A EXPLORAÇÃO DO VISÍVEL E DO INVISÍVEL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fontanille, Jacques
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada
Texto Completo: https://periodicos.fclar.unesp.br/casa/article/view/5277
Resumo: A imagem científica é compreendida, intuitivamente, como o resultado de um processo de exploração da matéria e dos corpos, com base em uma experiência universal, que combina dimensões sensíveis e dimensões tecnológicas. Essa intuição, porém, coloca imediatamente uma questão referente ao estatuto da enunciação dessas imagens : elas só são enunciadas pela mediação desse mecanismo de exploração ou também podem ser evidenciadas por outros tipos de imagens? De fato, a hipótese que considera  que as semióticas do visível resultam de um processo de exploração específica dos corpos, que partem do invisível ao visível e depois do visível ao visualizado, leva-nos a reconsiderar o conceito de debreagem, relacionando-o a uma experiência dos corpos e às interações entre corpos e energia. Essa hipótese propicia um desenvolvimento da reflexão sobre o papel da luz nas imagens e permite articular mais claramente o processo de exploração visual com aquele da experiência semiótica em geral. A partir do caso particular e problemático da imagem científica, seremos obrigados a revisar nossa concepção de enunciação para situá-la, de forma mais explícita, em uma estrutura da experiência e dar-lhe um lugar e um sentido na exploração de nosso mundo, tanto interior quanto exterior. Todas as etapas que conduzem da experiência figurativa do visível à manifestação visual são fases de interação entre a energia e a matéria, que fornecem, em suma, a isotopia temática geral e o suporte para toda a sequência de transformação que procuramos caracterizar e estabelecer  aqui, e que é analisada na série : excitação – sinal-resposta – transdução – visualização.
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spelling A EXPLORAÇÃO DO VISÍVEL E DO INVISÍVELL’EXPLORATION DU VISIBLE ET DE L’INVISIBLEEnunciação visualsequência de exploraçãoinvisível e visualização.Enonciation visuelleséquence d’explorationinvisible et visualizationA imagem científica é compreendida, intuitivamente, como o resultado de um processo de exploração da matéria e dos corpos, com base em uma experiência universal, que combina dimensões sensíveis e dimensões tecnológicas. Essa intuição, porém, coloca imediatamente uma questão referente ao estatuto da enunciação dessas imagens : elas só são enunciadas pela mediação desse mecanismo de exploração ou também podem ser evidenciadas por outros tipos de imagens? De fato, a hipótese que considera  que as semióticas do visível resultam de um processo de exploração específica dos corpos, que partem do invisível ao visível e depois do visível ao visualizado, leva-nos a reconsiderar o conceito de debreagem, relacionando-o a uma experiência dos corpos e às interações entre corpos e energia. Essa hipótese propicia um desenvolvimento da reflexão sobre o papel da luz nas imagens e permite articular mais claramente o processo de exploração visual com aquele da experiência semiótica em geral. A partir do caso particular e problemático da imagem científica, seremos obrigados a revisar nossa concepção de enunciação para situá-la, de forma mais explícita, em uma estrutura da experiência e dar-lhe um lugar e um sentido na exploração de nosso mundo, tanto interior quanto exterior. Todas as etapas que conduzem da experiência figurativa do visível à manifestação visual são fases de interação entre a energia e a matéria, que fornecem, em suma, a isotopia temática geral e o suporte para toda a sequência de transformação que procuramos caracterizar e estabelecer  aqui, e que é analisada na série : excitação – sinal-resposta – transdução – visualização.L’image scientifique se donne à comprendre intuitivement comme le résultat d’un processus d’exploration de la matière et des corps, reposant sur une expérience globale, qui combine des dimensions sensibles et des dimensions technologiques. Mais cette intuition pose immédiatement une question, qui a trait au statut d’énonciation de ces images : elles n’énoncent à l’évidence que par la médiation de ce dispositif d’exploration, mais en est-il autrement pour les autres types d’images? En effet, l’hypothèse selon laquelle les sémiotiques du visible résulteraient d’un processus d’exploration spécifique des corps, conduisant de l’invisible au visible, puis du visible au visuel, conduirait à reconsidérer le concept de débrayage, en le rapportant à une expérience des corps et à des interactions entre corps et énergie. Elle offrirait ainsi un prolongement à la réflexion sur le rôle de la lumière dans les images, et elle permettrait également d’articuler plus clairement le processus d’exploration visuelle avec celui de l’expérience sémiotique en général. A partir du cas particulier et problématique de l’image scientifique nous serions alors conduits à réviser notre conception de l’énonciation, à la rapporter plus explicitement à une structure d’expérience, et à lui trouver une place et un sens dans l’exploration de notre monde, intérieur autant qu’extérieur. Toutes les étapes qui conduisent de l’expérience figurative du visible à la manifestation visuelle sont des phases de l’interaction entre l’énergie et la matière, qui fournissent en somme l’isotopie thématique générale et le support pour toute la séquence de transformation que nous cherchons à caractériser et établir ici-même, et qui s’analyse dans la série : excitation – signal-réponse – transduction – visualisation.Laboratório Editorial FCL-UNESP | Letraria2012-08-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.fclar.unesp.br/casa/article/view/527710.21709/casa.v10i1.5277CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada; v. 10 n. 1 (2012)1679-340410.21709/casa.v10i1reponame:CASA: Cadernos de Semiótica Aplicadainstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttps://periodicos.fclar.unesp.br/casa/article/view/5277/428210.21709/casa.v10i1.5277.g4282Copyright (c) 2012 CASA: Cadernos de Semiótica Aplicadainfo:eu-repo/semantics/openAccessFontanille, Jacques2012-08-24T12:58:32Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/5277Revistahttps://periodicos.fclar.unesp.br/casa/indexPUBhttps://periodicos.fclar.unesp.br/casa/oaicasa@fclar.unesp.br1679-34041679-3404opendoar:2023-01-12T16:38:45.482553CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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