Manejo do pastejo de capim-Marandu em sistema silvipastoril na Zona da Mata de Minas Gerais

• Autor(a) principal: Ribeiro, Éverton Teixeira
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
• Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11088
• topic: Pastagens - manejo - Zona da Mata (MG : Mesorregião); Pastejo rotativo; Agrossilvicultura; Sequestro de carbono; Pastagem e Forragicultura

O objetivo do trabalho foi avaliar os carboidratos de reserva, sistema radicular, perfilhamento, produtividade e valor nutritivo do pasto do capim-Marandu, e o estoque de carbono do solo em diferentes frequências de pastejo, pelo método de lotação rotativa, em sistema silvipastoril. O estudo foi conduzido na Fazenda Floresta que é uma “Unidade Demonstrativa” coordenada pela EMATER Regional de Viçosa, MG. Para o manejo do pasto de capim-Marandu em sistema silvipastoril foi adotado o método de lotação rotativa com taxa de lotação variável e o critério para a definição do intervalo de desfolha foi diferentes alturas pré-pastejo do pasto. Assim as alturas pré-pastejo de manejo do pasto de 25, 35, e 45 cm, constituíram os tratamentos. O período de ocupação do piquete em uso correspondeu ao momento em que o pasto atingiu a meta pós-pastejo de 15 cm. Foi utilizado o delineamento de blocos completos casualizados, com três tratamentos e quatro repetições, totalizando doze unidades experimentais. O período experimental compreendeu as estações primavera e verão de 2013-2014, outono de 2014, primavera e verão de 2014-2015 e outono de 2015. No capítulo I, o objetivo foi avaliar os carboidratos de reserva, massa de raiz, perfilhamento, produtividade e valor nutritivo do capim-Marandu em sistema silvipastoril em diferentes alturas de pastejo submetido à lotação rotativa. O teor de carboidrato solúvel, massa de raiz de 10-20 cm de profundidade, massa de perfilhos, IAF pré-pastejo e massa de forragem pré-pastejo, de folha e colmo, acúmulo de forragem e fibra em detergente neutro foram maiores na altura pastejo de 45 cm em relação as alturas de pastejo de 25 e 35 cm. Já a produção total de raiz de 10-20 cm, densidade de perfilhos, relação folha colmo pré-pastejo e pós-pastejo, IAF pós-pastejo, massa de forragem pós-pastejo, proteína bruta e digestibilidade foram menores na altura de pastejo de 25 cm. Na altura de pastejo de 25 cm foi observado que a densidade de perfilho, massa de forragem pré-pastejo e pós-pastejo aumentou da primavera e verão de 2013 e 2014 para o outono 2014 e após esses períodos a densidade de perfilho diminuiu. Na altura de pastejo de 35 cm, os carboidratos de reserva, massa de colmo pré-pastejo, valor nutritivo e a persistência do capim-Marandu não foram comprometidos sendo indicada como critério de manejo do pasto. No capítulo II, o objetivo foi avaliar os efeitos de frequências de pastejo do capim-Marandu em um sistema silvipastoril, sobre os teores e estoques de carbono do solo, em curto período. As amostras de solo foram coletadas durante os meses de setembro a novembro de 2015 nas profundidades 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-100 cm. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos constituíram das alturas de pastejo de 25, 35 e 45 cm e foram comparadas com a mata nativa. Foram avaliados os teores de carbono nas diferentes frações da matéria orgânica do solo, lábil via permanganato de potássio, estoques de carbono nas diferentes frações do solo e índice de manejo do carbono. A densidade do solo foi menor na mata nativa. Já os teores de carbono total, carbono lábil, não lábil, associada aos minerais da matéria orgânica, relação C/N e estoque de carbono total foram maiores na mata nativa. A altura de pastejo de 25 cm aumentou o teor de carbono lábil, orgânico total e o estoque de carbono do solo na profundidade de 20-40 cm. A altura de pastejo de 45 cm contribuiu com a manutenção do carbono lábil de forma semelhante com a área referência e teve maior índice de manejo de carbono no solo em relação às outras alturas de manejo do pasto. A altura de pastejo de 35 cm poderá ser indicada para o manejo do pastejo de capim-Marandu em sistema silvipastoril com 35 % de sombreamento.