A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moura, Márcia Abrahão
Data de Publicação: 1993
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/9946
Resumo: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 1993.
id UNB_d8711dde0a80bf5c8a921fba61bb21e5
oai_identifier_str oai:repositorio2.unb.br:10482/9946
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Moura, Márcia AbrahãoBotelho, Nilson Francisquini2012-02-10T12:05:06Z2012-02-10T12:05:06Z2012-02-101993MOURA, Márcia Abrahão. A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In). 1993. 215 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 1993.http://repositorio.unb.br/handle/10482/9946Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 1993.O Maciço Mangabeira localiza-se na Subprovíncia Paranã, pertencente à Província Estanífera de Goiás. Ele é predominantemente constituído de um biotita granito rosa, do tipo A, de idade médio-proterozóica, além de granitos evoluídos e greisens. A Zona Greisenizada Principal (ZGP) do Maciço é composta de diferentes fácies de granitos (granito róseo g2d; granito à albita e topázio; e leucogranito) ; greisens e de uma rocha à quartzo e topázio, anómala em In. As rochas encaixantes são granitos e ultramilonitos de composição granítica, provavelmente do Arqueano/Proterozóico Inferior. A distinção entre os fácies graníticos dá-se com base em dados petrográficos e químicos, sendo o estudo de micas fundamental na caracterização das rochas da ZGP, onde aqueles filossilicatos se dividem em três grupos: A, B e C, que definem a série fengita-zinnwaldita, somente identificada nas rochas da Subprovíncia Estanífera do Paranã. As micas do grupo A, representadas por zinnwalditas, são ricas em FeO (>8.9%), F (>6.0%), Rb, Li e Mn e pobres em Al. As micas do grupo B são fengitas aluminosas, com teores de FeO entre 5 e 9.5% e F, entre 0.5 e 4.5%. Possuem baixos conteúdos de Rb, Li e Mn e alto Al. O grupo C compreende as micas não classificadas dentro dos grupos A e B. São as fengitas litiníferas, com teores de F, FeO, Mn, Al, Li e Rb intermediários entre os daqueles dois grupos. O granito g2d, róseo, equigranular médio, possui fengita aluminosa e representa o fácies menos evoluído da família de granitos g2 na ZGP. Quimicamente, caracteriza-se por ser pobre em F, Li, FeO, A1203/ Rb, Zn e Sn, e por ter altos teores de Ba e Sr. Seu padrão de terras raras é plano, com uma acentuada anomalia negativa de Eu. O granito à albita e topázio (GAT), equivalente aos topázio - Li-mica granitos, contém fengita litinífera e/ou zinnwaldita e é rico em topázio, que pode ocorrer como grãos grandes ou sob a forma de diminutas inclusões em albita. Ele derivou do granito g2d por diferenciação magmática e seus teores de F, Li, FeO, A1203, Rb, Zn, Sn e Ta são mais elevados que os daquele granito. Possui, ainda, teores mais baixos de Ba e Sr é seus padrões de terras raras denotam um empobrecimento em terras raras pesadas. O GAT e o granito g2d foram submetidos, a um forte metassomatismo de percolação, que os transformou em granitos greisenizados e albitizados e em greisens. Posteriormente, durante o ciclo Brasiliano, as rochas da ZGP foram submetidas a cisalhamento. O greisen originado a partir do granito g2d contém fengita aluminosa na sua moda, enquanto a mica do greisen do GAT é .a zinnwaldita . 0 leucogranito (LGR), de cor cinza, granulação média a grossa, contém fengita aluminosa. Esse granito não apresenta características típicas da série g2 ou gl e ainda é pouco conhecido. A rocha à quartzo e topázio (RQT), semelhante aos topazitos, ocorre associada ao GAT. Ela é composta de quartzo, topázio (como grãos grandes ou incluso em quartzo ou topázio) , zinnwaldita, arsenopirita e cassiterita, além de poder conter escorodita, esfalerita, wolframita, löllingita, calcopirita, bismutinita, galena, estanita, tennantita, yanomamita (InAs04. 2H20) e diversos arseniatos: de Sn, U, Ba, K, Pb ou Bi. Quimicamente, caracteriza-se por conter elevados teores de Si02, A1203, F e Cu e baixos teores de Na20, K20, Rb, Ba, Sr e Li. Seus padrões de terras raras são semelhantes aos do g2d. Os processos tardi/pós-magmáticos que afetaram as rochas da ZGP provocaram a mobilidade de diversos elementos. Houve aumento de FeO, MnO, F, Zn, Li, Rb, Be, Sn, W, Si02, A1203, Fe2o3, P205, CaO, Y e Zr durante as transformações dos granitos,- K20, MgO, Ba, Sr, Cu, Ti02, Na20 e Nb foram ora adicionados ao sistema ora dele retirados; e Ta e Th foram pouco móveis. Dentre as terras raras do granito g2d, apenas o Gd, Dy, Ho e Er foram pouco móveis, sendo que o Gd apresentou mobilidade praticamente nula. Teores anômalos de In foram obtidos na RQT, os quais podem chegar a 0.4%. O elemento concentra-se na escorodita, esfalerita, cassiterita e estanita, bem como nos dois minerais de In identificados, yanomamita e roquesita (CuInS2) . A yanomamita ocorre sempre associada à escorodita, o que sugere a existência de solução sólida entre aqueles minerais, ao passo que a roquesita está intercrescida com a esfalerita, com quem possivelmente forma uma solução sólida. Esta relação foi anteriormente sugerida na literatura mas jamais havia sido observada.The Mangabeira Massif is located at the Paranã Subprovince, which belongs to the Goiás Tin Province. It is constituted of an A-type mid-Proterozoic biotite granite, evolved granites and greisens. The Main Greisenized Zone (ZGP) is composed of different granite facies (a purple granite, g2d; albite and topaz granite; and leucogranite) , greisens and of a quartz-topaz rock, with anomalous indium contents. The country rocks are granites and ultramylonites of granitic composition, probably of Arquean/low-Proterozoic age. Micas are important in the characterization of each facies and comprise three groups: A) zinnwaldite, B) aluminous phengite, and C) lithium phengite. These groups define a phengite-zinnwaldite series, so far only described in the Paranã Subprovince rocks. The g2d granite contains aluminous phengite and represents the less evolved granitic facies of the g2 family. It has low F, Li, FeO, A1203, Rb, Zn and Sn and high Ba and Sr contents, when compared to the other ZGP rocks. It has a flat REE pattern with strong negative Eu anomaly. The albite and topaz granite(GAT), similar to topaz - Limica granites kwown elsewhere, contains lithium phengite or zinnwaldite in its modal composition. It is rich in topaz, which can occur either as large grains or as small euhedral inclusions in albite crystals. The GAT has derived from the g2d granite by magmatic differentiation and is richer in F, Li, FeO, A1203, Rb, Zn, Sn and Ta than g2d. It also has lower Ba and Sr contents and a REE pattern showing depletion in heavy rare earth elements. Both g2d and GAT underwent a strong infiltration metassomatism, which transformed them in albitized and greisenized granites and greisens. Later on, during the Brasiliano cycle, the ZGP rocks were affected by shearing. The g2d greisen has aluminous phengite, while that formed by the GAT transformation contains zinnwaldite. The leucogranite (LGR) , gray, médium to gross grained, contains aluminous phengite. This granite cannot be classified neither as taking part of the g2 family nor of gl, and is yet poor kwown. The quartz-topaz rocks occur together with the GAT and look like topazites. The rocks are mainly composed of quartz, topaz (as large grains or as small inclusions in quartz and topaz) , zinnwaldite, arsenopyrite and cassiterite, but can also contain scorodite, sphalerite, wolframite, loellingite, chalcopyrite, bismutinite, galena, stannite, tennantite and hydrated arsenates: Sn, U, Ba, K, Pb and Bi arsenates. Geochemically, the RQT is characterized by having low Na20, K20, Rb, Ba, Sr. and Li, and high Si02, A1203, F and Cu. Íts REE pattern is similar to those obtained for the g2d granite. The late/pos-magmatic processes that affected the ZGP rocks caused the mobility of many elements. FeO, MnO, F, Zn, Li, Rb, Be, Sn, W, Si02, AI2O3, Fe2O3' P2O5' CaO,Y and Zr were gained during the transformations, while Ta- and Th behaved as less mobile elements. Other elements were sometimes gained and sometimes lost during the processes. Analysed REE had different degrees of mobility. The LREE, Yb and Lu were much mobile and Gd, Dy, Ho and Er had low mobility, being Gd the less mobile REE. Anomalous In contents were found in the RQT (up to 0.4%), which are the highest indium contents in rock ever described. The main In carrier is scorodite, averaging 2%In and being widespread in RQT. Other important In carriers are cassiterite, sphalerite and stannite. Two In minerais were identified during the present study: yanomamite, an hydrated arsenate of In (InAs04.2H20) and roquesite, an indium-copper sulphide (CuInS2) . The first one is always related to scorodite (FeAs04.2H20) , suggesting a solid-solution between them. Roquesite is intergrown with sphalerite, possibily forming a solid-solution with it.Instituto de Geociências (IG)Programa de Pós-Graduação em GeologiaA zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisGeociênciasCiências da terrainfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINAL1993_MarciaAbrahaoMoura.pdf1993_MarciaAbrahaoMoura.pdfapplication/pdf11353371http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/9946/4/1993_MarciaAbrahaoMoura.pdf006700a61a1fd93ff4a6a5ea1ea491e9MD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain772http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/9946/2/license.txt81ba56a0c4e42986ac2666f040981010MD52open accessTEXT1993_MarciaAbrahaoMoura.pdf.txt1993_MarciaAbrahaoMoura.pdf.txtExtracted texttext/plain271174http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/9946/3/1993_MarciaAbrahaoMoura.pdf.txtecfacba6def34661b13103c22d690f05MD53open access10482/99462024-02-20 13:44:35.449open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/9946TGljZW5zZSBncmFudGVkIGJ5IEFsYsOibmlhIEPDqXphciBkZSBNZWxvIChhbGJhbmlhQGJjZS51bmIuYnIpIG9uIDIwMTItMDItMDlUMTU6MzA6MDNaIChHTVQpOgoKQSBjb25jZXNzw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGRlc3RhIGNvbGXDp8OjbyByZWZlcmUtc2UgYW8gdGVybW8gZGUgYXV0b3JpemHDp8OjbyBpbXByZXNzbyBhc3NpbmFkbyANCnBlbG8gYXV0b3IgY29tIGFzIHNlZ3VpbnRlcyBjb25kacOnw7VlczoNCg0KTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgZGUgQnJhc8OtbGlhDQogZSBvIElCSUNUIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgcG9yIG1laW8gZG9zIHNpdGVzIHd3dy5iY2UudW5iLmJyLCB3d3cuaWJpY3QuYnIsDQogaHR0cDovL2hlcmN1bGVzLnZ0bHMuY29tL2NnaS1iaW4vbmRsdGQvY2hhbWVsZW9uP2xuZz1wdCZza2luPW5kbHRkIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyANCmRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBkZSBhY29yZG8gY29tIGEgTGVpIG7CuiA5NjEwLzk4LCBvIHRleHRvIGludGVncmFsIGRhIG9icmEgZGlzcG9uaWJpbGl6YWRhLA0KIGNvbmZvcm1lIHBlcm1pc3PDtWVzIGFzc2luYWxhZGFzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkLCBhIHTDrXR1bG8gZGUgDQpkaXZ1bGdhw6fDo28gZGEgcHJvZHXDp8OjbyBjaWVudMOtZmljYSBicmFzaWxlaXJhLCBhIHBhcnRpciBkZXN0YSBkYXRhLg==Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2024-02-20T16:44:35Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.en.fl_str_mv A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)
title A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)
spellingShingle A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)
Moura, Márcia Abrahão
Geociências
Ciências da terra
title_short A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)
title_full A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)
title_fullStr A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)
title_full_unstemmed A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)
title_sort A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)
author Moura, Márcia Abrahão
author_facet Moura, Márcia Abrahão
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Moura, Márcia Abrahão
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Botelho, Nilson Francisquini
contributor_str_mv Botelho, Nilson Francisquini
dc.subject.keyword.en.fl_str_mv Geociências
Ciências da terra
topic Geociências
Ciências da terra
description Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 1993.
publishDate 1993
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 1993
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-02-10T12:05:06Z
dc.date.available.fl_str_mv 2012-02-10T12:05:06Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-02-10
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MOURA, Márcia Abrahão. A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In). 1993. 215 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 1993.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unb.br/handle/10482/9946
identifier_str_mv MOURA, Márcia Abrahão. A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In). 1993. 215 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 1993.
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/9946
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/9946/4/1993_MarciaAbrahaoMoura.pdf
http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/9946/2/license.txt
http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/9946/3/1993_MarciaAbrahaoMoura.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 006700a61a1fd93ff4a6a5ea1ea491e9
81ba56a0c4e42986ac2666f040981010
ecfacba6def34661b13103c22d690f05
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797405443802267648