EVOLUÇÃO DA GESTÃO DA DRENAGEM URBANA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITAJAÍ-AÇU

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tasca, Fabiane Andressa
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Pompêo, César Augusto, Finotti, Alexandra Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade - GeAS
Texto Completo: https://periodicos.uninove.br/geas/article/view/10240
Resumo: Os sistemas de drenagem urbana destinam-se a evitar ou reduzir a ocorrência das inundações e alagamentos. Contudo, a gestão deste instrumento é complexa junto às prefeituras, realidade encontrada na bacia hidrográfica do rio Itajaí, a região mais afetada por desastres hidrológicos no Estado de Santa Catarina. Realizou-se uma pesquisa em 27 municípios da bacia em 2012 e comparou-se a um estudo semelhante desenvolvido em 1998. Observou-se que a drenagem urbana encontra-se geralmente atrelada ao setor de obras, com intervenções de natureza eminentemente estrutural e pontual, desvinculada de um planejamento  abrangente. Em 2012, os gestores não consideraram a ausência de um Plano Diretor de Drenagem Urbana um problema, contrariando frontalmente o que prevê a literatura técnica do Brasil e do mundo. A maioria dos municípios possui assoreamento nos cursos d´água, mas a manutenção e o desassoreamento destes sistemas não  são realizados com periodicidade. De modo geral, os principais problemas das prefeituras relacionam-se com a falta de recursos, o que inviabiliza uma gestão eficiente da drenagem e da presença de corpo técnico qualificado. O panorama encontrado foi semelhante em ambos os anos da pesquisa, ou seja, a evolução na gestão da drenagem urbana não foi significativa em um horizonte de 14 anos. A drenagem urbana permanece com um papel secundário dentro do saneamento ambiental, mesmo em uma das principais bacias hidrográficas brasileiras afetadas por desastres naturais, demonstrando que a falta de noção técnica do problema é um dos principais entraves à sua adequada gestão.
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Em 2012, os gestores não consideraram a ausência de um Plano Diretor de Drenagem Urbana um problema, contrariando frontalmente o que prevê a literatura técnica do Brasil e do mundo. A maioria dos municípios possui assoreamento nos cursos d´água, mas a manutenção e o desassoreamento destes sistemas não  são realizados com periodicidade. De modo geral, os principais problemas das prefeituras relacionam-se com a falta de recursos, o que inviabiliza uma gestão eficiente da drenagem e da presença de corpo técnico qualificado. O panorama encontrado foi semelhante em ambos os anos da pesquisa, ou seja, a evolução na gestão da drenagem urbana não foi significativa em um horizonte de 14 anos. A drenagem urbana permanece com um papel secundário dentro do saneamento ambiental, mesmo em uma das principais bacias hidrográficas brasileiras afetadas por desastres naturais, demonstrando que a falta de noção técnica do problema é um dos principais entraves à sua adequada gestão.Os sistemas de drenagem urbana destinam-se a evitar ou reduzir a ocorrência das inundações e alagamentos. Contudo, a gestão deste instrumento é complexa junto às prefeituras, realidade encontrada na bacia hidrográfica do rio Itajaí, a região mais afetada por desastres hidrológicos no Estado de Santa Catarina. Realizou-se uma pesquisa em 27 municípios da bacia em 2012 e comparou-se a um estudo semelhante desenvolvido em 1998. Observou-se que a drenagem urbana encontra-se geralmente atrelada ao setor de obras, com intervenções de natureza eminentemente estrutural e pontual, desvinculada de um planejamento  abrangente. Em 2012, os gestores não consideraram a ausência de um Plano Diretor de Drenagem Urbana um problema, contrariando frontalmente o que prevê a literatura técnica do Brasil e do mundo. A maioria dos municípios possui assoreamento nos cursos d´água, mas a manutenção e o desassoreamento destes sistemas não  são realizados com periodicidade. De modo geral, os principais problemas das prefeituras relacionam-se com a falta de recursos, o que inviabiliza uma gestão eficiente da drenagem e da presença de corpo técnico qualificado. O panorama encontrado foi semelhante em ambos os anos da pesquisa, ou seja, a evolução na gestão da drenagem urbana não foi significativa em um horizonte de 14 anos. A drenagem urbana permanece com um papel secundário dentro do saneamento ambiental, mesmo em uma das principais bacias hidrográficas brasileiras afetadas por desastres naturais, demonstrando que a falta de noção técnica do problema é um dos principais entraves à sua adequada gestão.Os sistemas de drenagem urbana destinam-se a evitar ou reduzir a ocorrência das inundações e alagamentos. Contudo, a gestão deste instrumento é complexa junto às prefeituras, realidade encontrada na bacia hidrográfica do rio Itajaí, a região mais afetada por desastres hidrológicos no Estado de Santa Catarina. Realizou-se uma pesquisa em 27 municípios da bacia em 2012 e comparou-se a um estudo semelhante desenvolvido em 1998. Observou-se que a drenagem urbana encontra-se geralmente atrelada ao setor de obras, com intervenções de natureza eminentemente estrutural e pontual, desvinculada de um planejamento  abrangente. Em 2012, os gestores não consideraram a ausência de um Plano Diretor de Drenagem Urbana um problema, contrariando frontalmente o que prevê a literatura técnica do Brasil e do mundo. A maioria dos municípios possui assoreamento nos cursos d´água, mas a manutenção e o desassoreamento destes sistemas não  são realizados com periodicidade. De modo geral, os principais problemas das prefeituras relacionam-se com a falta de recursos, o que inviabiliza uma gestão eficiente da drenagem e da presença de corpo técnico qualificado. O panorama encontrado foi semelhante em ambos os anos da pesquisa, ou seja, a evolução na gestão da drenagem urbana não foi significativa em um horizonte de 14 anos. A drenagem urbana permanece com um papel secundário dentro do saneamento ambiental, mesmo em uma das principais bacias hidrográficas brasileiras afetadas por desastres naturais, demonstrando que a falta de noção técnica do problema é um dos principais entraves à sua adequada gestão.Universidade Nove de Julho - UNINOVE2018-05-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.uninove.br/geas/article/view/1024010.5585/geas.v7i2.644Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade; v. 7 n. 2 (2018): Maio - Agosto; 264-2832316-9834reponame:Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade - GeASinstname:Universidade Nove de Julho (UNINOVE)instacron:UNINOVEporhttps://periodicos.uninove.br/geas/article/view/10240/pdfCopyright (c) 2018 Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessTasca, Fabiane AndressaPompêo, César AugustoFinotti, Alexandra Rodrigues2019-03-01T16:14:45Zoai:ojs.periodicos.uninove.br:article/10240Revistahttps://periodicos.uninove.br/geasONGhttps://periodicos.uninove.br/geas/oai||journalgeas@gmail.com2316-98342316-9834opendoar:2019-03-01T16:14:45Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade - GeAS - Universidade Nove de Julho (UNINOVE)false
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