UMA AVALIAÇÃO AUTOGESTIONÁRIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E TECNOLÓGICO DAS EMPRESAS: DOS ANOS SETENTA ATÉ A ATUALIDADE
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Org & Demo (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/446 |
Resumo: | No ano de 1983 defendi, junto à PUC de São Paulo e sob orientação do prof. Maurício Tragtemberg, a minha dissertação de mestrado intitulada "Autogestão e Condições Modernas de Produção". O texto, como é comum nestes casos, padecia de uma segurança algo romântica, além de problemas metodológicos e formais. Continha, porém, uma tese central que se mantém defensável, dentro de alguns limites, até os dias de hoje. Tendo iniciado a pesquisa em 81, o texto apoiou-se na bibliografia disponível, característica do final da década anterior. No que se refere à autogestão, especificamente, as referências fundamentais eram a experiência iugoslava, algo sobre a Argélia, algumas experiências pontuais de empresas na Europa Ocidental (como a fábrica de relógios Lip e o jornal Liberation), e alguns textos referentes a casos que ocorreram durante a guerra civil espanhola, basican1ente em Barcelona na região da Catalunha. Quanto à questão de uma prática administrativa voltada à autogestão, existia uma confiança muito grande no espontaneísmo e voluntarismo, o que gerava, como conseqüência, por um lado, o desinteresse com questões concretas e, pelo outro, uma certa condenação de qualquer proposta que se voltasse mais especificamente para a questão cotidiana da gestão. Cabe destacar, enquanto esforços importantes, algumas iniciativas do sindicalismo italiano e alguns textos organizados, ou escritos, por André Gorz (1980), anteriores ao seu famoso "Adeus ao Proletariado". Estes textos, nadando contra a corrente, insistiam na importância da reflexão sobre a administração de empresas e na necessidade de criar uma concepção distinta de gestão, em que pesem todas as dificuldades existentes na época, desde o "patrulhamento" da própria esquerda, até a total ausência de centros de estudos e linhas de financian1ento para este tipo de pesquisa. |
id |
UNESP-36_6f7c335b91e50c54372673bde7658ef1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.marilia.unesp.br:article/446 |
network_acronym_str |
UNESP-36 |
network_name_str |
Org & Demo (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
UMA AVALIAÇÃO AUTOGESTIONÁRIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E TECNOLÓGICO DAS EMPRESAS: DOS ANOS SETENTA ATÉ A ATUALIDADENo ano de 1983 defendi, junto à PUC de São Paulo e sob orientação do prof. Maurício Tragtemberg, a minha dissertação de mestrado intitulada "Autogestão e Condições Modernas de Produção". O texto, como é comum nestes casos, padecia de uma segurança algo romântica, além de problemas metodológicos e formais. Continha, porém, uma tese central que se mantém defensável, dentro de alguns limites, até os dias de hoje. Tendo iniciado a pesquisa em 81, o texto apoiou-se na bibliografia disponível, característica do final da década anterior. No que se refere à autogestão, especificamente, as referências fundamentais eram a experiência iugoslava, algo sobre a Argélia, algumas experiências pontuais de empresas na Europa Ocidental (como a fábrica de relógios Lip e o jornal Liberation), e alguns textos referentes a casos que ocorreram durante a guerra civil espanhola, basican1ente em Barcelona na região da Catalunha. Quanto à questão de uma prática administrativa voltada à autogestão, existia uma confiança muito grande no espontaneísmo e voluntarismo, o que gerava, como conseqüência, por um lado, o desinteresse com questões concretas e, pelo outro, uma certa condenação de qualquer proposta que se voltasse mais especificamente para a questão cotidiana da gestão. Cabe destacar, enquanto esforços importantes, algumas iniciativas do sindicalismo italiano e alguns textos organizados, ou escritos, por André Gorz (1980), anteriores ao seu famoso "Adeus ao Proletariado". Estes textos, nadando contra a corrente, insistiam na importância da reflexão sobre a administração de empresas e na necessidade de criar uma concepção distinta de gestão, em que pesem todas as dificuldades existentes na época, desde o "patrulhamento" da própria esquerda, até a total ausência de centros de estudos e linhas de financian1ento para este tipo de pesquisa.Faculdade de Filosofia e Ciências2022-01-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/44610.36311/1519-0110.2001.v2n1.446ORG & DEMO; v. 2 (2001); 3-16ORG & DEMO; Vol. 2 (2001); 3-16ORG & DEMO; Vol. 2 (2001); 3-162238-57031519-0110reponame:Org & Demo (Online)instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/446/345Copyright (c) 2022 ORG & DEMOhttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGUTIERREZ, Gustavo Luis2022-06-28T17:41:55Zoai:ojs.revistas.marilia.unesp.br:article/446Revistahttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemoPUBhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/oaiorgdemo.marilia@unesp.br2238-57031519-0110opendoar:2022-06-28T17:41:55Org & Demo (Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
UMA AVALIAÇÃO AUTOGESTIONÁRIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E TECNOLÓGICO DAS EMPRESAS: DOS ANOS SETENTA ATÉ A ATUALIDADE |
title |
UMA AVALIAÇÃO AUTOGESTIONÁRIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E TECNOLÓGICO DAS EMPRESAS: DOS ANOS SETENTA ATÉ A ATUALIDADE |
spellingShingle |
UMA AVALIAÇÃO AUTOGESTIONÁRIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E TECNOLÓGICO DAS EMPRESAS: DOS ANOS SETENTA ATÉ A ATUALIDADE GUTIERREZ, Gustavo Luis |
title_short |
UMA AVALIAÇÃO AUTOGESTIONÁRIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E TECNOLÓGICO DAS EMPRESAS: DOS ANOS SETENTA ATÉ A ATUALIDADE |
title_full |
UMA AVALIAÇÃO AUTOGESTIONÁRIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E TECNOLÓGICO DAS EMPRESAS: DOS ANOS SETENTA ATÉ A ATUALIDADE |
title_fullStr |
UMA AVALIAÇÃO AUTOGESTIONÁRIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E TECNOLÓGICO DAS EMPRESAS: DOS ANOS SETENTA ATÉ A ATUALIDADE |
title_full_unstemmed |
UMA AVALIAÇÃO AUTOGESTIONÁRIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E TECNOLÓGICO DAS EMPRESAS: DOS ANOS SETENTA ATÉ A ATUALIDADE |
title_sort |
UMA AVALIAÇÃO AUTOGESTIONÁRIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL E TECNOLÓGICO DAS EMPRESAS: DOS ANOS SETENTA ATÉ A ATUALIDADE |
author |
GUTIERREZ, Gustavo Luis |
author_facet |
GUTIERREZ, Gustavo Luis |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
GUTIERREZ, Gustavo Luis |
description |
No ano de 1983 defendi, junto à PUC de São Paulo e sob orientação do prof. Maurício Tragtemberg, a minha dissertação de mestrado intitulada "Autogestão e Condições Modernas de Produção". O texto, como é comum nestes casos, padecia de uma segurança algo romântica, além de problemas metodológicos e formais. Continha, porém, uma tese central que se mantém defensável, dentro de alguns limites, até os dias de hoje. Tendo iniciado a pesquisa em 81, o texto apoiou-se na bibliografia disponível, característica do final da década anterior. No que se refere à autogestão, especificamente, as referências fundamentais eram a experiência iugoslava, algo sobre a Argélia, algumas experiências pontuais de empresas na Europa Ocidental (como a fábrica de relógios Lip e o jornal Liberation), e alguns textos referentes a casos que ocorreram durante a guerra civil espanhola, basican1ente em Barcelona na região da Catalunha. Quanto à questão de uma prática administrativa voltada à autogestão, existia uma confiança muito grande no espontaneísmo e voluntarismo, o que gerava, como conseqüência, por um lado, o desinteresse com questões concretas e, pelo outro, uma certa condenação de qualquer proposta que se voltasse mais especificamente para a questão cotidiana da gestão. Cabe destacar, enquanto esforços importantes, algumas iniciativas do sindicalismo italiano e alguns textos organizados, ou escritos, por André Gorz (1980), anteriores ao seu famoso "Adeus ao Proletariado". Estes textos, nadando contra a corrente, insistiam na importância da reflexão sobre a administração de empresas e na necessidade de criar uma concepção distinta de gestão, em que pesem todas as dificuldades existentes na época, desde o "patrulhamento" da própria esquerda, até a total ausência de centros de estudos e linhas de financian1ento para este tipo de pesquisa. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-01-13 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/446 10.36311/1519-0110.2001.v2n1.446 |
url |
https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/446 |
identifier_str_mv |
10.36311/1519-0110.2001.v2n1.446 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/446/345 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 ORG & DEMO http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 ORG & DEMO http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências |
dc.source.none.fl_str_mv |
ORG & DEMO; v. 2 (2001); 3-16 ORG & DEMO; Vol. 2 (2001); 3-16 ORG & DEMO; Vol. 2 (2001); 3-16 2238-5703 1519-0110 reponame:Org & Demo (Online) instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Org & Demo (Online) |
collection |
Org & Demo (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Org & Demo (Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
orgdemo.marilia@unesp.br |
_version_ |
1797049362451267584 |