Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lemes, Ana Rita Nunes [UNESP]
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/92666
Resumo: A bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) possui a capacidade de produzir inclusões protéicas (proteína Cry) e proteínas vegetativas (Vip). Estas proteínas podem ser tóxicas para insetos e por meio de transgenia, a expressão em plantas, podem também proporcionar controle de importantes pragas agrícolas. Nesse sentido, esta pesquisa teve por objetivo avaliar o potencial de controle das proteínas Cry1Aa, Cry1Ac, Cry1Ca, Vip3A(1), Vip3A(2) e Vip3A(3) em uma população brasileira da lagarta-da-maçã, Heliothis virescens (Lepidoptera: Noctuidae), bem como o efeito subletal e efeito sinérgico entre estas proteínas e a proteólise pelo suco do intestino do inseto praga em estudo. Para tanto, clones de Escherichia coli recombinantes portadores de genes únicos foram cultivados em meio para a indução das proteínas e os lisados obtidos foram utilizados para as análises de toxicidade por meio de bioensaios. Diferentes concentrações protéicas foram utilizadas para conduzir os bioensaios. A mortalidade foi avaliada e obteve-se a CL50. Desta forma, observou-se que, dentre as proteínas testadas, Cry1Ac (CL50 39,89 ng.cm-2), Vip3A(2) (CL50 945,77 ng.cm-2) e Vip3A(3) (CL50 874,45 ng.cm-2 ) foram as mais tóxicas e houve correlação negativa entre a concentração de proteínas e o peso das lagartas. Nos ensaios referentes ao efeito sinérgico das proteínas, ativadas e não ativadas com tripsina comercial, foram encontradas possíveis combinações eficientes no controle da praga em estudo destacando-se Vip3A(2)/Cry1Aa, Vip3A(1)/Cry1Aa, Vip3A(1)/Cry1Ac, e Vip3A(2)/Cry1Ac. Os resultados referentes à interação das enzimas digestivas do intestino de H. virescens com as toxinas Cry1 e Vip3A permitiram constatar que as proteínas são ativadas
id UNSP_2495029191f670249bb76c9aa1c6fb40
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/92666
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescensPragas agricolas - ControleLagarta da maçãGenetica vegetalInsecticidal proteinsA bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) possui a capacidade de produzir inclusões protéicas (proteína Cry) e proteínas vegetativas (Vip). Estas proteínas podem ser tóxicas para insetos e por meio de transgenia, a expressão em plantas, podem também proporcionar controle de importantes pragas agrícolas. Nesse sentido, esta pesquisa teve por objetivo avaliar o potencial de controle das proteínas Cry1Aa, Cry1Ac, Cry1Ca, Vip3A(1), Vip3A(2) e Vip3A(3) em uma população brasileira da lagarta-da-maçã, Heliothis virescens (Lepidoptera: Noctuidae), bem como o efeito subletal e efeito sinérgico entre estas proteínas e a proteólise pelo suco do intestino do inseto praga em estudo. Para tanto, clones de Escherichia coli recombinantes portadores de genes únicos foram cultivados em meio para a indução das proteínas e os lisados obtidos foram utilizados para as análises de toxicidade por meio de bioensaios. Diferentes concentrações protéicas foram utilizadas para conduzir os bioensaios. A mortalidade foi avaliada e obteve-se a CL50. Desta forma, observou-se que, dentre as proteínas testadas, Cry1Ac (CL50 39,89 ng.cm-2), Vip3A(2) (CL50 945,77 ng.cm-2) e Vip3A(3) (CL50 874,45 ng.cm-2 ) foram as mais tóxicas e houve correlação negativa entre a concentração de proteínas e o peso das lagartas. Nos ensaios referentes ao efeito sinérgico das proteínas, ativadas e não ativadas com tripsina comercial, foram encontradas possíveis combinações eficientes no controle da praga em estudo destacando-se Vip3A(2)/Cry1Aa, Vip3A(1)/Cry1Aa, Vip3A(1)/Cry1Ac, e Vip3A(2)/Cry1Ac. Os resultados referentes à interação das enzimas digestivas do intestino de H. virescens com as toxinas Cry1 e Vip3A permitiram constatar que as proteínas são ativadasBacillus thuringiensis (Bt) produces protein inclusions (Cry proteins) and vegetative proteins (Vip). Such proteins may act as toxic to some insects and through transgenesis plants they may be able to control important agricultural pests. Thus this work aimed to evaluate the control potential of Cry1Aa, Cry1Ac, Cry1Ca, Vip3A(1), Vip3A(2) and Vip3A(3) proteins in a Brazilian population of Heliothis virescens (tobacco budworm) (Lepidoptera: Noctuidae), as well as to analyze the sublethal and the synergic effects among these proteins and the proteolysis on the intestinal juice of this pest. In order to do this, Escherichia coli clones expressing each one of the above mentioned proteins were induced to produce them and the obtained lysates were used to determine the level of toxicity through bioassays with neonatal larvae of H. virescens. Different protein concentrations were used to carry out the bioassays. The mortality was evaluated and it was possible to detect the CL50. It was possible to observe that among the tested proteins, Cry1Ac (CL50 39.89 ng.cm-2), Vip3A(2) (CL50 945,77 ng.cm-2) and Vip3A (3) (CL50 874,45 ng.cm-2) were the most toxic and showed a negative correlation between the protein concentration and larvae weight. During the bioassays concerning the synergistic effect of these proteins, which were either previously activated or not using commercial trypsin, there we found efficient combinations for the control of the pest under study in this work, being that the combinations Vip3A(2)/Cry1Aa, Vip3A(1)/Cry1Aa, Vip3A(1)/Cry1Ac and Vip3A(2)/Cry1Ac were considered the best ones. The results with reference to the interaction of the digestive enzymes from the intestine of H. virescens larvae when using the toxins Cry1 and Vip3A allowed us to detect that these proteins are activatedCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Desidério, Janete Apparecida [UNESP]Fernandes, Odair Aparecido [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lemes, Ana Rita Nunes [UNESP]2014-06-11T19:26:08Z2014-06-11T19:26:08Z2012-02-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisix, 65 f. : il.application/pdfLEMES, Ana Rita Nunes. Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens. 2012. ix, 65 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, 2012.http://hdl.handle.net/11449/92666000691426lemes_arn_me_jabo.pdf33004102029P6129505134059183614582882877578800000-0003-3489-4754Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-14T06:17:48Zoai:repositorio.unesp.br:11449/92666Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-14T06:17:48Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens
title Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens
spellingShingle Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens
Lemes, Ana Rita Nunes [UNESP]
Pragas agricolas - Controle
Lagarta da maçã
Genetica vegetal
Insecticidal proteins
title_short Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens
title_full Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens
title_fullStr Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens
title_full_unstemmed Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens
title_sort Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens
author Lemes, Ana Rita Nunes [UNESP]
author_facet Lemes, Ana Rita Nunes [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Desidério, Janete Apparecida [UNESP]
Fernandes, Odair Aparecido [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Lemes, Ana Rita Nunes [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Pragas agricolas - Controle
Lagarta da maçã
Genetica vegetal
Insecticidal proteins
topic Pragas agricolas - Controle
Lagarta da maçã
Genetica vegetal
Insecticidal proteins
description A bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) possui a capacidade de produzir inclusões protéicas (proteína Cry) e proteínas vegetativas (Vip). Estas proteínas podem ser tóxicas para insetos e por meio de transgenia, a expressão em plantas, podem também proporcionar controle de importantes pragas agrícolas. Nesse sentido, esta pesquisa teve por objetivo avaliar o potencial de controle das proteínas Cry1Aa, Cry1Ac, Cry1Ca, Vip3A(1), Vip3A(2) e Vip3A(3) em uma população brasileira da lagarta-da-maçã, Heliothis virescens (Lepidoptera: Noctuidae), bem como o efeito subletal e efeito sinérgico entre estas proteínas e a proteólise pelo suco do intestino do inseto praga em estudo. Para tanto, clones de Escherichia coli recombinantes portadores de genes únicos foram cultivados em meio para a indução das proteínas e os lisados obtidos foram utilizados para as análises de toxicidade por meio de bioensaios. Diferentes concentrações protéicas foram utilizadas para conduzir os bioensaios. A mortalidade foi avaliada e obteve-se a CL50. Desta forma, observou-se que, dentre as proteínas testadas, Cry1Ac (CL50 39,89 ng.cm-2), Vip3A(2) (CL50 945,77 ng.cm-2) e Vip3A(3) (CL50 874,45 ng.cm-2 ) foram as mais tóxicas e houve correlação negativa entre a concentração de proteínas e o peso das lagartas. Nos ensaios referentes ao efeito sinérgico das proteínas, ativadas e não ativadas com tripsina comercial, foram encontradas possíveis combinações eficientes no controle da praga em estudo destacando-se Vip3A(2)/Cry1Aa, Vip3A(1)/Cry1Aa, Vip3A(1)/Cry1Ac, e Vip3A(2)/Cry1Ac. Os resultados referentes à interação das enzimas digestivas do intestino de H. virescens com as toxinas Cry1 e Vip3A permitiram constatar que as proteínas são ativadas
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-02-17
2014-06-11T19:26:08Z
2014-06-11T19:26:08Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv LEMES, Ana Rita Nunes. Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens. 2012. ix, 65 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, 2012.
http://hdl.handle.net/11449/92666
000691426
lemes_arn_me_jabo.pdf
33004102029P6
1295051340591836
1458288287757880
0000-0003-3489-4754
identifier_str_mv LEMES, Ana Rita Nunes. Proteínas Cry1 e Vip3A de Bacillus thuringiensis: sinergismo e efeito sub-letal no controle de Heliothis virescens. 2012. ix, 65 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, 2012.
000691426
lemes_arn_me_jabo.pdf
33004102029P6
1295051340591836
1458288287757880
0000-0003-3489-4754
url http://hdl.handle.net/11449/92666
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv ix, 65 f. : il.
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799965610184015872