PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Uningá (Online) |
Texto Completo: | https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3869 |
Resumo: | O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune e sistêmica, caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, possuindo várias manifestações clínicas. Sua etiologia não é totalmente compreendida, contudo, sabe-se que fatores genéticos e ambientais influenciam seu desenvolvimento, afetando majoritariamente mulheres durante a idade reprodutiva. Entre as patologias associadas ao LES destaca-se a Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF) caracterizada por tromboses recorrentes e perdas fetais repetitivas. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão bibliográfica a fim de relacionar a prevalência e os mecanismos fisiopatológicos da SAF em pacientes com LES. Foi realizada uma revisão sobre a associação da SAF em pacientes lúpicos, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico, Ebsco e DynaMed. Os descritores incluíram “systemic lupus erythematosus”, “antiphospholipid syndrome” e “SAF”. O LES é uma doença autoimune, crônica, inflamatória e multissistêmica. Suas principais manifestações clínicas são manchas cutâneas e eritematosas; além de efeitos sistêmicos como fraqueza, febre, anorexia e emagrecimento. Ao acometer órgãos específicos, pode resultar em artrite, cardiopatias, neuropatias, nefrite e distúrbios hematológicos. Por sua vez, a SAF é detectada presença de anticorpos antifosfolipídeos (aPL) detectados por meio de marcadores laboratoriais. Os critérios clínicos para SAF são dados pela presença de trombose vascular e elevada morbidade gestacional. A SAF secundária é comumente associada ao LES com incidência de 50% em pacientes lúpicos, acarretando maiores riscos de desordens vasculares, como a doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, aterosclerose e trombose, podendo resultar em tromboembolismo. O prognóstico da SAF é condicionado a diversos fatores. Entre os critérios de mau prognóstico cita-se o próprio LES devido a piora clínica estar relacionada a lesões renais, neuropatias, comorbidades cardiovasculares e hematopoiéticas. A SAF, associada ao LES, pode provocar danos em órgãos que antes não eram acometidos. Assim, reduz a qualidade de vida do paciente uma vez que eleva a probabilidade de trombose, morbidades na gestação e disfunções valvares. Pacientes com lúpus que desenvolvem SAF, devido seu caráter trombofílico, apresentam piora em seu prognóstico. Embora, existam poucos estudos, conclui-se que a associação do lúpus com a SAF, gera complicações adicionais ao lúpus por acometer locais distintos as lesões originais, sendo um dos principais fatores de piora no prognóstico. Mais estudo com enfoque nessa área, são necessários para avaliar o estado do paciente lúpico com desenvolvimento da SAF, assim como sua prevenção, tratamento e qualidade de vida. |
id |
UNINGA-1_d3ee658ec841b764da47f3397a6e5b0b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revista.uninga.br:article/3869 |
network_acronym_str |
UNINGA-1 |
network_name_str |
Revista Uningá (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLúpus eritematoso sistêmicoanticorpos antifosfolipídeosautoanticorposdoenças vascularesreumatologiaSíndrome do Anticorpo AntifosfolipídeoLúpus Eritematoso SistêmicoO Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune e sistêmica, caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, possuindo várias manifestações clínicas. Sua etiologia não é totalmente compreendida, contudo, sabe-se que fatores genéticos e ambientais influenciam seu desenvolvimento, afetando majoritariamente mulheres durante a idade reprodutiva. Entre as patologias associadas ao LES destaca-se a Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF) caracterizada por tromboses recorrentes e perdas fetais repetitivas. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão bibliográfica a fim de relacionar a prevalência e os mecanismos fisiopatológicos da SAF em pacientes com LES. Foi realizada uma revisão sobre a associação da SAF em pacientes lúpicos, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico, Ebsco e DynaMed. Os descritores incluíram “systemic lupus erythematosus”, “antiphospholipid syndrome” e “SAF”. O LES é uma doença autoimune, crônica, inflamatória e multissistêmica. Suas principais manifestações clínicas são manchas cutâneas e eritematosas; além de efeitos sistêmicos como fraqueza, febre, anorexia e emagrecimento. Ao acometer órgãos específicos, pode resultar em artrite, cardiopatias, neuropatias, nefrite e distúrbios hematológicos. Por sua vez, a SAF é detectada presença de anticorpos antifosfolipídeos (aPL) detectados por meio de marcadores laboratoriais. Os critérios clínicos para SAF são dados pela presença de trombose vascular e elevada morbidade gestacional. A SAF secundária é comumente associada ao LES com incidência de 50% em pacientes lúpicos, acarretando maiores riscos de desordens vasculares, como a doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, aterosclerose e trombose, podendo resultar em tromboembolismo. O prognóstico da SAF é condicionado a diversos fatores. Entre os critérios de mau prognóstico cita-se o próprio LES devido a piora clínica estar relacionada a lesões renais, neuropatias, comorbidades cardiovasculares e hematopoiéticas. A SAF, associada ao LES, pode provocar danos em órgãos que antes não eram acometidos. Assim, reduz a qualidade de vida do paciente uma vez que eleva a probabilidade de trombose, morbidades na gestação e disfunções valvares. Pacientes com lúpus que desenvolvem SAF, devido seu caráter trombofílico, apresentam piora em seu prognóstico. Embora, existam poucos estudos, conclui-se que a associação do lúpus com a SAF, gera complicações adicionais ao lúpus por acometer locais distintos as lesões originais, sendo um dos principais fatores de piora no prognóstico. Mais estudo com enfoque nessa área, são necessários para avaliar o estado do paciente lúpico com desenvolvimento da SAF, assim como sua prevenção, tratamento e qualidade de vida.Editora Uningá2021-01-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uninga.br/uninga/article/view/386910.46311/2318-0579.57.eUJ3869Revista Uningá; Vol. 57 No. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 084-085Revista Uningá; v. 57 n. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 084-0852318-057910.46311/ru.v57iS1reponame:Revista Uningá (Online)instname:Centro Universitário Uningáinstacron:UNINGAporhttps://revista.uninga.br/uninga/article/view/3869/230610.46311/ru.v57iS1.3869.g2306Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNALinfo:eu-repo/semantics/openAccessde Souza, Julia AntunesLaides, Júlia BonissoniLiberati, Luciana BertãoSanches, Luísa TristãoGodinho, Jacqueline2021-02-04T21:42:35Zoai:ojs.revista.uninga.br:article/3869Revistahttps://revista.uninga.br/uninga/indexPUBhttps://revista.uninga.br/uninga/oairevistauninga@uninga.edu.br2318-05792318-0579opendoar:2021-02-04T21:42:35Revista Uningá (Online) - Centro Universitário Uningáfalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO |
title |
PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO |
spellingShingle |
PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO de Souza, Julia Antunes Lúpus eritematoso sistêmico anticorpos antifosfolipídeos autoanticorpos doenças vasculares reumatologia Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo Lúpus Eritematoso Sistêmico |
title_short |
PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO |
title_full |
PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO |
title_fullStr |
PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO |
title_full_unstemmed |
PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO |
title_sort |
PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO |
author |
de Souza, Julia Antunes |
author_facet |
de Souza, Julia Antunes Laides, Júlia Bonissoni Liberati, Luciana Bertão Sanches, Luísa Tristão Godinho, Jacqueline |
author_role |
author |
author2 |
Laides, Júlia Bonissoni Liberati, Luciana Bertão Sanches, Luísa Tristão Godinho, Jacqueline |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
de Souza, Julia Antunes Laides, Júlia Bonissoni Liberati, Luciana Bertão Sanches, Luísa Tristão Godinho, Jacqueline |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Lúpus eritematoso sistêmico anticorpos antifosfolipídeos autoanticorpos doenças vasculares reumatologia Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo Lúpus Eritematoso Sistêmico |
topic |
Lúpus eritematoso sistêmico anticorpos antifosfolipídeos autoanticorpos doenças vasculares reumatologia Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo Lúpus Eritematoso Sistêmico |
description |
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune e sistêmica, caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, possuindo várias manifestações clínicas. Sua etiologia não é totalmente compreendida, contudo, sabe-se que fatores genéticos e ambientais influenciam seu desenvolvimento, afetando majoritariamente mulheres durante a idade reprodutiva. Entre as patologias associadas ao LES destaca-se a Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF) caracterizada por tromboses recorrentes e perdas fetais repetitivas. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão bibliográfica a fim de relacionar a prevalência e os mecanismos fisiopatológicos da SAF em pacientes com LES. Foi realizada uma revisão sobre a associação da SAF em pacientes lúpicos, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico, Ebsco e DynaMed. Os descritores incluíram “systemic lupus erythematosus”, “antiphospholipid syndrome” e “SAF”. O LES é uma doença autoimune, crônica, inflamatória e multissistêmica. Suas principais manifestações clínicas são manchas cutâneas e eritematosas; além de efeitos sistêmicos como fraqueza, febre, anorexia e emagrecimento. Ao acometer órgãos específicos, pode resultar em artrite, cardiopatias, neuropatias, nefrite e distúrbios hematológicos. Por sua vez, a SAF é detectada presença de anticorpos antifosfolipídeos (aPL) detectados por meio de marcadores laboratoriais. Os critérios clínicos para SAF são dados pela presença de trombose vascular e elevada morbidade gestacional. A SAF secundária é comumente associada ao LES com incidência de 50% em pacientes lúpicos, acarretando maiores riscos de desordens vasculares, como a doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, aterosclerose e trombose, podendo resultar em tromboembolismo. O prognóstico da SAF é condicionado a diversos fatores. Entre os critérios de mau prognóstico cita-se o próprio LES devido a piora clínica estar relacionada a lesões renais, neuropatias, comorbidades cardiovasculares e hematopoiéticas. A SAF, associada ao LES, pode provocar danos em órgãos que antes não eram acometidos. Assim, reduz a qualidade de vida do paciente uma vez que eleva a probabilidade de trombose, morbidades na gestação e disfunções valvares. Pacientes com lúpus que desenvolvem SAF, devido seu caráter trombofílico, apresentam piora em seu prognóstico. Embora, existam poucos estudos, conclui-se que a associação do lúpus com a SAF, gera complicações adicionais ao lúpus por acometer locais distintos as lesões originais, sendo um dos principais fatores de piora no prognóstico. Mais estudo com enfoque nessa área, são necessários para avaliar o estado do paciente lúpico com desenvolvimento da SAF, assim como sua prevenção, tratamento e qualidade de vida. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-01-25 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3869 10.46311/2318-0579.57.eUJ3869 |
url |
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3869 |
identifier_str_mv |
10.46311/2318-0579.57.eUJ3869 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3869/2306 10.46311/ru.v57iS1.3869.g2306 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNAL info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNAL |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora Uningá |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora Uningá |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Uningá; Vol. 57 No. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 084-085 Revista Uningá; v. 57 n. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 084-085 2318-0579 10.46311/ru.v57iS1 reponame:Revista Uningá (Online) instname:Centro Universitário Uningá instacron:UNINGA |
instname_str |
Centro Universitário Uningá |
instacron_str |
UNINGA |
institution |
UNINGA |
reponame_str |
Revista Uningá (Online) |
collection |
Revista Uningá (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Uningá (Online) - Centro Universitário Uningá |
repository.mail.fl_str_mv |
revistauninga@uninga.edu.br |
_version_ |
1797042166407626752 |