Turfeiras da Serra do Espinha?o Meridional: mapeamento e estoque de mat?ria org?nica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFVJM |
Texto Completo: | http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/484 |
Resumo: | A Serra do Espinha?o Meridional - SdEM, nascente do Rio Jequitinhonha e de importantes afluentes dos Rio S?o Francisco e Doce, possui litologias predominantemente quartz?ticas e ? caracterizada por apresentar ?reas dissecadas entremeadas a superf?cies de aplainamento, onde, nas depress?es, ocorrem as turfeiras, grandes reservat?rios de mat?ria org?nica e de ?gua. A turfeira pode ser definida como um substrato constitu?do por restos de vegetais mortos, em diferentes est?gios de decomposi??o, que se acumulam em sucess?o em lugares ?midos ou encharcados onde haja uma consider?vel redu??o na atividade biol?gica devido ?s in?spitas condi??es do meio. ? formada pelo ac?mulo em sucess?o de restos vegetais, em locais que apresentam condi??es que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxig?nio e temperaturas amenas. Outro papel importante reservado para as turfeiras ? sua utiliza??o como arquivo ambiental e cronol?gico da evolu??o das paisagens, das mudan?as clim?ticas e da deposi??o atmosf?rica de metais pesados, em escala regional ou mesmo global. O objetivo deste trabalho foi mapear as turfeiras da por??o norte da SdEM, determinar seu estoque de mat?ria org?nica armazenada e utilizar is?topos de carbono para identificar mudan?as ambientais regionais que ocorreram no Quatern?rio. Turfeiras pr?-selecionadas foram mapeadas atrav?s de trabalhos de campo e de t?cnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, utilizando os softwares Arcgis 9.3, Envi 4.5 e GPS Trackmaker Pro. A caracteriza??o dos organossolos foi realizada de acordo com metodologia preconizada no Sistema Brasileiro de classifica??o de Solos. Amostras foram enviadas para determina??o da composi??o isot?pica (?13C) e data??es radiocarb?nicas (14C) por espectrometria de cintila??o l?quida de baixa radia??o de fundo. Numa primeira aproxima??o foi poss?vel mapear 14.287,55 hectares de turfeiras distribu?das ao longo de 1.180.109 hectares da SdEM, o que representa 1,2% da ?rea total. Essas turfeiras ocupam um volume m?dio de 170.021.845,00 metros c?bicos, armazenam 4.488.576,71 toneladas de mat?ria org?nica e acumulam em m?dia 314,16 t ha-1. A maioria das turfeiras mapeadas segue o seguinte padr?o ambiental: ocorrem em ?reas aplainadas da superf?cie S2, tendo em sua base rochas quartz?ticas, entre 1100 e 1350 metros de altitude, onde as temperaturas e precipita??es anuais m?dias s?o respectivamente menores que 19?C e maiores que 1200 mm e est?o colonizadas por vegeta??o campestre, com esparsos cap?es de mata. Nas turfeiras da SdEM predominam os est?gios de decomposi??o da mat?ria org?nica avan?ado (s?prico), seguido do intermedi?rio (h?mico). A taxa de crescimento vertical variou entre 0,058 e 0,43 mm ano-1, enquanto a taxa de ac?mulo de carbono oscilou entre 0,95 e 53,91 g m-2 ano-1. As turfeiras que se situam em posi??es altim?tricas de 1.000 a 1.200m e acima de 1.700 m s?o mais recentes (Holoc?nicas), ao passo que aquelas que ocupam posi??es entre 1.200 e 1.700 metros de altitude s?o mais antigas (Pleistoc?nicas). As turfeiras da SdEM, come?aram a ser formadas no Pleistoceno Superior (42.175? 3390 anos A.P.), quando estavam colonizadas predominantemente por plantas de ciclo fotossint?tico CAM. A vegeta??o foi mudando gradativamente para plantas do ciclo fotossint?tico C3 ao longo da transi??o Pleistoceno-Holoceno, processo associado a mudan?as paleoclim?ticas. Atrav?s de mapeamentos via t?cnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto foi poss?vel entender melhor a natureza geol?gica, geomorfol?gica e hidroclimatol?gica das turfeiras e sua inser??o na paisagem regional. Os ambientes turfosos da SdEM guardam significativa import?ncia no armazenamento de carbono org?nico e ?gua e enquanto testemunho de mudan?as paleoambientais, o que fundamenta uma necessidade urgente e emergente no sentido de proporcionar maior prote??o e preserva??o a esses pedoambientes. |
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Silva, M?rcio Luiz daSilva, Alexandre ChristofaroTorrado, Pablo VidalDutra, Gleyce CamposMucida, Danielle PiuzanaUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Silva, Alexandre Christofaro2015-02-10T11:32:26Z2015-02-10T11:32:26Z20122012-02-15SILVA, M?rcio Luiz da. Turfeiras da Serra do Espinha?o Meridional: mapeamento e estoque de mat?ria org?nica. 2012. 123 p. Disserta??o (Mestrado) ? Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncia Florestal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2012.http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/484A Serra do Espinha?o Meridional - SdEM, nascente do Rio Jequitinhonha e de importantes afluentes dos Rio S?o Francisco e Doce, possui litologias predominantemente quartz?ticas e ? caracterizada por apresentar ?reas dissecadas entremeadas a superf?cies de aplainamento, onde, nas depress?es, ocorrem as turfeiras, grandes reservat?rios de mat?ria org?nica e de ?gua. A turfeira pode ser definida como um substrato constitu?do por restos de vegetais mortos, em diferentes est?gios de decomposi??o, que se acumulam em sucess?o em lugares ?midos ou encharcados onde haja uma consider?vel redu??o na atividade biol?gica devido ?s in?spitas condi??es do meio. ? formada pelo ac?mulo em sucess?o de restos vegetais, em locais que apresentam condi??es que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxig?nio e temperaturas amenas. Outro papel importante reservado para as turfeiras ? sua utiliza??o como arquivo ambiental e cronol?gico da evolu??o das paisagens, das mudan?as clim?ticas e da deposi??o atmosf?rica de metais pesados, em escala regional ou mesmo global. O objetivo deste trabalho foi mapear as turfeiras da por??o norte da SdEM, determinar seu estoque de mat?ria org?nica armazenada e utilizar is?topos de carbono para identificar mudan?as ambientais regionais que ocorreram no Quatern?rio. Turfeiras pr?-selecionadas foram mapeadas atrav?s de trabalhos de campo e de t?cnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, utilizando os softwares Arcgis 9.3, Envi 4.5 e GPS Trackmaker Pro. A caracteriza??o dos organossolos foi realizada de acordo com metodologia preconizada no Sistema Brasileiro de classifica??o de Solos. Amostras foram enviadas para determina??o da composi??o isot?pica (?13C) e data??es radiocarb?nicas (14C) por espectrometria de cintila??o l?quida de baixa radia??o de fundo. Numa primeira aproxima??o foi poss?vel mapear 14.287,55 hectares de turfeiras distribu?das ao longo de 1.180.109 hectares da SdEM, o que representa 1,2% da ?rea total. Essas turfeiras ocupam um volume m?dio de 170.021.845,00 metros c?bicos, armazenam 4.488.576,71 toneladas de mat?ria org?nica e acumulam em m?dia 314,16 t ha-1. A maioria das turfeiras mapeadas segue o seguinte padr?o ambiental: ocorrem em ?reas aplainadas da superf?cie S2, tendo em sua base rochas quartz?ticas, entre 1100 e 1350 metros de altitude, onde as temperaturas e precipita??es anuais m?dias s?o respectivamente menores que 19?C e maiores que 1200 mm e est?o colonizadas por vegeta??o campestre, com esparsos cap?es de mata. Nas turfeiras da SdEM predominam os est?gios de decomposi??o da mat?ria org?nica avan?ado (s?prico), seguido do intermedi?rio (h?mico). A taxa de crescimento vertical variou entre 0,058 e 0,43 mm ano-1, enquanto a taxa de ac?mulo de carbono oscilou entre 0,95 e 53,91 g m-2 ano-1. As turfeiras que se situam em posi??es altim?tricas de 1.000 a 1.200m e acima de 1.700 m s?o mais recentes (Holoc?nicas), ao passo que aquelas que ocupam posi??es entre 1.200 e 1.700 metros de altitude s?o mais antigas (Pleistoc?nicas). As turfeiras da SdEM, come?aram a ser formadas no Pleistoceno Superior (42.175? 3390 anos A.P.), quando estavam colonizadas predominantemente por plantas de ciclo fotossint?tico CAM. A vegeta??o foi mudando gradativamente para plantas do ciclo fotossint?tico C3 ao longo da transi??o Pleistoceno-Holoceno, processo associado a mudan?as paleoclim?ticas. Atrav?s de mapeamentos via t?cnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto foi poss?vel entender melhor a natureza geol?gica, geomorfol?gica e hidroclimatol?gica das turfeiras e sua inser??o na paisagem regional. 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Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncia Florestal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2012.porUFVJMA concess?o da licen?a deste item refere-se ao ? termo de autoriza??o impresso assinado pelo autor, assim como na licen?a Creative Commons, com as seguintes condi??es: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publica??o, autorizo a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e o IBICT a disponibilizar por meio de seus reposit?rios, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei n? 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permiss?es assinaladas, para fins de leitura, impress?o e/ou download, a t?tulo de divulga??o da produ??o cient?fica brasileira, e preserva??o, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessTurfeiras da Serra do Espinha?o Meridional: mapeamento e estoque de mat?ria org?nicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCi?ncia FlorestalCi?ncias 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A Serra do Espinha?o Meridional - SdEM, nascente do Rio Jequitinhonha e de importantes afluentes dos Rio S?o Francisco e Doce, possui litologias predominantemente quartz?ticas e ? caracterizada por apresentar ?reas dissecadas entremeadas a superf?cies de aplainamento, onde, nas depress?es, ocorrem as turfeiras, grandes reservat?rios de mat?ria org?nica e de ?gua. A turfeira pode ser definida como um substrato constitu?do por restos de vegetais mortos, em diferentes est?gios de decomposi??o, que se acumulam em sucess?o em lugares ?midos ou encharcados onde haja uma consider?vel redu??o na atividade biol?gica devido ?s in?spitas condi??es do meio. ? formada pelo ac?mulo em sucess?o de restos vegetais, em locais que apresentam condi??es que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxig?nio e temperaturas amenas. Outro papel importante reservado para as turfeiras ? sua utiliza??o como arquivo ambiental e cronol?gico da evolu??o das paisagens, das mudan?as clim?ticas e da deposi??o atmosf?rica de metais pesados, em escala regional ou mesmo global. O objetivo deste trabalho foi mapear as turfeiras da por??o norte da SdEM, determinar seu estoque de mat?ria org?nica armazenada e utilizar is?topos de carbono para identificar mudan?as ambientais regionais que ocorreram no Quatern?rio. Turfeiras pr?-selecionadas foram mapeadas atrav?s de trabalhos de campo e de t?cnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, utilizando os softwares Arcgis 9.3, Envi 4.5 e GPS Trackmaker Pro. A caracteriza??o dos organossolos foi realizada de acordo com metodologia preconizada no Sistema Brasileiro de classifica??o de Solos. Amostras foram enviadas para determina??o da composi??o isot?pica (?13C) e data??es radiocarb?nicas (14C) por espectrometria de cintila??o l?quida de baixa radia??o de fundo. Numa primeira aproxima??o foi poss?vel mapear 14.287,55 hectares de turfeiras distribu?das ao longo de 1.180.109 hectares da SdEM, o que representa 1,2% da ?rea total. Essas turfeiras ocupam um volume m?dio de 170.021.845,00 metros c?bicos, armazenam 4.488.576,71 toneladas de mat?ria org?nica e acumulam em m?dia 314,16 t ha-1. A maioria das turfeiras mapeadas segue o seguinte padr?o ambiental: ocorrem em ?reas aplainadas da superf?cie S2, tendo em sua base rochas quartz?ticas, entre 1100 e 1350 metros de altitude, onde as temperaturas e precipita??es anuais m?dias s?o respectivamente menores que 19?C e maiores que 1200 mm e est?o colonizadas por vegeta??o campestre, com esparsos cap?es de mata. Nas turfeiras da SdEM predominam os est?gios de decomposi??o da mat?ria org?nica avan?ado (s?prico), seguido do intermedi?rio (h?mico). A taxa de crescimento vertical variou entre 0,058 e 0,43 mm ano-1, enquanto a taxa de ac?mulo de carbono oscilou entre 0,95 e 53,91 g m-2 ano-1. As turfeiras que se situam em posi??es altim?tricas de 1.000 a 1.200m e acima de 1.700 m s?o mais recentes (Holoc?nicas), ao passo que aquelas que ocupam posi??es entre 1.200 e 1.700 metros de altitude s?o mais antigas (Pleistoc?nicas). As turfeiras da SdEM, come?aram a ser formadas no Pleistoceno Superior (42.175? 3390 anos A.P.), quando estavam colonizadas predominantemente por plantas de ciclo fotossint?tico CAM. A vegeta??o foi mudando gradativamente para plantas do ciclo fotossint?tico C3 ao longo da transi??o Pleistoceno-Holoceno, processo associado a mudan?as paleoclim?ticas. Atrav?s de mapeamentos via t?cnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto foi poss?vel entender melhor a natureza geol?gica, geomorfol?gica e hidroclimatol?gica das turfeiras e sua inser??o na paisagem regional. Os ambientes turfosos da SdEM guardam significativa import?ncia no armazenamento de carbono org?nico e ?gua e enquanto testemunho de mudan?as paleoambientais, o que fundamenta uma necessidade urgente e emergente no sentido de proporcionar maior prote??o e preserva??o a esses pedoambientes. |
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2012 |
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SILVA, M?rcio Luiz da. Turfeiras da Serra do Espinha?o Meridional: mapeamento e estoque de mat?ria org?nica. 2012. 123 p. Disserta??o (Mestrado) ? Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncia Florestal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2012. |
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