pH nasofaríngeo e refluxo gastroesofágico em crianças com doença respiratória crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Junqueira, José Cesar da Fonseca
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Penna, Francisco José [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3736
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572007000400007
Resumo: OBJETIVOS: Este estudo de caso-controle teve o objetivo de avaliar o pH nasofaríngeo em crianças com pHmetria normal ou anormal em dois grupos de pacientes: 1) crianças com sintomas gastrintestinais; e 2) crianças com sintomas respiratórios. MÉTODOS: Entre fevereiro de 2004 e janeiro de 2005, todos os pacientes consecutivos encaminhados para pHmetria de 24 horas com suspeita de doença do refluxo gastroesofágico foram recrutados para participar de um estudo prospectivo. Os pacientes foram colocados em quatro grupos: sintomas gastrintestinais (GG) com pHmetria normal (A) ou anormal (B), sintomas respiratórios crônicos (GR) com pHmetria normal (C) ou anormal (D). O pH foi medido durante 5 minutos, antes do teste de 24 horas. RESULTADOS: Trinta e oito testes de pHmetria foram incluídos (20 no GR e 18 no GG). Resultados de pHmetria anormais foram observados em 11 pacientes do GG e em 12 do GR. As médias do pH nasofaríngeo foram 6,3273 e 5,6917, respectivamente (p < 0,0001). A média do pH nasofaríngeo nos 12 pacientes com pHmetria anormal no GR foi de 5,6917 e de 6,5000 nos oito pacientes remanescentes com resultados normais (p = 0,0006). A análise do GR através de uma curva ROC mostrou um pH de 5,8 como ponto de corte (sensibilidade de 91,7% e especificidade de 87,5%). A área sob a curva ROC foi de 0,870. CONCLUSÕES: o pH nasofaríngeo é significativamente menor entre os pacientes do GR com pHmetria anormal. Um pH nasofaríngeo de 5,8 apresenta boa sensibilidade e especificidade e pode ser usado como teste de triagem para indicar a realização de pHmetria convencional de 24 horas em pacientes com doenças respiratórias crônicas.
id UFSP_d95546986d2a2b4860faae18cb8fff34
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/3736
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Junqueira, José Cesar da FonsecaPenna, Francisco José [UNIFESP]Universidade Federal do Rio de JaneiroInstituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira Serviço de Gastroenterologia PediátricaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade Federal de Minas Gerais2015-06-14T13:36:56Z2015-06-14T13:36:56Z2007-06-01Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 83, n. 3, p. 225-232, 2007.0021-7557http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3736http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572007000400007S0021-75572007000400007.pdfS0021-7557200700040000710.1590/S0021-75572007000400007WOS:000254506400007OBJETIVOS: Este estudo de caso-controle teve o objetivo de avaliar o pH nasofaríngeo em crianças com pHmetria normal ou anormal em dois grupos de pacientes: 1) crianças com sintomas gastrintestinais; e 2) crianças com sintomas respiratórios. MÉTODOS: Entre fevereiro de 2004 e janeiro de 2005, todos os pacientes consecutivos encaminhados para pHmetria de 24 horas com suspeita de doença do refluxo gastroesofágico foram recrutados para participar de um estudo prospectivo. Os pacientes foram colocados em quatro grupos: sintomas gastrintestinais (GG) com pHmetria normal (A) ou anormal (B), sintomas respiratórios crônicos (GR) com pHmetria normal (C) ou anormal (D). O pH foi medido durante 5 minutos, antes do teste de 24 horas. RESULTADOS: Trinta e oito testes de pHmetria foram incluídos (20 no GR e 18 no GG). Resultados de pHmetria anormais foram observados em 11 pacientes do GG e em 12 do GR. As médias do pH nasofaríngeo foram 6,3273 e 5,6917, respectivamente (p < 0,0001). A média do pH nasofaríngeo nos 12 pacientes com pHmetria anormal no GR foi de 5,6917 e de 6,5000 nos oito pacientes remanescentes com resultados normais (p = 0,0006). A análise do GR através de uma curva ROC mostrou um pH de 5,8 como ponto de corte (sensibilidade de 91,7% e especificidade de 87,5%). A área sob a curva ROC foi de 0,870. CONCLUSÕES: o pH nasofaríngeo é significativamente menor entre os pacientes do GR com pHmetria anormal. Um pH nasofaríngeo de 5,8 apresenta boa sensibilidade e especificidade e pode ser usado como teste de triagem para indicar a realização de pHmetria convencional de 24 horas em pacientes com doenças respiratórias crônicas.OBJECTIVES: The aim of this case-control study was to evaluate the nasopharyngeal pH (NasopH) in children with normal or abnormal pH-metry in two groups of patients: 1) children presenting gastroenterological symptoms; and 2) children with chronic respiratory symptoms. METHODS: From February 2004 to January 2005, all consecutive patients referred for 24-hour pH-metry and in whom gastroesophageal reflux disease was suspected were enrolled in a prospective study. They were assigned to four groups: gastroenterological symptoms with normal (A) or abnormal (B) pH-metries (GG), and chronic respiratory symptoms with normal (C) or abnormal (D) pH-metries (RG). NasopH was measured for 5 minutes, before the 24-hour test was performed. RESULTS: Thirty-eight pH-metry tests were included (20 in the RG and 18 in the GG). Abnormal pH-metry results were observed in 11 patients in the GG and in 12 in the RG. NasopH means were 6.3273 and 5.6917, respectively (p < 0.0001). Average nasopharyngeal pH was 5.6917 among the 12 RG patients with abnormal pH-metry results and 6.5000 among the remaining eight patients with normal test results (p = 0.0006). Analysis of the RG with a receiver operating characteristic (ROC) curve showed pH of 5.8 as cutoff point (sensitivity of 91.7% and specificity of 87.5%). The area below the ROC curve was 0.870. CONCLUSIONS: Nasopharyngeal pH is significantly lower among patients in the RG presenting abnormal pH-metry results. A 5.8 NasopH has good sensitivity and specificity and can be used as a screening test in patients with chronic respiratory diseases to select those for whom conventional 24-hour pH-metry is indicated.Universidade Federal do Rio de JaneiroInstituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira Serviço de Gastroenterologia PediátricaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade Federal de Minas GeraisUNIFESP, EPMSciELO225-232porSociedade Brasileira de PediatriaJornal de PediatriaRefluxo gastroesofágicocriançaestudos de avaliaçãonasofaringemonitoramento do pH esofágicoGastroesophageal refluxchildevaluation studiesnasopharynxesophageal pH monitoringpH nasofaríngeo e refluxo gastroesofágico em crianças com doença respiratória crônicaNasopharyngeal pH and gastroesophageal reflux in children with chronic respiratory diseaseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0021-75572007000400007.pdfapplication/pdf209299${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3736/1/S0021-75572007000400007.pdf2990589ecfdd8dc63a22a89f4c24ec39MD51open accessTEXTS0021-75572007000400007.pdf.txtS0021-75572007000400007.pdf.txtExtracted texttext/plain32102${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3736/2/S0021-75572007000400007.pdf.txtc2aebf733d67fac137e9159d5716d5ccMD52open access11600/37362022-07-08 10:33:24.704open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/3736Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:18:42.229981Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv pH nasofaríngeo e refluxo gastroesofágico em crianças com doença respiratória crônica
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Nasopharyngeal pH and gastroesophageal reflux in children with chronic respiratory disease
title pH nasofaríngeo e refluxo gastroesofágico em crianças com doença respiratória crônica
spellingShingle pH nasofaríngeo e refluxo gastroesofágico em crianças com doença respiratória crônica
Junqueira, José Cesar da Fonseca
Refluxo gastroesofágico
criança
estudos de avaliação
nasofaringe
monitoramento do pH esofágico
Gastroesophageal reflux
child
evaluation studies
nasopharynx
esophageal pH monitoring
title_short pH nasofaríngeo e refluxo gastroesofágico em crianças com doença respiratória crônica
title_full pH nasofaríngeo e refluxo gastroesofágico em crianças com doença respiratória crônica
title_fullStr pH nasofaríngeo e refluxo gastroesofágico em crianças com doença respiratória crônica
title_full_unstemmed pH nasofaríngeo e refluxo gastroesofágico em crianças com doença respiratória crônica
title_sort pH nasofaríngeo e refluxo gastroesofágico em crianças com doença respiratória crônica
author Junqueira, José Cesar da Fonseca
author_facet Junqueira, José Cesar da Fonseca
Penna, Francisco José [UNIFESP]
author_role author
author2 Penna, Francisco José [UNIFESP]
author2_role author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira Serviço de Gastroenterologia Pediátrica
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Universidade Federal de Minas Gerais
dc.contributor.author.fl_str_mv Junqueira, José Cesar da Fonseca
Penna, Francisco José [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Refluxo gastroesofágico
criança
estudos de avaliação
nasofaringe
monitoramento do pH esofágico
topic Refluxo gastroesofágico
criança
estudos de avaliação
nasofaringe
monitoramento do pH esofágico
Gastroesophageal reflux
child
evaluation studies
nasopharynx
esophageal pH monitoring
dc.subject.eng.fl_str_mv Gastroesophageal reflux
child
evaluation studies
nasopharynx
esophageal pH monitoring
description OBJETIVOS: Este estudo de caso-controle teve o objetivo de avaliar o pH nasofaríngeo em crianças com pHmetria normal ou anormal em dois grupos de pacientes: 1) crianças com sintomas gastrintestinais; e 2) crianças com sintomas respiratórios. MÉTODOS: Entre fevereiro de 2004 e janeiro de 2005, todos os pacientes consecutivos encaminhados para pHmetria de 24 horas com suspeita de doença do refluxo gastroesofágico foram recrutados para participar de um estudo prospectivo. Os pacientes foram colocados em quatro grupos: sintomas gastrintestinais (GG) com pHmetria normal (A) ou anormal (B), sintomas respiratórios crônicos (GR) com pHmetria normal (C) ou anormal (D). O pH foi medido durante 5 minutos, antes do teste de 24 horas. RESULTADOS: Trinta e oito testes de pHmetria foram incluídos (20 no GR e 18 no GG). Resultados de pHmetria anormais foram observados em 11 pacientes do GG e em 12 do GR. As médias do pH nasofaríngeo foram 6,3273 e 5,6917, respectivamente (p < 0,0001). A média do pH nasofaríngeo nos 12 pacientes com pHmetria anormal no GR foi de 5,6917 e de 6,5000 nos oito pacientes remanescentes com resultados normais (p = 0,0006). A análise do GR através de uma curva ROC mostrou um pH de 5,8 como ponto de corte (sensibilidade de 91,7% e especificidade de 87,5%). A área sob a curva ROC foi de 0,870. CONCLUSÕES: o pH nasofaríngeo é significativamente menor entre os pacientes do GR com pHmetria anormal. Um pH nasofaríngeo de 5,8 apresenta boa sensibilidade e especificidade e pode ser usado como teste de triagem para indicar a realização de pHmetria convencional de 24 horas em pacientes com doenças respiratórias crônicas.
publishDate 2007
dc.date.issued.fl_str_mv 2007-06-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:36:56Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:36:56Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 83, n. 3, p. 225-232, 2007.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3736
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572007000400007
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 0021-7557
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S0021-75572007000400007.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S0021-75572007000400007
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S0021-75572007000400007
dc.identifier.wos.none.fl_str_mv WOS:000254506400007
identifier_str_mv Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 83, n. 3, p. 225-232, 2007.
0021-7557
S0021-75572007000400007.pdf
S0021-75572007000400007
10.1590/S0021-75572007000400007
WOS:000254506400007
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3736
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572007000400007
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Jornal de Pediatria
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 225-232
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3736/1/S0021-75572007000400007.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3736/2/S0021-75572007000400007.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 2990589ecfdd8dc63a22a89f4c24ec39
c2aebf733d67fac137e9159d5716d5cc
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460275146457088