REFLEXÕES SOBRE O TEMPO LIVRE NAS ENFERMARIAS PSIQUIÁTRICAS DE CRISE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Rosâne de
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: de Almeida, Nathalia Damazio, Esteves, Maria Caroline Pimentel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online
Texto Completo: https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/1060
Resumo:   INTRODUÇÃO   Este relato de experiência vem contribuir para o campo da atenção em enfermagem psiquiátrica e surgiu a partir da percepção de acadêmicos de enfermagem ao longo do ensino clínico de psiquiatria. Foi desenvolvido a partir da experiência das acadêmicas do 5º período de enfermagem em um hospital psiquiátrico de emergência, no Rio de Janeiro. O interesse por este estudo emergiu a partir da percepção de acadêmicos quanto ao pouco aproveitamento do tempo livre dos usuários durante a internação.   OBJETIVO Discutir a importância do desenvolvimento de oficinas terapêuticas no tempo livre dos pacientes internados nos setores de emergência de um hospital psiquiátrico.   METODOLOGIA A abordagem é do tipo qualitativa e a metodologia aplicada é o relato de experiência, à luz da revisão bibliográfica sobre o tema discutido. Os cenários do estudo são as enfermarias de crise de curta e média permanência de um hospital público especializado no atendimento no campo da psiquiatria, no Município do Rio de Janeiro. Os pacientes são de ambos os sexos e com idade variável da adolescência à terceira idade. O tempo de internação desses clientes é variável, com a internação podendo durar de dias a meses. As enfermarias são divididas de acordo com o gênero e o tempo esperado de internação, dividindo-se em curta e média permanência.   RESULTADOS   Segundo Aquino (2007), tempo livre se refere às ações humanas, realizadas sem que ocorra uma necessidade externa. Neste caso, o sujeito atua com a percepção do uso desse tempo com total liberdade e de maneira criativa, dependendo de sua consciência de valor sobre seu tempo. Segundo o Ministério da Saúde (1991), oficinas terapêuticas são atividades grupais de socialização, expressão e inserção social, que foram consolidadas através da Portaria 189 de 19/11/1991. Dentre as propostas da Reforma Psiquiátrica no Brasil, destacamos como objetivo discutir a importância do desenvolvimento de oficinas terapêuticas no tempo livre dos pacientes internados nos setores de emergência de um hospital psiquiátrico, referente à desinstitucionalização e à inclusão social do portador de transtorno mental nos diferentes espaços da sociedade. Delgado, Leal e Venâncio (1997) identificam três caminhos possíveis para a realização de uma oficina: Espaço de Criação: são aquelas oficinas que possuem como principal característica a utilização da criação artística como atividade e como um espaço que propicia a experimentação constante; Espaço de Atividades Manuais: seria uma oficina que utiliza o espaço para a realização de atividades manuais, onde seria necessário um determinado grau de habilidade e onde são construídos produtos úteis à sociedade. O produto destas oficinas é utilizado como objeto de troca material; Espaço de Promoção de Interação: é a oficina que tem como objetivo a promoção de interação de convivência entre os clientes, os técnicos, os familiares e a sociedade como um todo. MINZONI (1974) cita como exemplos as atividades de trabalho e recreação e as subdivide em motoras (ginástica, voleibol, trabalho em couro e madeira, entre outros), sociais (festas e datas civis, cinema, teatro e outras) e auto-expressivas (atividades espontâneas e não orientadas, como por exemplo, cerâmica, pintura e dança). Além das oficinas acima descritas destacamos a orientação aos usuários quanto à doença e seus desdobramentos psicossociais, efeitos de psicoativos, auto-cuidado e a importância do lazer.   CONCLUSÃO A partir das discussões geradas pelo estudo, surgiram reflexões importantes quanto à utilização da educação continuada junto à equipe de enfermagem, com o intuito de discutir novas tecnologias de cuidado, tendo como princípios norteadores a atual política de atendimento em saúde mental. Segundo Davini (1994), a educação continuada é conceituada como o conjunto de experiências subseqüentes à formação inicial, que permitem ao trabalhador manter, aumentar ou melhorar sua competência, para que esta seja compatível com o desenvolvimento de suas responsabilidades, caracterizando, assim, a competência como atributo individual. Neste sentido, a educação continuada é importante para aquisição de habilidades e conhecimentos fundamentais para a qualidade do desempenho de suas ações de cuidado em todas as suas dimensões. Muito tem se discutido sobre a reforma psiquiátrica, porém, inferimos que esta discussão tem tido pouco reflexo sobre o aproveitamento do tempo livre dos clientes internados em situações de crise. A utilização deste tempo pode se dar através das oficinas terapêuticas, mas para que tal ocorra, faz-se necessário que a enfermagem discuta e crie espaços de acordo com seus desejos e habilidades pessoais.     REFERÊNCIAS 1. Aquino, C.A.B. Revista Mal-estar e Subjetividade – Fortaleza – Vol. VI – Nº 2 – p. 479-500 – set/2007 2. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Portaria Nº 189 de 19 de novembro de 1991. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 dez. 1991. 3. DELGADO, P.; LEAL, E.; VENÂNCIO, A. O campo da atenção psicossocial Anais do 1º Congresso de Saúde Mental do Rio de Janeiro.  Rio de Janeiro: TeCora, 1997. 4. MINZONI, M.P. Assistência ao doente mental. Ribeirão Preto: Guarani, 1974. 5. Davini, MC. Practicas laborales en los servicios de salud: las condiciones del aprendizaje. In: Haddad JQ, Roschke MAC, Davini MC, editores. Educación permanente de personal de salud. Washington: Organización Panamericana de la Salud; 1994. p. 109-25. (Serie Desarrollo de Recursos Humanos, n.100). 
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O interesse por este estudo emergiu a partir da percepção de acadêmicos quanto ao pouco aproveitamento do tempo livre dos usuários durante a internação.   OBJETIVO Discutir a importância do desenvolvimento de oficinas terapêuticas no tempo livre dos pacientes internados nos setores de emergência de um hospital psiquiátrico.   METODOLOGIA A abordagem é do tipo qualitativa e a metodologia aplicada é o relato de experiência, à luz da revisão bibliográfica sobre o tema discutido. Os cenários do estudo são as enfermarias de crise de curta e média permanência de um hospital público especializado no atendimento no campo da psiquiatria, no Município do Rio de Janeiro. Os pacientes são de ambos os sexos e com idade variável da adolescência à terceira idade. O tempo de internação desses clientes é variável, com a internação podendo durar de dias a meses. As enfermarias são divididas de acordo com o gênero e o tempo esperado de internação, dividindo-se em curta e média permanência.   RESULTADOS   Segundo Aquino (2007), tempo livre se refere às ações humanas, realizadas sem que ocorra uma necessidade externa. Neste caso, o sujeito atua com a percepção do uso desse tempo com total liberdade e de maneira criativa, dependendo de sua consciência de valor sobre seu tempo. Segundo o Ministério da Saúde (1991), oficinas terapêuticas são atividades grupais de socialização, expressão e inserção social, que foram consolidadas através da Portaria 189 de 19/11/1991. Dentre as propostas da Reforma Psiquiátrica no Brasil, destacamos como objetivo discutir a importância do desenvolvimento de oficinas terapêuticas no tempo livre dos pacientes internados nos setores de emergência de um hospital psiquiátrico, referente à desinstitucionalização e à inclusão social do portador de transtorno mental nos diferentes espaços da sociedade. Delgado, Leal e Venâncio (1997) identificam três caminhos possíveis para a realização de uma oficina: Espaço de Criação: são aquelas oficinas que possuem como principal característica a utilização da criação artística como atividade e como um espaço que propicia a experimentação constante; Espaço de Atividades Manuais: seria uma oficina que utiliza o espaço para a realização de atividades manuais, onde seria necessário um determinado grau de habilidade e onde são construídos produtos úteis à sociedade. O produto destas oficinas é utilizado como objeto de troca material; Espaço de Promoção de Interação: é a oficina que tem como objetivo a promoção de interação de convivência entre os clientes, os técnicos, os familiares e a sociedade como um todo. MINZONI (1974) cita como exemplos as atividades de trabalho e recreação e as subdivide em motoras (ginástica, voleibol, trabalho em couro e madeira, entre outros), sociais (festas e datas civis, cinema, teatro e outras) e auto-expressivas (atividades espontâneas e não orientadas, como por exemplo, cerâmica, pintura e dança). Além das oficinas acima descritas destacamos a orientação aos usuários quanto à doença e seus desdobramentos psicossociais, efeitos de psicoativos, auto-cuidado e a importância do lazer.   CONCLUSÃO A partir das discussões geradas pelo estudo, surgiram reflexões importantes quanto à utilização da educação continuada junto à equipe de enfermagem, com o intuito de discutir novas tecnologias de cuidado, tendo como princípios norteadores a atual política de atendimento em saúde mental. Segundo Davini (1994), a educação continuada é conceituada como o conjunto de experiências subseqüentes à formação inicial, que permitem ao trabalhador manter, aumentar ou melhorar sua competência, para que esta seja compatível com o desenvolvimento de suas responsabilidades, caracterizando, assim, a competência como atributo individual. Neste sentido, a educação continuada é importante para aquisição de habilidades e conhecimentos fundamentais para a qualidade do desempenho de suas ações de cuidado em todas as suas dimensões. Muito tem se discutido sobre a reforma psiquiátrica, porém, inferimos que esta discussão tem tido pouco reflexo sobre o aproveitamento do tempo livre dos clientes internados em situações de crise. A utilização deste tempo pode se dar através das oficinas terapêuticas, mas para que tal ocorra, faz-se necessário que a enfermagem discuta e crie espaços de acordo com seus desejos e habilidades pessoais.     REFERÊNCIAS 1. Aquino, C.A.B. Revista Mal-estar e Subjetividade – Fortaleza – Vol. VI – Nº 2 – p. 479-500 – set/2007 2. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Portaria Nº 189 de 19 de novembro de 1991. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 dez. 1991. 3. DELGADO, P.; LEAL, E.; VENÂNCIO, A. O campo da atenção psicossocial Anais do 1º Congresso de Saúde Mental do Rio de Janeiro.  Rio de Janeiro: TeCora, 1997. 4. MINZONI, M.P. Assistência ao doente mental. Ribeirão Preto: Guarani, 1974. 5. Davini, MC. Practicas laborales en los servicios de salud: las condiciones del aprendizaje. In: Haddad JQ, Roschke MAC, Davini MC, editores. Educación permanente de personal de salud. Washington: Organización Panamericana de la Salud; 1994. p. 109-25. (Serie Desarrollo de Recursos Humanos, n.100). Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Escola de Enfermagem Alfredo Pinto Programa de Pós-Graduação em Enfermagem2010-11-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos paresPesquisa Qualitativaapplication/pdfhttps://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/106010.9789/2175-5361.2010.v0i0.%pRevista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online; Número Suplementar dos 120 anos da EEAP/UNIRIORevista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online; Número Suplementar dos 120 anos da EEAP/UNIRIORevista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online; Número Suplementar dos 120 anos da EEAP/UNIRIO2175-53611809-6107reponame:Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Onlineinstname:Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)instacron:UNIRIOporhttps://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/1060/pdf_214Copyright (c) 2010 Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Onlineinfo:eu-repo/semantics/openAccessMello, Rosâne dede Almeida, Nathalia DamazioEsteves, Maria Caroline Pimentel2024-01-12T14:08:15Zoai:ojs.seer.unirio.br:article/1060Revistahttps://seer.unirio.br/cuidadofundamental/about/contactPUBhttps://seer.unirio.br/cuidadofundamental/oaiprofunirio@gmail.com||rev.fundamental@gmail.com2175-53611809-6107opendoar:2024-01-12T14:08:15Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)false
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Os cenários do estudo são as enfermarias de crise de curta e média permanência de um hospital público especializado no atendimento no campo da psiquiatria, no Município do Rio de Janeiro. Os pacientes são de ambos os sexos e com idade variável da adolescência à terceira idade. O tempo de internação desses clientes é variável, com a internação podendo durar de dias a meses. As enfermarias são divididas de acordo com o gênero e o tempo esperado de internação, dividindo-se em curta e média permanência.   RESULTADOS   Segundo Aquino (2007), tempo livre se refere às ações humanas, realizadas sem que ocorra uma necessidade externa. Neste caso, o sujeito atua com a percepção do uso desse tempo com total liberdade e de maneira criativa, dependendo de sua consciência de valor sobre seu tempo. Segundo o Ministério da Saúde (1991), oficinas terapêuticas são atividades grupais de socialização, expressão e inserção social, que foram consolidadas através da Portaria 189 de 19/11/1991. Dentre as propostas da Reforma Psiquiátrica no Brasil, destacamos como objetivo discutir a importância do desenvolvimento de oficinas terapêuticas no tempo livre dos pacientes internados nos setores de emergência de um hospital psiquiátrico, referente à desinstitucionalização e à inclusão social do portador de transtorno mental nos diferentes espaços da sociedade. Delgado, Leal e Venâncio (1997) identificam três caminhos possíveis para a realização de uma oficina: Espaço de Criação: são aquelas oficinas que possuem como principal característica a utilização da criação artística como atividade e como um espaço que propicia a experimentação constante; Espaço de Atividades Manuais: seria uma oficina que utiliza o espaço para a realização de atividades manuais, onde seria necessário um determinado grau de habilidade e onde são construídos produtos úteis à sociedade. 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Além das oficinas acima descritas destacamos a orientação aos usuários quanto à doença e seus desdobramentos psicossociais, efeitos de psicoativos, auto-cuidado e a importância do lazer.   CONCLUSÃO A partir das discussões geradas pelo estudo, surgiram reflexões importantes quanto à utilização da educação continuada junto à equipe de enfermagem, com o intuito de discutir novas tecnologias de cuidado, tendo como princípios norteadores a atual política de atendimento em saúde mental. Segundo Davini (1994), a educação continuada é conceituada como o conjunto de experiências subseqüentes à formação inicial, que permitem ao trabalhador manter, aumentar ou melhorar sua competência, para que esta seja compatível com o desenvolvimento de suas responsabilidades, caracterizando, assim, a competência como atributo individual. Neste sentido, a educação continuada é importante para aquisição de habilidades e conhecimentos fundamentais para a qualidade do desempenho de suas ações de cuidado em todas as suas dimensões. Muito tem se discutido sobre a reforma psiquiátrica, porém, inferimos que esta discussão tem tido pouco reflexo sobre o aproveitamento do tempo livre dos clientes internados em situações de crise. A utilização deste tempo pode se dar através das oficinas terapêuticas, mas para que tal ocorra, faz-se necessário que a enfermagem discuta e crie espaços de acordo com seus desejos e habilidades pessoais.     REFERÊNCIAS 1. Aquino, C.A.B. Revista Mal-estar e Subjetividade – Fortaleza – Vol. VI – Nº 2 – p. 479-500 – set/2007 2. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Portaria Nº 189 de 19 de novembro de 1991. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 dez. 1991. 3. DELGADO, P.; LEAL, E.; VENÂNCIO, A. O campo da atenção psicossocial Anais do 1º Congresso de Saúde Mental do Rio de Janeiro.  Rio de Janeiro: TeCora, 1997. 4. MINZONI, M.P. Assistência ao doente mental. Ribeirão Preto: Guarani, 1974. 5. Davini, MC. Practicas laborales en los servicios de salud: las condiciones del aprendizaje. In: Haddad JQ, Roschke MAC, Davini MC, editores. Educación permanente de personal de salud. Washington: Organización Panamericana de la Salud; 1994. p. 109-25. (Serie Desarrollo de Recursos Humanos, n.100). 
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