Notificação compulsória das hepatites B e C e suas características epidemiológicas e sociodemográficas: um estudo retrospectivo

• Autor(a) principal: Teixeira, Amanda Regina Harada [UNESP]
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/235194
• topic: Epidemiologia; Hepatite; Notificação de doenças; Epidemiology

As hepatites virais que mais preocupam e possuem relevância para a saúde pública são causadas pelo HBV e HCV, devido apresentarem vasta formação geográfica e acometerem grande número de pessoas que muitas vezes não sabem que estão infectadas, sendo que as doenças podem evoluir e tornarem-se crônicas, e até mesmo levar o indivíduo a óbito. O objetivo desta pesquisa foi levantar as características epidemiológicas da doença e os aspectos sociodemográficos dos pacientes diagnosticados com hepatite B e hepatite C no município de Araçatuba, São Paulo, no período de 2010 a 2020. Realizou-se a pesquisa no Departamento de IST, AIDS e Hepatites virais. Verificaram-se às variáveis presentes nas notificações compulsórias, como: dados gerais (tipo e data da notificação, data dos primeiros sintomas); notificação individual (idade, sexo, raça/cor autorreferida, escolaridade); dados de residência (município e zona); antecedentes epidemiológicos (ocupação, suspeita, vacinação, institucionalização, agravos associados, contato com paciente portador de HBV ou HBC, exposição do paciente a medicamentos injetáveis, drogas inaláveis ou crack, drogas injetáveis, etc.); dados laboratoriais (possibilidade de o paciente ter sido encaminhado por banco de sangue ou Centro de Testagem e Aconselhamento, resultados Sorológicos/Virológicos/Teste rápido); e conclusão (classificação final, forma clínica, classificação etiológica, provável fonte/mecanismo de infecção). No período analisado foram observados 850 casos notificados da doença, onde a maioria foram de Hepatite C (58,1%), seguido da Hepatite B (37,5%), tendo como maior prevalência o sexo masculino (56,7%). A idade variou entre 15 e 85 anos, com maior ocorrência na faixa etária entre 40 e 59 anos (62,2%), raça/cor autorreferida branca (58,5%), habitação na zona urbana (93,6%), não eram vacinados (73,8%) e apresentavam a forma crônica da doença (66,4%). Além disso, a maior parte dos indivíduos não souberam informar ou apenas ignoraram o preenchimento da provável fonte de infecção pelos vírus. Verificou-se o aumento das notificações da hepatite C no município no período analisado, quando comparado a hepatite B. Além disso, observaram-se algumas informações nas fichas que não foram preenchidas, podendo comprometer o desenvolvimento de políticas públicas para a implementação de estratégias preventivas de combate às doenças.