Hidratação enteral por via intracecal em equinos: efeitos de soluções eletrolíticas enterais contendo fonte de energia ou não
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31996 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.234 |
Resumo: | O custo de soluções eletrolíticas enterais comerciais e a presença de refluxo enterogástrico são os principais fatores limitantes para a hidratação via intravenosa e via sonda nasogástrica, respectivamente, em equinos. Diante da indisponibilidade dessas vias tradicionais de hidratação para correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido base, o estudo da hidratação enteral por via Intracecal se torna bastante promissor. O objetivo deste trabalho é de avaliar os efeitos da administração de solução eletrolítica enteral contendo fonte de energia ou não, por via intracecal, sobre os parâmetros clínicos e laboratoriais de equinos. Foram utilizados seis equinos adultos saudáveis em um delineamento experimental do tipo cross-over 6x2, em que cada um dos seis animais foi submetido a dois tratamentos distintos. Para realização da hidratação enteral por via intracecal, os animais foram submetidos ao procedimento cirúrgico de canulação do ceco por videocirurgia. Os tratamentos consistiram na hidratação enteral por via intracecal na taxa de 10 mL kg'!h'! durante 12 horas, utilizando-se soluções eletrolíticas enterais contendo fonte de energia ou não. Em tempos pré-estabelecidos durante o período experimental, avaliou-se os parâmetros físicos; hematológicos; ácido base; de bioquímica sérica, plasmática e urinária; e umidade das fezes. Os equinos submetidos à hidratação enteral por via intracecal toleraram a administração de ambas soluções eletrolíticas sem a ocorrência de desconforto e/ou efeitos adversos. Os achados clínicos significativos foram o aumento da circunferência abdominal e amolecimento das fezes durante a hidratação. Os achados laboratoriais significativos que evidenciaram a capacidade da hidratação intracecal em promover expansão plasmática e aumento da filtração glomerular foram: diminuição da concentração sérica de ureia, alteração na coloração da urina, redução da densidade urinária e da concentração de creatinina, e diluição dos íons K*, CI, e Mg”*. A hipomagnesemia, hipofosfatemia, e o aumento da concentração urinária de sódio ao longo da hidratação intracecal apontaram sobre a necessidade de ajuste da composição das soluções eletrolíticas enterais para uso Intracecal. Além disso, a utilização de 5 gramas de maltodextrina não apresentou vantagem sob os índices glicêmicos dos animais, e ambas as soluções administradas não causaram efeitos adversos no equilíbrio ácido base. Assim, os achados significativos sobre esses parâmetros clínicos e laboratoriais refletem os efeitos da administração de solução eletrolítica enteral contendo fonte de energia ou não, permitindo direcionar conclusões e apontar novas perspectivas para o uso desta terapia. |
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Bastos, Marcel FerreiraViana, Avanza Rinaldo BatistaSouza, Maria Carolina Neves deFilho, José Dantas Ribeiro2023-12-20T12:38:22Z2023-12-20T12:38:22Z2023-05-18SOUZA, Maria Carolina Neves de. Hidratação enteral por via intracecal em equinos: efeitos de soluções eletrolíticas enterais contendo fonte de energia ou não. 2023. 72 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.2023.https://locus.ufv.br//handle/123456789/31996https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.234O custo de soluções eletrolíticas enterais comerciais e a presença de refluxo enterogástrico são os principais fatores limitantes para a hidratação via intravenosa e via sonda nasogástrica, respectivamente, em equinos. Diante da indisponibilidade dessas vias tradicionais de hidratação para correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido base, o estudo da hidratação enteral por via Intracecal se torna bastante promissor. O objetivo deste trabalho é de avaliar os efeitos da administração de solução eletrolítica enteral contendo fonte de energia ou não, por via intracecal, sobre os parâmetros clínicos e laboratoriais de equinos. Foram utilizados seis equinos adultos saudáveis em um delineamento experimental do tipo cross-over 6x2, em que cada um dos seis animais foi submetido a dois tratamentos distintos. Para realização da hidratação enteral por via intracecal, os animais foram submetidos ao procedimento cirúrgico de canulação do ceco por videocirurgia. Os tratamentos consistiram na hidratação enteral por via intracecal na taxa de 10 mL kg'!h'! durante 12 horas, utilizando-se soluções eletrolíticas enterais contendo fonte de energia ou não. Em tempos pré-estabelecidos durante o período experimental, avaliou-se os parâmetros físicos; hematológicos; ácido base; de bioquímica sérica, plasmática e urinária; e umidade das fezes. Os equinos submetidos à hidratação enteral por via intracecal toleraram a administração de ambas soluções eletrolíticas sem a ocorrência de desconforto e/ou efeitos adversos. Os achados clínicos significativos foram o aumento da circunferência abdominal e amolecimento das fezes durante a hidratação. Os achados laboratoriais significativos que evidenciaram a capacidade da hidratação intracecal em promover expansão plasmática e aumento da filtração glomerular foram: diminuição da concentração sérica de ureia, alteração na coloração da urina, redução da densidade urinária e da concentração de creatinina, e diluição dos íons K*, CI, e Mg”*. A hipomagnesemia, hipofosfatemia, e o aumento da concentração urinária de sódio ao longo da hidratação intracecal apontaram sobre a necessidade de ajuste da composição das soluções eletrolíticas enterais para uso Intracecal. Além disso, a utilização de 5 gramas de maltodextrina não apresentou vantagem sob os índices glicêmicos dos animais, e ambas as soluções administradas não causaram efeitos adversos no equilíbrio ácido base. Assim, os achados significativos sobre esses parâmetros clínicos e laboratoriais refletem os efeitos da administração de solução eletrolítica enteral contendo fonte de energia ou não, permitindo direcionar conclusões e apontar novas perspectivas para o uso desta terapia.In front of the unavailability of these traditional routes of administration of fluids to correct hydro electrolytes and acid-base's imbalances, the study of enteral fluid therapy by intracecal route becomes promising. The objective of this study is to evaluate the effects of the administration of enteral electrolyte solutions containing energy source or not, by Intracecal route, over clinical and laboratorial parameters. Six healthy horses were used in a cross-over 6x2 study design, in which each of six animals were submitted to two different treatments. For the establishment of enteral hydration by intracecal route, the animals were submitted to a video assisted cecum cannulation. The treatment consisted on enteral fluid therapy by intracecal route at 10 mL kg-1h-1 rate for 12 hours, using enteral electrolyte solutions containing energy source or not. At pre-established times along the experimental period, the following parameters were evaluated: physical, hematological, and acid base parameters; serum, plasma and urinary biochemistry; and feces humidity. The enteral fluid therapy by intracecal route through administration of enteral electrolyte solutions did not cause discomfort and/or adverse effects. The significant clinical findings were the increase of abdominal circumference and feces softening during the fluid therapy. The significant laboratorial findings associated to the ability of this therapy to promote blood volume expansion and increase on glomerular filtration rate were: reduction of serum urea concentration, change 1n urine color, reduction of urinary specific gravidity and urinary creatinine concentration, and dilution of K+, Cl-, e Mg2+ 10ns 1n urine. The hypomagnesemia, hypophosphatemia, and increased urinary sodium concentration findings suggested the adjustment on the composition of enteral electrolyte solutions for intracecal use. Moreover, the use of 5 grams of maltodextrin did not present advantage over glycemic levels, and both administered solutions did not cause adverse effects over acid base balance. So, the significant findings over clinical and laboratorial parameters exhibit the effects of administration of enteral electrolyte solutions containing energy source or not, allowing to point conclusions and new perspectives for the use of this therapy. Keywords: Cecum cannulation. Video surgery. Dehydration. MaltodextrinporUniversidade Federal de ViçosaMedicina VeterináriaCavalosHidrataçãoNutrição enteralAlimentos formuladosCateterismoClinica VeterináriaHidratação enteral por via intracecal em equinos: efeitos de soluções eletrolíticas enterais contendo fonte de energia ou nãoEnteral fluid therapy by intracecal route in horses: effects of enteral electrolyte solutions containing energy source or notinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de VeterináriaMestre em Medicina VeterináriaViçosa - MG2023-05-18Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf31979472https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31996/1/texto%20completo.pdf5d5ac9fe35c2b94ead48dc1a4af1088cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31996/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/319962024-01-22 14:49:23.622oai:locus.ufv.br:123456789/31996Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452024-01-22T17:49:23LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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