Análise da sustentabilidade fiscal do estado de bem-estar social nórdico entre 1995 e 2015

• Autor(a) principal: Velasco, Gonzalo Nequesaurt
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/2063
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS; Estado; Bem estar social; Sustentabilidade fiscal; Dívida; Países nórdicos; Estado; Bienestar; Sostenibilidad fiscal; Deuda

O Estado é uma forma de organização coletiva que reflete os interesses comuns da sociedade. Entre os muitos interesses aos quais ele pode atender, uma possibilidade é a provisão de bemestar à sociedade. Neste caso, o Estado recebe o nome de Estado de bem-estar social. Se bem ele surge no final do século XIX, o período de maior auge do Estado de bem-estar social se dá após 1945, em um contexto de rápido crescimento econômico. Quando a expansão econômica se interrompe, a partir da década de 1970 com as crises do petróleo, os Estados de bem-estar social se adaptam em busca de maior eficiência. Os Estados de bem-estar social não apresentam uma única forma, mas se identificam ao menos três regimes de Estados de bem-estar social: o liberal, o conservador-corporativista e o social-democrata. O último grupo corresponde aos países nórdicos (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia), e se caracteriza por um bom desempenho contínuo de indicadores econômicos e sociais, e por um Estado grande, que tributa muito para poder financiar suas funções. Uma crítica que o regime social-democrata recebe se refere a sua sustentabilidade, argumentando-se que elevados gastos públicos, proteção de políticas sociais e elevado nível de impostos são incompatíveis com crescimento econômico por eliminar os incentivos no mercado de trabalho. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar a sustentabilidade fiscal entre 1995-2015 dos países nórdicos, o que se faz através dos indicadores de sustentabilidade fiscal í, comparação da taxa de crescimento real do PIB e a taxa real de juros, e gap primário. Os resultados sugerem que o regime é sustentável. Logo, não parece existir uma relação causal entre um Estado grande e que tributa em níveis altos para fornecer bem-estar social, e sua insustentabilidade fiscal.