Hipercrescimento e má oclusão dentária em coelho (Oryctolagus cuniculus): relato de caso

• Autor(a) principal: Padua, Daniela Borges [UNESP]
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Kataoka, Felipe [UNESP], Santos, José Gabriel Calhari dos [UNESP], Maran, Tais Lobo [UNESP], Garcia, Sérgio Diniz [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/243535
• topic: Elodonte; Lagomorfos; Odontoestomatologia

Introdução: Lagomorfos possuem dieta herbívora essencial para sobrevivência que além de garantir componentes nutricionais necessários para o metabolismo ideal, são responsáveis por fornecer atrito dentário causado pela fibra fragmentada durante a mastigação. Quando o animal é submetido à alimentação pobre em fibras ou exclusiva de ração, são propensos a um desgaste inadequado que resulta em erupção desigual, atrito incompleto e pontas em superfícies oclusais, provocando lesões em mucosa oral, dor, hiporexia e em casos mais graves o óbito. O diagnóstico é baseado nos sinais clínicos e exame radiográfico, os quais fornecem informações importantes sobre as alterações bucais. Relato de caso: Um coelho, macho de 2 meses deu entrada ao Hospital Veterinário Luiz Quintiliano de Oliveira, na Faculdade de Medicina Veterinária (FMVA) no Setor de Animais Silvestres com queixa de aumento do volume nasal e secreção branca em narinas e olho direito. Animal se alimentava de ração comercial para a espécie e couve. No exame físico foi confirmado alterações relatadas por tutor, além de caquexia, dispneia, incisivos inferiores mal posicionados e alongados. Na palpação de seio nasal apresentava densidade macia e drenagem para narinas e ducto nasolacrimal de conteúdo purulento resultante da contaminação ascendente dentária. Resultados: Em radiografia de crânio confirmou-se alterações dentárias como: irregularidade em arcada, hipercrescimento de incisivos e alteração de trabeculado ósseo em ramo mandibular e maxilar, indicando hipercrescimento e má oclusão (Figura 1). Animal apresentou piora no padrão respiratório e prostração, optou-se por tricotomia em área de aumento de volume em seio nasal e drenagem de conteúdo purulento amarelado para melhora de quadro respiratório. Quadro dispneico se manteve e no dia posterior veio a óbito. Conclusão: Este relato reforça a importância do manejo nutricional na saúde e bem-estar de lagomorfos, bem como da conscientização dos tutores na identificação de alterações comportamentais que indiquem processo patológico e necessidade de intervenção veterinária.