Influência da forma de indução à acidose na determinação da intensidade de lactato mínimo em corredores de longa distância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santhiago, Vanessa [UNESP]
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Silva, Adelino Sanchez Ramos da [UNESP], Guglielmo, Luiz Guilherme Antonacci, Higino, Wonder Passoni
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922008000400014
http://hdl.handle.net/11449/26665
Resumo: O objetivo principal deste estudo foi verificar se diferentes formas de indução à acidose interferem na determinação da intensidade do lactato mínimo (LACmin) em corredores de longa distância. Desse modo, 14 corredores de provas fundas do atletismo participaram do estudo. Os atletas realizaram três protocolos: 1) teste incremental em esteira rolante, com incrementos de 1km.h-1 a cada três minutos até a exaustão, para a determinação das intensidades de limiar anaeróbio (OBLA), de limiar aeróbio (Laer), consumo máximo de oxigênio (VO2max) e intensidade de consumo máximo de oxigênio (vVO2max); 2) teste de lactato mínimo em pista de atletismo (LACminp), que consistiu de dois esforços máximos de 233m na pista de atletismo com intervalo de um minuto entre cada repetição, com oito minutos de recuperação passiva, seguido de um teste incremental semelhante ao do protocolo 1; e 3) teste de lactato mínimo em esteira rolante (LACmine), constituído de dois esforços máximos de um minuto e 45 segundos com intervalo de um minuto, na intensidade de 120% da vVO2max, seguido dos mesmos procedimentos do protocolo 2. Foram coletadas amostras de sangue do lóbulo da orelha ao final de cada estágio em todos os protocolos e no 7º minuto de recuperação passiva dos testes de LACmine e LACminp. A análise de variância (ANOVA) mostrou que ocorreram diferenças significativas entre as intensidades de LACmine (13,23 ± 1,78km.h-1) e OBLA (14,67 ± 1,44km.h-1). Dessa maneira, a partir dos resultados obtidos no presente estudo, é possível concluir que a determinação da intensidade correspondente ao lactato mínimo é dependente do protocolo utilizado para a indução à acidose. Além disso, o LACmine subestimou a intensidade correspondente ao OBLA, não podendo ser utilizado para a mensuração da capacidade aeróbia de corredores fundistas.
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Os atletas realizaram três protocolos: 1) teste incremental em esteira rolante, com incrementos de 1km.h-1 a cada três minutos até a exaustão, para a determinação das intensidades de limiar anaeróbio (OBLA), de limiar aeróbio (Laer), consumo máximo de oxigênio (VO2max) e intensidade de consumo máximo de oxigênio (vVO2max); 2) teste de lactato mínimo em pista de atletismo (LACminp), que consistiu de dois esforços máximos de 233m na pista de atletismo com intervalo de um minuto entre cada repetição, com oito minutos de recuperação passiva, seguido de um teste incremental semelhante ao do protocolo 1; e 3) teste de lactato mínimo em esteira rolante (LACmine), constituído de dois esforços máximos de um minuto e 45 segundos com intervalo de um minuto, na intensidade de 120% da vVO2max, seguido dos mesmos procedimentos do protocolo 2. Foram coletadas amostras de sangue do lóbulo da orelha ao final de cada estágio em todos os protocolos e no 7º minuto de recuperação passiva dos testes de LACmine e LACminp. A análise de variância (ANOVA) mostrou que ocorreram diferenças significativas entre as intensidades de LACmine (13,23 ± 1,78km.h-1) e OBLA (14,67 ± 1,44km.h-1). Dessa maneira, a partir dos resultados obtidos no presente estudo, é possível concluir que a determinação da intensidade correspondente ao lactato mínimo é dependente do protocolo utilizado para a indução à acidose. Além disso, o LACmine subestimou a intensidade correspondente ao OBLA, não podendo ser utilizado para a mensuração da capacidade aeróbia de corredores fundistas.The purpose of this study was to verify if different induction forms to the acidosis can interfere in the determination of the minimum lactate (LACmin) intensity in endurance runners. Fourteen male endurance runners took part in as subjects of this study. The athletes accomplished three protocols: 1) a incremental exercise test in treadmill running, with increments of 1 km.h-1 at each 3 minutes, to determine the running velocity of anaerobic threshold (OBLA), aerobic threshold (Laer), maximal oxygen consumption (VO2max) and maximum consumption speed of oxygen (vVO2max); 2) a lactate minimum test with inducing lactic acidosis in athletics track (LACminp), that it constituted of two maximum efforts of 233m with interval of 1 minute, with 8 minutes of passive recovery, followed by a incremental exercise test similar to the first protocol, and 3) a lactate minimum test with inducing lactic acidosis in treadmill running (LACmine), constituted by two maximum efforts of 1 minute and 45 seconds with interval of 1 minute, in the running speed of 120% of the vVO2max, followed by the same procedures of the second protocol. Samples of blood were collected from the earlobe to the end of each loads of 3 minutes in all the protocols and in the 7th minute of recovery of the tests of the LACmine and the LACminp. The variance analysis (ANOVA) showed that there were significant differences between the speeds of LACmine (13,23 ± 1,78 km.h-1) and OBLA (14,67 ± 1,44 km.h-1). These results suggest that the determination of the running speed corresponding to the lactate minimum is dependent of the protocol used for the inducing lactic acidosis. Besides, LACmine underestimated the running speed corresponding to OBLA and should not be used to measure the aerobic capacity in long distance runners.Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoUniversidade Federal de Santa CatarinaCentro Universitário Salesiano AuxiliumUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoSociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do EsporteUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)Centro Universitário Salesiano AuxiliumSanthiago, Vanessa [UNESP]Silva, Adelino Sanchez Ramos da [UNESP]Guglielmo, Luiz Guilherme AntonacciHigino, Wonder Passoni2014-05-20T15:07:47Z2014-05-20T15:07:47Z2008-08-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article393-398application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922008000400014Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, v. 14, n. 4, p. 393-398, 2008.1517-8692http://hdl.handle.net/11449/2666510.1590/S1517-86922008000400014S1517-86922008000400014WOS:000260827900014S1517-86922008000400014.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Medicina do Esporte0.2700,185info:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-20T06:30:27Zoai:repositorio.unesp.br:11449/26665Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-20T06:30:27Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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