ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NO SUL DO BRASIL, 2005 A 2010

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Willian Augusto de
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Carvalho, Maria Dalva de Barros
Tipo de documento: Artigo
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br//handle/123456789/2398
Resumo: Os indicadores de morbidade e de mortalidade por acidentes de trânsito representam a ponta do iceberg da violência que ocorre no tráfego das vias públicas e de suas impresumíveis consequências para a saúde pública, este estudo tem o objetivo de verificar os anos potenciais de vida perdidos por acidente com vítimas fatais de trânsito entre adultos jovens no município de Maringá-PR no período de 2005-2010. Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo de corte transversal realizado com todas as vítimas fatais por acidente de transito no município de Maringá-PR no período de 1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2012 com idade entre 18 a 29 anos. As informações foram coletadas a partir do Registro Geral Ocorrências (RGO), que é o instrumento que integra o sistema de informações do Corpo de Bombeiros e também dos registros provenientes do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma de Emergência (SIATE) por meio do Relatório Assistencial do Socorrista (RAS). Foram identificadas como vítimas fatais por acidentes de trânsito aquelas definidas pelo grande grupo de causas externas Acidentes de Transporte [V01-V99]. Para calcular os Anos Potenciais de Vidas Perdidos (APVP) foi agrupada a distribuição dos óbitos nas idades de 18 a 29 anos e calculado o ponto médio desta faixa etária. A seguir foi multiplicado o número de óbitos neste intervalo de idade pelo número de 70 anos. Esta diferença foi obtida a partir do ponto médio da faixa etária. A somatória destes dois elementos forneceu o total de APVP. Homens jovens de 18 a 29 anos prevaleceram significativamente nos casos fatais de acidente de trânsito principalmente aqueles com menor tempo de escolaridade. Ambos os sexos demonstram tendência crescente para mortalidade por acidente de trânsito especificamente a partir de 2008 essa ascendência foi mais significativa principalmente entre os homens mais jovens. O tempo médio entre o acidente e o óbito foi de 13 dias ±36,2, considerando que a maior parte dos óbitos ocorreu no local do acidente (60,2%), ocasionado por colisão (80,6%), no período da madrugada (26,9%) do dia de domingo (29,0%) envolvendo motociclistas (65,6%). Verificou-se um total de 4.375 anos com um coeficiente médio de 9,3 por 1000 habitantes para a faixa etária de 18 a 29 anos de idade considerando um total de 78.228 habitantes na faixa etária entre 15 a 29 anos. O grupo dos motociclistas com idade entre 18 a 24 anos foi o mais predominante (46,2%) totalizando 2.112 de APVP. Os achados do presente estudo servem não somente para nortear ou fomentar a elaboração de políticas públicas interinstitucionais e integradas, que visem ao enfrentamento dessa causa externas, mas também que instigue novos estudos para demonstrar o impacto socioeconômico e o impacto maior na saúde pública.
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