ASPECTOS DA BRANQUIDADE E OS ATRAVESSAMENTOS DA AMABILIDADE ARTIFICIOSA NA MÍDIA TELEVISIVA: O CASO DO RJ-MÓVEL
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132021000100016 |
Resumo: | RESUMO O presente trabalho problematiza a hipervalorização da branquidade e suas implicações na vida em sociedade, principalmente no que toca à condição de subalternização do povo negro. O corpus de discussão será um veículo da mídia televisiva, o quadro RJ-Móvel, transmitido pelo diário telejornalístico local RJTV, da Rede Globo de Televisão. O quadro aborda situações em que uma jornalista, juntamente com sua equipe, tenta mediar e solucionar problemas relativos à falta de infraestrutura em bairros periféricos da cidade do Rio de Janeiro, bem como na região do chamado Leste Metropolitano e na Baixada Fluminense. Analisaremos a construção do roteiro do quadro e sua inserção em meio à população negra e pobre, maioria das(os) residentes nestes locais e sobre as(os) quais o programa se debruça, destinando suas investidas de caráter assistencialista. Como complemento de análise deste objeto, onde se observam outros modos de operar práticas de racismo e estabelecer lógicas de condutas civilizatórias, faremos uma leitura crítica também a respeito da postura da apresentadora, seus movimentos e dinâmicas de interação com a população local. Para tanto, traçaremos um diálogo com a noção de amabilidade artificiosa, mobilizada por Fanon (2008) em Pele Negra, Máscaras Brancas, em aproximação com duas outras categorias: a primitivização da pessoa negra e a caricata espetacularização da negritude e da pobreza. Assim nos interessa refletir estratégias que repensem o enaltecimento da branquidade, rompendo com o discurso midiático hegemônico que performa assistencialismo, produz e reproduz - entre outros modos de estereotipação - práticas racistas. |
id |
UNICAMP-12_a398e8aba2dcd82d74afcdad8ce40013 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0103-18132021000100016 |
network_acronym_str |
UNICAMP-12 |
network_name_str |
Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
ASPECTOS DA BRANQUIDADE E OS ATRAVESSAMENTOS DA AMABILIDADE ARTIFICIOSA NA MÍDIA TELEVISIVA: O CASO DO RJ-MÓVELbranquidademídia televisivaamabilidade artificiosaRESUMO O presente trabalho problematiza a hipervalorização da branquidade e suas implicações na vida em sociedade, principalmente no que toca à condição de subalternização do povo negro. O corpus de discussão será um veículo da mídia televisiva, o quadro RJ-Móvel, transmitido pelo diário telejornalístico local RJTV, da Rede Globo de Televisão. O quadro aborda situações em que uma jornalista, juntamente com sua equipe, tenta mediar e solucionar problemas relativos à falta de infraestrutura em bairros periféricos da cidade do Rio de Janeiro, bem como na região do chamado Leste Metropolitano e na Baixada Fluminense. Analisaremos a construção do roteiro do quadro e sua inserção em meio à população negra e pobre, maioria das(os) residentes nestes locais e sobre as(os) quais o programa se debruça, destinando suas investidas de caráter assistencialista. Como complemento de análise deste objeto, onde se observam outros modos de operar práticas de racismo e estabelecer lógicas de condutas civilizatórias, faremos uma leitura crítica também a respeito da postura da apresentadora, seus movimentos e dinâmicas de interação com a população local. Para tanto, traçaremos um diálogo com a noção de amabilidade artificiosa, mobilizada por Fanon (2008) em Pele Negra, Máscaras Brancas, em aproximação com duas outras categorias: a primitivização da pessoa negra e a caricata espetacularização da negritude e da pobreza. Assim nos interessa refletir estratégias que repensem o enaltecimento da branquidade, rompendo com o discurso midiático hegemônico que performa assistencialismo, produz e reproduz - entre outros modos de estereotipação - práticas racistas.UNICAMP. Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL)2021-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132021000100016Trabalhos em Linguística Aplicada v.60 n.1 2021reponame:Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMP10.1590/01031813962091620210308info:eu-repo/semantics/openAccessRosa,Priscilla TeodósioOliveira,Talita depor2021-05-11T00:00:00Zoai:scielo:S0103-18132021000100016Revistahttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tlaPUBhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/oaispublic@iel.unicamp.br2175-764X0103-1813opendoar:2022-11-08T14:23:53.306433Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
ASPECTOS DA BRANQUIDADE E OS ATRAVESSAMENTOS DA AMABILIDADE ARTIFICIOSA NA MÍDIA TELEVISIVA: O CASO DO RJ-MÓVEL |
title |
ASPECTOS DA BRANQUIDADE E OS ATRAVESSAMENTOS DA AMABILIDADE ARTIFICIOSA NA MÍDIA TELEVISIVA: O CASO DO RJ-MÓVEL |
spellingShingle |
ASPECTOS DA BRANQUIDADE E OS ATRAVESSAMENTOS DA AMABILIDADE ARTIFICIOSA NA MÍDIA TELEVISIVA: O CASO DO RJ-MÓVEL Rosa,Priscilla Teodósio branquidade mídia televisiva amabilidade artificiosa |
title_short |
ASPECTOS DA BRANQUIDADE E OS ATRAVESSAMENTOS DA AMABILIDADE ARTIFICIOSA NA MÍDIA TELEVISIVA: O CASO DO RJ-MÓVEL |
title_full |
ASPECTOS DA BRANQUIDADE E OS ATRAVESSAMENTOS DA AMABILIDADE ARTIFICIOSA NA MÍDIA TELEVISIVA: O CASO DO RJ-MÓVEL |
title_fullStr |
ASPECTOS DA BRANQUIDADE E OS ATRAVESSAMENTOS DA AMABILIDADE ARTIFICIOSA NA MÍDIA TELEVISIVA: O CASO DO RJ-MÓVEL |
title_full_unstemmed |
ASPECTOS DA BRANQUIDADE E OS ATRAVESSAMENTOS DA AMABILIDADE ARTIFICIOSA NA MÍDIA TELEVISIVA: O CASO DO RJ-MÓVEL |
title_sort |
ASPECTOS DA BRANQUIDADE E OS ATRAVESSAMENTOS DA AMABILIDADE ARTIFICIOSA NA MÍDIA TELEVISIVA: O CASO DO RJ-MÓVEL |
author |
Rosa,Priscilla Teodósio |
author_facet |
Rosa,Priscilla Teodósio Oliveira,Talita de |
author_role |
author |
author2 |
Oliveira,Talita de |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rosa,Priscilla Teodósio Oliveira,Talita de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
branquidade mídia televisiva amabilidade artificiosa |
topic |
branquidade mídia televisiva amabilidade artificiosa |
description |
RESUMO O presente trabalho problematiza a hipervalorização da branquidade e suas implicações na vida em sociedade, principalmente no que toca à condição de subalternização do povo negro. O corpus de discussão será um veículo da mídia televisiva, o quadro RJ-Móvel, transmitido pelo diário telejornalístico local RJTV, da Rede Globo de Televisão. O quadro aborda situações em que uma jornalista, juntamente com sua equipe, tenta mediar e solucionar problemas relativos à falta de infraestrutura em bairros periféricos da cidade do Rio de Janeiro, bem como na região do chamado Leste Metropolitano e na Baixada Fluminense. Analisaremos a construção do roteiro do quadro e sua inserção em meio à população negra e pobre, maioria das(os) residentes nestes locais e sobre as(os) quais o programa se debruça, destinando suas investidas de caráter assistencialista. Como complemento de análise deste objeto, onde se observam outros modos de operar práticas de racismo e estabelecer lógicas de condutas civilizatórias, faremos uma leitura crítica também a respeito da postura da apresentadora, seus movimentos e dinâmicas de interação com a população local. Para tanto, traçaremos um diálogo com a noção de amabilidade artificiosa, mobilizada por Fanon (2008) em Pele Negra, Máscaras Brancas, em aproximação com duas outras categorias: a primitivização da pessoa negra e a caricata espetacularização da negritude e da pobreza. Assim nos interessa refletir estratégias que repensem o enaltecimento da branquidade, rompendo com o discurso midiático hegemônico que performa assistencialismo, produz e reproduz - entre outros modos de estereotipação - práticas racistas. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-04-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132021000100016 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132021000100016 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/01031813962091620210308 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UNICAMP. Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) |
publisher.none.fl_str_mv |
UNICAMP. Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Trabalhos em Linguística Aplicada v.60 n.1 2021 reponame:Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
instname_str |
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
instacron_str |
UNICAMP |
institution |
UNICAMP |
reponame_str |
Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) |
collection |
Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
repository.mail.fl_str_mv |
spublic@iel.unicamp.br |
_version_ |
1800216526770405376 |