Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Urbanetz, Catia
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1611649
Resumo: Orientadores: Luiza Sumiko Kinoshita, Fernando Roberto Martins
id UNICAMP-30_241552333ef191e535ca64ceb4036ecb
oai_identifier_str oai::479437
network_acronym_str UNICAMP-30
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository_id_str
spelling Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlanticaAbiotic factors and spatial variation in the structure of an Atlantic Ombrophilous Dense ForestFloresta ombrofila densa submontanaFloresta ombrofila densa de terras baixasComunidade arboreaSolosMata AtlânticaMata Atlantica - BrazilSubmontane dense ombrophilous forestLowland dense ombrophilous forestTree communitySoilsMicroreliefOrientadores: Luiza Sumiko Kinoshita, Fernando Roberto MartinsTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de BiologiaResumo: O objetivo principal desse trabalho foi investigar a influência do microrelevo, de nutrientes e de fatores granulométricos do solo na determinação da estrutura espacial da Floresta Ombrófila Densa Atlântica. Foram instalados três blocos de 40 parcelas em uma encosta, em solo argiloso e em cotas altitudinais distintas. Também foram instalados três blocos de 20 parcelas em uma planície, a 1,5 km da encosta, em intervalos de 1,5 km entre cada bloco na direção do mar e em solo arenoso. Foram marcados e medidos todos os indivíduos arbóreos com PAP ? 15 cm. A área total amostrada foi de 1,8 ha. Foram feitas análises de agrupamento e ordenação a partir de matrizes de abundância de espécies para verificar a presença de padrões, grupos ou gradientes. Foi aplicado o Mantel simples para testar a correlação entre uma matriz de dissimilaridades das parcelas (índice de Bray-Curtis e abundância de espécies) e uma matriz de dados abióticos (distância Euclidiana simples e nutrientes no solo, altitude e declividade). Foi aplicado o teste de Mantel parcial para verificar se existia correlação entre estas matrizes mesmo quando levadas em conta as distâncias geográficas. Foi feita a Análise Canônica de Correspondências (CCA) a partir das matrizes de abundância de espécies e dos dados abióticos para verificar a existência de relações entre as mesmas. Foram marcados e medidos 3415 indivíduos, pertencentes a 201 espécies e 55 famílias. Foi encontrada uma diferenciação clara entre a composição e distribuição de abundância de espécies da floresta da encosta e a da floresta da planície. Entretanto, ocorreram espécies comuns à ambas as formações. Provavelmente, as espécies comuns possuem uma plasticidade ecológica ampla e são capazes de tolerar as condições mais extremas de escassez de nutrientes e alagamento da planície. Os resultados da CCA e dos testes de Mantel simples e parcial sugerem que parte da diferenciação entre a floresta da encosta e a da planície provavelmente está relacionada com o teor de areia, Magnésio e pH do solo, declividade e altitude. Apesar disso, a maior parte da inércia encontrada não pôde ser explicada pelas variáveis abióticas mensuradas. A composição de espécies da planície não se mostrou uniforme, uma vez que o techo mais próximo do mar se diferenciou claramente dos demais. Os resultados da CCA indicaram que isso pode estar relacionado com um gradiente de areia no solo. A composição florística e a estrutura da floresta de encosta se mostrou mais uniforme do que a da planície. Não ocorreram correlações significativas entre a abundância de espécies na encosta e as variáveis abióticas na encosta quando foi levada em conta as distâncias geográficas. Possivelmente, eventos estocásticos tais como dispersão ou interferência antrópica ou outras variáveis bióticas e abióticas não mensuradas podem ter determinado a variação na estrutura espacial encontrada na encosta. O determinismo ecológico parece exercer um papel mais importante na escala da paisagem do que na escala local no presente estudo. Estudos complementares enfocando outros aspectos tais como dispersão, competição ou outras variáveis abióticas não mensuradas podem ser úteis para auxiliar no esclarecimento das principais causas dos padrões espaciais encontrados que não ficaram claras no modelo.Abstract: The aim of this study was to investigate the influence of soil nutrients and microrelief on the variation in the spatial structure of the Atlantic Dense Ombrophilous Forest vegetation. Three blocks of 40 plots were established in a steep slope forest, a clay soil, at three altitudinal levels. Three other blocks of 20 plots were established in a lowland forest, in a poor sandy soil. Area "D" is 1,5 km from the steep slope, and areas "E" and "F" at further 1,5 km intervals in the direction of the coast. All the trees individual with PBH ? 15 cm were collected. The total area sampled was 1.8 ha. Classification and ordination analysis were applied to an abundance matrix in order to analyse the similarities among samples, patch structure or gradients. Floristic dissimilarities among plots (Bray-Curtis index computed with species abundance in each plot) were correlated with environmental distances among plots (Euclidian distance index computed with nutrients soil data, altitude and declivity in each plot) and geographic distances among plots (Euclidian distance index) through Mantel and partial Mantel tests. Canonical Correspondence Analysis (CCA) was applied to species abundance and abiotic data to detect species-environment relations. It was found 3415 individuals of 201 species and 55 families. A clear separation among plots of the steep slope forest and the lowland forest was found, although, there were species common to both vegetation types. The CCA and partial Mantel test results suggested that part of this spatial structure differentiation seems to be related to sand percentage, Magnesium and pH of the soil, declivity and altitude. Nevertheless, a large part of the inertia could not be explained by the abiotic data. The species common to both areas probably have a broad ecological plasticity and can tolerate the extreme condictions of poor nutrients avaiability and flooding of the lowland. The lowland forest flora was not uniform and two communities were recognised in that area. The CCA results indicate that these could be related with the texture gradient in the lowland soil. The floristic composition and the structure of the steep slope forest was more regular than the lowland forest. There were no correlation among species abundance and abiotic factors when geographic space was taken into account. Possibly stochastic events such as dispersion and human impacts or other unmeasured factors could determine the spatial structure found, together with to unexplained inertia. Ecological determinism seems to play a more important role at the landscape scale than at the local scale in this study. Studies focusing other aspects such as dispersion, competition or other unmeasured abiotic data could be helpful in clarifying the main causes of the unexplained patterns found in this study.DoutoradoBiologia VegetalDoutor em Biologia Vegetal[s.n.]Kinoshita, Luiza Sumiko, 1947-Martins, Fernando Roberto, 1949-Shepherd, George JohnSilva, Ivan Schiavini daIvanauskas, Natalia MacedoRodrigues, Ricardo RibeiroUniversidade Estadual de Campinas. Instituto de BiologiaPrograma de Pós-Graduação em Biologia VegetalUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASUrbanetz, Catia2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf114p. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1611649URBANETZ, Catia. Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica. 2010. 114p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1611649. Acesso em: 15 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/479437porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T05:49:42Zoai::479437Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T05:49:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
dc.title.none.fl_str_mv Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica
Abiotic factors and spatial variation in the structure of an Atlantic Ombrophilous Dense Forest
title Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica
spellingShingle Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica
Urbanetz, Catia
Floresta ombrofila densa submontana
Floresta ombrofila densa de terras baixas
Comunidade arborea
Solos
Mata Atlântica
Mata Atlantica - Brazil
Submontane dense ombrophilous forest
Lowland dense ombrophilous forest
Tree community
Soils
Microrelief
title_short Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica
title_full Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica
title_fullStr Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica
title_full_unstemmed Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica
title_sort Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica
author Urbanetz, Catia
author_facet Urbanetz, Catia
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Kinoshita, Luiza Sumiko, 1947-
Martins, Fernando Roberto, 1949-
Shepherd, George John
Silva, Ivan Schiavini da
Ivanauskas, Natalia Macedo
Rodrigues, Ricardo Ribeiro
Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
dc.contributor.author.fl_str_mv Urbanetz, Catia
dc.subject.por.fl_str_mv Floresta ombrofila densa submontana
Floresta ombrofila densa de terras baixas
Comunidade arborea
Solos
Mata Atlântica
Mata Atlantica - Brazil
Submontane dense ombrophilous forest
Lowland dense ombrophilous forest
Tree community
Soils
Microrelief
topic Floresta ombrofila densa submontana
Floresta ombrofila densa de terras baixas
Comunidade arborea
Solos
Mata Atlântica
Mata Atlantica - Brazil
Submontane dense ombrophilous forest
Lowland dense ombrophilous forest
Tree community
Soils
Microrelief
description Orientadores: Luiza Sumiko Kinoshita, Fernando Roberto Martins
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/20.500.12733/1611649
URBANETZ, Catia. Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica. 2010. 114p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1611649. Acesso em: 15 mai. 2024.
url https://hdl.handle.net/20.500.12733/1611649
identifier_str_mv URBANETZ, Catia. Fatores abioticos e variação espacial na estrutura da floresta ombrofila densa atlantica. 2010. 114p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1611649. Acesso em: 15 mai. 2024.
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/479437
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
114p. : il.
dc.publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
instname_str Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron_str UNICAMP
institution UNICAMP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.mail.fl_str_mv sbubd@unicamp.br
_version_ 1799138466672410624