Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1997 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/2429 http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20911 |
Resumo: | O problema proposto por este estudo partiu da pressuposição de que as tecnologias/técnicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca têm sido geradas, seguindo padrões definidos dos países desenvolvidos, nunca considerando as características dos usuários específicos nem as condições em que estes estão inseridos socioeconomicamente. Na realidade nota-se um hiato teórico entre a geração e a difusão de tecnologias, apesar das pressuposições de que essas duas dimensões atuem conjuntamente. Assim, o objetivo do presente estudo foi a identificação das tecnologias/técnicas adaptadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca e sua utilização pelos pequenos produtores rurais. Este estudo foi realizado com pequenos agricultores do município de Petrolina, PE, selecionados por meio de uma amostra aleatória. As variáveis analisadas foram as seguintes: 1) agricultores que conhecem as tecnologias ou já ouviram falar delas, 2) meios pelos quais os agricultores tiveram conhecimento das tecnologias, 3) agricultores que utilizam as tecnologias, 4) motivos da não-adoção das tecnologias e 5) resultados alcançados com o uso das tecnologias. As análises estatísticas dos dados foram realizadas por meio de técnicas de análise que compõem o SAS. Os resultados obtidos demonstram que, apesar de reconhecidas e comprovadas as vantagens das alternativas tecnológicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca, os produtores rurais, em sua maioria, não utilizam essas inovações, talvez porque não as conheçam, não dispõem de recursos suficientes para sua implantação ou não sabem usá-las corretamente. |
id |
UFV_d3fb091bf2ed397c3d86a2a515b8cb5d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:locus.ufv.br:123456789/20911 |
network_acronym_str |
UFV |
network_name_str |
LOCUS Repositório Institucional da UFV |
repository_id_str |
2145 |
spelling |
Muniz, José NorbertoCavalcant, Nilton de BritoLima, Antônio Luiz deRocha, Fernando Antônio da SilveiraOliveira, Carlos Alberto VasconcelosBrito, Luiza Teixeira de Lima2018-08-02T17:15:53Z2018-08-02T17:15:53Z1997-072177-3491http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/2429http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20911O problema proposto por este estudo partiu da pressuposição de que as tecnologias/técnicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca têm sido geradas, seguindo padrões definidos dos países desenvolvidos, nunca considerando as características dos usuários específicos nem as condições em que estes estão inseridos socioeconomicamente. Na realidade nota-se um hiato teórico entre a geração e a difusão de tecnologias, apesar das pressuposições de que essas duas dimensões atuem conjuntamente. Assim, o objetivo do presente estudo foi a identificação das tecnologias/técnicas adaptadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca e sua utilização pelos pequenos produtores rurais. Este estudo foi realizado com pequenos agricultores do município de Petrolina, PE, selecionados por meio de uma amostra aleatória. As variáveis analisadas foram as seguintes: 1) agricultores que conhecem as tecnologias ou já ouviram falar delas, 2) meios pelos quais os agricultores tiveram conhecimento das tecnologias, 3) agricultores que utilizam as tecnologias, 4) motivos da não-adoção das tecnologias e 5) resultados alcançados com o uso das tecnologias. As análises estatísticas dos dados foram realizadas por meio de técnicas de análise que compõem o SAS. Os resultados obtidos demonstram que, apesar de reconhecidas e comprovadas as vantagens das alternativas tecnológicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca, os produtores rurais, em sua maioria, não utilizam essas inovações, talvez porque não as conheçam, não dispõem de recursos suficientes para sua implantação ou não sabem usá-las corretamente.The problem proposed in this study was based on the assumptions that the technologies/techniques for coping with drought, recommended by agricultural research institutions, have been generated according to standards defined by economic conditions of the users. In fact, there is theoretical gap between generation and diffusion of technology in spite of the belief that these complement each other. Thus, the objective of this work, conducted in Petrolina, PE, Brazil, among randomly selected farmers, was to identify technologies for coping with drought, adapted by agricultural research, and their use by small farmers. The variables analyzed were: 1) small farmers who either knew technologies or had heard about them; 2) ways farmers had become familiar with these technologies; 3) small farmers who had adopted them; 4) reasons for not adepting them; and 5) results achieved from their use. The data was statistically analyzed by analysis tecniques used by the SAS Institute. The results show that, in Spite of the proven advantages of the technological alternatives recommended, most small farmers did not use them, maybe because they did not know them, lacked sufficient funds to implement them or did not know how to apply them correctly.porRevista Ceresv. 44, n. 254, p. 381-391, jul./ago. 1997TecnologiaConvivência com a secaPequena produçãoTecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo.pdfartigo.pdfTexto completoapplication/pdf585543https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/1/artigo.pdf8b8a5bf0506e4d6337411d4b62b3777eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILartigo.pdf.jpgartigo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg4685https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/3/artigo.pdf.jpgb09cc8a59dc1bfb17b0b23f38125309bMD53123456789/209112018-08-02 23:00:47.653oai:locus.ufv.br:123456789/20911Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452018-08-03T02:00:47LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
dc.title.pt-BR.fl_str_mv |
Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção |
title |
Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção |
spellingShingle |
Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção Muniz, José Norberto Tecnologia Convivência com a seca Pequena produção |
title_short |
Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção |
title_full |
Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção |
title_fullStr |
Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção |
title_full_unstemmed |
Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção |
title_sort |
Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção |
author |
Muniz, José Norberto |
author_facet |
Muniz, José Norberto Cavalcant, Nilton de Brito Lima, Antônio Luiz de Rocha, Fernando Antônio da Silveira Oliveira, Carlos Alberto Vasconcelos Brito, Luiza Teixeira de Lima |
author_role |
author |
author2 |
Cavalcant, Nilton de Brito Lima, Antônio Luiz de Rocha, Fernando Antônio da Silveira Oliveira, Carlos Alberto Vasconcelos Brito, Luiza Teixeira de Lima |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Muniz, José Norberto Cavalcant, Nilton de Brito Lima, Antônio Luiz de Rocha, Fernando Antônio da Silveira Oliveira, Carlos Alberto Vasconcelos Brito, Luiza Teixeira de Lima |
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv |
Tecnologia Convivência com a seca Pequena produção |
topic |
Tecnologia Convivência com a seca Pequena produção |
description |
O problema proposto por este estudo partiu da pressuposição de que as tecnologias/técnicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca têm sido geradas, seguindo padrões definidos dos países desenvolvidos, nunca considerando as características dos usuários específicos nem as condições em que estes estão inseridos socioeconomicamente. Na realidade nota-se um hiato teórico entre a geração e a difusão de tecnologias, apesar das pressuposições de que essas duas dimensões atuem conjuntamente. Assim, o objetivo do presente estudo foi a identificação das tecnologias/técnicas adaptadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca e sua utilização pelos pequenos produtores rurais. Este estudo foi realizado com pequenos agricultores do município de Petrolina, PE, selecionados por meio de uma amostra aleatória. As variáveis analisadas foram as seguintes: 1) agricultores que conhecem as tecnologias ou já ouviram falar delas, 2) meios pelos quais os agricultores tiveram conhecimento das tecnologias, 3) agricultores que utilizam as tecnologias, 4) motivos da não-adoção das tecnologias e 5) resultados alcançados com o uso das tecnologias. As análises estatísticas dos dados foram realizadas por meio de técnicas de análise que compõem o SAS. Os resultados obtidos demonstram que, apesar de reconhecidas e comprovadas as vantagens das alternativas tecnológicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca, os produtores rurais, em sua maioria, não utilizam essas inovações, talvez porque não as conheçam, não dispõem de recursos suficientes para sua implantação ou não sabem usá-las corretamente. |
publishDate |
1997 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
1997-07 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-08-02T17:15:53Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-08-02T17:15:53Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/2429 http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20911 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
2177-3491 |
identifier_str_mv |
2177-3491 |
url |
http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/2429 http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20911 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartofseries.pt-BR.fl_str_mv |
v. 44, n. 254, p. 381-391, jul./ago. 1997 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Revista Ceres |
publisher.none.fl_str_mv |
Revista Ceres |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV) instacron:UFV |
instname_str |
Universidade Federal de Viçosa (UFV) |
instacron_str |
UFV |
institution |
UFV |
reponame_str |
LOCUS Repositório Institucional da UFV |
collection |
LOCUS Repositório Institucional da UFV |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/1/artigo.pdf https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/2/license.txt https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/3/artigo.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8b8a5bf0506e4d6337411d4b62b3777e 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 b09cc8a59dc1bfb17b0b23f38125309b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV) |
repository.mail.fl_str_mv |
fabiojreis@ufv.br |
_version_ |
1801212901657149440 |