A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amorim, Felipe Wanderley, 1982-
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1618943
Resumo: Orientador: Marlies Sazima
id UNICAMP-30_34e6f0ff3844af638758484bce9b1fb9
oai_identifier_str oai::882109
network_acronym_str UNICAMP-30
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository_id_str
spelling A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de SphingidaeThe sphingophilous flora of a highland atlantic rainforest in the southeastern Brazil and mutualistic relationships with the Sphingidae faunaPlantas - ReproduçãoPolinizaçãoNéctarFloresta ombrofila densa montanaSphingidaePlants - ReproductionPollinationNectarMontane dense ombrophilous forestSphingidaeOrientador: Marlies SazimaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de BiologiaResumo: Polinização por esfingídeos é provavelmente um dos sistemas menos estudados em comunidades tropicais, especialmente na Mata Atlântica, que constitui um dos biomas mais diversos e ameaçados do planeta. Foram estudadas a flora esfingófila e a fauna de Sphingidae em uma área de Floresta Ombrófila Densa Montana (FODM) e analisados os processos ecológicos subjacentes às interações entre esfingídeos e plantas. Ao todo 24 espécies compuseram a flora esfingófila da área estudada, dentre as quais, quatro espécies possuem adaptações estritas à polinização por esfingídeos. A fauna de esfingídeos foi composta por 50 espécies com grande predomínio de mariposas com probóscides curtas. Plantas e esfingídeos apresentaram ajustamento morfológico significativo na distribuição dos comprimentos de tubos florais e de probóscides, porém ao contrário do padrão geral de outras áreas na região Neotropical, não houve ajustamento fenológico estrito entre esfingídeos e plantas na Mata Atlântica. A presença sazonal de mariposas com longas probóscides na área está relacionada principalmente a emigração de espécies oriundas de ecossistemas adjacentes à FODM. Limitação de polinizadores foi comum nas espécies vegetais mais especializadas o que limitou a produção de frutos. Os processos de seleção mediada por polinizadores nestas espécies, também foram afetados. Porém, processos locais de seleção mediada por polinizadores, provavelmente devem agir na estruturação de ajustamentos morfológicos entre esfingídeos e plantas, mesmo sendo variáveis no tempo e no espaço, conforme sugerem os resultados. Apesar da ausência de ajustamento fenológico estrito entre esfingídeos e plantas na Mata Atlântica, o padrão geral registrado em outros biomas sugere ocorrência de esfingídeos de longas probóscides coincidente com a floração de espécies esfingófilas com longos tubos florais. Como este grupo de plantas oferece maior quantidade de néctar em um "nicho privado" aos esfingídeos de longas probóscides, esse ajustamento fenológico poderia ser visto como estratégia para minimizar a competição por recursos florais entre mariposas com probóscides longas e curtas nas comunidades de SphingidaeAbstract: Hawkmoth pollination is probably one of the least studied pollination systems in tropical communities, particularly in the Atlantic Rainforest, one of the most diverse and threatened biomes in the world. In this work we studied the sphingophilous plants and the Sphingidae fauna in an area of Highland AtlanticRainforest (HARF) and analyzed the ecological processes underlying the interactions between plants and hawkmoths. Altogether, 24 species composed the sphingophilous flora recorded to the study site, among which four species had strict adaptations related to hawkmoth pollination. The hawkmoth fauna was composed of 50 species with great predominance of short-tongued moths. Hawkmoths and plants showed a significant morphological match in the distribution of floral tubes and proboscises lengths, but unlike the general pattern obtained for other areas in the Neotropical region, we did not record a strict phenological match between hawkmoths and plants in the Atlantic Rainforest. The seasonal occurrence of long-tongued moths in the study site is related mainly to the income of migrating species from adjacent ecosystems to the HARF. Pollinator-limitation was common in the most specialized sphingophilous plants limiting fruit-set. Pollinator-mediated selection processes in highly specialized species were also impaired. However, local processes of pollinator-mediated selection may operate structuring the morphological match between hawkmoths and plants in spite of being variable in time and space, as suggested by the results. Despite the absence of a strict phenological match between hawkmoths and plants in the Atlantic Rainforest, the general pattern recorded to other analyzed biomes suggests a concurrence of long-tongued hawkmoths and long-tubed flowers through the phenological time. Since this group of plants offers greater amounts of nectar in a "private niche" where only long-tongued hawkmoths can have access, such phenological match could be viewed as a strategy to reduce competition for floral resources between long- and short-tongued moths in the Sphingidae communityDoutoradoBiologia VegetalDoutor em Biologia Vegetal[s.n.]Sazima, Marlies, 1944-Agostini, KaynaOliveira, Paulo EugênioBenitez-Vieyra, Santiago MiguelSilva, Wesley RodriguesUniversidade Estadual de Campinas. Instituto de BiologiaPrograma de Pós-Graduação em Biologia VegetalUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASAmorim, Felipe Wanderley, 1982-2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf175 p. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1618943AMORIM, Felipe Wanderley. A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae. 2012. 175 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1618943. Acesso em: 15 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/882109porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T06:48:47Zoai::882109Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T06:48:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
dc.title.none.fl_str_mv A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae
The sphingophilous flora of a highland atlantic rainforest in the southeastern Brazil and mutualistic relationships with the Sphingidae fauna
title A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae
spellingShingle A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae
Amorim, Felipe Wanderley, 1982-
Plantas - Reprodução
Polinização
Néctar
Floresta ombrofila densa montana
Sphingidae
Plants - Reproduction
Pollination
Nectar
Montane dense ombrophilous forest
Sphingidae
title_short A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae
title_full A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae
title_fullStr A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae
title_full_unstemmed A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae
title_sort A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae
author Amorim, Felipe Wanderley, 1982-
author_facet Amorim, Felipe Wanderley, 1982-
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Sazima, Marlies, 1944-
Agostini, Kayna
Oliveira, Paulo Eugênio
Benitez-Vieyra, Santiago Miguel
Silva, Wesley Rodrigues
Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
dc.contributor.author.fl_str_mv Amorim, Felipe Wanderley, 1982-
dc.subject.por.fl_str_mv Plantas - Reprodução
Polinização
Néctar
Floresta ombrofila densa montana
Sphingidae
Plants - Reproduction
Pollination
Nectar
Montane dense ombrophilous forest
Sphingidae
topic Plantas - Reprodução
Polinização
Néctar
Floresta ombrofila densa montana
Sphingidae
Plants - Reproduction
Pollination
Nectar
Montane dense ombrophilous forest
Sphingidae
description Orientador: Marlies Sazima
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/20.500.12733/1618943
AMORIM, Felipe Wanderley. A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae. 2012. 175 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1618943. Acesso em: 15 mai. 2024.
url https://hdl.handle.net/20.500.12733/1618943
identifier_str_mv AMORIM, Felipe Wanderley. A flora esfingófila de uma floresta ombrófila densa montana no sudeste brasileiro e relações mutualísticas com a fauna de Sphingidae. 2012. 175 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1618943. Acesso em: 15 mai. 2024.
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/882109
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
175 p. : il.
dc.publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
publisher.none.fl_str_mv [s.n.]
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
instname_str Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron_str UNICAMP
institution UNICAMP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.mail.fl_str_mv sbubd@unicamp.br
_version_ 1799138503561314304