Diversidade acústica e distribuição temporal de teleósteos na Baía do Flamengo, Ubatuba, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Luiza Rossato
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/255221
Resumo: Vários processos seletivos afetaram os mecanismos de comunicação entre peixes ósseos, com destaque para a produção de sons. Esses sons, que podem ser pulsos isolados, sequências de pulsos ou sons tonais, estão relacionados a uma variedade de comportamentos, como cortejo, desova, alimentação e proteção contra predadores, além de estarem associados à formação de grupos que caracterizam eventos sonoros conhecidos como coros de peixes. O objetivo principal deste estudo foi caracterizar a diversidade acústica das espécies de peixes teleósteos na Baía do Flamengo, em Ubatuba, utilizando métodos de pesquisa não invasivos. A coleta de dados foi realizada na Baía do Flamengo, Ubatuba, no litoral norte do estado de São Paulo, onde os sons foram registrados por um dispositivo de gravação autônomo (AudioMoth v1.2.0) submerso a cerca de 1 m de profundidade. Os dados coletados ao longo das quatro estações do ano foram analisados por meio de escuta e avaliação visual, utilizando o programa Raven Pro 1.6.5. Em seguida, foram calculados os índices de diversidade acústica (ACI e H), e os parâmetros medidos foram comparados usando os testes de Kruskal-Wallis para comparação múltipla não-paramétrica e o pós teste de Dunn. Foram avaliadas 5900 amostras de sinais acústicos, agrupadas em 22 frequências dominantes. Os resultados indicaram maior atividade dos animais no verão, com uma média mais alta dos valores de H nessa estação, enquanto os valores médios de ACI foram mais elevados no inverno, sendo o valor máximo observado durante a noite dessa estação. As diferenças sazonais nas emissões de sons podem ser influenciadas pela temperatura da água e pelo ciclo lunar.
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