A HISTÓRIA, A LITERATURA, O DEVIR: POR UMA PERCEPÇÃO RIZOMÁTICA DO ROMANCE HISTÓRICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Souza, Marco Aurélio
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Labirinto (Porto Velho)
Texto Completo: https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/1881
Resumo: O texto propõe uma abordagem do romance histórico que busca afastar o gênero do fantasma do didatismo, latente ou implícito, que perpassa noções como a de metaficção historiográfica e novo romance histórico, as quais preservam o romantismo do combate às histórias “oficiais” característico do modelo tradicional da ficção histórica, oriunda do século XIX. Nesta perspectiva, é atribuída à literatura uma missão conscientizadora, uma função social relacionada à difusão do conhecimento histórico na sociedade e à promoção da criticidade, quando não a própria missão de corrigir os erros da historiografia, questionando sua autoridade científica. Na contramão de tal configuração, este artigo se propõe, dentro do contexto do debate brasileiro, a produzir um olhar alternativo para tal modalidade romanesca, jogando nova luz às relações entre história e ficção, bem como sobre sua confluência em narrativas contemporâneas qualificadas comumente como híbridas. Mesclando contribuições da filosofia, da teoria literária e teoria da história, utilizando-me de conceitos e noções retiradas da obra de teóricos e filósofos como Ankersmit, Fredric Jameson, Stephen Bann, Deleuze e Guattari, procuro questionar o aspecto revisionista atribuído à ficção histórica contemporânea por influentes pesquisadores do gênero, tais como Seymour Menton e Linda Hutcheon. Assim, entendo aqui que o texto artístico (literatura), através dos mais variados recursos de que dispõe, deve trabalhar no sentido de produzir aquilo que Ankersmit denominou de “uma epifania da própria realidade” (ANKERSMIT, 2012, p. 299), o que, em determinados momentos, com uma terminologia diversa, será compreendido também como a produção e apresentação de uma experiência do Fora.
id UNIR-2_0a52cb30c8cc895ece83b5bd43b7cf37
oai_identifier_str oai:periodicos.unir.br:article/1881
network_acronym_str UNIR-2
network_name_str Labirinto (Porto Velho)
repository_id_str
spelling A HISTÓRIA, A LITERATURA, O DEVIR: POR UMA PERCEPÇÃO RIZOMÁTICA DO ROMANCE HISTÓRICOExperiência do foraRomance históricoDesterritorialização.O texto propõe uma abordagem do romance histórico que busca afastar o gênero do fantasma do didatismo, latente ou implícito, que perpassa noções como a de metaficção historiográfica e novo romance histórico, as quais preservam o romantismo do combate às histórias “oficiais” característico do modelo tradicional da ficção histórica, oriunda do século XIX. Nesta perspectiva, é atribuída à literatura uma missão conscientizadora, uma função social relacionada à difusão do conhecimento histórico na sociedade e à promoção da criticidade, quando não a própria missão de corrigir os erros da historiografia, questionando sua autoridade científica. Na contramão de tal configuração, este artigo se propõe, dentro do contexto do debate brasileiro, a produzir um olhar alternativo para tal modalidade romanesca, jogando nova luz às relações entre história e ficção, bem como sobre sua confluência em narrativas contemporâneas qualificadas comumente como híbridas. Mesclando contribuições da filosofia, da teoria literária e teoria da história, utilizando-me de conceitos e noções retiradas da obra de teóricos e filósofos como Ankersmit, Fredric Jameson, Stephen Bann, Deleuze e Guattari, procuro questionar o aspecto revisionista atribuído à ficção histórica contemporânea por influentes pesquisadores do gênero, tais como Seymour Menton e Linda Hutcheon. Assim, entendo aqui que o texto artístico (literatura), através dos mais variados recursos de que dispõe, deve trabalhar no sentido de produzir aquilo que Ankersmit denominou de “uma epifania da própria realidade” (ANKERSMIT, 2012, p. 299), o que, em determinados momentos, com uma terminologia diversa, será compreendido também como a produção e apresentação de uma experiência do Fora. PROPESQ2017-03-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/1881Revista Labirinto (UNIR); v. 25 (2016): JUL-DEZ/2016; 12-371519-6674reponame:Labirinto (Porto Velho)instname:Universidade Federal de Rondônia (UNIR)instacron:UNIRporhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/1881/1766de Souza, Marco Aurélioinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-03-04T02:36:15Zoai:periodicos.unir.br:article/1881Revistahttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTOPUBhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/oai||labirinto@unir.br1519-66741519-6674opendoar:2021-03-04T02:36:15Labirinto (Porto Velho) - Universidade Federal de Rondônia (UNIR)false
dc.title.none.fl_str_mv A HISTÓRIA, A LITERATURA, O DEVIR: POR UMA PERCEPÇÃO RIZOMÁTICA DO ROMANCE HISTÓRICO
title A HISTÓRIA, A LITERATURA, O DEVIR: POR UMA PERCEPÇÃO RIZOMÁTICA DO ROMANCE HISTÓRICO
spellingShingle A HISTÓRIA, A LITERATURA, O DEVIR: POR UMA PERCEPÇÃO RIZOMÁTICA DO ROMANCE HISTÓRICO
de Souza, Marco Aurélio
Experiência do fora
Romance histórico
Desterritorialização.
title_short A HISTÓRIA, A LITERATURA, O DEVIR: POR UMA PERCEPÇÃO RIZOMÁTICA DO ROMANCE HISTÓRICO
title_full A HISTÓRIA, A LITERATURA, O DEVIR: POR UMA PERCEPÇÃO RIZOMÁTICA DO ROMANCE HISTÓRICO
title_fullStr A HISTÓRIA, A LITERATURA, O DEVIR: POR UMA PERCEPÇÃO RIZOMÁTICA DO ROMANCE HISTÓRICO
title_full_unstemmed A HISTÓRIA, A LITERATURA, O DEVIR: POR UMA PERCEPÇÃO RIZOMÁTICA DO ROMANCE HISTÓRICO
title_sort A HISTÓRIA, A LITERATURA, O DEVIR: POR UMA PERCEPÇÃO RIZOMÁTICA DO ROMANCE HISTÓRICO
author de Souza, Marco Aurélio
author_facet de Souza, Marco Aurélio
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv de Souza, Marco Aurélio
dc.subject.por.fl_str_mv Experiência do fora
Romance histórico
Desterritorialização.
topic Experiência do fora
Romance histórico
Desterritorialização.
description O texto propõe uma abordagem do romance histórico que busca afastar o gênero do fantasma do didatismo, latente ou implícito, que perpassa noções como a de metaficção historiográfica e novo romance histórico, as quais preservam o romantismo do combate às histórias “oficiais” característico do modelo tradicional da ficção histórica, oriunda do século XIX. Nesta perspectiva, é atribuída à literatura uma missão conscientizadora, uma função social relacionada à difusão do conhecimento histórico na sociedade e à promoção da criticidade, quando não a própria missão de corrigir os erros da historiografia, questionando sua autoridade científica. Na contramão de tal configuração, este artigo se propõe, dentro do contexto do debate brasileiro, a produzir um olhar alternativo para tal modalidade romanesca, jogando nova luz às relações entre história e ficção, bem como sobre sua confluência em narrativas contemporâneas qualificadas comumente como híbridas. Mesclando contribuições da filosofia, da teoria literária e teoria da história, utilizando-me de conceitos e noções retiradas da obra de teóricos e filósofos como Ankersmit, Fredric Jameson, Stephen Bann, Deleuze e Guattari, procuro questionar o aspecto revisionista atribuído à ficção histórica contemporânea por influentes pesquisadores do gênero, tais como Seymour Menton e Linda Hutcheon. Assim, entendo aqui que o texto artístico (literatura), através dos mais variados recursos de que dispõe, deve trabalhar no sentido de produzir aquilo que Ankersmit denominou de “uma epifania da própria realidade” (ANKERSMIT, 2012, p. 299), o que, em determinados momentos, com uma terminologia diversa, será compreendido também como a produção e apresentação de uma experiência do Fora.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-03-29
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/1881
url https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/1881
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/1881/1766
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv PROPESQ
publisher.none.fl_str_mv PROPESQ
dc.source.none.fl_str_mv Revista Labirinto (UNIR); v. 25 (2016): JUL-DEZ/2016; 12-37
1519-6674
reponame:Labirinto (Porto Velho)
instname:Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
instacron:UNIR
instname_str Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
instacron_str UNIR
institution UNIR
reponame_str Labirinto (Porto Velho)
collection Labirinto (Porto Velho)
repository.name.fl_str_mv Labirinto (Porto Velho) - Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
repository.mail.fl_str_mv ||labirinto@unir.br
_version_ 1748942651928870912