYSBlbSByZWxhw6fDo28gYW9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3Mgb3UgbsOjbyBzZSB2ZXJpZmljYW5kbyBvIGV4aWdpZG8gbm9zIGl0ZW5zIGFudGVyaW9yZXMsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIgaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvIGVxdWl2YWxlIMOgIGNvbmNvcmTDom5jaWEgZSDDoCBhc3NpbmF0dXJhIGRlc3RlIGRvY3VtZW50bywgY29tIHRvZGFzIGFzIGNvbnNlcXXDqm5jaWFzIG5lbGUgcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2FzbyBuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcyBhcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEgb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlIHRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKUGFyYSBhIHNvbHXDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBkw7p2aWRhIHF1YW50byBhb3MgdGVybW9zIGRlIGxpY2VuY2lhbWVudG8gZSBxdWFudG8gYW8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbywgZW52aWUgdW1hIG1lbnNhZ2VtIHBhcmEgbyBlbmRlcmXDp28gZGUgZS1tYWlsOiByZXBvc2l0b3Jpb0B1bmlmZXNwLmJyLgoKU8OjbyBQYXVsbywgU2F0IEp1biAyNiAwMTo0Nzo0MCBCUlQgMjAyMS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:33:41.683438Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv “On this ruin build your kingdoms”: Vandal identity for the Roman narratives of the 5th and 6th centuries.
title “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI
spellingShingle “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI
Rosolen Junior, Geraldo
Reino Vândalo
Historiografia Medieval
Identidade vândala
Império Romano
África do Norte
title_short “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI
title_full “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI
title_fullStr “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI
title_full_unstemmed “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI
title_sort “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI
author Rosolen Junior, Geraldo
author_facet Rosolen Junior, Geraldo
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2461795296543874
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5297278590369732
dc.contributor.author.fl_str_mv Rosolen Junior, Geraldo
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fernandes, Fabiano
contributor_str_mv Fernandes, Fabiano
dc.subject.por.fl_str_mv Reino Vândalo
Historiografia Medieval
Identidade vândala
Império Romano
África do Norte
topic Reino Vândalo
Historiografia Medieval
Identidade vândala
Império Romano
África do Norte
description Tendo se fixado em solo imperial pela primeira vez entre 409 e 428 nas províncias da Hispânia, e posteriormente avançados sobre as províncias africanas em 429 até a conquista de Cartago em 439. Os vândalos haviam se estabelecido nas regiões mais ricas do Império Romano do Ocidente, e rapidamente ocuparam um lugar de destaque na historiografia romana, ao obter a atenção de clérigos que se dedicaram a denunciar a condução político-religiosa dos reis vândalos ao longo do século V, tais como Idácio de Aquae Flaviae e Victor de Vita. Entretanto, observamos que mesmo entre os clérigos, essas disputas narrativas e retóricas não alcançaram uma coesão, já que Salviano desejou representar visigodos e vândalos como sociedades mais próxima dos desígnios de Deus, perspectiva que acreditamos estar à luz dos ensinamentos de Agostinho que destacava as ações dos godos de Alarico, como exemplos da cristandade, em contraste com os romanos que permaneciam em pecado e por isso sofriam com o flagelo divino. Contudo, ao longo do século VI é possível perceber um aumento exponencial da produção literária secular, principalmente de poetas que se dedicaram a representar os aristocratas vândalos em seus panegíricos, período que foi nomeado pela historiografia recente como ‘renascença vândala’. Por fim, nossa pesquisa se encerra ao avaliarmos a obra História das Guerras de Procópio de Cesarea, e como ela se transmite a compreensão das identidades e dos reis vândalos. Damos destaque para a rivalidade entre Hilderico e Gelimero, que propiciaram a fragmentação do Reino Vândalo, que forneceu uma justificativa para a intervenção de Justiniano. Isso porque, Hilderico é caracterizado por ser um membro da família imperial, e retratado como muito próximo dos interesses romanos, enquanto que Gelimero é representado como um rei que desejava manter a autonomia do Reino Vândalo em relação ao Império Romano. Assim, o principal objetivo dessa pesquisa é compreender como os modelos narrativos acerca da identidade vândala, haviam surgidos no século V, principalmente pela influência dos debates religiosos, e que posteriormente, no século VI são reorganizadas a partir de obras, dita ‘seculares’.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-06-30T17:36:47Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-06-30T17:36:47Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-05-27
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ROSOLEN JUNIOR, Geraldo. “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI. Dissertação de mestrado. Guarulhos: Universidade Federal de São Paulo, 2021.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61233
identifier_str_mv ROSOLEN JUNIOR, Geraldo. “Sobre esta ruína edificai os vossos reinos”: A identidade vândala para as narrativas romanas dos séculos V e VI. Dissertação de mestrado. Guarulhos: Universidade Federal de São Paulo, 2021.
url https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61233
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 317
dc.coverage.spatial.pt_BR.fl_str_mv Videoconferência
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/61233/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/61233/4/license.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/61233/5/Anexo_1.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/61233/6/Disserta%c3%a7%c3%a3o-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/61233/8/Disserta%c3%a7%c3%a3o-Geraldo-Rosolen-Junior-final.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv ba936188314b9f5e7f54ac8729b83255
ee37aacb521e46480b8a536e1de8c1b9
42105b05783b16cde0bed2a2711e57b2
c1a40a043faef52cde6a405f877e9392
357294eeddfce5cba5fdefb846d2b8ee
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460307599884288