O fim da Guerra Cultural e o conservadorismo estadunidense? uma leitura sobre a trajetória de ascensões e quedas da direita religiosa americana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Marco Aurélio Dias de [UNESP]
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/116013
Resumo: A ideia da existência de uma Guerra Cultural, que seria responsável pela disputa na sociedade estadunidense por duas metades antagônicas (entre conservadores e liberais), aparece de maneira recorrente na vida intelectual, política e midiática da contemporaneidade do país. O destaque dado a ela originou-se após o resgate do termo pelo sociólogo James Davison Hunter, em 1991, com intuito de explicar, através dela, as crescentes radicalizações nas disputas em torno de questões culturais nos EUA a partir dos anos 1970. O que se seguiu a publicação de sua tese de Hunter foi uma visibilidade cada vez maior do termo Guerra Cultural e, consequentemente, um grande debate intelectual entre autores defensores e contrários a sua existência. O fato é que a ideia perdurou no debate sociopolítico estadunidense até o final do governo George W. Bush e início da administração Barack Hussein Obama, quando a Guerra Cultural perdeu relevância, a ponto de um grande número de comentadores apontarem que a Guerra Cultural havia terminado. Em uma direção paralela, percebemos que a partir da década de 1970 ocorreu um constante crescimento dos movimentos conservadores nos EUA, principalmente, por parte da direita religiosa que atingiu seu auge durante o governo George W. Bush para, logo em seguida, passar por um processo de desorganização durante o término do governo do presidente republicano. Essa crescente conservadora foi analisada por uma leva significativa de intelectuais que descreveram como os Estados Unidos passaram durante as últimas décadas por um processo de guinada à direita. Nossa pesquisa propõe ir além do debate intelectual sobre a existência ou não de uma Guerra Cultural, assim como, busca ir além da releitura sobre o conservadorismo. Nosso intuito é, compreender os motivos que levaram a ascensão e crise nessa ideia, apontando como a polarização entre os partidos construída em torno de temas culturais ...
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O fato é que a ideia perdurou no debate sociopolítico estadunidense até o final do governo George W. Bush e início da administração Barack Hussein Obama, quando a Guerra Cultural perdeu relevância, a ponto de um grande número de comentadores apontarem que a Guerra Cultural havia terminado. Em uma direção paralela, percebemos que a partir da década de 1970 ocorreu um constante crescimento dos movimentos conservadores nos EUA, principalmente, por parte da direita religiosa que atingiu seu auge durante o governo George W. Bush para, logo em seguida, passar por um processo de desorganização durante o término do governo do presidente republicano. Essa crescente conservadora foi analisada por uma leva significativa de intelectuais que descreveram como os Estados Unidos passaram durante as últimas décadas por um processo de guinada à direita. Nossa pesquisa propõe ir além do debate intelectual sobre a existência ou não de uma Guerra Cultural, assim como, busca ir além da releitura sobre o conservadorismo. Nosso intuito é, compreender os motivos que levaram a ascensão e crise nessa ideia, apontando como a polarização entre os partidos construída em torno de temas culturais ...The idea of the existence of a Culture War, which would be responsible for a struggle in American society into two antagonist halves (between conservatives and liberals), appears on a recurring basis in, political, media and intellectual life in the country’s contemporary . The prominence of it originated after the concept’s revitalization by sociologist James Davison Hunter in the year of 1991 and aiming to explain, through it, the radicalization of the disputes over cultural issues in America from the 1970s. What followed the publication of Hunter’s thesis was an increase of the visibility of the Culture War and, therefore a great intellectual debate between supporters and critics of its. The fact is that the idea persisted in American’s socio-politics debate until the end of George W. Bush government and the beginning of the Obama administration, when the Cultural War has lost relevance and a large number of commentators suggest that the Cultural War had ended. In a parallel path, occurred from the 1970s a spread of the conservative movement in the U.S., above all by the religious right that reached its height during the George W. Bush government, soon, they go through a disorganization process during the end of President Republican Government. The intellectuals who described how the United States began, during the last decades, a process to yaw to the political right, analyzed this increased conservative. Our research proposes to go beyond intellectual debate about the existence or not of a Cultural War, as well as seeks to go beyond retelling of conservatism. Our aim is to understand the reasons that led the rise and crisis of that idea, pointing out how the polarization between the parties built around cultural themes, not sustained after election periods and how it was losing its functionality over the yearsCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Stein, Leila de Menezes [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Souza, Marco Aurélio Dias de [UNESP]2015-03-03T11:52:52Z2015-03-03T11:52:52Z2014-04-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis318 f.application/pdfSOUZA, Marco Aurélio Dias de. O fim da Guerra Cultural e o conservadorismo estadunidense? uma leitura sobre a trajetória de ascensões e quedas da direita religiosa americana. 2014. 318 f. 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