Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Shimauti, Augusto Tomimatsu [UNESP]
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Pesci, Leonardo de Toledo [UNESP], Sousa, Roberta Lilian Fernandez de [UNESP], Padovani, Carlos Roberto [UNESP], Schellini, Silvana Artioli [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492012000200004
http://hdl.handle.net/11449/12566
Resumo: OBJETIVOS: Identificar a frequência de ocorrência de desvios oculares e as características dos portadores em uma amostra populacional. MÉTODOS: Estudo transversal, observacional e probabilístico, entre os anos de 2004 e 2005, envolvendo 11 cidades da região centro-oeste do estado de São Paulo. Foram examinados 10.994 indivíduos, sendo utilizada para este estudo uma subamostra desta população, identificada pelo diagnóstico de estrabismo. A população foi abordada por uma equipe treinada e padronizada para os procedimentos da pesquisa. Os dados foram analisados estatisticamente por meio de análise descritiva, frequência de ocorrência, análise de contingência e testes de associação (p<0,05). RESULTADOS: A frequência de ocorrência de estrabismo na população estudada foi de 1,4% (148 portadores de estrabismo), sem diferença entre sexos. Portadores de esodesvios (ET) eram 46,3%, 38,2% casos de exodesvio (XT) e 15,4% de desvios verticais associados a horizontais ou síndromes. A análise de contingência mostrou que 3 indivíduos (2,3%) estrábicos apresentavam cegueira e 7 (5,43%) apresentavam baixa visão em um dos olhos. Tanto a ET, quanto a XT estiveram presentes em indivíduos com graus variáveis de miopia (até -5,75 para XT e -2,50 para ET) e de hipermetropia (até +9,00 para XT e +8,00 para ET). A associação entre estrabismo e o equivalente esférico obtido na refração estática não mostrou diferença significativa (p>0,05). CONCLUSÃO: A frequência de ocorrência de estrabismo em uma amostra populacional foi de 1,4%, sem diferença entre sexos ou tipo de desvio ocular. A presença de cegueira e de baixa visão associadas aos desvios oculares reforçam a necessidade de tratamento precoce.
id UNSP_736e1406d28c8ab64116dfc9c31d516b
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/12566
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associadosStrabismus: detection in a population-based sample and associated demographic factorsEstrabismoTranstornos da motilidade ocularStrabismusOcular motility disordersOBJETIVOS: Identificar a frequência de ocorrência de desvios oculares e as características dos portadores em uma amostra populacional. MÉTODOS: Estudo transversal, observacional e probabilístico, entre os anos de 2004 e 2005, envolvendo 11 cidades da região centro-oeste do estado de São Paulo. Foram examinados 10.994 indivíduos, sendo utilizada para este estudo uma subamostra desta população, identificada pelo diagnóstico de estrabismo. A população foi abordada por uma equipe treinada e padronizada para os procedimentos da pesquisa. Os dados foram analisados estatisticamente por meio de análise descritiva, frequência de ocorrência, análise de contingência e testes de associação (p<0,05). RESULTADOS: A frequência de ocorrência de estrabismo na população estudada foi de 1,4% (148 portadores de estrabismo), sem diferença entre sexos. Portadores de esodesvios (ET) eram 46,3%, 38,2% casos de exodesvio (XT) e 15,4% de desvios verticais associados a horizontais ou síndromes. A análise de contingência mostrou que 3 indivíduos (2,3%) estrábicos apresentavam cegueira e 7 (5,43%) apresentavam baixa visão em um dos olhos. Tanto a ET, quanto a XT estiveram presentes em indivíduos com graus variáveis de miopia (até -5,75 para XT e -2,50 para ET) e de hipermetropia (até +9,00 para XT e +8,00 para ET). A associação entre estrabismo e o equivalente esférico obtido na refração estática não mostrou diferença significativa (p>0,05). CONCLUSÃO: A frequência de ocorrência de estrabismo em uma amostra populacional foi de 1,4%, sem diferença entre sexos ou tipo de desvio ocular. A presença de cegueira e de baixa visão associadas aos desvios oculares reforçam a necessidade de tratamento precoce.PURPOSES: To identify the frequency of occurrence of ocular deviation and the carriers characteristics in a population sample. METHODS: Observational cross-sectional study, evolving a probabilistic sampling, between the years 2004 and 2005, including 11 cities of the São Paulo state. 10,994 individuals were examined. A sub-sample of this population identified as strabismus clinical diagnosis was the subject of the present study. The population was addressed by a trained team and standardized to the research procedures. The results were submitted to statistical tests through descriptive analysis, frequency of occurrence evaluation, contingency analysis and association tests (P<0.05). RESULTS: Strabismus frequency of occurrence in the population studied was on average 1.4% (148 strabismus carriers), with no difference between gender. Depending on the type of strabismus detected, 46.3% presented ET, 38.2% cases of XT and 15.4% of deviations were associated with vertical or horizontal syndromes. Contingency analysis showed three ocular deviation carriers (2.3%) with blindness (both eyes affected) and seven (5.4%) had low vision in only one eye. According to the association of the ocular deviation and refractive error, ET and also XT can be present in individuals with varying degrees of myopia (up to -5.75 for XT and -2.50 for ET) or hyperopia (up to +9.00 for XT and +8.00 for ET). The association between strabismus and static spherical equivalent showed no significant difference between the types of eye deviation (P>0.05). CONCLUSION: The frequency of occurrence of strabismus in the population studied was 1,4%, with no difference between gender or ocular deviation type. The presence of blindness and low vision associated to ocular deviation reinforce the need for early treatment.Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Medicina Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e PescoçoUniversidade Estadual Paulista Paulista Júlio de Mesquita Filho Instituto de Biociências Departamento de BioestatísticaUniversidade Estadual Paulista Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Medicina Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e PescoçoUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Medicina Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e PescoçoUniversidade Estadual Paulista Paulista Júlio de Mesquita Filho Instituto de Biociências Departamento de BioestatísticaUniversidade Estadual Paulista Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Medicina Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e PescoçoConselho Brasileiro de OftalmologiaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Shimauti, Augusto Tomimatsu [UNESP]Pesci, Leonardo de Toledo [UNESP]Sousa, Roberta Lilian Fernandez de [UNESP]Padovani, Carlos Roberto [UNESP]Schellini, Silvana Artioli [UNESP]2014-05-20T13:36:31Z2014-05-20T13:36:31Z2012-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article92-96application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492012000200004Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 75, n. 2, p. 92-96, 2012.0004-2749http://hdl.handle.net/11449/1256610.1590/S0004-27492012000200004S0004-27492012000200004WOS:000310841600004S0004-27492012000200004.pdf8727897080522289SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporArquivos Brasileiros de Oftalmologia1.0260,518info:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-11T06:28:29Zoai:repositorio.unesp.br:11449/12566Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-11T06:28:29Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados
Strabismus: detection in a population-based sample and associated demographic factors
title Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados
spellingShingle Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados
Shimauti, Augusto Tomimatsu [UNESP]
Estrabismo
Transtornos da motilidade ocular
Strabismus
Ocular motility disorders
title_short Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados
title_full Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados
title_fullStr Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados
title_full_unstemmed Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados
title_sort Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados
author Shimauti, Augusto Tomimatsu [UNESP]
author_facet Shimauti, Augusto Tomimatsu [UNESP]
Pesci, Leonardo de Toledo [UNESP]
Sousa, Roberta Lilian Fernandez de [UNESP]
Padovani, Carlos Roberto [UNESP]
Schellini, Silvana Artioli [UNESP]
author_role author
author2 Pesci, Leonardo de Toledo [UNESP]
Sousa, Roberta Lilian Fernandez de [UNESP]
Padovani, Carlos Roberto [UNESP]
Schellini, Silvana Artioli [UNESP]
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Shimauti, Augusto Tomimatsu [UNESP]
Pesci, Leonardo de Toledo [UNESP]
Sousa, Roberta Lilian Fernandez de [UNESP]
Padovani, Carlos Roberto [UNESP]
Schellini, Silvana Artioli [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Estrabismo
Transtornos da motilidade ocular
Strabismus
Ocular motility disorders
topic Estrabismo
Transtornos da motilidade ocular
Strabismus
Ocular motility disorders
description OBJETIVOS: Identificar a frequência de ocorrência de desvios oculares e as características dos portadores em uma amostra populacional. MÉTODOS: Estudo transversal, observacional e probabilístico, entre os anos de 2004 e 2005, envolvendo 11 cidades da região centro-oeste do estado de São Paulo. Foram examinados 10.994 indivíduos, sendo utilizada para este estudo uma subamostra desta população, identificada pelo diagnóstico de estrabismo. A população foi abordada por uma equipe treinada e padronizada para os procedimentos da pesquisa. Os dados foram analisados estatisticamente por meio de análise descritiva, frequência de ocorrência, análise de contingência e testes de associação (p<0,05). RESULTADOS: A frequência de ocorrência de estrabismo na população estudada foi de 1,4% (148 portadores de estrabismo), sem diferença entre sexos. Portadores de esodesvios (ET) eram 46,3%, 38,2% casos de exodesvio (XT) e 15,4% de desvios verticais associados a horizontais ou síndromes. A análise de contingência mostrou que 3 indivíduos (2,3%) estrábicos apresentavam cegueira e 7 (5,43%) apresentavam baixa visão em um dos olhos. Tanto a ET, quanto a XT estiveram presentes em indivíduos com graus variáveis de miopia (até -5,75 para XT e -2,50 para ET) e de hipermetropia (até +9,00 para XT e +8,00 para ET). A associação entre estrabismo e o equivalente esférico obtido na refração estática não mostrou diferença significativa (p>0,05). CONCLUSÃO: A frequência de ocorrência de estrabismo em uma amostra populacional foi de 1,4%, sem diferença entre sexos ou tipo de desvio ocular. A presença de cegueira e de baixa visão associadas aos desvios oculares reforçam a necessidade de tratamento precoce.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-04-01
2014-05-20T13:36:31Z
2014-05-20T13:36:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492012000200004
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 75, n. 2, p. 92-96, 2012.
0004-2749
http://hdl.handle.net/11449/12566
10.1590/S0004-27492012000200004
S0004-27492012000200004
WOS:000310841600004
S0004-27492012000200004.pdf
8727897080522289
url http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492012000200004
http://hdl.handle.net/11449/12566
identifier_str_mv Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 75, n. 2, p. 92-96, 2012.
0004-2749
10.1590/S0004-27492012000200004
S0004-27492012000200004
WOS:000310841600004
S0004-27492012000200004.pdf
8727897080522289
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
1.026
0,518
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 92-96
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Conselho Brasileiro de Oftalmologia
publisher.none.fl_str_mv Conselho Brasileiro de Oftalmologia
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797790263939170304