CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM TEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19 EM UM MUNICÍPIO DO SUDOESTE DO PARANÁ
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Publication Date: | 2022 |
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Source: | Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR (Online) |
Download full: | https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/8725 |
Summary: | Introdução: A violência contra à mulher é caracterizada especialmente pela desigualdade de gênero, diferença hierárquica, subordinação e pela agressividade do parceiro ou ex-parceiro. Entre os principais subtipos, cita-se; a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Com o surgimento da pandemia de coronavírus em 2020 na tentativa de contenção da doença, medidas protetivas como o isolamento social aumentaram o convívio familiar. Dessa forma, as vítimas de violência passaram a ficar ainda mais tempo expostas aos seus agressores e consequentemente com maiores dificuldades para denunciar os abusos sofridos, pois a prestação dos serviços públicos, instituições de segurança e judiciais também foram restringidas. Objetivo: Caracterizar os casos de violência contra a mulher em tempos de pandemia de coronavírus em um município do Sudoeste do Paraná. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, documental e transversal com abordagem quantitativa realizada em um município do Sudoeste do Paraná a partir da coleta de dados, por meio das fichas de notificação de violência contra a mulher entre 2019 e 2021. Resultados e discussão: O estudo demonstrou prevalência de notificações no ano de 2019 em mulheres com idade de 12 a 18 anos (27,2%), brancas (71,3%), com ensino médio (21,9%), sendo ainda estudantes (23,1%) ou desempregadas (17,2%), sem companheiro (52,4%), residentes da área urbana (74%), heterossexuais (50,6%), sem possuir algum tipo de deficiência (51,8%). Ao verificar a tipologia da agressão com maior incidência, observou-se a lesão autoprovocada (53,6%) por meio da intoxicação /envenenamento (41,4%). Quanto a violência interpessoal, notou-se que a maioria das agressões foram ocasionadas pelo próprio cônjuge da vítima (12,4%), utilizando da força física (29,3%), salienta-se que o álcool não estava presente na maior parte das agressões. Conclusão: Evidencia-se a prevalência de violência autoprovocada (53,6%), em adolescentes com ensino médio, brancas, sem companheiro, residentes da área urbana, agredidas em ambiente domiciliar, motivadas por conflitos geracionais, sendo as violências mais incidentes a física por meio de envenenamento/intoxicação. Diante do exposto é importante abordar o fato de que é necessário realizar capacitações com os profissionais de saúde referente a ficha de notificação e orientá-los da importância de preenchê-la de forma correta, para haja a tomada de providências de acordo com cada necessidade. |
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Introdução: A violência contra à mulher é caracterizada especialmente pela desigualdade de gênero, diferença hierárquica, subordinação e pela agressividade do parceiro ou ex-parceiro. Entre os principais subtipos, cita-se; a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Com o surgimento da pandemia de coronavírus em 2020 na tentativa de contenção da doença, medidas protetivas como o isolamento social aumentaram o convívio familiar. Dessa forma, as vítimas de violência passaram a ficar ainda mais tempo expostas aos seus agressores e consequentemente com maiores dificuldades para denunciar os abusos sofridos, pois a prestação dos serviços públicos, instituições de segurança e judiciais também foram restringidas. Objetivo: Caracterizar os casos de violência contra a mulher em tempos de pandemia de coronavírus em um município do Sudoeste do Paraná. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, documental e transversal com abordagem quantitativa realizada em um município do Sudoeste do Paraná a partir da coleta de dados, por meio das fichas de notificação de violência contra a mulher entre 2019 e 2021. Resultados e discussão: O estudo demonstrou prevalência de notificações no ano de 2019 em mulheres com idade de 12 a 18 anos (27,2%), brancas (71,3%), com ensino médio (21,9%), sendo ainda estudantes (23,1%) ou desempregadas (17,2%), sem companheiro (52,4%), residentes da área urbana (74%), heterossexuais (50,6%), sem possuir algum tipo de deficiência (51,8%). Ao verificar a tipologia da agressão com maior incidência, observou-se a lesão autoprovocada (53,6%) por meio da intoxicação /envenenamento (41,4%). Quanto a violência interpessoal, notou-se que a maioria das agressões foram ocasionadas pelo próprio cônjuge da vítima (12,4%), utilizando da força física (29,3%), salienta-se que o álcool não estava presente na maior parte das agressões. Conclusão: Evidencia-se a prevalência de violência autoprovocada (53,6%), em adolescentes com ensino médio, brancas, sem companheiro, residentes da área urbana, agredidas em ambiente domiciliar, motivadas por conflitos geracionais, sendo as violências mais incidentes a física por meio de envenenamento/intoxicação. Diante do exposto é importante abordar o fato de que é necessário realizar capacitações com os profissionais de saúde referente a ficha de notificação e orientá-los da importância de preenchê-la de forma correta, para haja a tomada de providências de acordo com cada necessidade. |
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