Grupo de mulheres nas redes sociais em movimento de isolamento social como apoio ás que sofrem violência doméstica

• Autor(a) principal: Freitas, Camila Martins de Albuquerque
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1428
• topic: CNPQ::CIÊNCIAS DA SAÚDE::MEDICINA; Violência doméstica; COVID-19; Isolamento social; Grupos virtuais; Rede social

A violência doméstica contra mulher tem apresentado índices ainda maiores durante o isolamento social da pandemia do COVID-19. Isso ocorre pelo fato das mulheres passarem mais tempo com o agressor nesse período, além dos serviços de saúde e justiça encontraram-se com acesso limitado e o medo de contágio são fatores que influenciam nessa problemática. Diante desse cenário, muitas delas tiveram sua rede de apoio presencial comprometida, situação que fez com que buscassem novas alternativas em um momento tão delicado. Sendo assim, com o aumento do uso das redes sociais, o objetivo desse trabalho visa explorar os impactos da participação em grupos virtuais com o tema “Violência Doméstica” em uma rede social, durante o isolamento social da pandemia do COVID-19, na vida das mulheres vítimas de violência. Para isso, foi escolhida a pesquisa de campo qualitativa, por meio de entrevistas abertas individuais. O convite para participação da entrevista virtual foi divulgado em grupos do Facebook com tal temática, o que resultou numa amostra de 14 mulheres delimitada de forma não probabilística e por conveniência. Após a transcrição e análise de conteúdo do material, emergiram as 4 (quatro) categorias seguintes: Sentimento de pertencimento, percebido pela sensação de conexão entre as participantes por notarem semelhança da sua violência com os relatos de outras mulheres, situação que ocorre também em grupos presenciais; Percepção da violência, que através dos compartilhamentos no grupo, foi possível que elas se percebessem como vítimas; Espaço de orientações objetivas, uma vez que foi notória a presença de informações relevantes disseminadas nesse espaço e que serviu para algumas mulheres quebrarem o ciclo de violência; Visão sobre o isolamento social, categoria que surgiu pelo aumento de casos durante a quarentena e o aumento da procura dos grupos. Dessa forma, foi possível perceber que os grupos virtuais são importantes para disseminação de informações relevantes e para percepção da violência. O presente trabalho seguiu todas as normas presentes na Resolução nº 466, do Conselho Nacional de Saúde (CNS).