Prevalência e fatores associados às alterações neurocognitivas em pessoas vivendo com HIV/AIDS

• Autor(a) principal: Lamas, Daniela Pereira [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6493071; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/53164
• topic: HIV; Aids; Distúrbios neurocognitivos; Prevalência; Demência; Dementia; Neurocognitive disorders; Prevalence

IIntrodução: Atualmente, sabe-se que o vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o principal responsável pelo desenvolvimento de transtorno neurocognitivo em indivíduos menores de 40 anos. O desenvolvimento de antirretrovirais, a compreensão da fisiopatogenia da doença e a busca pela melhor qualidade de vida do paciente vivendo com HIV, permitiu a evolução crônica da doença. Assim, cada vez mais, tem-se observado a demência relacionada ao HIV (HAD), cujo tratamento e entendimento passaram a ser fundamentais para o cuidado destes pacientes. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência e os principais fatores associados a HAD, em um serviço ambulatorial, no Brasil. Métodos: Foram avaliados 134 pacientes vivendo com o HIV e realizados dois testes de rastreio: Minimental, para avaliação de demência cortical e a escala internacional de demência pelo HIV, para avaliação de demência subcortical. Resultados: Neste estudo foram observados 29 pacientes com sinais de demência relacionada ao HIV (Prevalência: 21,6% [IC 95%: 15,0 – 29,6]). Os fatores independentemente associados à HAND em nosso estudo, com significância estatística, foram: idade mais avançada (RPaj 1,05; IC95% 1,00-1,09; p=0,033), menor nadir de TCD4+ (RPaj 0,998; IC95% 0,996-0,999; p=0,030) tempo de carga viral sérica do HIV detectável maior que dois anos (RPaj 2,35; IC% 1,27-4,33; p=0,006). Conclusões: A prevalência de HAD no nosso estudo foi similar aos dados nacionais e internacionais. Diagnóstico e tratamento precoce com antirretrovirais são muito importantes para minimizar a ocorrência de alterações cognitivas em PVHIV, particularmente em pacientes com idade mais avançada.