Totens e Xamãs na Pós-graduação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Claudia
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário Antropológico (Online)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6629
Resumo: Sendo esta mesa sobre o ensino de antropologia na pós-graduação1, falarei sobre a formação de antropólogos profissionais ”” futuros professores e pesquisadores. Com o risco de soar elitista, insisto que a pós-graduação é o lugar apropriado para criar antropólogos. E quero, em primeiro lugar, explicar esta postura. Falamos muito, durante este seminário, sobre a formação do antropólogo enquanto processo de conversão religiosa. Que essa noção explique muita coisa, não tenho dúvidas. (Na UFRGS, a nova turma do Mestrado mandou fazer camisetas estampadas na frente com: "Falange Antropológica"). Mas, se o espírito religioso tem suas vantagens, também tem seus problemas. Acredito, por exemplo, que a natureza passionnelle de nosso engajamento explica porque é difícil para nós definir com nitidez as diferentes etapas da formação acadêmica: graduação, mestrado, doutorado... Queremos adiantar o processo iniciático agora para produzir antropólogos na graduação e, quem sabe, até incluir antropologia no lugar das aulas de religião no nível secundário2... E não duvido que certos centros consigam abrir excelentes cursos de graduação. Mas, como política geral, eu assumiria uma atitude mais protestante em face da conversão à antropologia ”” um batismo, não do recém-nascido, mas do indivíduo mais maduro e que enfatiza a importância do livre arbítrio.
id UNB-23_64b6eed0ca94049e78b7b6ef4585c466
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6629
network_acronym_str UNB-23
network_name_str Anuário Antropológico (Online)
repository_id_str
spelling Totens e Xamãs na Pós-graduaçãoAntropologiaSendo esta mesa sobre o ensino de antropologia na pós-graduação1, falarei sobre a formação de antropólogos profissionais ”” futuros professores e pesquisadores. Com o risco de soar elitista, insisto que a pós-graduação é o lugar apropriado para criar antropólogos. E quero, em primeiro lugar, explicar esta postura. Falamos muito, durante este seminário, sobre a formação do antropólogo enquanto processo de conversão religiosa. Que essa noção explique muita coisa, não tenho dúvidas. (Na UFRGS, a nova turma do Mestrado mandou fazer camisetas estampadas na frente com: "Falange Antropológica"). Mas, se o espírito religioso tem suas vantagens, também tem seus problemas. Acredito, por exemplo, que a natureza passionnelle de nosso engajamento explica porque é difícil para nós definir com nitidez as diferentes etapas da formação acadêmica: graduação, mestrado, doutorado... Queremos adiantar o processo iniciático agora para produzir antropólogos na graduação e, quem sabe, até incluir antropologia no lugar das aulas de religião no nível secundário2... E não duvido que certos centros consigam abrir excelentes cursos de graduação. Mas, como política geral, eu assumiria uma atitude mais protestante em face da conversão à antropologia ”” um batismo, não do recém-nascido, mas do indivíduo mais maduro e que enfatiza a importância do livre arbítrio.Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-02-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6629Anuário Antropológico; Vol. 21 No. 1 (1997): Anuário Antropológico; 33-48Anuário Antropológico; Vol. 21 Núm. 1 (1997): Anuário Antropológico; 33-48Anuário Antropológico; Vol. 21 No. 1 (1997): Anuário Antropológico; 33-48Anuário Antropológico; v. 21 n. 1 (1997): Anuário Antropológico; 33-482357-738X0102-4302reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6629/7526Copyright (c) 1997 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFonseca, Claudia2023-06-14T17:49:55Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6629Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:49:55Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Totens e Xamãs na Pós-graduação
title Totens e Xamãs na Pós-graduação
spellingShingle Totens e Xamãs na Pós-graduação
Fonseca, Claudia
Antropologia
title_short Totens e Xamãs na Pós-graduação
title_full Totens e Xamãs na Pós-graduação
title_fullStr Totens e Xamãs na Pós-graduação
title_full_unstemmed Totens e Xamãs na Pós-graduação
title_sort Totens e Xamãs na Pós-graduação
author Fonseca, Claudia
author_facet Fonseca, Claudia
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Fonseca, Claudia
dc.subject.por.fl_str_mv Antropologia
topic Antropologia
description Sendo esta mesa sobre o ensino de antropologia na pós-graduação1, falarei sobre a formação de antropólogos profissionais ”” futuros professores e pesquisadores. Com o risco de soar elitista, insisto que a pós-graduação é o lugar apropriado para criar antropólogos. E quero, em primeiro lugar, explicar esta postura. Falamos muito, durante este seminário, sobre a formação do antropólogo enquanto processo de conversão religiosa. Que essa noção explique muita coisa, não tenho dúvidas. (Na UFRGS, a nova turma do Mestrado mandou fazer camisetas estampadas na frente com: "Falange Antropológica"). Mas, se o espírito religioso tem suas vantagens, também tem seus problemas. Acredito, por exemplo, que a natureza passionnelle de nosso engajamento explica porque é difícil para nós definir com nitidez as diferentes etapas da formação acadêmica: graduação, mestrado, doutorado... Queremos adiantar o processo iniciático agora para produzir antropólogos na graduação e, quem sabe, até incluir antropologia no lugar das aulas de religião no nível secundário2... E não duvido que certos centros consigam abrir excelentes cursos de graduação. Mas, como política geral, eu assumiria uma atitude mais protestante em face da conversão à antropologia ”” um batismo, não do recém-nascido, mas do indivíduo mais maduro e que enfatiza a importância do livre arbítrio.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-02-06
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6629
url https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6629
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6629/7526
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 1997 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 1997 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
dc.source.none.fl_str_mv Anuário Antropológico; Vol. 21 No. 1 (1997): Anuário Antropológico; 33-48
Anuário Antropológico; Vol. 21 Núm. 1 (1997): Anuário Antropológico; 33-48
Anuário Antropológico; Vol. 21 No. 1 (1997): Anuário Antropológico; 33-48
Anuário Antropológico; v. 21 n. 1 (1997): Anuário Antropológico; 33-48
2357-738X
0102-4302
reponame:Anuário Antropológico (Online)
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Anuário Antropológico (Online)
collection Anuário Antropológico (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv revista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com
_version_ 1797225472554172416