Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Jeane Bastos, 1990
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1637829
Resumo: Orientador: Gabriela Alves Macedo
id UNICAMP-30_005339c6be8ec88dd93c745750c82df7
oai_identifier_str oai::1096631
network_acronym_str UNICAMP-30
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository_id_str
spelling Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro"Correlation of antiglycation effect and antioxidant capacity of phenolic compounds "in vitro"Produtos finais de glicosilação avançadaGlicosilaçãoCompostos fenólicosAntioxidantesAdvanced glycation end productsGlycosylationPhenolic compoundsAntioxidantsOrientador: Gabriela Alves MacedoDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de AlimentosResumo: A glicação consiste em uma reação não enzimática que ocorre entre grupos carbonilas de açúcares redutores e grupos amino de lipídeos, ácidos nucléicos e aminoácidos. É descrita como a principal causa espontânea de danos às proteínas celulares e extracelulares, e também pode ser produzida nos alimentos. O excesso de produtos de glicação avançada no organismo, de origem endógena e exógena, causa diversas desordens em órgãos e sistemas, que incluem a expressão de genes inflamatórios, disfunção endotelial e resistência à insulina, atuando na progressão de doenças como diabetes e aterosclerose. Dentre os compostos com potencial efeito antiglicante, encontram-se os compostos fenólicos que apresentam alta capacidade antioxidante. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito antiglicante de diferentes padrões de compostos fenólicos in vitro. O trabalho está apresentado em dois capítulos, sendo o primeiro uma revisão bibliográfica sobre a glicação e os mecanismos antiglicantes de compostos fenólicos, e o segundo, o estudo das atividades antiglicantes de 15 compostos fenólicos, correlacionando-as com suas estruturas químicas e capacidades antioxidantes. As atividades antiglicantes de padrões de compostos fenólicos foram verificadas empregando os modelos de glicação in vitro de BSA (albumina de soro bovina)-frutose, BSA-MGO (metilglioxal) e arginina-MGO e as capacidades antioxidantes foram verificadas pelos métodos DPPH e ORAC. Os padrões de compostos fenólicos testados foram: ácidos gálico, clorogênico, caféico, ferúlico e p-coumárico, quercetina, rutina, resveratrol, curcumina, naringina, naringenina, hesperidina, hesperetina, epicatequina e epigalocatequina galato. Todos os compostos fenólicos testados apresentaram alguma atividade antiglicante inibindo a formação dos produtos finais de glicação avançada (AGEs) fluorescentes de forma dose-dependente. Os compostos fenólicos resveratrol, ácido caféico, ácido clorogênico e epicatequina apresentaram as maiores porcentagens de inibição da formação de AGEs em todos os modelos de glicação avaliados, com resultados significativamente maiores do que o apresentado pelo padrão de aminoguanidina (AG) nos modelos BSA-frutose e BSA-MGO. As estruturas químicas que podem estar associadas com a maior atividade antiglicante destes compostos fenólicos são: a hidroxilação dos anéis A e B nos flavonóides, principalmente nas posições 3?, 4?, 5 e 7, e a presença de múltiplas hidroxilas nos ácidos fenólicos. A capacidade antioxidante dos compostos fenólicos testados, avaliados em conjunto, não demonstrou correlação com o grau de atividade antiglicante, com exceção para a forte correlação entre ORAC e os valores de IC50 de BSA-MGO apresentada por parte dos compostos fenólicos que tiveram atividades antiglicantes superiores à AG (ácido ferúlico, hesperetina, epicatequina, curcumina, ácido caféico, ácido clorogênico e quercetina). Este trabalho contribui para a compreensão dos mecanismos de ação dos compostos fenólicos como antiglicantes, e da atuação dos estilbenos, ácidos fenólicos e flavonóides na redução da formação dos AGEs fluorescentes. Os resultados demonstraram que estes compostos fenólicos são potentes agentes antiglicantes, e por se tratarem de compostos naturais presentes em diversos alimentos, como frutas e vegetais, ao serem consumidos como parte da dieta apresentam potencial ação na prevenção dos danos à saúde associados à glicaçãoAbstract: Glycation consists of a non-enzymatic reaction that occurs between carbonyl groups of reducing sugars and amino groups of lipids, nucleic acids and amino acids. It is described as the main spontaneous cause of damage to cellular and extracellular proteins, and can be produced in foods. The excess of advanced glycation products in the body of endogenous and exogenous origin causes various disorders in organs and systems, which include the expression of inflammatory genes, endothelial dysfunction and insulin resistance, acting in the progression of diseases such as diabetes and atherosclerosis. Among the compounds with potential antiglycation activity are phenolic compounds that have high antioxidant capacity. The objective of this work was to evaluate the antiglycation activity of different standards of phenolic compounds in vitro. It is presented in two chapters, the first one being a bibliographical review on the glycation and the antiglycation mechanisms of polyphenols, and the second the study of the antiglycation activity of 15 phenolic compounds, correlating them with their chemical structures and antioxidant capacities. The antiglycation activity of phenolic compound standards was verified using the in vitro glycation models BSA (bovine serum albumin) -fructose, BSA-MGO (methylglyoxal) and arginine-MGO and antioxidant capacities were verified by the DPPH and ORAC methods. The phenolic compounds tested were: gallic, chlorogenic, caffeic, ferulic and p-coumaric acids, quercetin, rutin, resveratrol, curcumin, naringin, naringenin, hesperidin, hesperetin, epicatechin and epigallocatechin gallate. All the phenolic compounds tested showed some antiglycation activity inhibiting the formation of fluorescence advanced glycation end products (AGEs) in a dose-dependent manner. The phenolic compounds resveratrol, caffeic acid, chlorogenic acid and epicatechin presented the highest percentages of inhibition of AGEs formation in all glycation models evaluated, with results significantly higher than that presented by the aminoguanidine (GA) standard in BSA-fructose and BSA-MGO. The chemical structures that may be associated with the higher antiglycation activity of these phenolic compounds are: the hydroxylation of the A and B rings in the flavonoids, especially at the 3 ', 4', 5 and 7 positions, and the presence of multiple hydroxyls in phenolic acids. The antioxidant capacity of the tested phenolic compounds, evaluated together, did not show a correlation with the degree of antiglycation activity, except for the strong correlation between ORAC and the IC50 values of BSA-MGO presented by the phenolic compounds that had superior antiglycation activity (ferulic acid, hesperetin, epicatechin, curcumin, caffeic acid, chlorogenic acid and quercetin). This work contributes to the understanding of the mechanisms of action of phenolic compounds on glycation and the performance of stilbenes, phenolic acids and flavonoids in the reduction of the formation of fluorescent AGEs. The results showed that these phenolic compounds are potent antiglycation agents and because they are natural compounds present in several foods, such as fruits and vegetables, when consumed as part of the diet they have a potential action in preventing the health damages associated with glycationMestradoNutrição Experimental e Aplicada à Tecnologia de AlimentosMestra em Alimentos e Nutrição[s.n.]Macedo, Gabriela Alves, 1971-Gambero, AlessandraNetto, Flavia MariaUniversidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia de AlimentosPrograma de Pós-Graduação em Alimentos e NutriçãoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASMelo, Jeane Bastos, 199020182018-11-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf1 recurso online (79 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1637829MELO, Jeane Bastos. Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro". 2018. 1 recurso online (79 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1637829. Acesso em: 15 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1096631Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-01-09T16:49:59Zoai::1096631Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2020-01-09T16:49:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
dc.title.none.fl_str_mv Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro"
Correlation of antiglycation effect and antioxidant capacity of phenolic compounds "in vitro"
title Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro"
spellingShingle Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro"
Melo, Jeane Bastos, 1990
Produtos finais de glicosilação avançada
Glicosilação
Compostos fenólicos
Antioxidantes
Advanced glycation end products
Glycosylation
Phenolic compounds
Antioxidants
title_short Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro"
title_full Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro"
title_fullStr Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro"
title_full_unstemmed Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro"
title_sort Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro"
author Melo, Jeane Bastos, 1990
author_facet Melo, Jeane Bastos, 1990
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Macedo, Gabriela Alves, 1971-
Gambero, Alessandra
Netto, Flavia Maria
Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia de Alimentos
Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
dc.contributor.author.fl_str_mv Melo, Jeane Bastos, 1990
dc.subject.por.fl_str_mv Produtos finais de glicosilação avançada
Glicosilação
Compostos fenólicos
Antioxidantes
Advanced glycation end products
Glycosylation
Phenolic compounds
Antioxidants
topic Produtos finais de glicosilação avançada
Glicosilação
Compostos fenólicos
Antioxidantes
Advanced glycation end products
Glycosylation
Phenolic compounds
Antioxidants
description Orientador: Gabriela Alves Macedo
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018
2018-11-09T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/20.500.12733/1637829
MELO, Jeane Bastos. Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro". 2018. 1 recurso online (79 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1637829. Acesso em: 15 mai. 2024.
url https://hdl.handle.net/20.500.12733/1637829
identifier_str_mv MELO, Jeane Bastos. Correlação do efeito antiglicante e capacidade antioxidante de compostos fenólicos "in vitro". 2018. 1 recurso online (79 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1637829. Acesso em: 15 mai. 2024.
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1096631
Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDF
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
1 recurso online (79 p.) : il., digital, arquivo PDF.
dc.publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
instname_str Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron_str UNICAMP
institution UNICAMP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.mail.fl_str_mv sbubd@unicamp.br
_version_ 1799138545200267264