Eficácia do treinamento intervalado de alta intensidade em pacientes com câncer - revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes, Vanessa Langelli
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/192245
Resumo: Introdução: Há evidências que o exercício físico é benéfico em pacientes com câncer pois fornece independência funcional ao indivíduo. Entretanto pouco se sabe sobre os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) nesses indivíduos, fazendo-se necessário uma revisão sistemática para reunir estudos que utilizaram esta modalidade de exercício, possibilitando o conhecimento de seus reais efeitos no paciente com câncer. Objetivos: Avaliar a efetividade, viabilidade e segurança do treinamento intervalado de alta intensidade nos pacientes com câncer. Método: Foi conduzida uma revisão sistemática (RS) de ensaios clínicos randomizados (ECR), quase randomizados ou controlados que avaliaram o HIIT em pacientes com câncer. Foram avaliados os desfechos: Efetividade (condicionamento físico e qualidade de vida), Viabilidade (fadiga, composição corporal e aderência ao tratamento) e Segurança (efeitos adversos e sobrevida). Todas as buscas foram conduzidas sem restrição de idiomas ou datas nas seguintes bases de dados: Lilacs, Pubmed, Cochrane, Web of Science, Embase e Scopus. Resultados: A pesquisa identificou 333 estudos, dos quais 20 artigos foram incluídos. A duração média da intervenção foi de 9,5 ± 4,7 semanas, com 2,9 ± 0,2 sessões por semana. A meta- análise do consumo de oxigênio (VO2) para o condicionamento físico mostrou superioridade do HIIT em comparação aos Cuidados Usuais (UC) (MD 3,29, IC95% 1,94, 4,64; p<0,00001), mas não quando comparado ao exercício moderada intensidade contínuo (MIC) (MD 1,83, IC 95% -0,40, 4,06; p= 0,11). Da mesma forma, foram encontrados efeitos diferentes para qualidade de vida e fadiga somente na comparação HIIT x UC. Houve redução da gordura corporal no grupo HIIT (MD - 0,80, IC 95% -1,43, -0,18; p=0,01) comparado ao grupo controle MIC. A taxa de adesão ao exercício foi maior que 70% e houve poucos eventos adversos. Conclusão: Esta revisão sistemática mostrou que o HIIT é eficaz para os pacientes com câncer proporcionando melhora do condicionamento físico e da qualidade de vida quando comparado aos cuidados usuais, além de ser viável e seguro em todas as fases do tratamento. A qualidade da evidência encontrada para os desfechos primários foi moderada.
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Método: Foi conduzida uma revisão sistemática (RS) de ensaios clínicos randomizados (ECR), quase randomizados ou controlados que avaliaram o HIIT em pacientes com câncer. Foram avaliados os desfechos: Efetividade (condicionamento físico e qualidade de vida), Viabilidade (fadiga, composição corporal e aderência ao tratamento) e Segurança (efeitos adversos e sobrevida). Todas as buscas foram conduzidas sem restrição de idiomas ou datas nas seguintes bases de dados: Lilacs, Pubmed, Cochrane, Web of Science, Embase e Scopus. Resultados: A pesquisa identificou 333 estudos, dos quais 20 artigos foram incluídos. A duração média da intervenção foi de 9,5 ± 4,7 semanas, com 2,9 ± 0,2 sessões por semana. A meta- análise do consumo de oxigênio (VO2) para o condicionamento físico mostrou superioridade do HIIT em comparação aos Cuidados Usuais (UC) (MD 3,29, IC95% 1,94, 4,64; p<0,00001), mas não quando comparado ao exercício moderada intensidade contínuo (MIC) (MD 1,83, IC 95% -0,40, 4,06; p= 0,11). Da mesma forma, foram encontrados efeitos diferentes para qualidade de vida e fadiga somente na comparação HIIT x UC. Houve redução da gordura corporal no grupo HIIT (MD - 0,80, IC 95% -1,43, -0,18; p=0,01) comparado ao grupo controle MIC. A taxa de adesão ao exercício foi maior que 70% e houve poucos eventos adversos. Conclusão: Esta revisão sistemática mostrou que o HIIT é eficaz para os pacientes com câncer proporcionando melhora do condicionamento físico e da qualidade de vida quando comparado aos cuidados usuais, além de ser viável e seguro em todas as fases do tratamento. A qualidade da evidência encontrada para os desfechos primários foi moderada.Introduction: There is evidence that physical exercise is beneficial in cancer patients as it provides functional independence to the individual. However, little is known about the effects of high-intensity interval training (HIIT) on these individuals, making a systematic review necessary to gather studies that used this exercise modality, enabling the knowledge of its real effects on cancer patients. Objectives: To evaluate the effectiveness, feasibility and safety of high-intensity interval training in cancer patients. Method: A systematic review of randomized, quasi-randomized or controlled clinical trials that evaluated HIIT in cancer patients was conducted. The outcomes evaluated were: Effectiveness (physical conditioning and quality of life), Viability (fatigue, body composition and adherence to treatment) and Safety (adverse effects and survival). All searches were conducted without restriction of languages or dates in the following databases: Lilacs, Pubmed, Cochrane, Web of Science, Embase and Scopus. Results: The research identified 333 studies, of which 20 articles were included. The average duration of the intervention was 9.5 ± 4.7 weeks, with 2.9 ± 0.2 sessions per week. The meta-analysis of oxygen consumption (VO2) for physical conditioning determined superiority of HIIT compared to Usual Care (UC) (MD 3.29, 95% CI 1.94, 4.64; p <0.00001), but not when compared to moderate continuous intensity exercise (MIC) (MD 1.83, 95% CI -0.40, 4.06; p = 0.11). Likewise, different effects on quality of life and fatigue were found only in the HIIT x UC comparison. There was a reduction in body fat in the HIIT group (MD -0.80, 95% CI -1.43, -0.18; p = 0.01) compared to the MIC control group. The rate of adherence to exercise was greater than 70% and there were few adverse events. Conclusion: This systematic review demonstrated that HIIT is effective for cancer patients, providing improved physical conditioning and quality of life when compared to UCs, in addition to being viable and safe at all stages of treatment. The quality of the evidence found for primary outcomes was moderate.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Cataneo, Daniele Cristina [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Antunes, Vanessa Langelli2020-04-20T13:15:51Z2020-04-20T13:15:51Z2020-02-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19224500093010933004064006P8porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-14T06:22:57Zoai:repositorio.unesp.br:11449/192245Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-14T06:22:57Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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