Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andreazza, Felipe
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: eng
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27958
Resumo: Mosquitos Aedes aegypti são vetores de vários vírus, como os que causam Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e Zika. Assim, compostos que podem repelir mosquitos são usados para reduzir o contato dos mosquito com os humanos, auxiliando no combate à doenças transmitidas por vetores. O piretro e seus análogos sintéticos, os piretróides, são amplamente utilizados com essa finalidade. No entanto, o mecanismo fisiológico e molecular de sua repelência espacial (i.e., sem-contato) ainda não foi decifrado. Nesta tese, eu trago duas contribuições importantes para a área, divididas em dois capítulos. No capítulo 1, apresento um esforço contínuo para compreender a repelência espacial do piretro. Como estudos anteriores mostraram que a ativação do receptor odorante (Or) da proteína AaOr31 por um componente minoritário do piretro [i.e., (E)-β-farnesene (EBF)] explica a repelência do piretro apenas parcialmente, eu mostrei que as piretrinas I e II, os principais componentes desse extrato, provocam repelência agindo em dois alvos, os canais de sódio dependentes de voltagem e um Or expresso em uma sensila específica (i.e., sst-1) na antena de Ae. aegypti. Curiosamente, eu também descobri que a ação das piretrinas nos canais de sódio dependentes de voltagem são responsáveis por aumentar a repelência do EBF, explicando por que o EBF desempenha um papel na repelência do piretro, mesmo em concentrações mínimas. No capítulo 2, trago uma contribuição para a compreensão da repelência espacial pela transflutrina, um dos principais piretróides recentemente implementados como repelente de mosquitos. Igualmente às piretrinas, a transflutrina provoca repelência ao agir nos canais de sódio dependentes de voltagem. No entanto, a transflutrina não conseguiu ativar nenhum neurônio nos principais apêndices dos mosquitos, e sua repelência não envolve a ativação de nenhum Or. A transflutrina também aumenta a repelência de outros repelentes que agem em Or, incluindo o conhecido repelente DEET. De fato, descobri que amostras comerciais de repelentes de mosquitos à base de transflutrina provocam repelência mediada por Or, mesmo que a transflutrina não atue sobre Ors. Juntos, esses capítulos ilustram que os humanos têm explorado sem saber esse mecanismo sinérgico com alvo duplo para repelência a insetos por séculos, e que uma ação apenas nos canais de sódio dependentes de voltagem já é suficiente para provocar repelência em Ae. aegypti. Esses resultados devem inspirar novas químicas de compostos voláteis que atuem nos canais de sódio, e o desenvolvimento de misturas mais potentes. Espera-se que a redução na concentração de componentes individuais quando em uma mistura diminua a contaminação do meio ambiente e as alergias, como as causadas por altas concentrações de DEET. Portanto, esta nova estrutura a ser explorada promove a sustentabilidade ambiental e social e auxilia no controle de doenças humanas transmitidas por vetores. Palavras-chave: Mosquitos. Doenças transmitidas por vetores. Comportamento. Canais de sódio dependentes de voltagem. Receptores de odor. Sinergismo.
id UFV_44841fb27a4ba997f2a14a1172e240c8
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/27958
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Dong, KeAndreazza, Felipehttp://lattes.cnpq.br/2992672572696736Oliveira, Eugênio Eduardo de2021-07-05T15:17:05Z2021-07-05T15:17:05Z2021-02-12ANDREAZZA, Felipe. Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti. 2021. 125 f. Tese (Doutorado em Entomologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2021.https://locus.ufv.br//handle/123456789/27958Mosquitos Aedes aegypti são vetores de vários vírus, como os que causam Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e Zika. Assim, compostos que podem repelir mosquitos são usados para reduzir o contato dos mosquito com os humanos, auxiliando no combate à doenças transmitidas por vetores. O piretro e seus análogos sintéticos, os piretróides, são amplamente utilizados com essa finalidade. No entanto, o mecanismo fisiológico e molecular de sua repelência espacial (i.e., sem-contato) ainda não foi decifrado. Nesta tese, eu trago duas contribuições importantes para a área, divididas em dois capítulos. No capítulo 1, apresento um esforço contínuo para compreender a repelência espacial do piretro. Como estudos anteriores mostraram que a ativação do receptor odorante (Or) da proteína AaOr31 por um componente minoritário do piretro [i.e., (E)-β-farnesene (EBF)] explica a repelência do piretro apenas parcialmente, eu mostrei que as piretrinas I e II, os principais componentes desse extrato, provocam repelência agindo em dois alvos, os canais de sódio dependentes de voltagem e um Or expresso em uma sensila específica (i.e., sst-1) na antena de Ae. aegypti. Curiosamente, eu também descobri que a ação das piretrinas nos canais de sódio dependentes de voltagem são responsáveis por aumentar a repelência do EBF, explicando por que o EBF desempenha um papel na repelência do piretro, mesmo em concentrações mínimas. No capítulo 2, trago uma contribuição para a compreensão da repelência espacial pela transflutrina, um dos principais piretróides recentemente implementados como repelente de mosquitos. Igualmente às piretrinas, a transflutrina provoca repelência ao agir nos canais de sódio dependentes de voltagem. No entanto, a transflutrina não conseguiu ativar nenhum neurônio nos principais apêndices dos mosquitos, e sua repelência não envolve a ativação de nenhum Or. A transflutrina também aumenta a repelência de outros repelentes que agem em Or, incluindo o conhecido repelente DEET. De fato, descobri que amostras comerciais de repelentes de mosquitos à base de transflutrina provocam repelência mediada por Or, mesmo que a transflutrina não atue sobre Ors. Juntos, esses capítulos ilustram que os humanos têm explorado sem saber esse mecanismo sinérgico com alvo duplo para repelência a insetos por séculos, e que uma ação apenas nos canais de sódio dependentes de voltagem já é suficiente para provocar repelência em Ae. aegypti. Esses resultados devem inspirar novas químicas de compostos voláteis que atuem nos canais de sódio, e o desenvolvimento de misturas mais potentes. Espera-se que a redução na concentração de componentes individuais quando em uma mistura diminua a contaminação do meio ambiente e as alergias, como as causadas por altas concentrações de DEET. Portanto, esta nova estrutura a ser explorada promove a sustentabilidade ambiental e social e auxilia no controle de doenças humanas transmitidas por vetores. Palavras-chave: Mosquitos. Doenças transmitidas por vetores. Comportamento. Canais de sódio dependentes de voltagem. Receptores de odor. Sinergismo.Aedes aegypti mosquitoes are vectors of several viruses, such the ones causing Dengue and Yellow fevers, Chikungunya and Zika. Thus, compounds that can repel mosquitoes are used to prevent human-mosquito contact, aiding the fight against vector-borne diseases. Pyrethrum and its synthetic analogs, pyrethroids, are widely used for this purpose. However, the physiological and molecular mechanism of their spatial repellency (i.e., non-contact repellency) have not yet being deciphered. In this thesis, I bring two major contributions to the field, divided into two chapters. In the chapter 1, I present a continuing effort for understanding pyrethrum spatial repellency. As previous studies had shown that the activation of the odorant receptor (Or) protein AaOr31 by a minor component of pyrethrum [i.e., E)-β-farnesene (EBF)] only partially explain the pyrethrum repellency, I showed that pyrethrins I and II, the major components of this extract, elicit repellency by acting in two targets, the voltage-gated sodium channels and an Or expressed in a specific sensilla (i.e., sst-1) in Ae. aegypti antenna. Interesting, I also discovered that pyrethrins action on the voltage-gated sodium channels are responsible for enhancing the EBF repellency, explaining why EBF plays a role in pyrethrum repellency even at minute concentrations. In the chapter 2, I bring a contribution toward understanding the spatial repellency by transfluthrin, one of the main pyrethroids being recently deployed as mosquito repellent. Similarly to pyrethrins, transfluthrin elicits repellency by acting on the voltage-gated sodium channel. However, transfluthrin could not activate any neuron in mosquito major sensing appendages, as well as its repellency does not in-volve activation of any Or. Transfluthrin also enhances repellency of other Or-dependent repellents, including the gold-standard repellent DEET. In fact, I discovery that samples of commercial transfluthrin-based mosquito repellents elicit Or-mediated repellency, even though transfluthrin does not act on Ors. Together, these chapters illustrate that humans have been unknowingly exploiting this dual target synergistic mechanism for insect repellency for centuries, and that single action on voltage-gated sodium channels is sufficient to elicit repellency in Ae. aegypti. These results should inspire new chemistries toward volatile compounds acting on sodium channels and development of potent multi-target mixtures. The reduction in the concentration of individual components when in a mixture is expected to decrease environment contamination, and allergies, such as caused by high concentrations of DEET. There- fore, this new framework to be exploited promotes environmental and social sustainability, and aid the control of deadly vector-born human diseases. Keywords: Mosquitoes. Vector-borne diseases. Behavior. Voltage-gated sodium channels. Odorant receptors. Synergism.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoengUniversidade Federal de ViçosaVetores de doenças - ComportamentoCanais de sódio disparados por voltagemReceptores olfativosEntomologia AgrícolaPhysiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegyptiBases fisiológicas e moleculares da repelência mediada por piretro e piretróides em Aedes aegyptiinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de EntomologiaDoutor em EntomologiaViçosa - MG2021-02-12Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf12665674https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27958/1/texto%20completo.pdf9d57a2720a1782491824b48d0030faa5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27958/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/279582021-07-05 12:18:42.212oai:locus.ufv.br:123456789/27958Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452021-07-05T15:18:42LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.en.fl_str_mv Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti
dc.title.pt-BR.fl_str_mv Bases fisiológicas e moleculares da repelência mediada por piretro e piretróides em Aedes aegypti
title Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti
spellingShingle Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti
Andreazza, Felipe
Vetores de doenças - Comportamento
Canais de sódio disparados por voltagem
Receptores olfativos
Entomologia Agrícola
title_short Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti
title_full Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti
title_fullStr Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti
title_full_unstemmed Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti
title_sort Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti
author Andreazza, Felipe
author_facet Andreazza, Felipe
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt-BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2992672572696736
dc.contributor.none.fl_str_mv Dong, Ke
dc.contributor.author.fl_str_mv Andreazza, Felipe
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Oliveira, Eugênio Eduardo de
contributor_str_mv Oliveira, Eugênio Eduardo de
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Vetores de doenças - Comportamento
Canais de sódio disparados por voltagem
Receptores olfativos
topic Vetores de doenças - Comportamento
Canais de sódio disparados por voltagem
Receptores olfativos
Entomologia Agrícola
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Entomologia Agrícola
description Mosquitos Aedes aegypti são vetores de vários vírus, como os que causam Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e Zika. Assim, compostos que podem repelir mosquitos são usados para reduzir o contato dos mosquito com os humanos, auxiliando no combate à doenças transmitidas por vetores. O piretro e seus análogos sintéticos, os piretróides, são amplamente utilizados com essa finalidade. No entanto, o mecanismo fisiológico e molecular de sua repelência espacial (i.e., sem-contato) ainda não foi decifrado. Nesta tese, eu trago duas contribuições importantes para a área, divididas em dois capítulos. No capítulo 1, apresento um esforço contínuo para compreender a repelência espacial do piretro. Como estudos anteriores mostraram que a ativação do receptor odorante (Or) da proteína AaOr31 por um componente minoritário do piretro [i.e., (E)-β-farnesene (EBF)] explica a repelência do piretro apenas parcialmente, eu mostrei que as piretrinas I e II, os principais componentes desse extrato, provocam repelência agindo em dois alvos, os canais de sódio dependentes de voltagem e um Or expresso em uma sensila específica (i.e., sst-1) na antena de Ae. aegypti. Curiosamente, eu também descobri que a ação das piretrinas nos canais de sódio dependentes de voltagem são responsáveis por aumentar a repelência do EBF, explicando por que o EBF desempenha um papel na repelência do piretro, mesmo em concentrações mínimas. No capítulo 2, trago uma contribuição para a compreensão da repelência espacial pela transflutrina, um dos principais piretróides recentemente implementados como repelente de mosquitos. Igualmente às piretrinas, a transflutrina provoca repelência ao agir nos canais de sódio dependentes de voltagem. No entanto, a transflutrina não conseguiu ativar nenhum neurônio nos principais apêndices dos mosquitos, e sua repelência não envolve a ativação de nenhum Or. A transflutrina também aumenta a repelência de outros repelentes que agem em Or, incluindo o conhecido repelente DEET. De fato, descobri que amostras comerciais de repelentes de mosquitos à base de transflutrina provocam repelência mediada por Or, mesmo que a transflutrina não atue sobre Ors. Juntos, esses capítulos ilustram que os humanos têm explorado sem saber esse mecanismo sinérgico com alvo duplo para repelência a insetos por séculos, e que uma ação apenas nos canais de sódio dependentes de voltagem já é suficiente para provocar repelência em Ae. aegypti. Esses resultados devem inspirar novas químicas de compostos voláteis que atuem nos canais de sódio, e o desenvolvimento de misturas mais potentes. Espera-se que a redução na concentração de componentes individuais quando em uma mistura diminua a contaminação do meio ambiente e as alergias, como as causadas por altas concentrações de DEET. Portanto, esta nova estrutura a ser explorada promove a sustentabilidade ambiental e social e auxilia no controle de doenças humanas transmitidas por vetores. Palavras-chave: Mosquitos. Doenças transmitidas por vetores. Comportamento. Canais de sódio dependentes de voltagem. Receptores de odor. Sinergismo.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-07-05T15:17:05Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-07-05T15:17:05Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-02-12
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ANDREAZZA, Felipe. Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti. 2021. 125 f. Tese (Doutorado em Entomologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2021.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://locus.ufv.br//handle/123456789/27958
identifier_str_mv ANDREAZZA, Felipe. Physiological and molecular basis of spatial repellency mediated by pyrethrum and pyrethroids in Aedes-aegypti. 2021. 125 f. Tese (Doutorado em Entomologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2021.
url https://locus.ufv.br//handle/123456789/27958
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27958/1/texto%20completo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27958/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 9d57a2720a1782491824b48d0030faa5
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1798053128428322816