Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Muniz, José Norberto
Data de Publicação: 1997
Outros Autores: Cavalcant, Nilton de Brito, Lima, Antônio Luiz de, Rocha, Fernando Antônio da Silveira, Oliveira, Carlos Alberto Vasconcelos, Brito, Luiza Teixeira de Lima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/2429
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20911
Resumo: O problema proposto por este estudo partiu da pressuposição de que as tecnologias/técnicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca têm sido geradas, seguindo padrões definidos dos países desenvolvidos, nunca considerando as características dos usuários específicos nem as condições em que estes estão inseridos socioeconomicamente. Na realidade nota-se um hiato teórico entre a geração e a difusão de tecnologias, apesar das pressuposições de que essas duas dimensões atuem conjuntamente. Assim, o objetivo do presente estudo foi a identificação das tecnologias/técnicas adaptadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca e sua utilização pelos pequenos produtores rurais. Este estudo foi realizado com pequenos agricultores do município de Petrolina, PE, selecionados por meio de uma amostra aleatória. As variáveis analisadas foram as seguintes: 1) agricultores que conhecem as tecnologias ou já ouviram falar delas, 2) meios pelos quais os agricultores tiveram conhecimento das tecnologias, 3) agricultores que utilizam as tecnologias, 4) motivos da não-adoção das tecnologias e 5) resultados alcançados com o uso das tecnologias. As análises estatísticas dos dados foram realizadas por meio de técnicas de análise que compõem o SAS. Os resultados obtidos demonstram que, apesar de reconhecidas e comprovadas as vantagens das alternativas tecnológicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca, os produtores rurais, em sua maioria, não utilizam essas inovações, talvez porque não as conheçam, não dispõem de recursos suficientes para sua implantação ou não sabem usá-las corretamente.
id UFV_d3fb091bf2ed397c3d86a2a515b8cb5d
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/20911
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Muniz, José NorbertoCavalcant, Nilton de BritoLima, Antônio Luiz deRocha, Fernando Antônio da SilveiraOliveira, Carlos Alberto VasconcelosBrito, Luiza Teixeira de Lima2018-08-02T17:15:53Z2018-08-02T17:15:53Z1997-072177-3491http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/2429http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20911O problema proposto por este estudo partiu da pressuposição de que as tecnologias/técnicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca têm sido geradas, seguindo padrões definidos dos países desenvolvidos, nunca considerando as características dos usuários específicos nem as condições em que estes estão inseridos socioeconomicamente. Na realidade nota-se um hiato teórico entre a geração e a difusão de tecnologias, apesar das pressuposições de que essas duas dimensões atuem conjuntamente. Assim, o objetivo do presente estudo foi a identificação das tecnologias/técnicas adaptadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca e sua utilização pelos pequenos produtores rurais. Este estudo foi realizado com pequenos agricultores do município de Petrolina, PE, selecionados por meio de uma amostra aleatória. As variáveis analisadas foram as seguintes: 1) agricultores que conhecem as tecnologias ou já ouviram falar delas, 2) meios pelos quais os agricultores tiveram conhecimento das tecnologias, 3) agricultores que utilizam as tecnologias, 4) motivos da não-adoção das tecnologias e 5) resultados alcançados com o uso das tecnologias. As análises estatísticas dos dados foram realizadas por meio de técnicas de análise que compõem o SAS. Os resultados obtidos demonstram que, apesar de reconhecidas e comprovadas as vantagens das alternativas tecnológicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca, os produtores rurais, em sua maioria, não utilizam essas inovações, talvez porque não as conheçam, não dispõem de recursos suficientes para sua implantação ou não sabem usá-las corretamente.The problem proposed in this study was based on the assumptions that the technologies/techniques for coping with drought, recommended by agricultural research institutions, have been generated according to standards defined by economic conditions of the users. In fact, there is theoretical gap between generation and diffusion of technology in spite of the belief that these complement each other. Thus, the objective of this work, conducted in Petrolina, PE, Brazil, among randomly selected farmers, was to identify technologies for coping with drought, adapted by agricultural research, and their use by small farmers. The variables analyzed were: 1) small farmers who either knew technologies or had heard about them; 2) ways farmers had become familiar with these technologies; 3) small farmers who had adopted them; 4) reasons for not adepting them; and 5) results achieved from their use. The data was statistically analyzed by analysis tecniques used by the SAS Institute. The results show that, in Spite of the proven advantages of the technological alternatives recommended, most small farmers did not use them, maybe because they did not know them, lacked sufficient funds to implement them or did not know how to apply them correctly.porRevista Ceresv. 44, n. 254, p. 381-391, jul./ago. 1997TecnologiaConvivência com a secaPequena produçãoTecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo.pdfartigo.pdfTexto completoapplication/pdf585543https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/1/artigo.pdf8b8a5bf0506e4d6337411d4b62b3777eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILartigo.pdf.jpgartigo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg4685https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/3/artigo.pdf.jpgb09cc8a59dc1bfb17b0b23f38125309bMD53123456789/209112018-08-02 23:00:47.653oai:locus.ufv.br:123456789/20911Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452018-08-03T02:00:47LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.pt-BR.fl_str_mv Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção
title Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção
spellingShingle Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção
Muniz, José Norberto
Tecnologia
Convivência com a seca
Pequena produção
title_short Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção
title_full Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção
title_fullStr Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção
title_full_unstemmed Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção
title_sort Tecnologia e convivência com a seca: crítica e alternativa à pequena produção
author Muniz, José Norberto
author_facet Muniz, José Norberto
Cavalcant, Nilton de Brito
Lima, Antônio Luiz de
Rocha, Fernando Antônio da Silveira
Oliveira, Carlos Alberto Vasconcelos
Brito, Luiza Teixeira de Lima
author_role author
author2 Cavalcant, Nilton de Brito
Lima, Antônio Luiz de
Rocha, Fernando Antônio da Silveira
Oliveira, Carlos Alberto Vasconcelos
Brito, Luiza Teixeira de Lima
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Muniz, José Norberto
Cavalcant, Nilton de Brito
Lima, Antônio Luiz de
Rocha, Fernando Antônio da Silveira
Oliveira, Carlos Alberto Vasconcelos
Brito, Luiza Teixeira de Lima
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Tecnologia
Convivência com a seca
Pequena produção
topic Tecnologia
Convivência com a seca
Pequena produção
description O problema proposto por este estudo partiu da pressuposição de que as tecnologias/técnicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca têm sido geradas, seguindo padrões definidos dos países desenvolvidos, nunca considerando as características dos usuários específicos nem as condições em que estes estão inseridos socioeconomicamente. Na realidade nota-se um hiato teórico entre a geração e a difusão de tecnologias, apesar das pressuposições de que essas duas dimensões atuem conjuntamente. Assim, o objetivo do presente estudo foi a identificação das tecnologias/técnicas adaptadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca e sua utilização pelos pequenos produtores rurais. Este estudo foi realizado com pequenos agricultores do município de Petrolina, PE, selecionados por meio de uma amostra aleatória. As variáveis analisadas foram as seguintes: 1) agricultores que conhecem as tecnologias ou já ouviram falar delas, 2) meios pelos quais os agricultores tiveram conhecimento das tecnologias, 3) agricultores que utilizam as tecnologias, 4) motivos da não-adoção das tecnologias e 5) resultados alcançados com o uso das tecnologias. As análises estatísticas dos dados foram realizadas por meio de técnicas de análise que compõem o SAS. Os resultados obtidos demonstram que, apesar de reconhecidas e comprovadas as vantagens das alternativas tecnológicas recomendadas pela pesquisa agrícola para a convivência com a seca, os produtores rurais, em sua maioria, não utilizam essas inovações, talvez porque não as conheçam, não dispõem de recursos suficientes para sua implantação ou não sabem usá-las corretamente.
publishDate 1997
dc.date.issued.fl_str_mv 1997-07
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-08-02T17:15:53Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-08-02T17:15:53Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/2429
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20911
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 2177-3491
identifier_str_mv 2177-3491
url http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/2429
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20911
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartofseries.pt-BR.fl_str_mv v. 44, n. 254, p. 381-391, jul./ago. 1997
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Revista Ceres
publisher.none.fl_str_mv Revista Ceres
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/1/artigo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/2/license.txt
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/20911/3/artigo.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 8b8a5bf0506e4d6337411d4b62b3777e
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
b09cc8a59dc1bfb17b0b23f38125309b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1801212901657149440