Avaliação do pico de pressão, do volume corrente e da freqüência respiratória durante ventilação de carneiros prematuros utilizando balão auto-inflável

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Resende, Jefferson G.
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Zaconeta, Carlos A. M., Ferreira, Antonio C. P., Silva, César A. M., Rodrigues, Marcelo P., Rebello, Celso M., Tavares, Paulo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/26571
https://dx.doi.org/10.2223/JPED.1517
Resumo: OBJETIVO: Avaliar o pico de pressão inspiratória, o volume corrente e a freqüência respiratória obtidos durante ventilação manual de carneiros prematuros, utilizando balão auto-inflável. MÉTODOS: Estudo experimental descritivo em que cinco duplas de médicos selecionados aleatoriamente entre 35 neonatologistas que trabalham em unidade de terapia intensiva neonatal e experientes em reanimação de recém-nascidos ventilaram cinco carneiros prematuros intubados, utilizando balão auto-inflável. Os sinais de pressão e fluxo eram captados, convertidos por meio de transdutores e digitalizados para armazenamento e análise. Foram avaliadas curvas de pressão e de volume corrente, este a partir da integral do fluxo, em suas medidas de pico, nos 50 segundos finais de cada 5 minutos. RESULTADOS: A mediana da pressão foi de 39,8 (IQ25-75% 30,2-47,2) cmH2O; foi menor que 20 em 1,1% das vezes e maior que 40 em 49,1%. Sete em 10 médicos propiciaram mais de seis picos de pressão maiores que 40 cmH2O. A mediana do volume corrente/kg foi de 17,8 (IQ25-75% 14,1-22,4) mL, sendo menor que 5 mL em 0,1% das vezes e igual ou maior que 20 mL em 37,7%. Todos os médicos impuseram cinco ou mais ciclos ventilatórios com volume corrente/kg de 20 mL ou mais. A freqüência situou-se entre 30 e 60 ciclos/minuto em 65,9% das vezes, sendo menor que 30 em 6,8% e maior que 60 em 27,3% das vezes. CONCLUSÃO: Ocorreu grande variabilidade nos valores do pico de pressão inspiratória e do volume corrente/kg, sendo muitas vezes elevados e alcançando níveis indutores de biotrauma; para a freqüência respiratória, os valores foram adequados na maioria das vezes.
id UNB_925fe30c519d5069176c21d8943082ec
oai_identifier_str oai:repositorio2.unb.br:10482/26571
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Resende, Jefferson G.Zaconeta, Carlos A. M.Ferreira, Antonio C. P.Silva, César A. M.Rodrigues, Marcelo P.Rebello, Celso M.Tavares, Paulo2017-12-07T04:44:04Z2017-12-07T04:44:04Z2006J. Pediatr. (Rio J.),v.82,n.4,p.279-283,2006http://repositorio.unb.br/handle/10482/26571https://dx.doi.org/10.2223/JPED.1517OBJETIVO: Avaliar o pico de pressão inspiratória, o volume corrente e a freqüência respiratória obtidos durante ventilação manual de carneiros prematuros, utilizando balão auto-inflável. MÉTODOS: Estudo experimental descritivo em que cinco duplas de médicos selecionados aleatoriamente entre 35 neonatologistas que trabalham em unidade de terapia intensiva neonatal e experientes em reanimação de recém-nascidos ventilaram cinco carneiros prematuros intubados, utilizando balão auto-inflável. Os sinais de pressão e fluxo eram captados, convertidos por meio de transdutores e digitalizados para armazenamento e análise. Foram avaliadas curvas de pressão e de volume corrente, este a partir da integral do fluxo, em suas medidas de pico, nos 50 segundos finais de cada 5 minutos. RESULTADOS: A mediana da pressão foi de 39,8 (IQ25-75% 30,2-47,2) cmH2O; foi menor que 20 em 1,1% das vezes e maior que 40 em 49,1%. Sete em 10 médicos propiciaram mais de seis picos de pressão maiores que 40 cmH2O. A mediana do volume corrente/kg foi de 17,8 (IQ25-75% 14,1-22,4) mL, sendo menor que 5 mL em 0,1% das vezes e igual ou maior que 20 mL em 37,7%. Todos os médicos impuseram cinco ou mais ciclos ventilatórios com volume corrente/kg de 20 mL ou mais. A freqüência situou-se entre 30 e 60 ciclos/minuto em 65,9% das vezes, sendo menor que 30 em 6,8% e maior que 60 em 27,3% das vezes. CONCLUSÃO: Ocorreu grande variabilidade nos valores do pico de pressão inspiratória e do volume corrente/kg, sendo muitas vezes elevados e alcançando níveis indutores de biotrauma; para a freqüência respiratória, os valores foram adequados na maioria das vezes.OBJECTIVE: To evaluate the peak inspiratory pressure, tidal volume and respiratory rate achieved during manual ventilation of premature lambs, using a self-inflating bag. METHODS: In this descriptive, experimental study, five pairs of physicians, selected at random among 35 neonatologists working at a neonatal intensive care unit and with experience in the resuscitation of newborn infants, ventilated five intubated premature lambs using a self-inflating bag. Pressure and flow monitor signals were passed through a transducer and digitized for recording and analysis. Tidal volume and pressure curves were obtained from the integral of flow rate, at peak, during the last 50 seconds of every fifth minute, and analyzed. RESULTS: Median pressure was 39.8 (IQ25-75% 30.2-47.2) cmH2O; being below 20 in 1.1% of cases and above 40 in 49.1%. Seven out of 10 physicians produced more than six pressure peaks of over 40 cmH2O. Median tidal volume/kg was 17.8 (IQ25-75% 14.1-22.4) mL, being below 5 mL in 0.1% of cases and greater than or equal to 20 mL in 37.7%. All of the physicians propelled five or more ventilation cycles with tidal volume/kg of 20 mL or more. Respiratory rate was between 30 and 60 cycles/minute in 65.9% of cases, being below 30 in 6.8% of cases and over 60 in 27.3% of cases. CONCLUSIONS: There was major variation in peak inspiratory pressure and tidal volume/kg values, which were in many cases elevated, attaining levels that habitually cause biotrauma, while respiratory rates were adequate in the majority of cases.Em processamentoSociedade Brasileira de PediatriaAvaliação do pico de pressão, do volume corrente e da freqüência respiratória durante ventilação de carneiros prematuros utilizando balão auto-inflávelEvaluation of peak inspiratory pressure, tidal volume and respiratory rate during ventilation of premature lambs using a self-inflating baginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleRessuscitação cardiopulmonarVentilação mecânicaRecém-nascidosAsfixia neonatalVentilação pulmonarinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINALv82n4a09.pdfapplication/pdf153822http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/26571/1/v82n4a09.pdf285dcd6a76585389fb056a8a725e12eaMD51open access10482/265712024-01-27 09:55:37.954open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/26571Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2024-01-27T12:55:37Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação do pico de pressão, do volume corrente e da freqüência respiratória durante ventilação de carneiros prematuros utilizando balão auto-inflável
Evaluation of peak inspiratory pressure, tidal volume and respiratory rate during ventilation of premature lambs using a self-inflating bag
title Avaliação do pico de pressão, do volume corrente e da freqüência respiratória durante ventilação de carneiros prematuros utilizando balão auto-inflável
spellingShingle Avaliação do pico de pressão, do volume corrente e da freqüência respiratória durante ventilação de carneiros prematuros utilizando balão auto-inflável
Resende, Jefferson G.
Ressuscitação cardiopulmonar
Ventilação mecânica
Recém-nascidos
Asfixia neonatal
Ventilação pulmonar
title_short Avaliação do pico de pressão, do volume corrente e da freqüência respiratória durante ventilação de carneiros prematuros utilizando balão auto-inflável
title_full Avaliação do pico de pressão, do volume corrente e da freqüência respiratória durante ventilação de carneiros prematuros utilizando balão auto-inflável
title_fullStr Avaliação do pico de pressão, do volume corrente e da freqüência respiratória durante ventilação de carneiros prematuros utilizando balão auto-inflável
title_full_unstemmed Avaliação do pico de pressão, do volume corrente e da freqüência respiratória durante ventilação de carneiros prematuros utilizando balão auto-inflável
title_sort Avaliação do pico de pressão, do volume corrente e da freqüência respiratória durante ventilação de carneiros prematuros utilizando balão auto-inflável
author Resende, Jefferson G.
author_facet Resende, Jefferson G.
Zaconeta, Carlos A. M.
Ferreira, Antonio C. P.
Silva, César A. M.
Rodrigues, Marcelo P.
Rebello, Celso M.
Tavares, Paulo
author_role author
author2 Zaconeta, Carlos A. M.
Ferreira, Antonio C. P.
Silva, César A. M.
Rodrigues, Marcelo P.
Rebello, Celso M.
Tavares, Paulo
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Resende, Jefferson G.
Zaconeta, Carlos A. M.
Ferreira, Antonio C. P.
Silva, César A. M.
Rodrigues, Marcelo P.
Rebello, Celso M.
Tavares, Paulo
dc.subject.keyword.pt_BR.fl_str_mv Ressuscitação cardiopulmonar
Ventilação mecânica
Recém-nascidos
Asfixia neonatal
Ventilação pulmonar
topic Ressuscitação cardiopulmonar
Ventilação mecânica
Recém-nascidos
Asfixia neonatal
Ventilação pulmonar
description OBJETIVO: Avaliar o pico de pressão inspiratória, o volume corrente e a freqüência respiratória obtidos durante ventilação manual de carneiros prematuros, utilizando balão auto-inflável. MÉTODOS: Estudo experimental descritivo em que cinco duplas de médicos selecionados aleatoriamente entre 35 neonatologistas que trabalham em unidade de terapia intensiva neonatal e experientes em reanimação de recém-nascidos ventilaram cinco carneiros prematuros intubados, utilizando balão auto-inflável. Os sinais de pressão e fluxo eram captados, convertidos por meio de transdutores e digitalizados para armazenamento e análise. Foram avaliadas curvas de pressão e de volume corrente, este a partir da integral do fluxo, em suas medidas de pico, nos 50 segundos finais de cada 5 minutos. RESULTADOS: A mediana da pressão foi de 39,8 (IQ25-75% 30,2-47,2) cmH2O; foi menor que 20 em 1,1% das vezes e maior que 40 em 49,1%. Sete em 10 médicos propiciaram mais de seis picos de pressão maiores que 40 cmH2O. A mediana do volume corrente/kg foi de 17,8 (IQ25-75% 14,1-22,4) mL, sendo menor que 5 mL em 0,1% das vezes e igual ou maior que 20 mL em 37,7%. Todos os médicos impuseram cinco ou mais ciclos ventilatórios com volume corrente/kg de 20 mL ou mais. A freqüência situou-se entre 30 e 60 ciclos/minuto em 65,9% das vezes, sendo menor que 30 em 6,8% e maior que 60 em 27,3% das vezes. CONCLUSÃO: Ocorreu grande variabilidade nos valores do pico de pressão inspiratória e do volume corrente/kg, sendo muitas vezes elevados e alcançando níveis indutores de biotrauma; para a freqüência respiratória, os valores foram adequados na maioria das vezes.
publishDate 2006
dc.date.issued.fl_str_mv 2006
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-12-07T04:44:04Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-12-07T04:44:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv J. Pediatr. (Rio J.),v.82,n.4,p.279-283,2006
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unb.br/handle/10482/26571
dc.identifier.doi.pt_BR.fl_str_mv https://dx.doi.org/10.2223/JPED.1517
identifier_str_mv J. Pediatr. (Rio J.),v.82,n.4,p.279-283,2006
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/26571
https://dx.doi.org/10.2223/JPED.1517
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/26571/1/v82n4a09.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 285dcd6a76585389fb056a8a725e12ea
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801863734311780352