Estudo da influência do tamanho de bolha na flotação em coluna para diferentes granulometrias de apatita

• Autor(a) principal: Reis, Angelica da Silva
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/24522; http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2019.322
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA::OPERACOES INDUSTRIAIS E EQUIPAMENTOS PARA ENGENHARIA QUIMICA; Engenharia química; Flotação; Apatita; Partícula; Tamanho de bolha; Tamanho de partícula; Flotation; Bubble size; Particle size; Apatite

Flotação é um processo de concentração baseado na separação seletiva dos constituintes através da diferença entre as propriedades de superfície das substâncias envolvidas na operação. Uma das suas aplicações é na indústria de fertilizantes, na qual o processo visa separar os minerais de interesse dos componentes de ganga. Diante da forte demanda por produtos agrícolas, associada à alta dependência da importação de fertilizantes, um estudo que proporcione um maior conhecimento do processo de flotação é importante, visto ser essa uma operação que promove a concentração mineral a partir de um aproveitamento de minérios complexos e de baixos teores, de forma econômica e com bons rendimentos. A flotação tem como mecanismo principal a interação bolha-partícula, a qual é fortemente dependente do tamanho da partícula e da distribuição do tamanho de bolha (DTB). Para que se promova um processo mais eficiente, diferentes tamanhos de partícula exigem variadas DTBs. Sabendo que as bolhas de ar são responsáveis por coletar e transportar as partículas hidrofóbicas da polpa para a espuma, o controle do tamanho e da distribuição das bolhas geradas é essencial para promover uma maior interação bolha-partícula. Portanto, este estudo teve como objetivo verificar a influência do tamanho de bolha no desempenho da flotação da apatita de diferentes granulometrias: finas (d3,2=13,95 m), intermediárias (d3,2=50,86 m) e grossas (d3,2=108,96 m). Para isto, inicialmente foi investigada a influência da adição da partícula mineral na coluna de flotação, verificando uma diminuição considerável no tamanho de bolha (2,1 a 3,2 vezes menor com relação às bolhas medidas no sistema ar-água) e definindo, a partir disso, que as bolhas seriam medidas durante a flotação mineral. Na análise da influência do tamanho de bolha na flotação, para cada faixa de tamanho de partícula estudada, foram determinadas as condições de condicionamento da polpa que promoviam o melhor desempenho da flotação e, os resultados foram avaliados a partir das imagens obtidas e dos valores obtidos para recuperação e teor de P2O5. Os resultados possibilitaram identificar faixas de diâmetro de bolha que favorecesse um melhor desempenho para cada faixa de tamanho de partícula estudada. As partículas intermediárias foram as que apresentaram os melhores resultados para toda a distribuição de diâmetro de bolha estudada. As partículas finas obtiveram um melhor desempenho na flotação quando foram utilizadas bolhas intermediárias (800-1000m). E as partículas grossas apresentaram um melhor desempenho para bolhas grandes, porém devido a sua alta taxa de desprendimento, foi observado baixos valores de recuperação, na flotação dessa faixa de partículas.