Comunidades de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) em dois gradientes altitudinais na Serra da Mantiqueira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Locher, Gabriela de Almeida [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/144702
Resumo: Vespas sociais são insetos da ordem Hymenoptera de grande importância ecológica, atuando principalmente como predadores no ambiente. O bioma Mata Atlântica vem sendo recentemente bastante estudado quanto à diversidade de vespas sociais, no entanto ainda existem lacunas que devem ser preenchidas. Este trabalho teve como objetivo realizar um inventário de vespas sociais (Vespidae, Polistinae) em uma área de Mata Atlântica na Serra da Mantiqueira. O estudo abrangeu diferentes fitofisionomias típicas de altitude em Campos do Jordão, assim como áreas no forte da Serra, em Pindamonhangaba, de forma a proporcionar comparações entre as comunidades amostradas tanto nas diferentes fitofisionomias, como em dois gradientes de altitude (500 e 1.000 metros e 1.500 e 2.000 metros de altitude, respectivamente). Em Campos do Jordão coletou-se um total de 17 espécies de vespas sociais, sendo que nas trilhas amostradas foram coletadas 15 espécies. Em Pindamonhangaba foram amostradas 35 espécies de vespas sociais, sendo que apenas nas trilhas foram coletadas 34 espécies. A riqueza amostrada em Pindamonhangaba é a segunda maior encontrada em uma área de Mata Atlântica, e, ao se somar as espécies amostradas em Campos do Jordão e Pindamonhangaba, tanto nas coletas efetivas quanto nas coletas preliminares, obtêm-se um total de 40 espécies, sendo esta a maior riqueza descrita em um inventário de fauna de vespas sociais para este Bioma. Na comparação entre a riqueza dos inventários em regiões próximas, o realizado na Serra do Papagaio apresentou maior similaridade ao de Campos do Jordão, enquanto que o que apresentou o maior índice de similaridade de Jaccard com Pindamonhangaba foi o inventário de São Gonçalo do Sapucaí. Estes dois inventários foram realizados em cotas altitudinais muito semelhantes às aqui analisadas, abrangendo fisionomias vegetais também semelhantes. A ocorrência exclusiva de poucas espécies no gradiente mais elevado e de muitas no gradiente que abrange de 500 a 1.000 metros de altitude indicam que as condições ambientais propiciadas pela elevada altitude é um fator limitante na ocorrência de algumas espécies de vespas, principalmente para as pertencentes às tribos Mischocyttarini e Polistini, que ocorreram com elevada riqueza no gradiente de menor altitude. Conclui-se que a altitude apresenta influência na composição da comunidade de vespas sociais por gerar diferentes micro-habitat e microclimas nos gradientes, características importantes tanto para a utilização de distintos substratos para nidificação quanto para a manutenção da temperatura da colônia.
id UNSP_7244a49d71ace578f1cbe643758d95e9
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/144702
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Comunidades de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) em dois gradientes altitudinais na Serra da MantiqueiraSocial wasps communities (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) in two altitudinal gradients in the Mantiqueira mountain rangeMata AtlânticaAltitudeDiversidadeMischocyttariniPolistiniEpiponiniVespas sociais são insetos da ordem Hymenoptera de grande importância ecológica, atuando principalmente como predadores no ambiente. O bioma Mata Atlântica vem sendo recentemente bastante estudado quanto à diversidade de vespas sociais, no entanto ainda existem lacunas que devem ser preenchidas. Este trabalho teve como objetivo realizar um inventário de vespas sociais (Vespidae, Polistinae) em uma área de Mata Atlântica na Serra da Mantiqueira. O estudo abrangeu diferentes fitofisionomias típicas de altitude em Campos do Jordão, assim como áreas no forte da Serra, em Pindamonhangaba, de forma a proporcionar comparações entre as comunidades amostradas tanto nas diferentes fitofisionomias, como em dois gradientes de altitude (500 e 1.000 metros e 1.500 e 2.000 metros de altitude, respectivamente). Em Campos do Jordão coletou-se um total de 17 espécies de vespas sociais, sendo que nas trilhas amostradas foram coletadas 15 espécies. Em Pindamonhangaba foram amostradas 35 espécies de vespas sociais, sendo que apenas nas trilhas foram coletadas 34 espécies. A riqueza amostrada em Pindamonhangaba é a segunda maior encontrada em uma área de Mata Atlântica, e, ao se somar as espécies amostradas em Campos do Jordão e Pindamonhangaba, tanto nas coletas efetivas quanto nas coletas preliminares, obtêm-se um total de 40 espécies, sendo esta a maior riqueza descrita em um inventário de fauna de vespas sociais para este Bioma. Na comparação entre a riqueza dos inventários em regiões próximas, o realizado na Serra do Papagaio apresentou maior similaridade ao de Campos do Jordão, enquanto que o que apresentou o maior índice de similaridade de Jaccard com Pindamonhangaba foi o inventário de São Gonçalo do Sapucaí. Estes dois inventários foram realizados em cotas altitudinais muito semelhantes às aqui analisadas, abrangendo fisionomias vegetais também semelhantes. A ocorrência exclusiva de poucas espécies no gradiente mais elevado e de muitas no gradiente que abrange de 500 a 1.000 metros de altitude indicam que as condições ambientais propiciadas pela elevada altitude é um fator limitante na ocorrência de algumas espécies de vespas, principalmente para as pertencentes às tribos Mischocyttarini e Polistini, que ocorreram com elevada riqueza no gradiente de menor altitude. Conclui-se que a altitude apresenta influência na composição da comunidade de vespas sociais por gerar diferentes micro-habitat e microclimas nos gradientes, características importantes tanto para a utilização de distintos substratos para nidificação quanto para a manutenção da temperatura da colônia.Social wasps are insects of the Hymenoptera order of great ecological importance, mainly acting as predators in the environment. The diversity of social wasps has been recently extensively studied in the Atlantic Forest biome, however gaps remain to be fulfilled. This study aimed to establish an inventory of social wasps (Vespidae, Polistinae) in an Atlantic Forest area on the Mantiqueira Mountains range (Serra da Mantiqueira). The study covered different typical altitudinal vegetation types in the municipality of Campos do Jordão, as well as areas in the fort of the Mountain range, in Pindamonhangaba, in order to provide comparisons between the communities sampled in different vegetation types and between two elevation gradients (from 500 to 1,000 meters and from 1,500 to 2,000 meters). In Campos do Jordão a total of 17 species of social wasps were assembled, and just in the sampled trails 15 species were collected. In Pindamonhangaba 35 species of social wasps were sampled, and only on the trails 34 species were collected. The sampled richness in Pindamonhangaba is the second largest found in an Atlantic Forest area, and when the species sampled in Campos do Jordao and Pindamonhangaba are added, with both effective the preliminary samplings, we obtain a total of 40 species, and this is the greatest richness described in a social wasp fauna inventory for this biome. When comparing the richness of inventories in nearby regions, the one held in the Papagaio Mountains range (Serra do Papagaio) showed a greater similarity to the Campos do Jordão sample, while the one with the highest Jaccard similarity index with Pindamonhangaba was the inventory of São Goncalo do Sapucaí. These two surveys were conducted at quotas altitudinal closely resembling those analyzed here, as well as similar vegetation types. The occurrence of few exclusive species at the higher gradient and many in the gradient covering from 500 to 1,000 meters indicate that the environmental conditions afforded by the high altitude is a limiting factor in the occurrence of some species of wasps, especially for those belonging to Mischocyttarini and Polistini tribes, which occurred with high richness in the lower elevation gradient. We conclude that the elevation has influence on the social wasps community composition, since it generate different micro-habitats and microclimate in the gradients, important features for the use of different substrates for nesting and for the maintenance of temperature of the colony.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)CNPq: 141975/2012-1Universidade Estadual Paulista (Unesp)Giannotti, Edilberto [UNESP]Silveira, Orlando Tobias [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Locher, Gabriela de Almeida [UNESP]2016-11-25T13:46:18Z2016-11-25T13:46:18Z2016-09-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14470200087610533004137003P39753300597430777porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-13T06:23:38Zoai:repositorio.unesp.br:11449/144702Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-13T06:23:38Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Comunidades de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) em dois gradientes altitudinais na Serra da Mantiqueira
Social wasps communities (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) in two altitudinal gradients in the Mantiqueira mountain range
title Comunidades de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) em dois gradientes altitudinais na Serra da Mantiqueira
spellingShingle Comunidades de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) em dois gradientes altitudinais na Serra da Mantiqueira
Locher, Gabriela de Almeida [UNESP]
Mata Atlântica
Altitude
Diversidade
Mischocyttarini
Polistini
Epiponini
title_short Comunidades de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) em dois gradientes altitudinais na Serra da Mantiqueira
title_full Comunidades de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) em dois gradientes altitudinais na Serra da Mantiqueira
title_fullStr Comunidades de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) em dois gradientes altitudinais na Serra da Mantiqueira
title_full_unstemmed Comunidades de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) em dois gradientes altitudinais na Serra da Mantiqueira
title_sort Comunidades de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) em dois gradientes altitudinais na Serra da Mantiqueira
author Locher, Gabriela de Almeida [UNESP]
author_facet Locher, Gabriela de Almeida [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Giannotti, Edilberto [UNESP]
Silveira, Orlando Tobias [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Locher, Gabriela de Almeida [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Mata Atlântica
Altitude
Diversidade
Mischocyttarini
Polistini
Epiponini
topic Mata Atlântica
Altitude
Diversidade
Mischocyttarini
Polistini
Epiponini
description Vespas sociais são insetos da ordem Hymenoptera de grande importância ecológica, atuando principalmente como predadores no ambiente. O bioma Mata Atlântica vem sendo recentemente bastante estudado quanto à diversidade de vespas sociais, no entanto ainda existem lacunas que devem ser preenchidas. Este trabalho teve como objetivo realizar um inventário de vespas sociais (Vespidae, Polistinae) em uma área de Mata Atlântica na Serra da Mantiqueira. O estudo abrangeu diferentes fitofisionomias típicas de altitude em Campos do Jordão, assim como áreas no forte da Serra, em Pindamonhangaba, de forma a proporcionar comparações entre as comunidades amostradas tanto nas diferentes fitofisionomias, como em dois gradientes de altitude (500 e 1.000 metros e 1.500 e 2.000 metros de altitude, respectivamente). Em Campos do Jordão coletou-se um total de 17 espécies de vespas sociais, sendo que nas trilhas amostradas foram coletadas 15 espécies. Em Pindamonhangaba foram amostradas 35 espécies de vespas sociais, sendo que apenas nas trilhas foram coletadas 34 espécies. A riqueza amostrada em Pindamonhangaba é a segunda maior encontrada em uma área de Mata Atlântica, e, ao se somar as espécies amostradas em Campos do Jordão e Pindamonhangaba, tanto nas coletas efetivas quanto nas coletas preliminares, obtêm-se um total de 40 espécies, sendo esta a maior riqueza descrita em um inventário de fauna de vespas sociais para este Bioma. Na comparação entre a riqueza dos inventários em regiões próximas, o realizado na Serra do Papagaio apresentou maior similaridade ao de Campos do Jordão, enquanto que o que apresentou o maior índice de similaridade de Jaccard com Pindamonhangaba foi o inventário de São Gonçalo do Sapucaí. Estes dois inventários foram realizados em cotas altitudinais muito semelhantes às aqui analisadas, abrangendo fisionomias vegetais também semelhantes. A ocorrência exclusiva de poucas espécies no gradiente mais elevado e de muitas no gradiente que abrange de 500 a 1.000 metros de altitude indicam que as condições ambientais propiciadas pela elevada altitude é um fator limitante na ocorrência de algumas espécies de vespas, principalmente para as pertencentes às tribos Mischocyttarini e Polistini, que ocorreram com elevada riqueza no gradiente de menor altitude. Conclui-se que a altitude apresenta influência na composição da comunidade de vespas sociais por gerar diferentes micro-habitat e microclimas nos gradientes, características importantes tanto para a utilização de distintos substratos para nidificação quanto para a manutenção da temperatura da colônia.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-11-25T13:46:18Z
2016-11-25T13:46:18Z
2016-09-23
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11449/144702
000876105
33004137003P3
9753300597430777
url http://hdl.handle.net/11449/144702
identifier_str_mv 000876105
33004137003P3
9753300597430777
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799965275130429440