A tragédia na ficção de Mário de Andrade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gatto, Dante [UNESP]
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/106351
Resumo: Combinou-se uma pesquisa bibliográfica fundamentada na teoria literária, privilegiando o encontro da tragédia com a narrativa ficcional do século XX, no caso, a ficção de Mário de Andrade até, e inclusive, Amar, verbo intransitivo. Examinando-a diacronicamente (contos e romance), discerniu-se dedutivamente os componentes trágicos e nacionalistas que compõe sua estética e, por fim, indutivamente, aproximou-se esses elementos para configurar tal estética. Em 1923, Mário de Andrade dividiu-se em dois caminhos, esteticamente falando. Um deles resultou em Amar, verbo intransitivo, em que a reflexão racional e a selvagem e apaixonada manifestação dos afetos aparecem separados por limites formais bem precisos - como acontece na própria tragédia grega - e com uma personagem (Fräulein Elza), digamos assim, de desempenho trágico clássico, em que arroubos dionisíacos e sonhos apolíneos tiveram lugar no plano da narrativa. Este processo veio sendo contemplado nos contos de Primeiro andar com menos ênfase. O romance significou um aprofundamento dos ganhos obtidos anteriormente, neste sentido. O outro caminho estético teve como produto inicial Os Contos de Belazarte em que o sentimento trágico da vida se dilui no cotidiano das vidas sem relevo, sem aquela saliente separação entre razão e paixão. No plano da narrativa (enunciado) encontrou-se apoio fundamentalmente na filosofia de Nietzsche, privilegiando suas reflexões em torno da tragédia, desenvolvidas principalmente em O Nascimento da tragédia, do qual se buscou uma teoria organizada no sentido de configurar uma atitude trágica como experiência do cotidiano, adequada à modernidade...
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