O processo de escolarização na área rural de Montes Claros - MG (1960-1989): memórias e representações de professores e alunos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Cláudia Aparecida Ferreira
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17856
https://doi.org/10.14393/ufu.te.2016.114
Resumo: O presente estudo busca situar-se no campo da História da Educação na perspectiva Cultural, que tem como proposta interpretar o passado por meio de suas representações e práticas. Dentre as possibilidades metodológicas utilizamos a História Oral Temática que centra em um tema e busca esclarecimentos sobre algum problema que, neste caso, constituiu-se na escolarização rural do município mineiro de Montes Claros. Compreendemos que a História Oral permite dar visibilidade aos grupos que, historicamente, não tiveram suas experiências validadas, do mesmo modo que a memória é a vida, é afetiva e aberta à dialética da lembrança e do esquecimento. Nesse sentido, a memória nos possibilita reapropriar do passado e ter acesso a experiências e representações dos sujeitos. Assim, tendo como objeto de estudo memórias de ex-professores e ex-alunos, este trabalho teve como objetivo investigar aspectos do processo de escolarização das crianças das escolas rurais de Montes Claros, do ano de 1960 ao de 1989, período que favorece o trabalho com fontes orais e corresponde ao momento que antecede ao processo de nucleação das escolas quando a maioria era unidocente e as turmas multisseriadas. Para isso, foram analisadas práticas educativas utilizadas pelos professores com os alunos; elementos materiais e simbólicos que contribuíram para o processo de escolarização; complexidades do trabalho do professor e os modos de vida, laser e estudos das crianças. A tese desenvolvida é a de que diferente das representações negativas construídas sobre o processo de escolarização nas escolas rurais, ela é representada positivamente pelos sujeitos investigados. Defendemos também que a escola rural, ao possibilitar aos alunos o acesso à cultura letrada, contribuiu para que tivessem melhores condições sociais e econômicas. Constatamos que, embora a maioria dos professores não tivesse habilitação para a docência, suas práticas revelam que eles se apropriaram de metodologias e pressupostos teóricos defendidos pelos educadores do movimento pedagógico denominado escola nova ou escola ativa. Essa apropriação era manifestada na forma como utilizavam o espaço escolar, o ambiente circundante e as atividades desenvolvidas, embora as orientações da Secretaria Municipal de Educação e legislações vigentes sobre o currículo escolar não fossem incorporadas ao seu modo. As dificuldades vivenciadas pelos docentes com a falta de investimentos públicos nas escolas foram de alguma forma, suprimidas e recompensadas com o apoio de suas famílias e das famílias dos alunos para quem a escolarização era parte de seu próprio projeto de vida. A pesquisa também indica que, para os sujeitos pesquisados, a escola era o lugar de se viver a infância, do lúdico e também da aprendizagem. Defendemos que a escola rural é representada pelos narradores como espaço afetivo e não simplesmente como espaço físico, o que atenua as dificuldades e problemas vivenciados no processo de escolarização.
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spelling 2016-10-05T19:12:24Z2016-10-05T19:12:24Z2016-08-18MACHADO, Claudia Aparecida Ferreira. O processo de escolarização na área rural de Montes Claros - MG (1960-1989): memórias e representações de professores e alunos. 2016. 116 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.14393/ufu.te.2016.114https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17856https://doi.org/10.14393/ufu.te.2016.114O presente estudo busca situar-se no campo da História da Educação na perspectiva Cultural, que tem como proposta interpretar o passado por meio de suas representações e práticas. Dentre as possibilidades metodológicas utilizamos a História Oral Temática que centra em um tema e busca esclarecimentos sobre algum problema que, neste caso, constituiu-se na escolarização rural do município mineiro de Montes Claros. Compreendemos que a História Oral permite dar visibilidade aos grupos que, historicamente, não tiveram suas experiências validadas, do mesmo modo que a memória é a vida, é afetiva e aberta à dialética da lembrança e do esquecimento. Nesse sentido, a memória nos possibilita reapropriar do passado e ter acesso a experiências e representações dos sujeitos. Assim, tendo como objeto de estudo memórias de ex-professores e ex-alunos, este trabalho teve como objetivo investigar aspectos do processo de escolarização das crianças das escolas rurais de Montes Claros, do ano de 1960 ao de 1989, período que favorece o trabalho com fontes orais e corresponde ao momento que antecede ao processo de nucleação das escolas quando a maioria era unidocente e as turmas multisseriadas. Para isso, foram analisadas práticas educativas utilizadas pelos professores com os alunos; elementos materiais e simbólicos que contribuíram para o processo de escolarização; complexidades do trabalho do professor e os modos de vida, laser e estudos das crianças. A tese desenvolvida é a de que diferente das representações negativas construídas sobre o processo de escolarização nas escolas rurais, ela é representada positivamente pelos sujeitos investigados. Defendemos também que a escola rural, ao possibilitar aos alunos o acesso à cultura letrada, contribuiu para que tivessem melhores condições sociais e econômicas. Constatamos que, embora a maioria dos professores não tivesse habilitação para a docência, suas práticas revelam que eles se apropriaram de metodologias e pressupostos teóricos defendidos pelos educadores do movimento pedagógico denominado escola nova ou escola ativa. Essa apropriação era manifestada na forma como utilizavam o espaço escolar, o ambiente circundante e as atividades desenvolvidas, embora as orientações da Secretaria Municipal de Educação e legislações vigentes sobre o currículo escolar não fossem incorporadas ao seu modo. As dificuldades vivenciadas pelos docentes com a falta de investimentos públicos nas escolas foram de alguma forma, suprimidas e recompensadas com o apoio de suas famílias e das famílias dos alunos para quem a escolarização era parte de seu próprio projeto de vida. A pesquisa também indica que, para os sujeitos pesquisados, a escola era o lugar de se viver a infância, do lúdico e também da aprendizagem. Defendemos que a escola rural é representada pelos narradores como espaço afetivo e não simplesmente como espaço físico, o que atenua as dificuldades e problemas vivenciados no processo de escolarização.This research is propose to situate itself in the Cultural History area. The propose of this area is interpret the past through their interpretation and practices. In between the methodological possibilities we use the Oral History Theme that focuses in one theme and propose itself to elucidate some problems that, in this case, built itself in the rural scholarship of the Montes Claros county. We understand that the Oral History is enable to give visibility to the groups that, historically, don't had their experiences valid, in the same way that the memory is the life, it is fondness and opened to the dialectic of memory and forgetfulness. In this meaning, the memory enable to us appropriate of the past and have the access to the experiences and representation of the subjects. Thus, having memories of ex teachers and ex students as the object of study, this work had as a goal investigate aspects of the process of kids scholarship in the rural schools of Montes Claros, between the years of 1960 and 1989, favors working with oral sources time that represents to the moment that precedes the process of nucleation of the schools when their majority had only one teacher and many classes in one. To this, there was analyzed educative practices utilized by the teachers with the students; symbolical and material elements that contributed with the process of scholarship; the complexities of the teachers work and their way of life, recreation and the children studies. The developed hypothesis is that different than the negatives representations built over the process of scholarship in the rural schools, it is represented in a positive way by the in subject surveyed. We also defend that,the rural schools, to enable to the students the access to the writing and reading culture, contributed to a better social and economic conditions to them. We establish that, although the most of the teachers don't have the licenses to the teaching, their accomplishment revealed that they appropriate of a different methodologies and theoretical assumptions defended by the educators of the pedagogical movement named by escola nova or escola ativa. This appropriation was manifested through they used educational space, the space around and developed activities, although the orientations of the Bureau of de County Education and ruling laws about the academic résumé wasn't incorporated like their way. The different experiences lived by the teachers without the public investments in the schools have been, somehow, stroked out and rewarded with the support of their families and the families of the students for whom the scholarship was a part of their project of life. The research also indicate that, to the studied subjects, the school was the place to live our childhood, of the playful and also of the learning. We defend that the rural school is represented by the narrators as an affective place and not simply by a physical space, that's attenuate de difficulties and the problems lived by the process of scholarship.Tese (Doutorado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em EducaçãoBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOEducaçãoEducação ruralHistória oralProfessores e alunosEscolarização ruralHistória Oral TemáticaMemórias e RepresentaçõesRural scholarshipOral History ThemeMemories and RepresentationsO processo de escolarização na área rural de Montes Claros - MG (1960-1989): memórias e representações de professores e alunosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisResende, Selmo Haroldo dehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791686E7Souza, Rosa Fátima dehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799763H4Barros, Josemir Almeidahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4189686A1Lima, Sandra Cristina Fagundes dehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701026Y6Souza, Sauloéber Társio dehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4705624A9http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4776814P0Machado, Cláudia Aparecida Ferreira23458434145-d6ec-45ce-b3f5-4a5d7e4364e9info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFUTHUMBNAILProcessoEscolarizaçãoArea.pdf.jpgProcessoEscolarizaçãoArea.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1146https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/17856/4/ProcessoEscolariza%c3%a7%c3%a3oArea.pdf.jpg8e6fa88de6c43f3312a5e6735afc4d95MD54ORIGINALProcessoEscolarizaçãoArea.pdfProcessoEscolarizaçãoArea.pdfTeseapplication/pdf6459024https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/17856/1/ProcessoEscolariza%c3%a7%c3%a3oArea.pdfc3ceac3c42e9a98b3a2b128e3f6432c1MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/17856/2/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD52TEXTProcessoEscolarizaçãoArea.pdf.txtProcessoEscolarizaçãoArea.pdf.txtExtracted texttext/plain600940https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/17856/3/ProcessoEscolariza%c3%a7%c3%a3oArea.pdf.txt236dcb3488c4c4a460720a0820797695MD53123456789/178562021-09-29 13:31:17.927oai:repositorio.ufu.br:123456789/17856w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2024-04-26T15:04:41.828830Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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