Capitalismo e desigualdade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes, Daví José Nardy, 1974-
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1614391
Resumo: Orientador: Waldir José de Quadros
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spelling Capitalismo e desigualdadeCapitalism and inequalityCapitalismoDivisão do trabalhoIgualdadeServiços (Economia)Estados UnidosCapitalismDivision of laborInequalityServices (Economy)United StatesOrientador: Waldir José de QuadrosTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de EconomiaResumo: Esta tese procura discutir as relações entre o desenvolvimento do capitalismo e a desigualdade social ao longo do tempo, tendo como base a Inglaterra durante o século XIX e os EUA desde o início do século XX. É então analisado o desenvolvimento do capitalismo e o impacto sobre as estruturas de emprego, decisivas para o entendimento da desigualdade social. Apresentam-se os avanços proporcionados pela Revolução Industrial, que possibilitou a mecanização da produção rural e industrial e a urbanização. Como esta vida citadina também reclamou muitos serviços, o número de habitantes precisou crescer ainda mais para dar cabo de todas as necessidades da vida urbana. Se antes a baixa produtividade e a lentidão do trabalho mantinham qualquer tipo de bem escasso, a produção industrial permitiu a superação da escassez e substituição do trabalhador por máquinas. Dessa forma, vê-se a força das transformações da economia e seu impacto sobre a vida e o emprego das pessoas, mas também é preciso considerar o peso do Estado para a conformação desta nova sociedade, ao reduzir as desigualdades de renda via impostos e serviços públicos - fonte importantíssima de empregos, decisiva para a melhora do mercado de trabalho no pós-guerra. Com a crise dos anos 1970, a ascensão do neoliberalismo e a III Revolução Industrial, houve alteração importante nos rumos da estruturação social. Com a crise, o liberalismo volta a ser dominante, o que restringe a atuação do Estado e leva a grande regressão social. Concomitantemente, a III Revolução Industrial reduziu radicalmente a necessidade de trabalhadores, graças à introdução do computador. Ou seja, num mundo em que os trabalhos da agricultura, da indústria e dos serviços produtivos eram reduzidos, também o Estado diminuía as oportunidades de emprego. Portanto, os trabalhadores foram deslocados para a provisão de serviços pessoais, o que foi facilitado pela expansão da renda urbana e pela desigualdade social em grande expansão. Após isto, a ênfase passa para as interpretações conservadoras. A discussão da tese então se centra na idéia de Sociedade Industrial e de Sociedade da Informação. A partir da crise dos setenta, o foco da crítica foi alterado para o ataque ao Estado interventor e às benesses estatais, vistas como nefastas. Para finalizar, é feita a crítica de tais teses: primeiro, mostra-se a dificuldade destas interpretações em lidar com o que efetivamente ocorreu. Depois, o problema da concorrência individual: a defesa neoliberal da concorrência livre supõe a justeza da mesma, o que é contradito pelos fatos e por uma interpretação mais adequada da competição individual, que possui dinâmica movida pela permanente criação e destruição de monopólios econômicos e sociais. Isto dentro dos marcos de um desenvolvimento capitalista em que a mecanização da produção restringe as necessidades de trabalho e o Estado condiciona estes movimentos - o que, no caso dos EUA de hoje, leva a uma ampliação da desigualdade e dos serviços pessoais. Deste modo, após a discussão desta tese, as relações entre o desenvolvimento capitalista e a desigualdade social podem se tornam mais clarasAbstract: This dissertation aims to discuss the relationship between the development of capitalism and inequality throughout history, observing England during the 19th century and the USA from the early 20th century on. With this purpose, the development of capitalism is analyzed together with its impact over the employment structure, a key element to the understanding of inequality. Subsequently, the progress originated from the Industrial Revolution, for instance: mechanization of industrial and agricultural production and urbanization are further discussed. Since the urban life required the provision of many services, the number of city dwellers had to increase as well so all urban necessities could be met. In the past, low productivity made all goods scarce; but industrialization speeded up the production process, ending scarcity by replacing workers with machines. Through this processes we can see the economic transformation's weight and its impact over people's lives and jobs. However, it is necessary that we recognize the importance of the State in the formation of this new society, reducing income inequalities through progressive taxes and through the supply of public services - which allowed the creation of millions of jobs after World War II and were therefore fundamental to the labor market. Shortly after, with the seventies crisis, the ascendance of neoliberalism and the Third Industrial Revolution allowed an important change in the social structure to take place. The liberal ideology prevailed and the State intervention was again frowned upon. Simultaneously, the Third Industrial Revolution brought about a very important decrease of the labor requirements due to the spreading of computerized technology. In other words, two of the major sources of job creation - the State and office positions in general, replaced many workers with computers, which has deeply impacted a world where agriculture and industrial jobs were already being greatly reduced. As a consequence, great part of the workers was pushed into the provision of personal services - a phenomenon created by growing urban income and rising social inequality. Following this discussion, the focus of this work is placed on conservative visions about these processes. The emphasis then becomes the idea of Industrial and Information Society. After the seventies, the crisis opened elbow room for critiques of the Welfare State. The State intervention in these views was seen as pernicious to society through the dissemination of laziness and hedonistic values. At the end of this dissertation, two criticisms are made: first, we show how the conservative views are contradictory to actual facts. Secondly, we attempt to demonstrate how the idea of fair individual competition is misplaced. A correct interpretation of reality must acknowledge how economic monopolies and social closures play a crucial role in the competition process, and the impossibility of equalizing individual's starting point in a society marked by division of labor. All these processes happened amidst a capitalist development that progressively reduced the need for labor. In the case of the United States today, all this translates into increasing inequality and more personal services for the rich. By the end of this discussion, it is hoped that the relations between capitalist development and social inequality become more understandable and clearerDoutoradoTeoria EconômicaDoutor em Ciências Econômicas[s.n.]Quadros, Waldir José de, 1949-Mello, João Manuel Cardoso deOliveira, Carlos Alonso Barbosa deDain, SulamisSalm, Claudio LeopoldoUniversidade Estadual de Campinas. 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Acesso em: 15 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/785836porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-07-15T14:03:31Zoai::785836Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2021-07-15T14:03:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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