Morfologia, patogenicidade e sensibilidade à fungicidas de isolados de Colletotrichum truncatum (Schw.) Andrus & WD Moore

• Autor(a) principal: Guimarães, Gesiane Ribeiro Guimarães
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/31595; http://doi.org/10.14393/ufu.te.2021.148
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS; Morfometria; Fisiologia; Sensibilidade; Glycine max L; Biologia; Inoculação cruzada; Antracnose; Doenças foliares; Agronomia

A antracnose da soja (Glycine max. L.) ocorre em todas as áreas de produção de soja do mundo. Entre os fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos da soja estão às doenças. A antracnose é uma das principais doenças da cultura, sendo causada pelo fungo Colletotrichum truncatum. No primeiro capítulo isolados de Colletotrichum truncatum foram obtidos de várias hospedeiras, oriundos de diferentes regiões produtoras de soja. Culturas puras foram obtidas e inoculadas em folhas, hastes e vagens destacadas. Em relação à coloração micelial houve variação do aspecto da colônia de C. truncatum. A taxa de crescimento micelial entre os isolados apresentou uma amplitude de 8,5 mm.dia-1 (isolado de Passo Fundo-RS) a 9,10 mm.dia-1 (isolado de Passo Fundo-RS), demonstrando menor e maior atividade fisiológica, respectivamente, dos isolados em condições artificiais. Na haste os isolados que apresentaram menor lesão e que diferiram estatisticamente das demais foram os isolados Passo Fundo-RS, Brasilia-DF e Urutaí-GO, 12 foram menos agressivos se comparados aos demais com lesões de 33,46 a 35,10 mm de comprimento. O mais agressivo produziu lesões de 35,38 a 37,55 mm de comprimento. Na folha o isolado mais agressivo foi o isolado Brasília-DF a lesão chegou a 79,99 mm de comprimento, sendo seguidos pelos isolados Passo Fundo-RS, Brasilia-DF e Urutaí-GO. Na vagem o isolado mais agressivo foi o isolado Brasília-DF a lesão chegou a 49,79 mm de comprimento e os menos agressivos foram os isolados Passo Fundo-RS e Urutaí. No capítulo 2, o objetivo foi avaliar o efeito da temperatura nos isolados. As placas foram submetidas à incubação com temperatura de 20º; 25º; 27º; 32º; e 35ºC, sob fotoperíodo de 12 h, durante sete dias em BOD. A avaliação do crescimento micelial foi feita pela medição, a cada 24 h, registrando-se o diâmetro em milímetros das colônias em posição ortogonal, durante sete dias a partir do momento em que foram colocados os discos de micélio contendo o isolado. As análises estatísticas foram realizadas no programa estatístico R. As variáveis significativas no teste F da análise de variância foram submetidas ao teste de médias e à análise de regressão. Os isolados apresentaram comportamento diferenciado na velocidade de crescimento micelial com capacidade adaptativa em diferentes temperaturas. No capítulo três objetivo do trabalho foi avaliar in vitro a sensibilidade de diferentes isolados de C. truncatum coletados em diferentes locais, os fungicidas de distintos ingredientes ativos incorporados ao BDA nas concentrações de 0; 0,1; 1,0; 10 e 100 ppm. Foi avaliada a porcentagem do fungo quando submetidos aos fungicidas: piraclostrobina + fluxapiroxade + epoxiconazol, trifloxistrobina + protioconazol e piraclostrobina + fluxapiroxade para estabelecer qual deles apresentou uma maior eficiência de controle. Pode-se verificar a grande variabilidade de sensibilidade de isolados C. truncatum apresentam perante as diferentes moléculas e a importância de detecção de populações resistentes.