Febre maculosa no Brasil : situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Stefan Vilges de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/24102
http://dx.doi.org/10.26512/2017.02.T.24102
Resumo: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2017.
id UNB_20c190ea5e91a70b71ea4047ef99c3bf
oai_identifier_str oai:repositorio2.unb.br:10482/24102
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Oliveira, Stefan Vilges deGazeta, Gilberto SallesGonçalves, Rodrigo Gurgel2017-08-12T00:00:27Z2017-08-12T00:00:27Z2017-08-112017-02-20OLIVEIRA, Stefan Vilges de. Febre maculosa no Brasil: situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas. 2017. 178 f., il. Tese (Doutorado em Medicina Tropical)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.http://repositorio.unb.br/handle/10482/24102http://dx.doi.org/10.26512/2017.02.T.24102Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2017.No Brasil os quadros clínicos da febre maculosa (FM) podem ser resultantes da infecção por duas espécies de riquétsias. Rickettsia rickettsii é registrada na região Sul e Sudeste e está relacionada a casos graves da doença. Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica foi identificada no sul, sudeste e nordeste causando FM mais branda. FM é doença de notificação compulsória ao Ministério da Saúde que promove ações de vigilância epidemiológica e assistência médica com objetivo de reduzir a morbimortalidade. No entanto, a doença ainda é pouco conhecida. Sabe-se que os carrapatos do gênero Amblyomma atuam como vetores, podendo parasitar hospedeiros silvestres, domésticos e eventualmente o homem. O conhecimento da distribuição geográfica potencial destes vetores torna-se importante nas ações de vigilância epidemiológica. Desta forma, o presente estudo tem os seguintes objetivos: 1) Atualizar o perfil epidemiológico da FM no Brasil; 2) Avaliar preditores de evolução fatal por febre maculosa; 3) Analisar a distribuição geográfica potencial de carrapatos do Complexo Amblyomma cajennese em cenário atual e futuro sob influência das mudanças climáticas. Métodos: Estudos epidemiológicos (descritivo e analítico) e modelagem de nicho ecológico. Resultados e Conclusões: Na primeira abordagem verificamos o crescente número de registros da doença nos últimos anos e observamos a expansão espacial da FM no país com uma ascendente taxa de letalidade. A partir destes registros, um estudo do tipo caso-controle avaliou fatores preditores de evolução fatal por FM. Neste, verificou-se que residir em área urbana, relatar a presença de carrapato e apresentar quadro clínico com presença de linfadenopatia são fatores protetores. Enquanto os sinais de gravidade como hipotensão, choque, estupor, coma e convulsão estão associados as maiores chances de morte. Quando analisamos a distribuição geográfica potencial de carrapatos do Complexo Amblyoma cajenennese utilizando a modelagem de nicho ecológico, verificamos que áreas do Cerrado, Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica apresentam ampla adequabilidade para manutenção destas espécies. No entanto, em cenários de mudanças climáticas verificamos uma tendência de redução destas áreas (nos anos de 2050 e 2070). Nossos dados indicam que a presença do vetor pode ser restringida (e consequentemente a doença), se considerarmos a não adaptação dos carrapatos aos novos climas. Os métodos empregados neste estudo buscam de forma complementar o entendimento epidemiológico da FM e poderão ser utilizados para predição, prevenção e consequentemente para redução da morbimortalidade desta importante doença no Brasil.In Brazil, two species of rickettsiae are responsible for the clinical manifestations of spotted fever (SF). Rickettsia rickettsii is registered in the South and Southeast region and is related to severe cases of the disease. Rickettsia sp. Strain Atlantic Forest was identified in the south, southeast and northeast causing milder SF. SF is a notifiable disease to the Ministry of Health that promotes actions of epidemiological surveillance and medical assistance aimed at reducing morbidity and mortality. However, the disease is still poorly understood. It is known that the ticks of the genus Amblyomma act as vectors, being able to parasitize wild hosts, domestic and eventually man. Knowledge of the potential geographical distribution of these vectors becomes important in epidemiological surveillance actions. Thus, the present study has the following objectives: 1) Update the epidemiological profile of SF in Brazil; 2) Evaluate predictors of fatal evolution due to spotted fever; 3) Analyze the potential geographic distribution of ticks of the Amblyomma cajennese Complex in current and future scenarios under the influence of climate changes. Methods: Epidemiological studies (descriptive and analytical) and ecological niche modeling. Results and Conclusions: In the first approach, we verified the increasing number of records of the disease in recent years and observed the spatial expansion of SF in the country with an ascending lethality rate. From these records, a case-control study evaluated predictors of fatal SF progression. In this study, it was verified that residing in urban areas, reporting the presence of ticks and presenting clinical features with presence of lymphadenopathy are protective factors. While signs of severity such as hypotension, shock, stupor, coma, and seizure, were strongly associated with the risk of death. When analyzing the potential geographic distribution of ticks from the Amblyoma cajenennese Complex using ecological niche modeling, we found that areas of the Cerrado, Amazon, Pantanal and Atlantic Forest present wide suitability for the maintenance of these species. However, in climate change scenarios we have seen a tendency to reduce these areas (in the years 2050 and 2070). Our data indicate that the presence of the vector may be restricted (and consequently the disease) if we consider the non-adaptation of ticks to the new climates. The methods used in this study seek to complement the epidemiological understanding of SF and can be used for prediction, prevention and consequently to reduce the morbimortality of this important disease in Brazil.A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessFebre maculosa no Brasil : situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEpidemiologia - BrasilFebre maculosa brasileiraDoenças parasitáriasporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINAL2017_StefanVilgesdeOliveira.pdf2017_StefanVilgesdeOliveira.pdfapplication/pdf12446465http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/24102/5/2017_StefanVilgesdeOliveira.pdf9748db968748c5e16823e9c23091faf6MD55open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain653http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/24102/4/license.txtb33fa9ccc321e1670f5a1ff406728f3cMD54open access10482/241022023-07-07 16:38:27.18open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/24102QSBjb25jZXNzP28gZGEgbGljZW4/YSBkZXN0ZSBpdGVtIHJlZmVyZS1zZSBhbyB0ZXJtbyBkZSBhdXRvcml6YT8/byBpbXByZXNzbyBhc3NpbmFkbyANCnBlbG8gYXV0b3IgY29tIGFzIHNlZ3VpbnRlcyBjb25kaT8/ZXM6DQoNCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkYSBwdWJsaWNhPz9vLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBkZSBCcmFzP2xpYQ0KIGUgbyBJQklDVCBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIHBvciBtZWlvIGRvcyBzaXRlcyB3d3cuYmNlLnVuYi5iciwgd3d3LmliaWN0LmJyLA0KIGh0dHA6Ly9oZXJjdWxlcy52dGxzLmNvbS9jZ2ktYmluL25kbHRkL2NoYW1lbGVvbj9sbmc9cHQmc2tpbj1uZGx0ZCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgDQpkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZGUgYWNvcmRvIGNvbSBhIExlaSBuPyA5NjEwLzk4LCBvIHRleHRvIGludGVncmFsIGRhIG9icmEgZGlzcG9uaWJpbGl6YWRhLA0KIGNvbmZvcm1lIHBlcm1pc3M/ZXMgYXNzaW5hbGFkYXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzP28gZS9vdSBkb3dubG9hZCwgYSB0P3R1bG8gZGUgDQpkaXZ1bGdhPz9vIGRhIHByb2R1Pz9vIGNpZW50P2ZpY2EgYnJhc2lsZWlyYSwgYSBwYXJ0aXIgZGVzdGEgZGF0YS4=Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2023-07-07T19:38:27Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Febre maculosa no Brasil : situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas
title Febre maculosa no Brasil : situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas
spellingShingle Febre maculosa no Brasil : situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas
Oliveira, Stefan Vilges de
Epidemiologia - Brasil
Febre maculosa brasileira
Doenças parasitárias
title_short Febre maculosa no Brasil : situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas
title_full Febre maculosa no Brasil : situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas
title_fullStr Febre maculosa no Brasil : situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas
title_full_unstemmed Febre maculosa no Brasil : situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas
title_sort Febre maculosa no Brasil : situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas
author Oliveira, Stefan Vilges de
author_facet Oliveira, Stefan Vilges de
author_role author
dc.contributor.advisorco.none.fl_str_mv Gazeta, Gilberto Salles
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Stefan Vilges de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Gonçalves, Rodrigo Gurgel
contributor_str_mv Gonçalves, Rodrigo Gurgel
dc.subject.keyword.pt_BR.fl_str_mv Epidemiologia - Brasil
Febre maculosa brasileira
Doenças parasitárias
topic Epidemiologia - Brasil
Febre maculosa brasileira
Doenças parasitárias
description Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2017.
publishDate 2017
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2017-02-20
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-08-12T00:00:27Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-08-12T00:00:27Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-08-11
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv OLIVEIRA, Stefan Vilges de. Febre maculosa no Brasil: situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas. 2017. 178 f., il. Tese (Doutorado em Medicina Tropical)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unb.br/handle/10482/24102
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.26512/2017.02.T.24102
identifier_str_mv OLIVEIRA, Stefan Vilges de. Febre maculosa no Brasil: situação epidemiológica atual e a distribuição geográfica de carrapatos em cenários de mudanças climáticas. 2017. 178 f., il. Tese (Doutorado em Medicina Tropical)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/24102
http://dx.doi.org/10.26512/2017.02.T.24102
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/24102/5/2017_StefanVilgesdeOliveira.pdf
http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/24102/4/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 9748db968748c5e16823e9c23091faf6
b33fa9ccc321e1670f5a1ff406728f3c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797405343148408832