A cultura participativa no YouTube: relação entre ídolos-fãs em canais brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Caroline Mazzer de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/202209
Resumo: A Comunicação e a Participação não surgem com a internet, todavia, conforme há uma popularização e apropriação dos novos recursos tecnológicos, e, sobretudo, das ferramentas interativas surgidas a partir da segunda geração da web (web 2.0), possibilitou-se um novo canal de comunicação e participação, agora online. Na rede, a cultura participativa é favorecida, já que há maior facilidade e agilidade das pessoas acessarem umas às outras, compartilharem informações, e produzirem e divulgarem conteúdos. Deste modo, a mídia online (e as redes sociais) vem ganhando espaço na vida de muitas pessoas, fazendo parte do cotidiano, e tornando-se uma das principais mediações sociais com as quais se relacionam. Nesse contexto, o presente estudo busca refletir sobre como a cultura de participação se manifesta na plataforma do YouTube, tendo como base teórica autores como Burgues e Green (2009); Jenkins (2006, 2009 e 2014), Martín-Barbero (1994,1997 e 2009); Sibilia (2003, 2008); Thompson (2008); Van Dijck (2016). Busca-se sistematizar as reconfigurações das relações sociais entre produtores de conteúdo e audiência, já que permite-se um feedback quase instantâneo, por meio de canais diretos de comunicação como, por exemplo, pelas ferramentas de curtir e comentar, gerando sensações de proximidade e intimidade entre os fãs e seus ídolos. Para tanto, a pesquisa foi dividida em duas etapas: iniciando-se com uma pesquisa bibliográfica e documental, e, posteriormente, com um estudo exploratório para seleção dos canais da amostra, seguidos por uma seleção e análise qualitativa dos dados, amparada na etnografia e na análise de conteúdo. Os resultados apontam para a formação de comunidades de fãs geradas em torno da afinidade com a imagem de si exposta pelas influenciadoras, podendo gerar trocas afetivas e senso de pertencimento entre seus membros. Constatou-se também que essas comunidades podem ter certa autonomia, acarretando em trocas entre as próprias fãs. Por fim, também foi possível notar o potencial dessas influenciadoras em levantarem temas, fomentando debates e discussões.
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Deste modo, a mídia online (e as redes sociais) vem ganhando espaço na vida de muitas pessoas, fazendo parte do cotidiano, e tornando-se uma das principais mediações sociais com as quais se relacionam. Nesse contexto, o presente estudo busca refletir sobre como a cultura de participação se manifesta na plataforma do YouTube, tendo como base teórica autores como Burgues e Green (2009); Jenkins (2006, 2009 e 2014), Martín-Barbero (1994,1997 e 2009); Sibilia (2003, 2008); Thompson (2008); Van Dijck (2016). Busca-se sistematizar as reconfigurações das relações sociais entre produtores de conteúdo e audiência, já que permite-se um feedback quase instantâneo, por meio de canais diretos de comunicação como, por exemplo, pelas ferramentas de curtir e comentar, gerando sensações de proximidade e intimidade entre os fãs e seus ídolos. Para tanto, a pesquisa foi dividida em duas etapas: iniciando-se com uma pesquisa bibliográfica e documental, e, posteriormente, com um estudo exploratório para seleção dos canais da amostra, seguidos por uma seleção e análise qualitativa dos dados, amparada na etnografia e na análise de conteúdo. Os resultados apontam para a formação de comunidades de fãs geradas em torno da afinidade com a imagem de si exposta pelas influenciadoras, podendo gerar trocas afetivas e senso de pertencimento entre seus membros. Constatou-se também que essas comunidades podem ter certa autonomia, acarretando em trocas entre as próprias fãs. Por fim, também foi possível notar o potencial dessas influenciadoras em levantarem temas, fomentando debates e discussões.Communication and Participation do not appear with the internet, however, as there is a popularization and appropriation of new technological resources, and, above all, of the interactive tools that emerged from the second generation of the web (web 2.0), a new channel was made possible of communication and participation, now online. In the network, the participatory culture is favored, since it is easier and faster for people to access each other, share information, and produce and disseminate content. In this way, online media (and social networks) has been gaining space in the lives of many people, being part of everyday life, and becoming one of the main social mediations with which they relate. In this context, the present study seeks to reflect on how the culture of participation manifests itself on the YouTube platform, based on authors such as Burgues and Green (2009); Jenkins (2006, 2009 and 2014), Martín-Barbero (1994,1997 and 2009); Sibilia (2003, 2008); Thompson (2008); Van Dijck (2016). The aim is to systematize the reconfigurations of social relations between content producers and audiences, since it allows an almost instantaneous feedback, through direct communication channels, for example, through the tools of liking and commenting, generating feelings of closeness and intimacy between fans and their idols. To this end, the research was divided into two stages: starting with a bibliographic and documentary research, and, subsequently, with an exploratory study for the selection of the sample channels, followed by a selection and qualitative analysis of the data, supported by ethnography and in content analysis. The results point to the formation of fan communities generated around the affinity with the image of oneself exposed by influencers, which can generate affective exchanges and a sense of belonging among its members. It was also found that these communities can have a certain autonomy, resulting in exchanges between the fans themselves. Finally, it was also possible to note the potential of these influencers to raise issues, fostering debates and discussions.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: nº 2018/18113-0Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gobbi, Maria Cristina [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Souza, Caroline Mazzer de2020-12-23T12:51:41Z2020-12-23T12:51:41Z2020-11-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/20220933004056081P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-04-22T13:26:40Zoai:repositorio.unesp.br:11449/202209Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-04-22T13:26:40Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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