EXPERIÊNCIA DO HOMEM EM RELAÇÃO AOS CUIDA D OS COM SUA SAÚDE: APRESENTANDO UM MODELO TEÓRICO

• Autor(a) principal: ASSUNÇÃO, Rosana Claudia de
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: BOCCHI, Silvia Cristina Mangini
• Tipo de documento: Artigo
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br//handle/123456789/3264
• topic: Doença; Homens; saúde; Saúde do homem

A saúde do homem é um tema que vem ainda de forma discreta, ocupando espaço nas pautas de discussões das políticas públicas, tendo como um dos pilares, o reconhecimento da invisibilidade desta população na atenção primária. A Política Nacional de Atenção a Saúde do Homem em seus princípios e diretrizes, reconhece que a população masculina procura o sistema de saúde por meio da atenção especializada, condição preocupante, pois na maioria das vezes a doença já se encontra instalada. Trata-se de pesquisa na abordagem qualitativa realizada na cidade de Londrina, Paraná, Brasil, e teve como objetivos compreender a experiência interacional homem-processo saúde-doença de usuários de serviços de urgência e emergência atendidos com crise hipertensiva e propor um modelo teórico representativo dessa experiência. Para compor a estratégia de análise e compilação dos dados, foi utilizado a Grounded Theory, tendo como atores da pesquisa vinte e um sujeitos, a coleta ocorreu no período de junho de 2011 a junho de 2012. Resultados: Da análise das experiências emergiram três subprocessos: concebendo o cuidado à saúde inerente ao feminino: uma fantasia do masculino; aprisionando-se ao papel de homem com superpoderes sobre sua saúde; vivenciando a materialidade da doença nas comorbidades. Do realinhamento dos componentes desses subprocessos surgiu a categoria central e modelo teórico, denominado“movendo-se entre o fortalecimento e a fragilização do poder como homem de saúde inabalável: o medo do diagnóstico médico imaginado como componente interveniente para a materialidade da doença.”. Analisando-o à luz do interacionismo Simbólico, verificou-se a necessidade de o indivíduo reconfigurar o seu self, dando a si mesmo a oportunidade de romper com a concepção de homem com superpoderes sobre a sua saúde para poder (re)alinhar-se a comportamentos saudáveis e abandonar o autocontrole de sua saúde sem auxílio de serviços de saúde. Conclusão: A pesquisa corrobora resultados de estudos anteriores, contudo o modelo teórico descoberto configura-se em grande contribuição se considerado protótipo tecnológico para profissionais da saúde ajudarem homens a refletirem e se auto-avaliarem, ao interagirem com ele durante práticas educativas.