Exportação concluída — 

Founding myths, invented traditions and meaning of cities: an incursion into old and new Cataguases-MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier, Wescley Silva
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/1678-69712014/administracao.v15n6p122-148
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17446
Resumo: Este trabalho propõe uma incursão histórica na formação de Cataguases-MG, a fim de compreender como os mitos fundadores e as tradições inventadas imputam sentidos a cidades, objeto cada vez mais presente dentro dos estudos organizacionais. As tradições inventadas e os mitos fundadores constituem um elo indestrutível na medida em que as tradições representam um passado que deve ser preservado como forma de recobrar mudanças significativas na sociedade. Essas tradições demandam necessariamente formas de serem reconhecidas como novo status e se apoiam nos aparatos legal, político, cultural e econômico, sendo mais fortes quando mais coesas e institucionalmente amparadas forem. A construção do trabalho se deu a partir da consulta a acervos públicos municipais e nacionais datados a partir de 1906, bem como da análise de obras reconhecidas como biografias oficiais sobre a cidade. Os dados foram tratados a partir de uma análise marxista do discurso, de forma que este se configure um elemento ideológico de uma superestrutura que mantém relação dialética com a base, com as questões da vida social. Os achados conduzem à existência de três núcleos de mitos fundadores, ligados ao desbravamento, à fundação do município e à vocação econômica e cultural da cidade. A transição entre estes dois últimos mitos fundadores é central neste trabalho, pois diz respeito a uma batalha entre representantes da oligarquia agrária e das indústrias. É nessa transição que se desvelam as tradições inventadas, na medida em que a vocação modernista demarca a passagem de cidade conservadora para a cidade progressista. A tradição modernista imposta à cidade é decorrência de uma disputa pelo controle político da cidade da qual um dos grupos participantes era formado por industriais. Assim, o capital vê na arquitetura moderna não apenas a possibilidade de assumir o controle político, como também de demarcar a fundação de uma nova cidade, distinta daquela herdada de uma economia cafeeira gerida por velhas oligarquias.
id UFV_652a1a52d801176f3af67522c0c8f0c1
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/17446
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Xavier, Wescley Silva2018-02-07T15:40:13Z2018-02-07T15:40:13Z2014-11-031678-6971http://dx.doi.org/10.1590/1678-69712014/administracao.v15n6p122-148http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17446Este trabalho propõe uma incursão histórica na formação de Cataguases-MG, a fim de compreender como os mitos fundadores e as tradições inventadas imputam sentidos a cidades, objeto cada vez mais presente dentro dos estudos organizacionais. As tradições inventadas e os mitos fundadores constituem um elo indestrutível na medida em que as tradições representam um passado que deve ser preservado como forma de recobrar mudanças significativas na sociedade. Essas tradições demandam necessariamente formas de serem reconhecidas como novo status e se apoiam nos aparatos legal, político, cultural e econômico, sendo mais fortes quando mais coesas e institucionalmente amparadas forem. A construção do trabalho se deu a partir da consulta a acervos públicos municipais e nacionais datados a partir de 1906, bem como da análise de obras reconhecidas como biografias oficiais sobre a cidade. Os dados foram tratados a partir de uma análise marxista do discurso, de forma que este se configure um elemento ideológico de uma superestrutura que mantém relação dialética com a base, com as questões da vida social. Os achados conduzem à existência de três núcleos de mitos fundadores, ligados ao desbravamento, à fundação do município e à vocação econômica e cultural da cidade. A transição entre estes dois últimos mitos fundadores é central neste trabalho, pois diz respeito a uma batalha entre representantes da oligarquia agrária e das indústrias. É nessa transição que se desvelam as tradições inventadas, na medida em que a vocação modernista demarca a passagem de cidade conservadora para a cidade progressista. A tradição modernista imposta à cidade é decorrência de uma disputa pelo controle político da cidade da qual um dos grupos participantes era formado por industriais. Assim, o capital vê na arquitetura moderna não apenas a possibilidade de assumir o controle político, como também de demarcar a fundação de uma nova cidade, distinta daquela herdada de uma economia cafeeira gerida por velhas oligarquias.This paper aims a historical incursion into the formation of Cataguases-MG to understand how founding myths and invented traditions ascribe meanings to cities, which is an object increasingly present within the organizational studies. Invented traditions and founding myths constitute an indestructible link in that traditions represent a past that should be preserved as a way of regaining significant changes in society. This tradition demands ways to be recognized as the new status quo and rely on legal, political, cultural and economics apparatus, being stronger when tradition becomes more cohesive and institutionally supported. This study is based on the examination of local and national public collections dating from 1906 as well as the analysis of works recognized as official biographies of the city. Data were analyzed from a Marxist perspective, so that discourse could be viewed as an ideological element of a superstructure that holds dialectical relationship with the base, with issues of social life. The findings lead to the existence of three cores founding myths relating to the clearing, the foundation and the economic and cultural vocation of the city. The transition between these two last founding myths is central to this work, as it concerns a battle between representatives. The invented traditions are unveiled in this transition period, to the extent that the modernist calling delimits the change from the conservative to the progressive city. The imposed modernist tradition is a result of a dispute over political control of the city, in which one of the groups of participants consisted of industrialists. Thus capital sees in modernist architecture not only the possibility of taking over political control, but also of defining the foundation of a new town, distinct from the one inherited from a coffee economy run by old oligarchies.porRAM. Revista de Administração Mackenziev. 15, n. 6, p. 122-142, Nov./Dec. 2014Mitos fundadoresTradições inventadasSentidos de cidadesMaterialismoMarxismoFounding myths, invented traditions and meaning of cities: an incursion into old and new Cataguases-MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo.pdfartigo.pdftexto completoapplication/pdf194984https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17446/1/artigo.pdf12c041b8254e87d4f29852057f05f8c0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17446/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILartigo.pdf.jpgartigo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3950https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17446/3/artigo.pdf.jpg9ae4de6856055830382d9878f9cbe6ecMD53123456789/174462018-02-07 22:01:35.075oai:locus.ufv.br:123456789/17446Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452018-02-08T01:01:35LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.en.fl_str_mv Founding myths, invented traditions and meaning of cities: an incursion into old and new Cataguases-MG
title Founding myths, invented traditions and meaning of cities: an incursion into old and new Cataguases-MG
spellingShingle Founding myths, invented traditions and meaning of cities: an incursion into old and new Cataguases-MG
Xavier, Wescley Silva
Mitos fundadores
Tradições inventadas
Sentidos de cidades
Materialismo
Marxismo
title_short Founding myths, invented traditions and meaning of cities: an incursion into old and new Cataguases-MG
title_full Founding myths, invented traditions and meaning of cities: an incursion into old and new Cataguases-MG
title_fullStr Founding myths, invented traditions and meaning of cities: an incursion into old and new Cataguases-MG
title_full_unstemmed Founding myths, invented traditions and meaning of cities: an incursion into old and new Cataguases-MG
title_sort Founding myths, invented traditions and meaning of cities: an incursion into old and new Cataguases-MG
author Xavier, Wescley Silva
author_facet Xavier, Wescley Silva
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Xavier, Wescley Silva
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Mitos fundadores
Tradições inventadas
Sentidos de cidades
Materialismo
Marxismo
topic Mitos fundadores
Tradições inventadas
Sentidos de cidades
Materialismo
Marxismo
description Este trabalho propõe uma incursão histórica na formação de Cataguases-MG, a fim de compreender como os mitos fundadores e as tradições inventadas imputam sentidos a cidades, objeto cada vez mais presente dentro dos estudos organizacionais. As tradições inventadas e os mitos fundadores constituem um elo indestrutível na medida em que as tradições representam um passado que deve ser preservado como forma de recobrar mudanças significativas na sociedade. Essas tradições demandam necessariamente formas de serem reconhecidas como novo status e se apoiam nos aparatos legal, político, cultural e econômico, sendo mais fortes quando mais coesas e institucionalmente amparadas forem. A construção do trabalho se deu a partir da consulta a acervos públicos municipais e nacionais datados a partir de 1906, bem como da análise de obras reconhecidas como biografias oficiais sobre a cidade. Os dados foram tratados a partir de uma análise marxista do discurso, de forma que este se configure um elemento ideológico de uma superestrutura que mantém relação dialética com a base, com as questões da vida social. Os achados conduzem à existência de três núcleos de mitos fundadores, ligados ao desbravamento, à fundação do município e à vocação econômica e cultural da cidade. A transição entre estes dois últimos mitos fundadores é central neste trabalho, pois diz respeito a uma batalha entre representantes da oligarquia agrária e das indústrias. É nessa transição que se desvelam as tradições inventadas, na medida em que a vocação modernista demarca a passagem de cidade conservadora para a cidade progressista. A tradição modernista imposta à cidade é decorrência de uma disputa pelo controle político da cidade da qual um dos grupos participantes era formado por industriais. Assim, o capital vê na arquitetura moderna não apenas a possibilidade de assumir o controle político, como também de demarcar a fundação de uma nova cidade, distinta daquela herdada de uma economia cafeeira gerida por velhas oligarquias.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-11-03
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-02-07T15:40:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-02-07T15:40:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/1678-69712014/administracao.v15n6p122-148
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17446
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 1678-6971
identifier_str_mv 1678-6971
url http://dx.doi.org/10.1590/1678-69712014/administracao.v15n6p122-148
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17446
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartofseries.pt-BR.fl_str_mv v. 15, n. 6, p. 122-142, Nov./Dec. 2014
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv RAM. Revista de Administração Mackenzie
publisher.none.fl_str_mv RAM. Revista de Administração Mackenzie
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17446/1/artigo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17446/2/license.txt
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/17446/3/artigo.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 12c041b8254e87d4f29852057f05f8c0
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
9ae4de6856055830382d9878f9cbe6ec
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1798053130998382592