Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032007000300020 http://hdl.handle.net/11449/26853 |
Resumo: | É apresentada uma síntese sobre os peixes do Alto Paraná, com base em dados de coleções, dados de literatura e novas coletas. Trezentas e dez espécies, de 11 ordens e 38 famílias, são referidas para a drenagem, aumentando significativamente números anteriores. Dentre as espécies da área, 236 (76,1%) são autóctones, 67 (21,6%) alóctones e sete (2,3%) exóticas. As principais causas de ocorrência de espécies não nativas (alóctones e exóticas) foram a dispersão a partir do baixo Paraná, após a construção do Reservatório de Itaipu e o escape de pisciculturas. A maior parte das espécies referidas (65%) tem porte pequeno, sendo menor que 21 cm de comprimento; dentre essas, a maioria ocorre apenas em riachos e cabeceiras. Apesar da ictiofauna do Alto Paraná ser uma das melhor conhecidas e mais estudadas, o número de espécies descritas ou referidas para a área tem crescido exponencialmente, o que indica que a riqueza apresentada está longe de representar a realidade. de fato, várias novas espécies têm sido descritas nos últimos anos e cerca de 50 novas espécies, já reconhecidas, estão em fase de descrição. A melhoria no conhecimento sobre a ictiofauna do Alto Paraná é proporcional ao número de pesquisadores envolvidos em estudos na bacia e reflete, de modo inequívoco, iniciativas recentes que têm estimulado e incrementado pesquisas taxonômicas, facilitado o acesso ao material depositado em coleções científicas e aumentado as coletas em áreas e ambientes pouco amostrados. Entretanto, mantido o ritmo de descrições de novas espécies ocorrido até agora nessa última década, as 50 novas espécies já reconhecidas estariam descritas apenas dentro de dez anos, um tempo demasiadamente longo. Por essa razão é muito importante que a comunidade científica e os órgãos de fomento encontrem e viabilizem iniciativas de modo a aumentar esse ritmo de descrições de novos táxons e disponibilizar esses novos nomes mais rapidamente. |
id |
UNSP_3dfd85d3229fec4580087cebdd1603d0 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/26853 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futurasIchthyofauna diversity of the upper rio Paraná: present composition and future perspectivespeixeságua docesudeste brasileiroinventáriotransposiçãofishesFresh waterSoutheastern BrazilInventoryTranspositionÉ apresentada uma síntese sobre os peixes do Alto Paraná, com base em dados de coleções, dados de literatura e novas coletas. Trezentas e dez espécies, de 11 ordens e 38 famílias, são referidas para a drenagem, aumentando significativamente números anteriores. Dentre as espécies da área, 236 (76,1%) são autóctones, 67 (21,6%) alóctones e sete (2,3%) exóticas. As principais causas de ocorrência de espécies não nativas (alóctones e exóticas) foram a dispersão a partir do baixo Paraná, após a construção do Reservatório de Itaipu e o escape de pisciculturas. A maior parte das espécies referidas (65%) tem porte pequeno, sendo menor que 21 cm de comprimento; dentre essas, a maioria ocorre apenas em riachos e cabeceiras. Apesar da ictiofauna do Alto Paraná ser uma das melhor conhecidas e mais estudadas, o número de espécies descritas ou referidas para a área tem crescido exponencialmente, o que indica que a riqueza apresentada está longe de representar a realidade. de fato, várias novas espécies têm sido descritas nos últimos anos e cerca de 50 novas espécies, já reconhecidas, estão em fase de descrição. A melhoria no conhecimento sobre a ictiofauna do Alto Paraná é proporcional ao número de pesquisadores envolvidos em estudos na bacia e reflete, de modo inequívoco, iniciativas recentes que têm estimulado e incrementado pesquisas taxonômicas, facilitado o acesso ao material depositado em coleções científicas e aumentado as coletas em áreas e ambientes pouco amostrados. Entretanto, mantido o ritmo de descrições de novas espécies ocorrido até agora nessa última década, as 50 novas espécies já reconhecidas estariam descritas apenas dentro de dez anos, um tempo demasiadamente longo. Por essa razão é muito importante que a comunidade científica e os órgãos de fomento encontrem e viabilizem iniciativas de modo a aumentar esse ritmo de descrições de novos táxons e disponibilizar esses novos nomes mais rapidamente.A synthesis concerning fishes from Upper Paraná River basin is presented, based on data from fish-collections, literature, and new field samples. Three hundred and ten species, pertaining to 11 orders and 38 families, are referred to the drainage, elevating anterior estimates. Concerning total species, 236 (76.1%) are autochthonous, 67 (21.6%) are allochthonous, and seven (2.3%) are exotic. Principal causes of occurrence of non-native species are: a) dispersal from the Lower Paraná, after the construction of Itaipu dam, and b) escapes from aquaculture farms. Most species (65%) are small-sized, having less than 21 cm of length, and the great majority occurs only in headwaters and small streams. One of the best known and most studied in Brazil, Upper Paraná ichthyofauna richness is far from reaching actual numbers, considering the exponential elevation of species presented herein. Indeed, in the last years various new species have been described and around 50 other species, already recognized as new, are now under description. The improvement on the knowledge about Upper Paraná ichthyofauna is proportional to the number of researchers involved with studies in the area and, unequivocally, reflects recent initiatives stimulating and incrementing taxonomic research, and also improving access to fish collections and to poor or never-sampled areas. However, if we are going to maintain the number of species descriptions per year of last decade, the 50 new species already recognized, will be described only in the next ten years, a period too long. In consequence it is very important that scientific community and grant agencies find and offer initiatives in order to elevate the number of new taxa descriptions per year.Universidade Estadual Paulista Departamento de Zoologia e Botânica Laboratório de IctiologiaUniversidade de São Paulo Departamento de Biologia Laboratório de Ictiologia de Ribeirão PretoUniversidade de São Paulo Museu de ZoologiaUniversidade Estadual de Londrina (UEL) Centro de Ciências Biológicas Departamento de Biologia Animal e VegetalUniversidade Estadual de Maringá (UEM) Núcleo de Pesquisas em Limnologia Ictiologia e AqüiculturaUniversidade Estadual Paulista Departamento de Zoologia e Botânica Laboratório de IctiologiaInstituto Virtual da Biodiversidade (BIOTA/FAPESP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade de São Paulo (USP)Universidade Estadual de Londrina (UEL)Universidade Estadual de Maringá (UEM)Langeani, Francisco [UNESP]Castro, Ricardo Macedo Corrêa eOyakawa, Osvaldo TakeshiShibatta, Oscar AkioPavanelli, Carla SimoneCasatti, Lilian [UNESP]2014-05-20T15:08:20Z2014-05-20T15:08:20Z2007-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article181-197application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032007000300020Biota Neotropica. Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP, v. 7, n. 3, p. 181-197, 2007.1676-0603http://hdl.handle.net/11449/2685310.1590/S1676-06032007000300020S1676-06032007000300020S1676-06032007000300020.pdf44334958203880258041011456158217SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporBiota Neotropica0.8420,381info:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-24T06:16:54Zoai:repositorio.unesp.br:11449/26853Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-24T06:16:54Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras Ichthyofauna diversity of the upper rio Paraná: present composition and future perspectives |
title |
Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras |
spellingShingle |
Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras Langeani, Francisco [UNESP] peixes água doce sudeste brasileiro inventário transposição fishes Fresh water Southeastern Brazil Inventory Transposition |
title_short |
Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras |
title_full |
Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras |
title_fullStr |
Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras |
title_full_unstemmed |
Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras |
title_sort |
Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras |
author |
Langeani, Francisco [UNESP] |
author_facet |
Langeani, Francisco [UNESP] Castro, Ricardo Macedo Corrêa e Oyakawa, Osvaldo Takeshi Shibatta, Oscar Akio Pavanelli, Carla Simone Casatti, Lilian [UNESP] |
author_role |
author |
author2 |
Castro, Ricardo Macedo Corrêa e Oyakawa, Osvaldo Takeshi Shibatta, Oscar Akio Pavanelli, Carla Simone Casatti, Lilian [UNESP] |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) Universidade de São Paulo (USP) Universidade Estadual de Londrina (UEL) Universidade Estadual de Maringá (UEM) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Langeani, Francisco [UNESP] Castro, Ricardo Macedo Corrêa e Oyakawa, Osvaldo Takeshi Shibatta, Oscar Akio Pavanelli, Carla Simone Casatti, Lilian [UNESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
peixes água doce sudeste brasileiro inventário transposição fishes Fresh water Southeastern Brazil Inventory Transposition |
topic |
peixes água doce sudeste brasileiro inventário transposição fishes Fresh water Southeastern Brazil Inventory Transposition |
description |
É apresentada uma síntese sobre os peixes do Alto Paraná, com base em dados de coleções, dados de literatura e novas coletas. Trezentas e dez espécies, de 11 ordens e 38 famílias, são referidas para a drenagem, aumentando significativamente números anteriores. Dentre as espécies da área, 236 (76,1%) são autóctones, 67 (21,6%) alóctones e sete (2,3%) exóticas. As principais causas de ocorrência de espécies não nativas (alóctones e exóticas) foram a dispersão a partir do baixo Paraná, após a construção do Reservatório de Itaipu e o escape de pisciculturas. A maior parte das espécies referidas (65%) tem porte pequeno, sendo menor que 21 cm de comprimento; dentre essas, a maioria ocorre apenas em riachos e cabeceiras. Apesar da ictiofauna do Alto Paraná ser uma das melhor conhecidas e mais estudadas, o número de espécies descritas ou referidas para a área tem crescido exponencialmente, o que indica que a riqueza apresentada está longe de representar a realidade. de fato, várias novas espécies têm sido descritas nos últimos anos e cerca de 50 novas espécies, já reconhecidas, estão em fase de descrição. A melhoria no conhecimento sobre a ictiofauna do Alto Paraná é proporcional ao número de pesquisadores envolvidos em estudos na bacia e reflete, de modo inequívoco, iniciativas recentes que têm estimulado e incrementado pesquisas taxonômicas, facilitado o acesso ao material depositado em coleções científicas e aumentado as coletas em áreas e ambientes pouco amostrados. Entretanto, mantido o ritmo de descrições de novas espécies ocorrido até agora nessa última década, as 50 novas espécies já reconhecidas estariam descritas apenas dentro de dez anos, um tempo demasiadamente longo. Por essa razão é muito importante que a comunidade científica e os órgãos de fomento encontrem e viabilizem iniciativas de modo a aumentar esse ritmo de descrições de novos táxons e disponibilizar esses novos nomes mais rapidamente. |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007-01-01 2014-05-20T15:08:20Z 2014-05-20T15:08:20Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032007000300020 Biota Neotropica. Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP, v. 7, n. 3, p. 181-197, 2007. 1676-0603 http://hdl.handle.net/11449/26853 10.1590/S1676-06032007000300020 S1676-06032007000300020 S1676-06032007000300020.pdf 4433495820388025 8041011456158217 |
url |
http://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032007000300020 http://hdl.handle.net/11449/26853 |
identifier_str_mv |
Biota Neotropica. Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP, v. 7, n. 3, p. 181-197, 2007. 1676-0603 10.1590/S1676-06032007000300020 S1676-06032007000300020 S1676-06032007000300020.pdf 4433495820388025 8041011456158217 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Biota Neotropica 0.842 0,381 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
181-197 application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Virtual da Biodiversidade (BIOTA/FAPESP) |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Virtual da Biodiversidade (BIOTA/FAPESP) |
dc.source.none.fl_str_mv |
SciELO reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799965391473082368 |