LACERAÇÃO PARCIAL DE TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO COM DESENVOLVIMENTO DE HARPEJAMENTO EM EQUINO: RELATO DE CASO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, GUILHERME YURI DOS
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: MASSANARES, JOÃO VICTOR BRISOLA, ROSSATO, MONIQUE RUSH, SANTOS, GEOVANA ALVES DOS, GONÇALVES, GUSTAVO ROMERO, MARINO, POLYANA CAROLINA
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: UNINGÁ Review
Texto Completo: https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3096
Resumo: Foi atendido no Núcleo de Grandes Animais do Centro Universitário Ingá um equino, macho, de 10 anos de idade, pesando 420 kg, da raça Mangalarga Paulista, apresentando uma ferida lacerada em membro pélvico esquerdo. Ao exame todos os parâmetros vitais estavam normais e durante o exame específico do sistema locomotor notou-se uma claudicação de grau IV segundo Adams (2011), com elevação de pinça observada durante manobras e uma ferida lacerada, com cerca de seis centímetros e saída de exsudato serosanguinolento. O animal foi sedado com detomidina (0,01 mg/kg, endovenosa) e submetido a uma avaliação através de palpação e ultrassonografia do local da lesão, constatando-se a laceração parcial do tendão flexor digital profundo. Foi realizada a tricotomia, limpeza com água corrente e clorexidine degermante a 2%, e em seguida, aplicada uma bandagem de Robert Jones. Foi instituída profilaxia antitetânica com soro antitetânico (5.000 UI, intramuscular), antibioticoterapia (Penicilina Benzatina, 20.000 UI/Kg, intramuscular) uma vez ao dia durante 3 dias, e Flunixina Meglumina (1,1 mg/kg, endovenosa) a cada 24 horas por 5 dias. Foram realizados curativos diários, por meio de limpeza e desinfecção da ferida com água corrente e clorexidine degermante até sua completa cicatrização. Durante o período de tratamento, quando houve o crescimento de tecido de granulação exuberante, o mesmo foi resseccionado com o auxílio de um bisturi. Para auxiliar na locomoção e minimizar a elevação de pinça, foi realizada a colocação de uma ferradura no casco do membro pélvico esquerdo com prolongamento e elevação de talão por 60 dias. Durante o período de recuperação, o animal apresentou o desenvolvimento de uma hiperflexão do membro lesionado, denominado harpejamento. Neste caso, optou-se pelo tratamento medicamentoso a base de Tiamina na dose de 0,06 mg/kg por via intramuscular durante 10 dias consecutivos. O animal recebeu alta com melhora de 70% do quadro, e após 30 dias o proprietário relatou que o mesmo não apresentava claudicação evidente, não elevou mais a pinça e houve correção completa do harpejamento, sem apresentar qualquer tipo de sequelas.
id UNINGA-2_08adf5ec3689994b655a5b19b550d3f3
oai_identifier_str oai:ojs.revista.uninga.br:article/3096
network_acronym_str UNINGA-2
network_name_str UNINGÁ Review
repository_id_str
spelling LACERAÇÃO PARCIAL DE TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO COM DESENVOLVIMENTO DE HARPEJAMENTO EM EQUINO: RELATO DE CASOCavaloClaudicaçãoSistema locomotorFoi atendido no Núcleo de Grandes Animais do Centro Universitário Ingá um equino, macho, de 10 anos de idade, pesando 420 kg, da raça Mangalarga Paulista, apresentando uma ferida lacerada em membro pélvico esquerdo. Ao exame todos os parâmetros vitais estavam normais e durante o exame específico do sistema locomotor notou-se uma claudicação de grau IV segundo Adams (2011), com elevação de pinça observada durante manobras e uma ferida lacerada, com cerca de seis centímetros e saída de exsudato serosanguinolento. O animal foi sedado com detomidina (0,01 mg/kg, endovenosa) e submetido a uma avaliação através de palpação e ultrassonografia do local da lesão, constatando-se a laceração parcial do tendão flexor digital profundo. Foi realizada a tricotomia, limpeza com água corrente e clorexidine degermante a 2%, e em seguida, aplicada uma bandagem de Robert Jones. Foi instituída profilaxia antitetânica com soro antitetânico (5.000 UI, intramuscular), antibioticoterapia (Penicilina Benzatina, 20.000 UI/Kg, intramuscular) uma vez ao dia durante 3 dias, e Flunixina Meglumina (1,1 mg/kg, endovenosa) a cada 24 horas por 5 dias. Foram realizados curativos diários, por meio de limpeza e desinfecção da ferida com água corrente e clorexidine degermante até sua completa cicatrização. Durante o período de tratamento, quando houve o crescimento de tecido de granulação exuberante, o mesmo foi resseccionado com o auxílio de um bisturi. Para auxiliar na locomoção e minimizar a elevação de pinça, foi realizada a colocação de uma ferradura no casco do membro pélvico esquerdo com prolongamento e elevação de talão por 60 dias. Durante o período de recuperação, o animal apresentou o desenvolvimento de uma hiperflexão do membro lesionado, denominado harpejamento. Neste caso, optou-se pelo tratamento medicamentoso a base de Tiamina na dose de 0,06 mg/kg por via intramuscular durante 10 dias consecutivos. O animal recebeu alta com melhora de 70% do quadro, e após 30 dias o proprietário relatou que o mesmo não apresentava claudicação evidente, não elevou mais a pinça e houve correção completa do harpejamento, sem apresentar qualquer tipo de sequelas.Editora Uningá2019-09-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3096Uningá Review ; Vol. 34 No. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 34Uningá Review Journal; v. 34 n. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 342178-2571reponame:UNINGÁ Reviewinstname:Centro Universitário Uningáinstacron:UNINGAporhttps://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3096/2066Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEWinfo:eu-repo/semantics/openAccessSANTOS, GUILHERME YURI DOSMASSANARES, JOÃO VICTOR BRISOLAROSSATO, MONIQUE RUSHSANTOS, GEOVANA ALVES DOSGONÇALVES, GUSTAVO ROMEROMARINO, POLYANA CAROLINA2019-09-26T15:24:52Zoai:ojs.revista.uninga.br:article/3096Revistahttps://revista.uninga.br/uningareviews/indexPUBhttps://revista.uninga.br/uningareviews/oairevistauningareview@uninga.edu.br || sec.revistas@uninga.edu.br2178-25712178-2571opendoar:2019-09-26T15:24:52UNINGÁ Review - Centro Universitário Uningáfalse
dc.title.none.fl_str_mv LACERAÇÃO PARCIAL DE TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO COM DESENVOLVIMENTO DE HARPEJAMENTO EM EQUINO: RELATO DE CASO
title LACERAÇÃO PARCIAL DE TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO COM DESENVOLVIMENTO DE HARPEJAMENTO EM EQUINO: RELATO DE CASO
spellingShingle LACERAÇÃO PARCIAL DE TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO COM DESENVOLVIMENTO DE HARPEJAMENTO EM EQUINO: RELATO DE CASO
SANTOS, GUILHERME YURI DOS
Cavalo
Claudicação
Sistema locomotor
title_short LACERAÇÃO PARCIAL DE TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO COM DESENVOLVIMENTO DE HARPEJAMENTO EM EQUINO: RELATO DE CASO
title_full LACERAÇÃO PARCIAL DE TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO COM DESENVOLVIMENTO DE HARPEJAMENTO EM EQUINO: RELATO DE CASO
title_fullStr LACERAÇÃO PARCIAL DE TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO COM DESENVOLVIMENTO DE HARPEJAMENTO EM EQUINO: RELATO DE CASO
title_full_unstemmed LACERAÇÃO PARCIAL DE TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO COM DESENVOLVIMENTO DE HARPEJAMENTO EM EQUINO: RELATO DE CASO
title_sort LACERAÇÃO PARCIAL DE TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO COM DESENVOLVIMENTO DE HARPEJAMENTO EM EQUINO: RELATO DE CASO
author SANTOS, GUILHERME YURI DOS
author_facet SANTOS, GUILHERME YURI DOS
MASSANARES, JOÃO VICTOR BRISOLA
ROSSATO, MONIQUE RUSH
SANTOS, GEOVANA ALVES DOS
GONÇALVES, GUSTAVO ROMERO
MARINO, POLYANA CAROLINA
author_role author
author2 MASSANARES, JOÃO VICTOR BRISOLA
ROSSATO, MONIQUE RUSH
SANTOS, GEOVANA ALVES DOS
GONÇALVES, GUSTAVO ROMERO
MARINO, POLYANA CAROLINA
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv SANTOS, GUILHERME YURI DOS
MASSANARES, JOÃO VICTOR BRISOLA
ROSSATO, MONIQUE RUSH
SANTOS, GEOVANA ALVES DOS
GONÇALVES, GUSTAVO ROMERO
MARINO, POLYANA CAROLINA
dc.subject.por.fl_str_mv Cavalo
Claudicação
Sistema locomotor
topic Cavalo
Claudicação
Sistema locomotor
description Foi atendido no Núcleo de Grandes Animais do Centro Universitário Ingá um equino, macho, de 10 anos de idade, pesando 420 kg, da raça Mangalarga Paulista, apresentando uma ferida lacerada em membro pélvico esquerdo. Ao exame todos os parâmetros vitais estavam normais e durante o exame específico do sistema locomotor notou-se uma claudicação de grau IV segundo Adams (2011), com elevação de pinça observada durante manobras e uma ferida lacerada, com cerca de seis centímetros e saída de exsudato serosanguinolento. O animal foi sedado com detomidina (0,01 mg/kg, endovenosa) e submetido a uma avaliação através de palpação e ultrassonografia do local da lesão, constatando-se a laceração parcial do tendão flexor digital profundo. Foi realizada a tricotomia, limpeza com água corrente e clorexidine degermante a 2%, e em seguida, aplicada uma bandagem de Robert Jones. Foi instituída profilaxia antitetânica com soro antitetânico (5.000 UI, intramuscular), antibioticoterapia (Penicilina Benzatina, 20.000 UI/Kg, intramuscular) uma vez ao dia durante 3 dias, e Flunixina Meglumina (1,1 mg/kg, endovenosa) a cada 24 horas por 5 dias. Foram realizados curativos diários, por meio de limpeza e desinfecção da ferida com água corrente e clorexidine degermante até sua completa cicatrização. Durante o período de tratamento, quando houve o crescimento de tecido de granulação exuberante, o mesmo foi resseccionado com o auxílio de um bisturi. Para auxiliar na locomoção e minimizar a elevação de pinça, foi realizada a colocação de uma ferradura no casco do membro pélvico esquerdo com prolongamento e elevação de talão por 60 dias. Durante o período de recuperação, o animal apresentou o desenvolvimento de uma hiperflexão do membro lesionado, denominado harpejamento. Neste caso, optou-se pelo tratamento medicamentoso a base de Tiamina na dose de 0,06 mg/kg por via intramuscular durante 10 dias consecutivos. O animal recebeu alta com melhora de 70% do quadro, e após 30 dias o proprietário relatou que o mesmo não apresentava claudicação evidente, não elevou mais a pinça e houve correção completa do harpejamento, sem apresentar qualquer tipo de sequelas.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-09-24
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3096
url https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3096
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3096/2066
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEW
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEW
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Editora Uningá
publisher.none.fl_str_mv Editora Uningá
dc.source.none.fl_str_mv Uningá Review ; Vol. 34 No. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 34
Uningá Review Journal; v. 34 n. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 34
2178-2571
reponame:UNINGÁ Review
instname:Centro Universitário Uningá
instacron:UNINGA
instname_str Centro Universitário Uningá
instacron_str UNINGA
institution UNINGA
reponame_str UNINGÁ Review
collection UNINGÁ Review
repository.name.fl_str_mv UNINGÁ Review - Centro Universitário Uningá
repository.mail.fl_str_mv revistauningareview@uninga.edu.br || sec.revistas@uninga.edu.br
_version_ 1797042211740712960