Efeitos Espaciais e Sociais de Grandes Projetos: Territórios, territorialidades e Deslocamentos compulsórios na área de abrangência da usina hidrelétrica de Miranda no rio Araguari, em Uberlândia - MG

• Autor(a) principal: da Silva, Vicente de Paulo
• Data de Publicação: 2010
• Outros Autores: de Souza, Camila Louise
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Horizonte Científico
• Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/view/4381

O presente artigo foi proposto a partir de nossa constatação de que uma grande obra pode alterar profundamente o modo de viver de milhares de pessoas sem que isso seja levado em consideração na fase de decisão e opção pela execução de tais empreendimentos. Metodologia: inicialmente, partimos do referencial teórico pesquisado para o projeto intitulado Efeitos Espaciais e Sociais de Grandes Projetos: Territórios, territorialidades e Deslocamentos compulsórios na área de abrangência da usina hidrelétrica de Miranda no rio Araguari, em Uberlândia - MG, desenvolvido no programa de Bolsa de Iniciação Científica, na Universidade Federal de Uberlândia, financiado pelo CNPq, e posteriormente foram acrescidos os resultados obtidos com a realização de trabalho de campo. Este consistiu em visitas à Usina de Miranda, bem como, em diferentes locais destruídos, ou construídos em função do evento, além de entrevistas a pessoas atingidas. Resultados: neste trabalho entendeu-se que a problemática dos deslocamentos compulsórios deve ser considerada como efeito de grandes projetos, no qual diversas pessoas se vêem obrigadas a deixar seu território de maneira forçada e tentar se estabelecer em outro lugar. Tais eventos têm sido constantes no Brasil e seus efeitos levam ao deslocamento de milhares de pessoas quer seja em zonas rurais, urbanas ou no meio indígena. Essas mudanças, na maioria dos casos, são rodeadas por desinformação, descaso e revoltas, além de serem envolvidas por diversas questões político-administrativas cujo objetivo principal é a produção de energia e não a melhoria da qualidade de vida das pessoas envolvidas.